2019/04/03

Dízimo: Mordomia & Contribuição

Irmãos nessa noite quero convida-los a abrirem seus corações e suas mentes para aquilo que Deus quer falar nesta noite. O tema que me proponho a compartilhar com os irmãos é um tema bastante importante para nós que vivemos em comunidade, e embora ele seja importante, ele está muito desgastado por conta do mau uso dele e de distorções absurdas que vemos sendo pregados por ai.

Graças a Deus somos uma igreja muito séria e tratamos desse tema com muita seriedade e é por conta disso que sinto que devemos trabalhar com a verdade a respeito do tema. E orientar os irmãos, não só os que já são da casa, mas aqueles que estão se achegando a nós.

 Além disso o meu testemunho pessoal é que sou dizimista mesmo antes de me ter batizado e apesar de entender perfeitamente que não existe uma troca com Deus, vejo as bênçãos de Deus sendo derramada em minha vida por conta da obediência prestada e Ele no que se refere a devolução dos recursos dados a mim, mas que pertence a Deus.

Eu creio de todo o meu coração que existe uma benção de Deus sobre todos aqueles que praticam esse ato. O meu intuito é ensinar a todos a respeito do significado e o valor do Dizimo.

A primeira coisa que todos nós precisamos entender que nada que possuímos é realmente nosso. Nem nós somos de nós mesmos! Quando a Bíblia fala de obra de Jesus na cruz, fala de redenção. Cristo nos comprou para Deus através de seu sacrifício; isto é claramente mostrado na Palavra do Senhor:

"…porque foste morto e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra."
Apocalipse 5:9b,10.

Tudo o que somos e o que temos pertence a Deus. Devemos viver como bons mordomos, administrando bem aquilo que é do Senhor. Jesus usou o conceito de mordomia, aplicando-o a nós:

"Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Verdadeiramente vos digo que lhe confiará todos os seus bens.

Mas se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo em dia que não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis." Lucas 12:42-46.

Nossa vida, família, casa e bens são do Senhor e devemos administrar tudo isto vivendo intensamente para Deus com tudo o que Ele nos confiou. Parte do nosso dinheiro volta a Deus na forma de contribuições, mas o que não damos não deixa de ser d'Ele e deve ser empregado corretamente. Este é um princípio poderoso na vida do cristão e deve ser entendido e vivido antes mesmo da contribuição, que é só um pequeno aspecto da mordomia.

Contribuição

Queremos dar ênfase ao aspecto da contribuição pois é o que mais necessita ser compreendido e tem a ver com a vida da Igreja.

Nossa contribuição é tão espiritual quanto nossas orações; não há como separar os assuntos em natural e espiritual. Quando um anjo do Senhor apareceu ao centurião Cornélio, lhe disse: "As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus" (At. 10:4).

Veja que o anjo diz que orações e esmolas subiram igualmente perante Deus; contribuição é um ato espiritual! A esmola é apenas um nível de contribuição, mas a Bíblia fala de outros dois níveis: o dízimo e a oferta (Ml.3:8-10). E assim como no caso da esmola, o dízimo e a oferta são apresentados como também produzindo um memorial perante o Senhor (Ml.3:16).

Quando contribuímos em qualquer um destes três níveis, estamos levantando um memorial diante de Deus. Com esta linguagem figurada, a Bíblia está declarando que o Senhor se "lembrará" de nós para nos abençoar. A contribuição é um ato espiritual seguido de bênçãos!

O Dízimo

É a décima parte da renda, consagrada ao Senhor. Muitas das nações da Antiguidade tinham procedimento semelhante em relação aos seus deuses e governantes. Aparece na Bíblia como prática dos patriarcas mesmo antes de ser instituído como lei em Israel;

Abraão deu o dízimo a Melquisedeque (Gn.14:20) e Jacó também fez votos de dar a Deus o dízimo de tudo o que o Senhor lhe concedesse (Gn.28:22).

Esta pedra que ergui como monumento será a casa de Deus e darei a Deus uma décima parte de tudo o que ele me der". Gênesis 28.22

Portanto, o dízimo não "nasceu" como uma ordenança e sim como um ato espontâneo, que depois foi instituído como lei.

A lei de Moisés mandava separar o dízimo dos frutos e do gado (Lv.27:30,32), com o propósito de sustentar os levitas (Nm.18:4,24). Haviam 12 tribos, e a tribo de Levi foi separada para o serviço do Senhor; como não tinham herança na terra e nem podiam dedicar-se ao trabalho secular por seu ministério, os levitas viviam do dízimo das outras 11 tribos.

É interessante notar que os levitas também dizimavam (Nm.18:26,27), o que nos ensina que mesmo os ministros de tempo integral devem fazê-lo também. Como Igreja local também praticamos o dízimo dos dízimos, separando-o para missões e obras assistenciais.

Um dos textos que melhor esclarece o dízimo é o da profecia de Malaquias: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós benção sem medida. Por vossa causa repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos" Malaquias 3:8-10.

Ressaltamos alguns princípios do texto que devem ser destacados:

1) O dízimo é de Deus. Esta parte de nossa renda é do Senhor. Jesus disse que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt.22:21), o que significa que a mesma obrigação que temos com os impostos é a que temos quanto ao dízimo. Ele é de Deus! Não fazemos nada mais que o dever quando o entregamos… (* Claro, isso não tem nada a ver com a doutrina soterológica).

2) É Benção ou Maldição. Entregar o dízimo é um ato espiritual, que constitui-se fonte de benção (v.10 a 12) ou de maldição (v. 9). Ao entregarmos, somos abençoados, mas ao retermos (o que a Bíblia chama de "roubar") somos amaldiçoados.

O profeta Ageu foi contemporâneo de Malaquias e também condenou a retenção do que pertencia a Deus. Sua geração não mais praticava o dízimo e as ofertas e foi amaldiçoado por causa disto (Ag. 1:6,9-11); mas quando descobriram que não havia lucro algum em roubar a Deus, eles se arrependeram e voltaram a contribuir, o que permitiu que o templo fosse reconstruído. No dia em que lançaram os fundamentos do templo, Deus mudou a maldição em benção porque obedeceram (Ag. 2:18,19).

Prestem atenção no que vai acontecer a partir de agora. Hoje, dia vinte e quatro do nono mês, vocês têm colocado a base do templo do SENHOR. Já não há mais sementes no celeiro porque já estão semeadas. As parreiras, as figueiras, as romãzeiras e as oliveiras não podem dar mais colheitas. Mesmo assim, de agora em diante eu abençoarei vocês com boas colheitas". Ageu 2.18-19

3) É entregue na casa do tesouro. O dízimo tem destino certo. No V.T. ele era levado ao templo "para que houvesse mantimento (para os levitas) na casa do Senhor". Porque no Templo? Porque é um princípio espiritual de que "quem semeia o que é espiritual tem direito de colher o que é material" (I Co. 9:11- Gl. 6:6).

Se nós semeamos entre vocês a semente espiritual, será demais se colhermos de vocês alguma coisa material? 1 Coríntios 9.11

As pessoas devem entregar seus dízimos nas Igrejas onde são ministradas espiritualmente e recebem a ceia do Senhor (Gn.14:18-20).

O Dízimo no Novo Testamento

Algumas pessoas afirmam que o dízimo é pertencente única e exclusivamente ao Velho Testamento e que a contribuição do Novo Testamento não tem quantia determinada. Ou seja, não está limitada aos dez por cento.

De fato, todos os textos que esclarecem o dízimo são do Velho Testamento, mas o Novo os sustentou, não necessitando de novas instruções. O ensino neotestamentário deu muita ênfase às ofertas, que é um outro nível de contribuição e que necessita de mais instrução. Mas a verdade é que o Novo Testamento também fala do dízimo.

Tudo o que pertencia à Velha Aliança foi ensinado por Jesus de forma diferente, mas o dízimo não. Não foi suprimido, e sua prática foi encorajada pelo Senhor (Mt.23:23).

Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês dão a Deus um décimo de tudo o que possuem, até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas deixam de obedecer as coisas mais importantes da lei, que são o de ser tanto justo como misericordioso com as pessoas, assim como o de ser fiel a Deus. É necessário que vocês façam estas coisas sem desprezar aquelas. Mateus 23.23

"Devíeis fazer estas coisas" significa: "Vocês devem dar o dízimo", mas com um coração correto e exceder os escribas e fariseus (Mt. 5:20)

 

Líquido ou Bruto

Nos dias de hoje, com benefícios que são deduzidos do salário, temos bem distinta a renda bruta (valor do holerite) e a líquida (o que o trabalhador pega na mão). E muitos se perguntam sobre que valor deve-se calcular.

Há um texto no Velho Testamento que pode trazer luz sobre isto. Números 18:27 diz que o dízimo dos grãos se contava depois de limpos na eira, e o dízimo da vinha depois que as uvas haviam sido espremidas no lagar. Aconselhamos que se dizime em cima daquilo que vem limpo em nossas mãos; aos empresários aconselhamos que dizimem a sua renda pessoal que você tira da empresa e não 10% do faturamento dela.

Fazemos uso de um envelope de dízimo para melhor contabilizar as finanças da igreja, e não para controlar quem são as pessoas que contribuem e com quanto o fazem; é puramente uma necessidade administrativa.

Primícias

Na Velha Aliança, antes da colheita os israelitas santificavam primeiro o que era do Senhor: as primícias, para depois continuarem colhendo. Provérbios 3:9,10 nos ensina a fazer o mesmo: "honrar ao Senhor com as primícias de nossa renda". Não espere sobrar para dizimar, separe o dízimo antes dos demais gastos do mês. Ele tem que ser a parte primordial do orçamento!

As Ofertas

Quando Malaquias repreendeu o povo de Deus, o fez pela retenção do dízimo e das ofertas. O dízimo tem seu percentual determinado, as ofertas não. Mas elas são algo que fazemos além do dízimo.

Elas têm como destino o reino de Deus. Não são necessariamente destinadas à Igreja local, mas ao reino de Deus em toda parte. Vão para missões, para obreiros, para aquisição de qualquer coisa útil para propagação do evangelho, etc.

Enquanto o dízimo visa suprir a necessidade de sustento dos obreiros de tempo integral, as ofertas não tem um propósito específico, se aplicam a suprir necessidades diversas que o só o dízimo não supre.

A pessoa oferta o quanto e quando quer, mas as ofertas devem ser parte da vida do crente.

As Esmolas

Enquanto o destino do dízimo é a Igreja e o das ofertas é o Reino, as esmolas destinam-se aos necessitados, sejam eles cristãos ou não. É uma expressão de compaixão e misericórdia para os que estão com falta de recursos para viver dignamente.

O Antigo Testamento já instruía a cuidar do pobre (Lv.19:10; Sl.112:9; Pv.19:17) e o Novo mostrou o quanto isto é necessário, começando dos cristãos (Gl.6:9,10) e se estendendo aos ímpios.

A Igreja sustentava as suas viúvas (At. 6:1 e I Tm. 5:3-16) e os irmãos supriam as necessidades uns dos outros repartindo seus bens (At. 2:34,35).

Temos a responsabilidade de exercer misericórdia e assistência social aos necessitados. E os recursos que proporcionam isto são as esmolas.

Leis da Contribuição

1. Fidelidade no Mínimo (Lc.16:10).

Aquele que é fiel no pouco, também é fiel no muito. Aquele que é desonesto em pouco, também é desonesto em muito. Lucas 16.10

Não adianta dizer que quando Deus nos der mais dinheiro, então contribuiremos. Se não o fazemos com pouco não faremos depois. Quem não dá dez porcento de cem não vai dar dez porcento de mil.

2. Segundo suas posses (I Co.16:1,2; II Co.8:12,Lc.21:1-3).

Quanto à coleta para o povo de Deus, façam vocês também como eu ordenei às igrejas da Galácia: todo domingo, cada um de vocês deve separar e guardar quanto dinheiro puder, de acordo com a sua prosperidade. Vão ajuntando, para que não se façam coletas quando eu chegar. 1 Coríntios 16.1-2

Deus não vê e nem compara números. Ele vê a disposição do coração e a limitação da renda. Quem possui mais não é melhor por ofertar mais do que o que tem menos condições. Quando Jesus foi dedicado no templo, seus pais deram uma oferta de gente pobre.

3. Expressão de Generosidade (II Co. 9:5-7).

Por isso achei necessário pedir aos irmãos que fossem visitá-los antes de nós, para acabarem de preparar a oferta que prometeram. E assim a oferta já estará pronta quando nós chegarmos aí, e será uma oferta que vocês deram de boa vontade, e não por obrigação. Lembrem-se disto: aquele que planta pouco, também vai colher pouco; e aquele que planta muito, também vai colher muito. Cada pessoa deve dar de acordo com o que resolveu no seu coração, não com tristeza ou por obrigação, pois Deus ama a pessoa que dá com alegria. 2 Coríntios 9.5-7

Deus não aceita o que é expressão de avareza. Atos 5 mostra que Ananias não foi generoso; pelo contrário foi avarento e orgulhoso e quis estar em evidência. Deus não está atrás do nosso dinheiro, mas da expressão de generosidade; sem ela, o dinheiro não vale nada! Deve haver em nós alegria ao contribuir! O apóstolo Paulo se referiu a isto como sendo uma "graça". É um privilégio servirmos a Deus com nosso bens, e o Senhor não quer que ninguém o faça por constrangimento mas de coração.

4. Colhemos o quanto plantamos (II Co. 9:6).

Lembrem-se disto: aquele que planta pouco, também vai colher pouco; e aquele que planta muito, também vai colher muito. 2 Coríntios 9.6

Quanto mais contribuímos, mais abençoados somos! Se queremos romper na área financeira e andar na benção do Senhor temos que plantar mais. A colheita não é automática, precisa de tempo, mas é certa e não falhará!

5. Prova de Obediência. Minha contribuição em todos os seus níveis (dízimo, oferta, esmola) é uma prova da minha obediência a Deus. Portanto, se sou falho nesta área, estou demonstrando quem realmente sou! Além de que, Deus não precisa tanto da minha contribuição quanto eu preciso! Através dela mantenho um coração submisso a Deus e o dinheiro como um servo do Reino…

 Luciano Subirá  

 


O Maior no Reino de Deus...

 Texto: Lucas 22:24-30
Levantou-se também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.  Ao que Jesus lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que sobre eles exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sereis assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é maior, quem está mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está mesa? Eu, porém, estou entre vós como quem serve.
Queridos... Quem não quer ser o maior ou o melhor em todas as coisas? Me parece que hoje as coisas estão mais acirradas entre as pessoas, a competição entre as pessoas está mais ardorosa, e as vezes até desleal, ninguém quer ficar por baixo.
Às vezes eu percebo essa sede por reconhecimento por parte de alguns cristãos, o que demonstra uma incoerência com aquilo que Cristo nos ensinou e uma necessidade por parte desses irmãos de entender o seu papel no Reino de Deus como discípulos de Jesus.
Enquanto que na selva da sociedade, reina a Lei do mais forte, do mais capaz, do bom competidor, do mais inteligente, do mais rico e poderoso. O cristão quebra esse ciclo selvagem quando imita a postura de seu salvador. A lei do mais forte é a lei aplicada entre os animais soltos na Natureza.  Nós não somos animais soltos nessa selva e muito menos estamos sozinhos nessa empreitada.
Os discípulos de Jesus discutiam entre si para ver quem era o maior deles. Eles queriam saber quem tinha mais influência, quem estava na linha de sucessão após Jesus. Essa contenda, no entanto, era contrária às virtudes do Reino de Deus, e não havia mentalidade cristã neles, em tal disputa.
O enfoque dos discípulos nessa conversa era mundano e eles se baseavam, para tanto, na experiência de vida que tinham na sociedade e nos rudimentos do Mundo da época em que viviam. Entretanto, não era algo que os edificasse, dada a impertinência do assunto e do estado de espírito de cada um.
Jesus interveio com as palavras do verso 26, Mas vós não sereis assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve e lhes disse que Ele era como aquele que servia, Ele era o exemplo a ser seguido.
A sociedade, segundo Jesus, dizia que o que está à mesa é maior que aquele que serve. Essa consciência se aplica hoje em dia, como foi aplicada em todos os tempos, e será nos futuros. As pessoas pensam sem sombra de dúvida, que é melhor ser servido do que servir. Mas, Jesus destrói esse raciocínio corriqueiro, substituindo-o pela regra do Reino de Deus para tal situação. Ele diz Eu, porém, estou entre vós como quem serve.
Aliás não só esse raciocínio foi subvertido por Jesus, como insere outros como: "Os últimos serão os primeiros"; "o maior será como o menor"; "quem quiser ser grande, que seja servo"; "dê a outra face"; "ande duas milhas"; "entregue a capa"; "ame os seus inimigos"; e por aí vai. Todas essas afirmações são de Jesus.
Jesus, com seus conceitos e ensinos, subverte tais pensamentos mundanos, nas quais imperam valores totalmente diferentes (muitos frontalmente contrários) daqueles que devem ser encontrados em um cristão.
O discurso de Jesus não é algo simples de se aceitar, pelo menos, não de imediato. A maioria das pessoas prefere "estar à mesa" a "servir a mesa", essa é a verdade. Até porque uma das coisas mais difíceis a serem perseguidas e alcançadas é justamente a humildade.
Quantas vezes não tentamos demonstrar nosso "domínio" de uma situação quando nem conseguimos controlar nosso próprio temperamento? Jesus demonstrou o domínio mais difícil de conquistar – o de si mesmo.
Maior, sem dúvida, serei, quando conseguir dominar a mim mesmo e servir a outros - quaisquer outros - com a mesma naturalidade de Jesus. Alec Patterson orou "O Deus, ajude-nos a ser mestres de nós mesmos para que possamos ser servos de outros."
Como é difícil ser um servo, não só nos momentos e situações que nós escolhemos, mas, em cada oportunidade que Deus escolher para nós. Quando Deus puder nos chamar a servir quando e como ele quiser, aí começaremos a conhecer a grandeza do nosso Mestre refletida em nós...
Se você deseja servir a Deus com todo o seu coração e ser achado grande no reino de Deus comece a entender que você precisa se colocar na parte de baixo da pirâmide da sociedade, comece servindo e vendo as pessoas como maior do que você mesmo. Cada um considere os outros superiores a si mesmo. Filipenses 2:3
Eu acredito que se quisermos ser uma igreja viva e vivenciarmos os milagres de Deus em nosso meio, precisamos guardar essa verdade em nossos corações. Deus nos chama a servir as pessoas...
O Apostolo Paulo compreendeu essa verdade e orientou os seus ouvintes para a pratica dela.
Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:1-11
  Investir na vida do próximo mais do que na sua própria, pode não ser a mais rentável carreira, mas é a mais feliz e mais compensadora.
No Reino de Deus maior é o que serve.
No Reino de Deus ser grande não é ter muita gente a seu serviço, mas servir a muita gente.
No Reino de Deus mais bem-aventurado é dar que receber.
No Reino de Deus aquele que investe a sua vida na vida dos outros a encontra, mas aquele que narcisistamente busca apenas os seus interesses a perde.
Se queremos trilhar o caminho da glória, Jesus é o nosso supremo modelo. Ele não escreveu nenhuma página no papel, mas ele transformou o mundo com o seu exemplo, sua obra na cruz e suas palavras.
I. O Maior no Reino de Deus é aquele que se coloca debaixo da humildade. V. 5-6
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Filipenses 2:5,6
O apóstolo Paulo nos encoraja a termos o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Ele se esvaziou da sua glória. Ele despojou-se de sua majestade. Sendo Deus espírito, fez-se carne. Ele sendo Deus eterno, se fez homem; sendo Rei dos reis, se fez servo; sendo bendito e exaltado pelos anjos, fez-se maldição por nós; sendo santo, fez-se pecado; sendo glorificado pelos querubins, veio ao mundo para ser cuspido pelos homens.
Ele desceu do céu. Nasceu não num palácio, num berço de ouro, mas num berço de palha. Nasceu não no seio de uma família opulenta e rica, mas no seio de uma família pobre, numa cidade pobre. Viveu não pisando tapetes aveludados, mas palmilhando pelas empoeiradas estradas da Palestina. Viveu sem ter onde reclinar a cabeça. Não tinha uma casa, nem um barco, num jumentinho, nem mesmo um túmulo.
E por que tamanha abnegação? E por que tamanho altruísmo? E por deixou a glória do céu, mas mergulhar-se na nossa história? É porque ele pensou em você mais do que em si mesmo. Ele nos amou e a si mesmo se entregou por nós. Ele nos amou com amor eterno.
II. O Maior no Reino de Deus servi ao próximo, e não agradar a sí mesmos – V. 7
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; Filipenses 2:7
Jesus não veio para ser servido, mas para servir. Ele sendo o Rei do Universo, assumiu a forma de servo. Ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo.
Ele curou os doentes, tocou e purificou os leprosos, levantou os paralíticos, deu vista aos cegos, fez ouvir os surdos, fez falar os mudos, libertou os cativos, alimentou os famintos, consolou os tristes, assistiu os desamparados, encorajou os desanimados.
Aonde havia trevas, ele levou a luz. Aonde havia discórdia, ele levou a paz. Aonde havia confusão, ele levou a verdade. Aonde havia opressão, ele levou a libertação. Aonde havia perdição, ele levou a salvação.
Os discípulos de Cristo, muitas vezes, discutiram quem era o maior entre eles. Queriam holofotes e aplausos. Quem é o melhor? Quem é o mais inteligente? Quem tem a maior nota? Quem vai se sair melhor na profissão? Quem vai galgar as alturas mais excelsas? Quem vai receber o diploma de honra ao mérito? Ah, parece que os anos mudaram, mas nós não. Como gostamos que as pessoas façam massagem em nosso ego. Como gostamos que as pessoas nos falem quão importantes nós somos. Como gostamos de cantar o hino QUÃO GRANDE ÉS TU diante do espelho.
Quando os discípulos discutiam essas coisas, mesmo às vésperas da sua morte de cruz, Jesus despiu-se de suas vestes e cingiu-se com uma toalha e lavou os pés dos discípulos. A humildade de Cristo reprovou o orgulho dos discípulos. Eles sendo criaturas queriam a glória de serem servidos. Ele sendo Deus glorioso se ajoelhou para servir.
Jesus contou uma parábola que ilustra esse sentimento da humanidade. É a parábola do BOM SAMARITANO. Essa parábola nos aponta três classes de pessoas no mundo:
1) As que vivem impiedosamente – A filosofia dessas pessoas pode ser assim sintetizada: "O que é meu é meu, e o que é seu deve ser meu também."
2) As que vivem narcisistamente – A filosofia do sacerdote e do levita pode ser resumida da seguinte maneira: "O que é meu é meu, o que é seu é seu."
3) As que vivem altruistamente – A filosofia pode ser expressa assim: "O que é seu é seu, mas o que é meu pode ser seu também". O Samaritano viu, parou, se aproximou, pesou as feridas, carregou, pagou. Esse samaritano foi o maior no Reino de Deus.
III. O maior no reino de Deus pratica o auto-sacrifício e não a auto-promoção – v. 8
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Filipenses 2:8
Muitas pessoas estão prontas a servir, desde que isso não lhes custe nada. Jesus nos ensinou a dar mais um passo no amor: não apenas a amar o próximo como a nós mesmos, mas amar o próximo como ele nos amou. Ele nos amou e se entregou por nós. Ele nos amou até o fim. Ele nos amou e morreu por nós.
Certa vez foi vista em uma barraca vendendo objetos de artesanato uma placa com seguintes dizeres: "Vendo cruz barato". A cruz de Cristo não foi barata. Ele deu a sua vida. Ele se sacrificou.
Para nos servir e nos salvar Cristo sofreu sede, fome, solidão, abandono, perseguição, pobreza, escárnio, prisão, açoites e a própria morte.
Cristo enfrentou a oposição 1) Do mundo religioso – sacerdotes e escribas; 2) Do mundo político – Herodes e Pilatos; 3) Do mundo espiritual – a traição de Judas, a negação de Pedro, o abandono dos discípulos, os apupos da multidão, a fúria de Satanás. Mas Jesus jamais recuou. Ele nos amou até o fim.
IV. O maior no Reino de Deus busca a glória de Deus e não a sua própria glória – v. 9-11
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:9-11
A Bíblia nos diz que aquele que se exalta, será humilhado. Porém, aquele que se humilha será exaltado. Aquele que chora será consolado. Aquele serve, será honrado.
Não é aprovado aquele que se exata a si mesmo, mas a quem Deus exalta. Não vivemos para engrandecer o nosso próprio nome, mas para glorificar a Deus. O fim principal do homem não é ser rico, poderoso; o fim principal do homem é glorificar a Deus. Qualquer outra glória é glória vã, é glória vazia, é vaidade. Quando buscamos a glória de Deus, ele em tempo oportuno nos exalta.
Cristo se humilhou e os homens o humilharam, dando-lhe nomes blasfemos: chamando-o de pecador, beberrão, de possesso. Mas Deus o exaltou e lhe deu o nome que está acima de todo o nome.
Cristo se ajoelhou para servir, mas agora Deus faz com que todo o joelho se dobre e confesse que Ele é Senhor. Cristo viveu para a glorificar o Pai e o Pai exalta o Filho.
As recompensas do serviço não são todas colhidas aqui. A história de Cristo não terminou na sua sepultura. Deus o ressuscitou. Deus o exaltou.
 Ilustração:
Um casal de missionários americanos voltava para casa após 50 anos servindo a Deus na África. Durante a viagem de volta no navio, eles vieram imaginando como seriam recebidos e que tipos de honra receberiam de seus familiares e amigos, já que dedicaram praticamente a vida toda a serviço do Reino de Deus. Quando o navio se aproximava do porto, eles viram muitas bandeiras, banda, fanfarra e uma festa preparada. Então pensaram: "Maravilha! Eles estão prontos para nos receber de volta! Que alegria!"
Porém, quando saíram do navio depois de um bom tempo, já que estavam viajando na terceira classe, viram os papéis coloridos espalhados pelo chão e não havia mais a banda e as pessoas. Diante daquele silêncio, comentaram: "A festa deve ter sido por causa daqueles homens de terno no navio. Vamos embora!" Então foram pra casa, cansados e frustrados, pois não havia ninguém para esperá-los, nenhuma recompensa sequer e o marido ficou tão revoltado que saiu batendo a porta e disse à sua esposa: "Eu vou dar uma volta, pergunta aí pro seu Deus se é isso que Ele tem pra nos dar depois de 50 anos de ministério!".
Aquele homem andou… andou,… andou… e, ao voltar, encontrou a esposa mexendo em alguma coisa na pia da cozinha. Ele entrou e perguntou à mulher em tom de deboche: "E então? Falou com o seu Deus se é isso que Ele tem para nos dar, depois de renunciarmos 50 anos da nossa vida dedicados ao ministério?"
E a mulher sem se virar, simplesmente disse: "Falei sim."
"Ah é? E então, o que foi que Ele disse?" retrucou o homem.
Ela respondeu: "Deus disse que nós ainda não chegamos em casa."
Quantas vezes já demos o nosso melhor em nosso emprego e nos decepcionamos porque ninguém reconheceu o nosso esforço? Existe algo mais frustrante do que não ser valorizado e reconhecido? Mas quando fazemos algo para Deus, nunca é em vão! 
Acredite: Ele vê sua luta para vencer o pecado, suas orações e todo o esforço que você faz para servir a Ele. E mesmo que você nunca receba o reconhecimento das pessoas, lembre-se: Você ainda não chegou em casa! É lá na eternidade com o Senhor, que você terá suas lágrimas enxugadas e a maior recompensa de todas: a presença do próprio Deus com você para sempre.
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão." (1Coríntios 15:58)
 Seja o maior no reino de Deus!!!
extraído e adaptado
Hernandes Dias Lopes



TRABALHAR PARA DEUS FAZ BEM A ALMA

Lucas. 10: 17

Os setenta e dois voltaram alegres... Lucas 10:17

Qual foi um dos momentos mais alegres em sua vida?  A essa pergunta algumas pessoas responderia que o momento mais alegre de sua vida foi o nascimento de um filho ou de um neto, a compra de uma casa, a tão sonhada aposentadoria etc... Mas com certeza você escutaria de muitos irmãos a resposta que o momento mais alegre de sua vida foi quando Jesus o alcançou.

Lembro do dia que Jesus me encontrou, eu estava em um retiro a convite de um amigo, mal sabia esse amigo que esse convite mudaria a minha história e indiretamente a história de muitos. Alí meu coração e meus olhos foram abertos para Jesus. Eu nunca tinha sentido tamanha alegria e sentimento de leveza e de lá para cá tudo que envolve as coisas do meu salvador me dá prazer e me traz alegria...

Se alguém me perguntasse pastor o que lhe traz uma alegria imediata? Eu responderia de bate pronto sem pestanejar trabalhar para Deus e ver Deus mudando vida de pessoas através de minha vida. Nada me alegra mais do que ver pessoas sendo transformadas pelo evangelho através de meu chamado.

E apesar de muitas vezes ter que lidar com problemas, ansiedades, preocupações sirvo ao meu Senhor com muita gratidão. Nós recebemos do Senhor grandes bênçãos como o dom da vida, termos uma família, amigos, etc., e não existe recompensa maior que podemos dar a Ele, do que servir com entusiasmo e alegria de coração.

Acredito que era exatamente isto que os discípulos estavam experimentando neste texto que lemos. Depois de cumprirem sua missão, os setenta discípulos de Jesus voltaram "possuídos de alegria". Essa é uma expressão bastante forte que revela a intensidade do gozo que havia em seus corações, após terem vencidos o desafio que o Senhor lhes propusera.

 Às vezes ficamos paralisamos pelo medo ou pela timidez, pela vergonha e deixamos de trabalhar, de servir a Deus naquilo que Ele está nos enviando a fazer. Isso acontece porque muitas vezes pensamos negativamente sobre nós mesmos, não nos sentimos capacitado e esquecemos que é Deus que nos capacita, algumas vezes arranjamos desculpas como a falta de tempo, sendo que quando uma coisa é prioritária para nós a gente sempre arranja um tempo e por conta dessas coisas deixamos de ser usado por Deus e por conseguinte deixamos de sentir uma alegria que só quem se dispõe em servir a Deus sente.

Por que estou dizendo isso irmãos. Porque estamos ai a porta das casas de paz e eu quero que você sinta da parte de Deus uma alegria imensurável, uma alegria divina que venha ser uma força motriz na sua caminhada cristã.

Por isso nesta noite quero motiva-los a servir a Deus, trabalhar para Deus e quero dar-lhes três argumentos que realmente têm valor e que o ajudarão a tomar a decisão certa. 

1) Obediência

 Quando obedecemos a Deus, o honramos verdadeiramente a Jesus. Samuel o profeta disse algo importante a esse respeito em 1 Samuel 15:22 Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.

O próprio Jesus certa vez, confrontou algumas pessoas, indagando: "Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lucas.6: 46). Faz todo sentido, você não acha? Se Ele nos deu uma ordem, nós o desonramos em não obedecer.

Pastor que ordem ele nos deu.

Em Mt 28:18-20 está escrito: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século". Consumação = finalização.

Outro texto semelhante está em Mc 16:15-16: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados."

Isso já deveria ser suficiente para nos mover. Nossa fé não pode ser apenas de palavras, mas de atitude.

 (Mateus 21:28-31- Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.29 – Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.30 – E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.31 – Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.)

A obediência ao chamado manifesta alegria, não pense que o ministério é uma carga pesada que temos de suportar em nome da fidelidade. Embora tenhamos desafios e lutas ao empreendermos as conquistas do reino, a verdade é que ser usados por Deus produz uma intensa alegria em nossas vidas. Talvez seja isso que esteja faltando em sua vida e que está gerando esse vazio dentro do seu coração.

2) A alegria de trabalhar pra Deus é maior que o trabalho

Esse dias eu estava vendo algumas fotos da construção e vendo os irmãos que trabalharam na construção do são de festa um mutirão de pessoas ajudando a tirar as coisas a quebrar as paredes, dai você olha pra elas todas sujas com uma cara de cansados, mas todos radiantes de alegria e felicidade, alguns estão até lembrando com saudosismo agora, não verdade... tenho certeza que se tivéssemos que fazer de volta muitos estarião aqui novamente... porque? Porque vale a pena servir a Deus isso nos traz uma alegria.

É igual os irmãos que trabalham como obreiros no Encontro com Deus... trabalham muito, não param é bem corrido e extenuante, mas quando o encontro acaba, pensam consigo mesmo, quando que é o próximo mesmo?

Esse era o sentimento dos 70 discípulos. Eles eram novos convertidos, não tinham até então nenhuma experiência no contexto de pregar o evangelho. A tarefa não foi simples. Eles encontrariam muito trabalho, E lhes disse: A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos... Lucas 10:2

Eles encontrariam pessoas difíceis Vão! Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos. Lucas 10:3,

Eles encontrariam portas fechadas Mas quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, saiam por suas ruas e digam: 'Até o pó da sua cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vocês. Lucas 10:10,11

Eles encontrariam resistências demoníacas Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome". Lucas. 10: 17b.

No entanto, persistiram. E qual foi o resultado? "Voltaram os setenta possuídos de alegria" (Lucas. 10: 17a).

Depois de terem enfrentado todas as adversidades e vencido seus próprios receios, eles estavam cheios de prazer, pois a sensação de ser um instrumento nas mãos de Deus é maravilhosa! E perceba que a experiência de voltar assim, cheios de gozo, Não foi apenas de alguns, mas de todos os que obedeceram ao Senhor.

Acredito de todo o meu coração querido irmão que Deus nos convida a trabalhar para ele, não porque ele precisa de nossa mão de obra, sem qual as coisas não acontecem, pelo contrário Deus não precisa de nossa ajuda pra realizar nada, aliás ele disse que se não fizermos as nossa parte as próprias pedras clamariam e cumpriria a sua vontade.

Eu acredito que ele nos chama pra servi-lo pra que todos nós seus filhos tenhamos gozo santo e possamos desfrutar dessa alegria reservada somente para aqueles que se dispõe em colocar as mãos no arado... é uma benção de Deus poder trabalhar para Ele...

3) Quando você trabalha de coração, há um poder sobrenatural de Deus sobre você.

Servir ao Senhor envolve os mais nobres sentimentos do nosso coração, ou seja, o que está no íntimo de nosso ser. Ele conhece nossos pensamentos e sentimentos, portanto o sentimento de servir a Ele é muito diferente daquele manifestado quando servimos aos outros.

Para alguns servir aos outros tem algo em troca, uma recompensa que poderá trazer-lhe benefícios, os homens podem vangloriá-lo por isso, porém o Senhor reconhece quando estamos fazendo algo para nossa própria glória ou para a glória Dele.

Ofereça o melhor de suas primícias

Na Bíblia, no livro de Gênesis, tem a história de dois irmãos chamados Caim e Abel; ambos fizeram uma oferta a Deus; Caim ofereceu os frutos da terra e Abel ofereceu as primícias do seu rebanho e o Senhor atentou e alegrou-se mais com a oferta de Abel.

O que podemos aprender com essa história, já que ambos tentaram servir e agradar ao Senhor?

Podemos aprender que toda vez que desejamos servir ou ofertar algo ao Senhor precisamos fazer de coração, com os pensamentos unicamente voltados a Ele, é agir como Ele agiu, amar como ele amou e servir como ele serviu, com todo poder mente e força.

Trabalhar para o Senhor não é dar a sobra do seu tempo e sim o melhor do seu tempo, ou seja, as primícias, essa foi a grande diferença da oferta de Caim e Abel; Abel ofereceu-lhe o que tinha de melhor e de mais valioso, diferente das frutas de Caim. Quando estamos falando de servir ao Senhor, estamos falando de servir àquele que tudo vê, tudo conhece e tudo sabe, podemos enganar o homem, mas nunca poderemos enganar a Deus.

Quando decidimos servi-lo devemos trabalhar com o mesmo ardor, entusiasmo e alegria que servimos em nosso lar e aos nossos familiares. Tenho certeza que quando estamos trabalhando para conseguir o sustento do lar nos esforçamos ao máximo para executar tudo aquilo que nos é confiado; portanto com o mesmo ardor e vontade devemos servi-lo.

No trabalho do Senhor não existe grandiosas obras, mas sim um grandioso coração

Às vezes nos preocupamos com o tipo de serviço que poderemos fazer, mas o que realmente importa é como fazermos o serviço do Senhor. Esteja pronto para servir em qualquer momento, em qualquer lugar de coração, sem pedir nada em troca, não existe uma fórmula certa para servir, o importante é seguir sua inspiração.

"O chamado do Senhor, 'Segue-me', é tão válido para nós como o foi no tempo dos antigos discípulos. (…) Seu progresso depende do esforço que lhe emprestamos. Ele é tolerante para com nossas fraquezas. (…) Cabe a nós a responsabilidade de aceitar chamados, de crescer em Seu serviço". Não existe segredo para servir ao Senhor, basta amá-lo de todo coração e, principalmente, colocar em prática esse amor.

E quando assim agimos em obediência, recebemos da parte de Deus poder. A alegria do Senhor é a nossa força (Neemias. 8: 10b). O próprio Jesus "suportou a cruz em troca de uma alegria que lhe estava proposta" (Hebreus. 12: 2).  Mas porque a obediência gera tanto prazer?

a)    Porque a colheita traz em si um sentimento de realização (Salmos. 126: 6).

Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes. Salmos 126:6

Não tenho alegria maior do que ouvir que meus filhos estão andando na verdade.   3 João 1:4

Pessoas que têm um coração em Deus se entusiasmam com os frutos. Veja o caso de Barnabé. Ele foi enviado pelos apóstolos de Jerusalém para Antioquia. Lá, num campo virgem, num tempo em que os crentes estavam sofrendo dura perseguição, ele viu muitas pessoas se convertendo. E qual foi sua reação? "Vendo a graça de Deus, alegrou-se" (Atos 11:22-23). Homens e mulheres apaixonados por Deus têm prazer em ver a colheita!

Apenas o que estão com o coração frio e cheio de egoísmo, como o profeta Jonas, não participam desse gozo celestial.

Deus viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos. Então Deus se arrependeu e não os destruiu como tinha ameaçado. Jonas 3:10

Mas Jonas ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se. Jonas 4:1

Até os anjos se alegram quando um pecador se arrepende e recebem a salvação. Eu lhes digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende". Lucas 15:10

b) Quando você fala de Jesus, as trevas são derrotadas.

Os setenta voltaram para Jesus, entusiasmados, dizendo: "Senhor, em teu nome até os demônios se nos submetem" (Lucas 10:17b). E a resposta de Jesus foi mais impressionante ainda: "Eu via a Satanás cair do céu como relâmpago" (Lucas 10:18). Ou seja, quando pregamos o evangelho, não só os demônios que ali atuavam são vencidos, mas o próprio Satanás é derrubado!

Nós, que um dia fomos fustigados pelo império das trevas e que vemos o diabo produzindo tanta miséria em nossa geração, podermos estabelecer uma vitória contra ele e conquistar o território que estava em suas mãos!

c) A salvação tem um valor imensurável.

Jesus disse àqueles discípulos fiéis: "Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus" (Lucas 10:20). Em outras palavras, ter o nosso nome inscrito no livro da vida é um argumento maior que todos. Agora, imagine sermos instrumentos para escrever o nome de outras pessoas lá no rol da salvação!

 O privilégio desta hora é tremendo. Não podemos perder esta oportunidade!

  "sim" ou "não" a este chamado?