2017/08/04

O Plano de Deus para o seu povo.

Uma das questões mais comumente perguntadas por estudantes da Bíblia diz respeito à relação entre Israel e a igreja. Nós lemos o Antigo Testamento e é evidente que a maior parte dele diz respeito à história de Israel. De Jacó ao exílio, o povo de Deus é Israel e Israel é o povo de Deus.

A despeito do constante pecado do rei e do povo levarem ao julgamento do exílio, os profetas olham com esperança além desse julgamento para um tempo de restauração para Israel. Quando nos voltamos para o Novo Testamento, a mesma história continua e Israel ainda está em cena. Jesus é descrito como aquele a quem se dará "o trono de Davi, seu pai" e aquele que "reinará para sempre sobre a casa de Jacó" (Lucas 1.32-33). Ele é apresentado como Aquele que os profetas previram.

Os primeiros a crerem que Jesus é o Messias prometido são israelitas – André, Pedro, Tiago, João. Mas, nos evangelhos, nós também ouvimos Jesus falar sobre edificar a sua igreja e vemos uma hostilidade cada vez maior entre os líderes de Israel e Jesus. Nós ouvimos Jesus falar de destruir os trabalhadores da vinha e dá-la a outros (Lucas 20.9-18).

No livro de Atos, a difusão do evangelho aos samaritanos e gentios conduz a um conflito ainda maior com os líderes religiosos de Israel. Então, será que Israel foi posto de lado e substituído por essa nova entidade chamada "igreja"?

Alguns dirão que sim, mas a resposta não é tão simples, pois nós também encontramos pistas de que Deus não terminou com a nação de Israel. Ao final de sua declaração de "ais" sobre os escribas e fariseus, Jesus diz: "Desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!" (Mateus 23.39).

No Sermão Profético, ele fala de Jerusalém sendo pisada "até que os tempos dos gentios se completem" (Lucas 21.24). Em Atos, Pedro diz a uma audiência judaica: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade" (Atos 3.19-21).

Por fim, Paulo diz coisas acerca de Israel que parecem afastar a ideia de total rejeição. Falando de Israel, ele diz: "Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum!" (Romanos 11.1a).

Queridos irmãos Paulo inicia esse capítulo 11 tratando do futuro de Israel. O povo judeu é um dos maiores milagres da história tem sido preservado por séculos em meio aos perigos mais devastadores, apesar de séculos de perseguição e de muitos planos tramados com requintes de crueldade para eliminá-lo da face da terra, mesmo estando banido de sua própria Pátria pelo espaço 19 seculos, os judeus mantiveram a sua identidade milagrosamente. Em 14 de Maio de 1948 retornaram à sua terra como nação livre, tornando-se então uma nação rica e forte.

Recordamo, por exemplo, como tramaram contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial para aniquilá-los. De 17 milhões de judeus que viviam em 1933, vírgula somente 11 milhões sobreviveram. Seis Milhões foram trucidados nas câmaras de gás, nos campos de concentração.

Qual é o futuro do povo judeu? Voltará esse povo, como nação para o Messias? Haverá despertamento espiritual entre eles? Buscarão os judeus como raça sua salvação na cruz do Calvário algum dia? Será que Deus terminou com esse povo cancelando seu pacto? Resposta a essas perguntas é ponto nevrálgico da exposição de humanos 11

E é o que Paulo esta respondendo nesse capitulo. E Para entender sua resposta, devemos nos voltar ao que Paulo disse até aqui dentro de Romanos.

Em Romanos 1-8, Paulo negou que os judeus tivessem sua salvação garantida com base em seus distintos privilégios enquanto judeus. A fé era a chave, não a etnia ou qualquer tipo de obras. Paulo argumentou que todos os que creem em Jesus são filhos de Abraão.

Ele também argumentou que nenhuma das promessas de Deus falharia. Tudo isso levantaria sérias questões na mente dos seus leitores. O que dizer de Israel? O que fazer com as promessas que Deus lhe fez, à luz de sua rejeição do Messias? Será que a incredulidade de Israel anulou as promessas de Deus? Será que Israel foi deserdado? Será que o plano de Deus revelado ao longo do Antigo Testamento foi arruinado ou descartado? Paulo responde essas questões em Romanos 9-11.

Paulo começa Romanos 9 com um lamento por Israel – seus "compatriotas, segundo a carne" (v. 3).

Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos, os de minha raça, Romanos 9:3

 Ele então relembra todos os privilégios que ainda pertencem a Israel – incluindo a adoção, as alianças e as promessas (vv. 4-5). No versículos 6a, relembra, que a promessa de Deus não falhou. Nos versículos 6.13, ele explica que a eleição corporativa de Israel nunca significou a salvação de cada descendente biológico de Abraão: "nem todos os de Israel são, de fato, israelitas" (v. 6b). Nos versículos 14-23, Paulo expande isso, explicando que a salvação nunca foi um direito de nascimento baseado na descendência biológica. Ela sempre foi um dom baseado na eleição soberana de Deus.

Em Romanos 9.30-10.21, Paulo descreve a virada ocorrida na história redentiva, a saber, que, enquanto Israel tropeçou sobre Jesus, os gentios estão agora afluindo para o reino. No capitulo 10 Paulo termina falando sobre a rebeldia de Israel e a generosa espera divina. Mas a respeito de Israel, ele diz: "O tempo todo estendi as mãos a um povo desobediente e rebelde".
Romanos 10:21-21

O que Paulo diz, então, levanta a grande pergunta, que ele agora apresenta: "Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum!" (11.1a).

Esse é o tema básico do capítulo 11. Nos versículos 1-10, e a resposta de Paulo é imediata e peremptória "de modo nenhum !!!" demonstrando que Deus não rejeitou Israel ao distinguir entre o "remanescente" e os "endurecidos".

Em primeiro lugar o apóstolo Paulo usa o seu próprio exemplo. Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim.Romanos 11:1-1

Paulo usa um argumento pessoal para provar a sua tese, a salvação de Paulo, um judeu descendente de Abraão e membro de uma das Tribos mais ilustres, era prova cabal e irrefutável de que Deus não rejeita o seu povo

Adolf Pohl afirma que o próprio Paulo era um contra-argumento vivo. A Rejeição de Israel era apenas parcial, uma vez que existe um remanescente fiel a um Israel espiritual dentro de um Israel étnico, um grupo de Israel que crê e um grupo de Israel que não crê, dentro do círculo maior composto de todos os judeus, havia um círculo menor composto pelo remanescente da Graça, ou seja, pelos judeus convertidos a Cristo

Em segundo lugar o apóstolo Paulo da o exemplo de Elias. Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu. Ou vocês não sabem como Elias clamou a Deus contra Israel, conforme diz a Escritura? "Senhor, mataram os teus profetas e derrubaram os teus altares; sou o único que sobrou, e agora estão procurando matar-me". E qual foi a resposta divina? "Reservei para mim sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal" Romanos 11:2-4

Deus queridos irmãos não é contraditório. Não rejeitou o seu povo a quem de antemão conheceu e amou fez dele o objeto de seu especial deleite e prazer.  E para confirmar a assertiva de que Deus Não havia rejeitado o seu povo, Paulo usa um argumento bíblico citando O Profeta Elias.

Mostrando que mesmo num tempo de generalizada apostasia, nunca faltou na história uma lâmpada acesa. Nunca deixou de existir um remanescente fiel. Mesmo no cenário mais escuro da apostasia o remanescente permanece Fiel.

Nesta passagem, há prova de que a palavra de Deus não falhará, reside na diferenciação entre o verdadeiro Israel e aqueles que são meramente israelitas, entre a descendência verdadeira e aquele que são meros descendentes, assim também, no caso presente, a eleição da graça é a demonstração de que Israel, como o povo, não fora totalmente esquecido por Deus. Apesar da apostasia generalizada de Israel sobrevive um remanescente segundo eleição da Graça.

Então vemos aqui a resposta de Paulo, a todos que acham que Israel não tem salvação, Deus não desamparou a israel…. Deus não desistiu do seu povo. Mas usou a desobediência do seu povo pra trazer a salvação a todos os povos.

Novamente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? De maneira nenhuma! Ao contrário, por causa da transgressão deles, veio salvação para os gentios, para provocar ciúme em Israel. Mas se a transgressão deles significa riqueza para o mundo, e o seu fracasso, riqueza para os gentios, quanto mais significará a sua plenitude! Romanos 11:11,12

Paulo então pergunta: "Porventura, tropeçaram para que caíssem?" (11.11a). Qual a sua resposta? "De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes" (11.11b). Qual é o significado presente do tropeço de Israel? Paulo explica que isso aconteceu como um meio para trazer uma multidão de gentios para o reino.

O endurecimento de Israel está servindo ao propósito de Deus. A transgressão deles serviu como ocasião para a outorga da salvação aos gentios.

A rejeição dos judeus não foi total nem definitiva, houve um remanescente no passado, há um remanescente no presente e haverá um remanescente no futuro, uma restauração de Israel que servita de benção pra todos os povos da terra

 Paulo afirma: "Ora, se a transgressão dele redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!" (v. 12, ênfase minha).

O fato de a maioria de Israel ter rejeitado o evangelho abriu o caminho para a salvação dos gentios Cristo veio para os seus mas os seus não o receberam João 1.12 Porque os judeus rejeitaram a graça vírgula o evangelho foi oferecida a gente os pontos

Paulo antecipa um problema em potencial nos versículos 13-24.

não se glorie contra esses ramos. Se o fizer, saiba que não é você quem sustenta a raiz, mas a raiz a você. Romanos 11:18

Os crentes gentios, por haverem aprendido que eles eram agora o povo de Deus, poderiam facilmente se confundir e achar que isso era motivo para se vangloriarem contra os judeus. Nesses versículos, Paulo os adverte contra tal arrogância e orgulho.

Os ramos silvestres, hoje em dia os crentes, não deve vangoriar-se por terem sido enxertados, nem se gloriar contra os Ramos que foram quebrados, uma vez que não são eles que sustentam a raiz, mas a raiz é que sustenta.

Paulo está dizendo queridos irmãos que os Ramos judeus foram arrancados pela incredulidade e os Ramos silvestres foram enxertados mediante a fé, sem mérito algum, por isso não há espaço para a soberba, mas na verdade é o motivo de temor.

Paulo exorta o gentil abaixar a bola da soberba conclamando-os a meditar na severidade e bondade de Deus, porque se não fosse a graça de Deus que os enxertou na videira e o fizesse concidadãos dos Santos, Eles teriam permanecido para sempre sem vida e sem frutos.

 Paulo adverte aqui queridos irmãos sobre a tendência do Gentil em crer que eles vieram a tornar-se a pedra capital do Tabuleiro, que tomaram lugar de Israel no coração de Deus, de modo algum. Deus não deixou de amar a Israel quando vocacionou o gentil

No versículo 26, Paulo continua a sentença iniciada no versículo 25: "E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades".

 

 

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