2016/05/16

Espirito x Carne.

Texto: Romanos 7. 14-25

Nessa noite nós vamos falar sobre a carne versus o espírito, quem já não sentiu como apóstolo Paulo que disse o bem que eu quero fazer não faço, mas o mal que eu não quero fazer isso eu faço.

Há uma guerra incessante acontecendo na vida de todos. Não é a batalha da lei versus a graça. Esta já foi ganha por Jesus na cruz. É sim a guerra do Espírito versus carne. "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si..." Gl5.17

O apóstolo Paulo tendo exibido a operação da lei em produzir convicção de pecado, passa agora a mostrar seu efeito sobre a mente do crente. A lei não pode assegurar sua santificação. A causa desta inabilidade não está na natureza má da lei, que é espiritual. A causa desta inabilidade está em nós. Calvino ressalta que o pecado reside em nós, e não na lei. É certo que a lei expõe, provoca e condena o pecado, mas não é responsável por nossos pecados nem por nossa morte. Ela apenas aponta para o erro. Assim, a lei não pode salvar-nos porque não podemos cumprir-la, por causa do pecado que habita em nós. A fraqueza da lei não está em si mesma, mas em nossa carne.

A carne queridos irmãos ela grita quando é afrontada, a nossa carne ao contrário do que muitos falam que a nossa carne é fraca, na verdade a nossa carne  é muito forte e ela grita, ela impõe seu desejo. É muito comum nós vermos o gritar da carne nas pessoas que estão lutando contra algum vício seja ele alcoólico ou químico. É comum essas pessoas passarem por um período de desintoxicação e é neste período que nós vemos a carne se levantando ao ponto das pessoas terem espasmos, alucinações, agressividade, tudo isso é uma resposta da carne contrária ao processo de libertação. Essa é apenas uma ilustração da guerra entre a carne e o espírito. essa guerra se trava também no campo de nossa mente, de nossas emoções etc...

Paulo não escrevera sobre uma tese impessoal, mas sobre uma experiência pessoal. Apresentara o próprio dilema, o próprio conflito, a guerra civil instalada no seu peito. Aqui a auto biografia de Paulo é a biografia de todo homem. Vemos o auto-retrato de um homem consciente da presença e do poder do pecado em sua vida. O pecado é um tirano cuja as ordens ele odeia e despreza, mas contra cujo poder luta em vão. Paulo queridos irmãos, é um homem que vive simultaneamente em dois planos, ardentemente ansioso por levar uma vida mantida no plano superior, mas tristemente ciente da força do pecado que nele habita e persiste empurra-lo para baixo, para o plano inferior.  Por um lado ele reconhece que bem nenhum habita nele Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Romanos 7:18, mas por outro, tem prazer na lei de Deus Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus 22. ele quer acertar... Ele quer viver em santidade...

Rm 7 queridos irmãos retrata a vida de alguém cuja vontade se volta para que o que é bom, e o mal que ela comete é uma violação daquilo que essa pessoa quer e prefere.  O homem de Rm7 queridos faz coisas más, no entanto as abomina. O homem não regenerado não aborrece pecado, mas o homem regenerado ele odeia o mal. Rm 7 irmãos nos traz cinco verdades que eu quero destacar sobre o crente neste contexto de espírito versus carne.

1)    Conflitos de um salvo

Todo crente passa ou passará por esse conflito sem exceção.

Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Romanos 7:14-17

Todos nós estamos inseridos neste contexto de guerra entre o espírito versus carne e Paulo destaca que esse conflito se dá em 3 aspectos:

1) O conflito entre a natureza da lei e a nossa natureza v14.

Sabemos que a lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado.

A lei é espiritual, mas eu sou carnal, feito de carne e sangue e como tal, moralmente impotente perante as tentações. Essa é a batalha cristã entre a carne é o espírito Gl5.17.

Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Gálatas 5:17

Quando Paulo disse que ele é carnal, não está declarando que não é convertido. Essa mesma expressão foi usada para referir-se aos crentes de Coríntio, Paulo jamais insinuou que eles não fossem convertidos. Essa batalha interior não é um argumento abstrato usado pelo apostolo, mas o eco da experiência pessoal de uma alma angustiada. Duas forças antagônicas nos arrastam para direções opostas.

Na justificação fomos libertos da culpa do pecado; na santificação estamos sendo liberto do poder do pecado, mas só na glorificação seremos salvos da presença do pecado.  O que eu quero dizer com isso é que ainda lidamos contra o pecado que tenazmente nos assedia. Temos de reconhecer que os cristãos vivem na tensão entre os "já" do Reino inaugurado e o "ainda não" da consumação.       

2) Conflito entre o saber e fazer. v15

Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio.

Não compreendemos nosso modo de agir, pois não fazemos o que preferimos e sim o que detestamos. Somos seres ambíguos e contraditórios.  Há uma esquizofrenia embutida em nosso ser. Sabemos uma coisa e fazemos outra. Ovídio poeta romano escreveu a famosa máxima "eu vejo as coisas melhores e as aprovo; mas sigo as piores".

Concordo com o teólogo Charles Ederman no sentido de que não há humana criatura que não tenha consciência de que forças conflitantes do bem e do mal contendem furiosamente para asenhorar-se da alma.

Existe um conflito entre a teoria é a pratica. E acredito que essa seja umas das armadilhas de satanás em fazer-nos em belos conhecedores e péssimos praticantes.

3) O conflito entre liberdade e a escravidão v 16-17

E, se faço o que não desejo, admito que a lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim.

Não basta decidir fazer algo, é preciso fazê-lo. Intenção não equivale a realização. O pecado, gera em nós tal conflito que acabamos fazendo o que não queremos e deixando de fazer o que desejamos. Somos livres em Cristo, mas ao mesmo tempo o pecado ainda está em nós, de modo que fazemos o que não queremos. Assim, não há conflito entre a lei e o crente; o conflito  está entre a lei e aquilo que o próprio crente condena. Existe uma diferença total entre o pecado que sobrevive e o pecado que reina, entre o regenerado em conflito com o pecado e o não regenerado complacente com o pecado. Uma coisa é o fato de o pecado viver em nós; outra é o fato de vivermos em pecado.                  

2) A impotência do velho homem 18-20

Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Romanos 7:18-20

Paulo reconhece que a natureza antiga, o velho homem é impotente diante da lei. Ele reconhece isso tendo a consciência através de 3 aspectos:

A) A consciência da fraqueza 18

Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.

Paulo confessa sua fraqueza. Ele sabe que nenhum bem habita em sua carne, uma vez que não há nele poder para fazer o bem que deseja. O velho homem não é aniquilado na conversão. Ele ainda habita nós. Embora não tenha poder legal de nos dominar, muitas vezes ele revela o quão fraco somos..

B) A consciência da contradição v 19

Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo.

Somos criaturas ambíguas, paradoxais e contraditórias. Não fazemos o bem que preferimos e sim o mal que não queremos. Em cada pessoa a duas naturezas, duas tendências, dois impulsos.

C) A consciência da escravidão. V20

Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim.

Quando fazemos o que não queremos e deixamos de fazer o que desejamos, admitimos que o agente em nós operante não é nossa vontade, mas o pecado que habita em nós.

3) A guerra interior do crente v21-23

Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Romanos 7:21-23

O crente é uma guerra civil ambulante. Há em seu interior o novo homem, guiado pelo Espírito, que tem prazer na lei de Deus, e há também o velho homem, agarrado ao mal v21 Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim., esse homem interior, o novo homem tem prazer na lei de Deus, enquanto o pendor da carne é inimizade contra Deus, e não está sujeito á lei de Deus, nem mesmo pode estar.

a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo. Romanos 8:7

Robert Lee diz: que a consciência dessa guerra interior é uma das maiores evidências de que somos filhos de Deus.

4) O clamor de um remido.v24

24 Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?

Os crentes em Cristo são perfeitos quanto a justificação, mas sua santificação apenas começou. Esta é uma obra progressiva. Quando  creram em Cristo, sabiam um pouco da fonte de corrupção que neles há. Quando Cristo se fez conhecido como seu Salvador, o bem Amado da sua alma, a mente carnal parecia ter morrido, mas logo eles viram que não estava morta. Assim, alguns vieram a experimentar mais aflições da alma depois da sua conversão do que quando foram despertados para o sentimento de sua condição de perdidos.

"Desventurado homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte." é o clamor deles, até que sejam aperfeiçoados em santidade. No entanto, aquele que começou boa obra neles a realizará até o dia de Cristo Jesus. O grito "desventurado homem que eu sou ", portanto, não é o desabafo de dor de uma alma perdida, nem o apelo desnorteado de alguém que está sob convicção de pecado, sem esperança. É a linguagem de um homem que está ansioso e quase desmaiando, porque não vê ajuda suficientemente próxima. Paulo está clamando por uma mudança...

5) A exultação do Remido. V25

Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado. Romanos 7:25

Tanto o clamor quanto a exultação procedem da mesma pessoa: o crente convertido que lamenta sua corrupção e que anseia por uma libertação final no dia da ressurreição; ele sabe que a lei é incapaz de resgatá-lo, mas exulta em Deus por meio de Cristo como único salvador. Quando Paulo escreve sobre a natureza humana, Paulo não escolhe nem o otimismo, nem o pessimismo. Sua postura é de realismo: "Miserável homem que eu sou! Que me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:24).

A Visão pessimista da natureza humana não vai além de adjetivo "miserável". E, mesmo assim, nem acena para a implicação de que somos "dignos de misericórdia". O pessimismo teológico é fabricação da mente humana, da lógica que se fundamenta na afirmação de que nosso corpo é essencialmente ruim. E que, por isso, nada nem ninguém pode nos salvar.

O otimismo, também criação da filosofia limitadamente humana, pretende nos ensinar que, na natureza, tudo é essencialmente bom e que, não importa o que fizermos, o bem é destinado a vencer. A teologia de Paulo, quando escreve aos Romanos, reflete o realismo da revelação ensinada pelo Espírito de Cristo. Que diz que Entregues a nós mesmos, às nossas próprias limitações humanas, nossas vivências do corpo e da alma, somos "miseráveis" – elas não conseguem realizar vida abundante, da comunhão com Deus. Ao dizer isto, Paulo anuncia, triunfantemente, o papel realizador de Cristo, que venceu por nós nossas enfermidades genéticas do pecado.

"Aceitar" a Cristo, então, é uma decisão de realismo espiritual. A história dos cristãos, através dos séculos, é o testemunho de que os humanos, mesmo os mais miseráveis, encontram em Cristo a realização de sua vitória espiritual.

O grande reformador Melanchton escreveu sobre a força do velho homem e a gloriosa libertação que temos em Cristo: " o velho Adão é muito forte para o jovem Melanchton, mas graças a Deus ele não é suficientemente forte para Cristo. Jesus Cristo, nosso Senhor, nos dará  Vitória, dia a dia e durante todos os dias.       

Que no seu dia a dia querido irmão e irmã você possa enfrentar a carne é vencê-la não cumprindo a lei, mas descansando em Cristo.

Comentário de Romanos

Hernandes Dias Lopes

 

 

Livres do Pecado

Texto: Romanos 6.1-14

 Queridos irmãos na última mensagem minha em Rm 5 falei sobre os benefícios da justificação e seus frutos e como a justificação abriu as portas do coração de Deus para o ser humano. O homem foi redimido pela Graça de Deus, a redenção levou homem não apenas ao seu estado original, mas a horizontes mais sublimes. Não somente restituiu o que ele havia perdido, mas o colocou numa posição superior aos anjos, tornando membro da família de Deus.

Queridos irmãos embora a lei tenha colocado em evidência o pecado, ela não fez o homem mais pecador. Porque você sabe que alguma coisa é errada, porque existe uma lei dizendo que aquilo está errado. Certo? A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Romanos 5:20 Simplesmente a lei tornou o homem mais consciente do seu estado, do seu pecado, mais capaz de perceber sua culpa e mais necessitado da Graça. Sobre isso irmãos Hernandes Dias Lopes diz que Deus deu as leis por intermédio Moisés não para substituir sua graça, como se através dela pudéssemos ser livres, mas para revelar a necessidade do ser humano de receber essa graça. Porque a lei é temporária, mas a graça eterna. A lei é percursora da graça. Sua função não é um livrar do pecado, mas nos tomar pelas mãos e nos conduzir a luz e nos levar a Cristo, o Salvador.      

   Agora em Rm 6 Paulo nos mostra que a doutrina da justificação desemboca na santificação. Pela justificação fomos libertos da culpa do pecado, mas na santificação devemos ser salvos do poder do pecado. Vencemos o pecado não sob-regime da lei, mas sob o Reinado da Graça. A santificação, não menos que a justificação, resulta da eficácia da morte de Cristo e da virtude da sua ressurreição.

A doutrina do Reinado da Graça, entretanto, levou os libertinos a distorcer o ensino de Paulo. Baseados em Rm 5.20b Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, eles ensinavam que a prática do pecado abre largas avenidas para uma ação mais robusto da graça.

Assim, esses mestres do engano ensinavam que devemos pecar a valer para que a graça seja mais abundante. Paulo queridos irmãos e reage com firmeza a essa perversão da verdade, dizendo que o reinado da graça nos leva a morrer para o pecado, em vez de incentivar a viver nele e para ele. A graça nos livrou não apenas da culpa do pecado, mas também do seu poder. John Sott diz corretamente que o Deus da graça não apenas perdoa pecados, mas também nos liberta de pecar. Você não é mais escravo, Pois a graça, além de justificar, também santifica.

Para aqueles que acham que a graça é um convite a pecar, por que tem gente que fala ou pensa assim "se eu já fui justificado e os meus pecados do passado do presente e do futuro já foram perdoados por causa da justiça de Cristo, então posso aproveitar a vida pois Deus perdoa mesmo."

William Barclay diz: que é terrível fazer da misericórdia de Deus uma desculpa para pecar. Seria uma atitude vil o filho considerar-se livre para pecar apenas por saber que o seu pai o perdoaria.      

É por isso irmãos que Rm 6 é uma resposta aqueles que procuram transformar a graça de Deus em libertinagem. A pergunta que se inicia no capítulo seis procede da ênfase dada no final do capítulo cinco. Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? Romanos 6:1  Se a graça é superabundante onde o pecado é abundante, se a multiplicação das transgressões serve pra te mostrar o esplendor da graça, então deveríamos pecar mais para que Deus seja ainda mais glorificado na magnificência da sua graça? Essa pergunta retratava tanto a distorção como a objeção, dos legalistas a doutrina da justificação pela graça por meio da fé independentemente das obras.

Apóstolo Paulo de imediato, energicamente rejeita já nos primeiros versículos a tese dos hereges. De maneira nenhuma! Romanos 6:2 Para Paulo queridos a fé cristã está fundamentada sobre o entendimento. Crer é também pensar.  A ignorância da verdade não glorifica Deus nem nos possibilita crescimento na graça.

 O segredo de uma vida santificada está na mente. Consiste no saber e no considerar "Pois sabemos que o nosso velho homem, foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído e não mais sejamos escravos do pecado;" Romanos 6:6 o ter conhecimento de algo é importante a falta de conhecimento atrapalha o cristão na sua caminhada da verdade. Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. "Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento...". Oséias 4:6. considerar "Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus." Romanos 6:11 Uma coisa é você saber ( teoria), outra é você agir (pratica) em relação ao que você sabe...

Aqui fala de tomar uma postura contra o pecado. Nós morremos para o pecado. Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? Romanos 6:2  Se morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? A morte e a vida não podem coexistir, não podemos estar mortos e vivos ao mesmo tempo, com relação a coisa alguma. Se bem que na pratica dentro da igreja nós temos vistos muita gente viva, mas mortas espiritualmente e o que é pior achando que tá tudo bem com elas, se conformando com essa aberração. A graça nos salvou do pecado, e não no pecado. O pecado é inadmissível ao cristão. Os hereges argumentam que o crente pode persistir no pecado, mas Paulo afirma que o crente morreu para o pecado.

Você morreu para o pecado, o pecado não pode mais fazer parte de sua vida. Cristo venceu o pecado e estendeu a você essa vitória. Não podemos viver no pecado se estamos mortos para ele. Assim como nós morremos pelo pecado em Adão, morremos para o pecado em Cristo, concordo com John Sott no sentido de que Paulo declara aqui não impossibilidade da prática do pecado por parte dos crentes, mas a um incongruência moral envolvida. O que está dizendo aqui queridos irmãos é que quando crente está unido com Cristo o viver no pecado não é só uma inconsistência, mas também uma contradição de termos, tanto quanto falar de um homem morto que vive ou de um homem bom que é mau. A união com Cristo, sendo a única fonte de santidade, não pode ser a fonte do pecado.

Fomos batizados na morte de Cristo;

"Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?" Romanos 6:3

O que você precisa entender meu querido irmão, é que você é livre!!! Cristo te emancipou e isso aconteceu porque fomos batizados na morte de Cristo. Quando Cristo morreu nós morremos com ele. Quando ele foi sepultado nós fomos sepultados com ele, assim como estávamos nos lombos de Adão quando ele pecou, estávamos em Cristo quando ele morreu. Sua morte foi a nossa morte. John Stott afirma que fomos unidos a Cristo interiormente pela fé exteriormente pelo batismo. Paulo, portanto, não se refere aqui a forma do batismo, mas o seu significado identificação com Cristo em sua morte. O nosso batismo foi uma espécie de funeral, não é um modo de batismo o elemento importante nessa referência. Paulo enfatiza não rito ou a cerimônia, mas a proclamação e a fé que acompanha o batismo.

Ressuscitamos com Cristo

Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Romanos 6:4-5

Nossa união com Cristo não é apenas em sua morte, mas também em sua ressurreição. Assim como ele ressuscitou, também ressuscitamos nele para vivermos em novidade vida. O poder desse da ressurreição está em nós para vivemos uma vida de poder.  O reinado da morte pelo pecado não tem poder sobre nós, uma vez que morremos e ressuscitamos com Cristo. A morte e ressurreição de Cristo não são apenas fatos históricos e doutrina significativas, mas também experiências pessoais já que através da fé-batismo nós viemos participar deles.

Viveremos com Cristo.

Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Romanos 6:8

Já que estamos em Cristo e ele morreu e ressuscitou, então, nós que morremos com Cristo, ressuscitaremos com Cristo e também viveremos com ele, e não só no porvir, mas aqui agora. Sua morte é a nossa morte, e sua ressurreição é a nossa ressurreição. Sua vida é a nossa vida.

Assim como a morte não tem mais poder sobre Cristo Ressurreto, assim quando Cristo morreu de uma só vez pelo pecado e para o pecado e fez um sacrifício suficiente e cabal não precisando mais repeti-lo, assim como Jesus agora vive para Deus, nós também morremos, ressuscitamos e vivemos para Deus como Cristo em Cristo. Ele morreu por nossos pecados, carregando os nossos delitos em sua própria pessoa inocente e santa. Carregou nossos pecados e sua justa recompensa. A morte de Jesus foi o pagamento pelo pecado, pelo nosso pecado ele cumpriu a sentença, pagou a pena e aceitou a consequência. Tudo isto Cristo fez uma só vez e para sempre, e, portanto o pecado já não tem direito algum sobre ele. E neste mesmo sentido, nós também, unidos a Cristo, morremos para o pecado. Isto é morremos para o pecado porque em Cristo sofremos o castigo pelo pecado e a consequência é que nossa velha vida terminou, e começamos uma nova vida. E ao viver essa nova vida em Cristo, não podemos viver para o pecado e nem agradar a nós mesmos.  Pelo contrario devemos Viver para a glória de Deus, essa deve ser a razão da nossa vida.

Devemos deleitar-mos nEle. Devemos fechar de uma vez para sempre o volume um dessa biografia e viver volume dois da nossa história. E é por conta disso que Paulo da três ordens claras, duas negativas e uma positiva:  e eu quero encerrar com elas...

A)   Não permita que o pecado domine o seu corpo RM 6.12

Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Romanos 6:12

Onde Cristo é o Senhor, o poder do pecado tornou-se ilegal pois quem morreu, foi justificado do pecado.  Romanos 6.7 Deus deu o cartão vermelho ao Pecado.  Paulo não está admitindo que o pecado reina na vida do crente. Aliás ele nega isso. Ele esta dizendo: o pecado não exerce o domínio. E, portanto, não permita que ele reine.  O pecado é intruso, é embusteiro, ele se vale de mentiras. Ele pode usar o nosso corpo como uma ponte, por meio da qual nos consegue governar. Assim Paulo convoca a rebelar-mos contra o pecado.

B)    Não ofereçam os membros do seu corpo ao pecado. Rm6.13ª

Não ofereçam os membros dos seus corpos ao pecado, como instrumentos de injustiça; Romanos 6:13 Os nosso corpo (olhos, os ouvidos, mãos, pés) devem estar a serviço de Deus, e não do pecado. A vida cristã é mais que um credo, é mais que um sentimento. É ação.

C) Ofereçam-se a Deus.

antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros dos seus corpos a ele, como instrumentos de justiça Romanos 6:13b

Essa consagração a Deus deve ser um compromisso decisivo e deliberado. Paulo trata aqui de dois reinados o reino do pecado e o reino da graça.  No Reino do pecado, as pessoas são escravas e não livres. Elas se afundam do atoleiro dos vícios e perversões e usam seu corpo para atender os ditames do pecado.  O reinado da graça, elas são apenas livres, mas também chegam a reinar. Uma vez que não estão debaixo do domínio do pecado, não devem oferecer o seu corpo para servi-lo, nem os membros do seu corpo para fazer sua vontade. Nosso corpo foi comprado por Deus e deve estar a serviço da glória de Deus. Os membros do nosso corpo não deve ser janelas abertas para o pecado, mas instrumentos de realização da vontade Deus. Não podemos dar uma parte da nossa vida a Deus e outra parte ao mundo, para Deus é tudo ou nada. O apóstolo Paulo nos apresenta dois caminhos que podemos seguir o reinado da escravidão ou o reinado da liberdade:

 Reinaldo escravidão irmãos, o pecado reina, os homens se tornam capachos de sua implacável tirania. O reinado do pecado é um domínio de opressão. O pecado escraviza e mata. Os súditos do pecado vivem prisioneiros de suas paixões e oferecem os membros do seu corpo a iniquidade.

Reinaldo da liberdade. Quando a graça reina, os homens se tornam livres. A graça destrona o pecado, destrói o senhorio do pecado e capacitaa o crente a oferecer a si mesmo, e a tudo que lhe pertence, em amor e serviço a Deus. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:14

Em vez de viver sob tirania do pecado, eles podem voluntariamente se consagrar Deus e oferecer os membros do seu corpo para a prática da justiça. Estar debaixo da lei é aceitar a obrigação de guarda-lá e assim correr em sua maldição e coordenação Gl 3.10 Já os que são pela prática da lei estão debaixo de maldição, pois está escrito: "Maldito todo aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da Lei".

Estar debaixo da graça reconhecer a nossa dependência da obra de Cristo para salvação, e assim ser justificados ao invés de condenados.

    Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:6-9     

Comentário de Romanos

Hernandes Dias Lopes


Benefícios da Justificação

Texto: Romanos 5. 1-11

Olá irmãos boa noite... semana retrasada ouvimos sobre a doutrina da Justificação. Se você não esteve aqui ou não lembra o teor dessa doutrina, não se preocupe, pois o apostolo Paulo faz questão de já no primeiro versículo deste capitulo de nos lembrar de três verdades acerca desta doutrina.

1)    A justificação é um ato declaratório de Deus. Tendo sido, pois, justificados Romanos 5:1a

A justificação não é um processo, mas um ato legal e judicial de Deus no qual ele declara sobre a base da Justiça de Cristo, que todas as demandas da lei estão satisfeitas com respeito ao pecador. Portanto, a justificação não é algo que Deus faz em nós, mas por nós. Não acontece dentro de nós, mas fora de nós. A justificação é um ato e acontece uma única vez não há graus na justificação. Ela é instantânea, completa e final. O homem é justificado por completo ou não é justificado. O crente mais fraco está tão justificado quanto o Santo mais piedoso. Pela justificação somos remidos da pena do pecado, perdoados e recebemos o favor de Deus, pela justificação, todos os nossos pecados presentes, passados e Futuros já foram perdoados.

2) A justificação é recebida pela fé romanos 5 Tendo sido pois justificados pela fé, não somos justificados com base na fé, mas em virtude do sacrifício feito de Cristo. A fé é um instrumento de apropriação dos benefícios da Cruz, a fé é a mão estendida de um mendigo a tomar posse do presente de um Rei. A fé é a causa instrumental, e não a causa meritória da justificação. A fé não expia a culpa nem remove o castigo. É apenas o instrumento de apropriação nos benefícios da Redenção.

3) a justificação é por intermédio de Cristo tendo sido pois justificados pela fé, temos paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. A base da justificação é o sacrifício de Cristo na cruz. Não somos justificados com base na obra que fazemos para Deus, mas na obra que Cristo fez por nós na cruz. Não somos justificados pelo mérito humano, mas pelos méritos de Cristo. A morte expiatória de Cristo é a causa fundamental da justificação, enquanto a fé é a sua causa instrumental. Tendo lançado as bases da doutrina vamos analisar agora as bênçãos da doutrina da justificação pela fé. Paulo ele menciona sete frutos dessa Bendita verdade.

1)    A paz com Deus. Temos paz com Deus, Romanos 5:1b

A paz com Deus tem uma benção ligado ao passado. Trata-se de algo que já aconteceu. Perceba irmãos não é a paz de Deus aquela que está em Filipenses 4. 7, mas a paz com Deus, não é um sentimento, mas um relacionamento. É a paz da Reconciliação com Deus. Por intermédio do sacrifício de Cristo, a barreira que nos separava de Deus foi destruída não somos mais filhos da Ira, mas filho do seu amor. O pecado ele consumou uma ruptura, mas Jesus Cristo veio para estabelecer a comunicação suspensa. O apostolo Paulo está dizendo irmãos, que essa paz com Deus, significa que a ira de Deus não mais nos ameaça, porque somos aceitos por Cristo. Em romanos 5.9.  Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Romanos 5:9

Essa paz não é uma mudança em nossos sentimentos, mas uma modificação no relacionamento de Deus conosco. O que Paulo está dizendo irmãos é que essa paz não se trata de apenas serenidade e tranquilidade da nossa mente e coração, mas de um estado de paz que flui de uma reconciliação com Deus. Não é sentimento de paz, mas um estado de amizade ao invés de inimizade, "com Deus", significa que fomos reconciliados com Deus. Éramos inimigos estávamos sem ele e agora somos amigos estamos com Deus.  Se você parar para analisar querido irmão, todas religiões se esforçam para reconciliar o homem com Deus. Mas essa paz, contudo, ela não é fruto de esforço humano, mas é fruto do sacrifício que Cristo fez. Na morte de Cristo fomos reconciliados com Deus. Não somos mais réus, nem inimigos de Deus agora temos paz com Deus.

2)   Acesso a graça. Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, Romanos 5:2

O segundo fruto da justificação queridos irmãos é o acesso a graça de Deus. Se a paz com Deus é uma benção passada, consumada no ato da nossa justificação, o acesso a graça da justificação é um privilégio presente contínuo. Trata-se de uma condição permanente e inabalável, que se origina de uma ação realizada no passado.

Precisamos entender queridos irmãos que no passado havia uma barreira, que separava os judeus da presença de Deus isso acontecia através do véu do templo, que separava judeus dos Santos dos Santos e essa separação era ainda maior no caso dos gentios pois estavam separados, estavam isolados pelo muro externo do templo do lado de fora. No entanto quando Jesus morreu, ele rasgou o véu, ele destruiu o muro que separava os homens de Deus ou seja Jesus destruiu as barreiras da separação. Em Cristo queridos irmãos, judeus e gentios que creem têm acesso a Deus. Por meio de Cristo todos nós temos acesso a esta graça na qual estamos firmes. Somos aceitos, somos apresentados como filhos, como cidadãos do céu.

Jesus nos introduz na presença de Deus queridos irmãos, ele nos abre as portas o presença do Rei dos Reis, e quando essas portas se abrem é que nós encontramos a graça, a imerecida bondade de Deus, e não condenação juízo. Por meio de Cristo entramos na presença de Deus e encontramos segurança.

3)    A expectativa da glória. e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Romanos 5:2b

Queridos irmãos o terceiro fruto da justificação é a expectativa da Glória. Se a paz tem a ver com o passado, e o acesso à graça se relaciona ao presente, a expectativa da Glória queridos irmãos está atrelada ao futuro.  Quem foi justificado não teme o futuro. A morte já não mais o apavora. O porvir é seu anseio e a glória, sua expectativa mais excelsa.

A palavra traduzida por gloriamos significa um regozijo exultante, uma alegria triunfante, uma firme confiança em Deus, inspirada pela certeza de que temos paz com Deus. John Stott diz que a esperança cristã não é algo incerto como nossas esperanças comuns do dia-a-dia, mas uma expectativa jubilosa e confiante que se baseia nas promessas de Deus.

O objeto de nossa esperança é a glória de Deus, ou seja, seu radiante esplendor que um dia se manifestará em toda a sua plenitude. Então, a cortina se erguerá e a glória de Deus será inteiramente desvendada.  Nesses dias, veremos os Senhor da glória face a face, receberemos um corpo de glória e a própria criação que agora geme será redimida do seu cativeiro. Miguel Gonçalves Torres, ministro presbiteriano, sempre dizia a seus amigos que não basta viver bem é preciso morrer bem. Na hora da sua morte, disse a esposa: " querida, pensei que quando eu fosse morrer, iria para o céu. Mas foi o céu que veio me buscar ".  O apostolo Paulo mesmo no ocaso da vida, em uma masmorra romana, na antessala do martírio, declarou com entusiasmo: "a hora da minha partida e chegada… Agora o reto juiz me dará a coroa da justiça…" 2 Tm 4.6-8

Um pastor, ao visitar piedoso membro da igreja no leito de morte, perguntou-lhe: " o irmão está preparado para morrer? " com o rosto resplandecendo de gozo, o crente respondeu: " não, pastor, estou preparado para viver... estou indo para Deus"

4)    Alegria no sofrimento.

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, Romanos 5:3-5

A justificação não apenas nos preparar para o céu, mas também nos equipa para vivermos vitoriosamente aqui na terra. Paulo não está tratando de algo apenas para o porvir, mas de algo que nos capacita a viver vitoriosamente em meio as tensões da vida. O cristão não olha para a vida com uma visão romântica, pessimista ou irreal. Não nega a existência da dor e do sofrimento. Não murmura, nem se insurge contra Deus por causa do sofrimento, sabe que o sofrimento é proposital e pedagógico. Os cristãos não creem no acaso, coincidência, sorte, azar o determinismo. Não tem medo de sexta feira 13, nem de passar debaixo da escada. Sabe que nem fio de cabelo da sua cabeça pode ser tocado sem que Deus saiba, permita e tenha um propósito. 

Este gloriar-se na tripulação é um fruto da fé. A vida cristã é o enfrentamento de muitas pressões: do diabo, do mundo, e nossas fraquezas. Jesus deixou claro que no mundo teremos aflições João 16. 33 e o apostolo Paulo diz ...através de muitas tribulações, nos importar entrar no Reino de Deus. Atos 14.22

Quando passamos por tribulações e dependemos da graça de Deus, as dificuldades nos purificam e nos ajudam a eliminar a religiosidade que é uma palha que deve ser queimada. As tribulações na vida do salvo não vem para destruí-lo, mas para purificar. Elas não agem contra ele, mas o seu favor.  As tribulações não operam por si mesmos à revelia, na vida dos salvos, mas são trabalhadas pelo próprio Deus, para o nosso bem. Por meio das tribulações, Deus esculpe em nós a beleza de Cristo. Por isso queridos que a tribulação é pedagógica, ela gera uma paciência triunfadora em cada um dos crentes, e não poderíamos exercer a paciência sem sofrimento, porque eu sem este não haveria necessidade de paciência. A paciência nasce do sofrimento. As grandes lições da vida, nós aprendemos no Vale da dor. O sofrimento é não apenas o caminho da Glória, mas também o caminho da maturidade. O rei Davi afirmou: " foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos " Sl 119.71 O patriarca Jó disse que antes do sofrimento conhecia Deus só de ouvir falar, mas por meio do sofrimento seus olhos puderam contemplar o Senhor. Jó 42.5

5)    Derramamento do amor de Deus.

porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:5-8

Assim como Espírito Santo foi derramado sobre a igreja no Pentecostes, o amor de Deus é derramado no coração daqueles que são justificados. Vale a pena destacar queridos irmãos a mudança do tempo verbal aqui em romanos.

Paulo diz que o Espírito Santo nos foi dado fazendo referência um ato passado, porém o Paulo muda o tempo verbal quando fala do amor de Deus, ele diz que esse amor é derramado em nosema corações descrevendo fato passado com uma consequência permanente ou seja nós recebemos o Espírito Santo de uma vez para sempre, mas somos inundados com amor de Deus constantemente. Esse sublime amor de Deus por nós pecadores não foi despertado pela cruz de Cristo; ao contrário, foi o amor de Deus por nós que produziu a cruz. A cruz não é a causa do amor de Deus, mas é o seu resultado. Esse amor não é retido em Deus, mas derramado sobre nós. Paulo menciona aqui uma espécie de inundação do amor de Deus. Somos banhados pelo próprio ser de Deus, uma vez que Deus é amor.

O texto nos fala também que esse amor que recebemos é imerecido, o que demonstra que a causa do amor de Deus não está no objeto amado, mas nele mesmo, ou seja, Cristo não morreu por alguém que merecia o amor de Deus. Ao contrário. Diz que nós éramos fracos, éramos ímpios, eram os pecadores, éramos inimigos. Numa linguagem crescente o apóstolo Paulo elenca a condição deplorável do ser humano. E diz que embora fôssemos merecedores do juízo divino, ele graciosamente derramou em nossos corações seu imenso amor. Ele diz que Deus prova do seu amor quando ele entregou seu filho na cruz por nós, a manifestação do amor de Deus se dá por meio de um evento histórico a cruz. A cruz de Cristo é a prova mais eloquente do amor de Deus, em nenhum lugar existe uma revelação de amor como a que encontramos na cruz. Pela cruz temos uma abertura o coração de Deus e vemos que se trata de um amor que se dá e se sacrifica. Quando Deus enviou o seu Filho amado para morrer pelos pecados dos pecadores ele estava dando tudo, até a si mesmo à aqueles que dele nada mereciam exceto juízo.

6)    A certeza da glorificação.

Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. Romanos 5:9,10

A partir do verso nove meus irmãos, Paulo ele passa da prova do amor de Deus a nós, para as consequências da morte de Cristo por nós. Em que isso nos beneficiou? Ele responde dizendo seguinte, que se já fomos justificados pelo sangue de Cristo, com certeza seremos salvos da ira no dia do juízo. Se Cristo já verteu seu sangue por nós, fazendo trabalho mais difícil, não deveríamos hesitar em crer em nossa completa absolvição no dia do juízo. Ou seja seremos salvos. Como o próprio Paulo declarou mais tarde em Rm 8.32 dizendo seguinte " aquele que não poupou seu próprio filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? "

O que o apóstolo Paulo está dizendo nesses versos, está dizendo que aqueles cuja as transgressões foram imputados a Cristos, colocados em Cristo através da fé, ao mesmo tempo eles receberam em sua conta toda perfeita justiça de Cristo e eles estão seguros da glorificação. Aos que Deus justifica, esses eles também glorifica. Rm 8.30 O que isso significa pastor? Significa que é impossível perecer aqueles por quem Cristo verteu o seu sangue...Amém. ele está dizendo nesses versos e se Deus fez tanto a favor dos inimigos, que não fará a favor dos amigos.

Quando Cristo morreu por nós, fomos reconciliados através do sangue dEle e agora queridos irmãos desfrutamos sua intimidade por meio da sua vida ressurreta. Cristo não apenas morreu por nós, mas vive para nós. Não apenas verteu seu sangue por nós, mas intercede continuamente por nós. Não apenas foi o nosso substituto da Cruz, mas é o nosso intercessor junto ao trono da graça. Seu ministério, sua obra em nosso favor não fui apenas terrena mas também celestial.

7)    Alegria em Deus.

Não apenas isso, mas também nos gloriamos em Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante quem recebemos agora a reconciliação. Romanos 5:11

Queridos irmãos Paulo já havia falado no verso 2 que devemos alegrar-nos na esperança da glória de Deus e também falou no verso 3 que nós devemos alegrar-nos em nossas tribulações, agora porém, o apóstolo Paulo diz que devemos alegrar-nos também em Deus.

O céu queridos irmãos devem encher-nos de entusiasmo. A expectativa da Glória deve encher o nosso peito de doçura. A compreensão de que Deus tem um propósito em nossas tribulações é uma verdade consoladora que deve nos levar a mais sublime exultação. No entanto, de todas as alegrias seja no tempo ou na eternidade, nenhuma excede a nossa alegria em Deus. Ele é o nosso maior prazer. É o supremo deleite da nossa alma. Só nEle há plenitude de alegria e só em sua presença há regozijo o salmista no salmo 43.4  diz "Deus… É a minha alegria "

Jonh Stott esclarece que se alegrar em Deus é não apenas regozijar em nossos privilégios, mas se alegrar em suas misericórdias, se alegrar não no fato de que ele nos pertence, mas no fato de que nós lhe pertencemos.

É importante ressaltar também que que devemos nos alegrar em Deus, E não apenas nas dádivas de Deus. O abençoador é melhor que a benção; o doador é melhor que a dádiva. Mesmo que os bens no falte nesta vida, podemos alegrar-nos no Senhor e exultar o Deus da nossa salvação.

Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. Habacuque 3:17,18

Comentário de Romanos

Hernandes Dias Lopes