2015/07/20

O rugido do leão

Texto: Amós 3. 1-15

INTRODUÇÃO

Amós é um megafone de Deus. Ele é um outdoor ambulante com uma solene mensagem para a nação de Israel. Bem como para todos nós cristãos. Ele faz soar a trombeta de Deus trazendo uma mensagem dura a Israel.

Nos próximos três capítulos deste livro, Amós proclama três mensagens: explicação (3.1-15), acusação (4.1-13) e lamentação (5.1-6.14). Todas elas começam com a ordem: "Ouvi".

 O capítulo três de Amós enseja algumas lições que vamos considerar.

I. PRIVILÉGIOS IMPLICAM EM RESPONSABILIDADES (3.1,2)

Antes de Deus embocar a trombeta do juízo contra Israel, recorda-o de seus muitos privilégios. A trombeta está tocando não para estranhos, mas para o povo eleito. O leão está rugindo não nas selvas do paganismo, mas na cidade de Israel povoada pelo povo da aliança, pelo povo da adoção; é o povo remido e que tem uma intimidade singular com Deus. O juízo começa pela Casa de Deus (1Pe 4.17). Pois chegou a hora de começar o julgamento pela casa de Deus; e, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? O castigo é proporcional ao privilégio. Quanto mais próximos estivermos do Senhor, tanto maior fidelidade se requer de nós.

1. Um chamado gracioso (3.2)

De todas as famílias da terra, Deus pôs o seu coração em Israel. Deus o escolheu não por ser uma grande nação nem por ser a melhor (Dt 7.6-8). A causa da escolha divina está nele mesmo. Não fomos nós quem o escolhemos, mas foi ele quem nos escolheu (Jo 15.16). Ele nos escolheu desde os tempos eternos (2Tm 1.9), antes da fundação do mundo (Ef 1.4) e, fez isso graciosamente sem nenhum merecimento nosso.

2. Um chamado eficaz (3.1b)

Deus não só escolheu Israel, mas o remiu, o libertou e o chamou. Deus tirou o seu povo dos grilhões da escravidão, protegeu-o por meio do sangue do cordeiro, libertou-o com mão forte e poderosa e sustentou-o por sua generosa providência. O Deus que elege graciosamente é o mesmo que salva totalmente e chama eficazmente.

3. Um chamado exclusivo (3.2a)

Deus disse a Israel: "De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhei". O relacionamento íntimo de Deus com Israel foi exclusivo. Pelo fato de pertencer exclusivamente ao Senhor, Deus fez por Israel coisas que não fez por nenhuma outra nação (Rm 9.4,5).

4. Um chamado proposital (3.3)

Deus chamou Israel para uma relação de amor e comunhão. Grande é a bênção da proximidade de Deus, mas grande é, também, a responsabilidade de viver em conformidade com essa luz, essa revelação. Deus libertou esse povo para ser sua noiva amada. A eleição divina é para a salvação do pecado e não no pecado. A eleição é para a santidade e não uma licença para pecar. Intimidade implica em responsabilidade.

Deus é luz. Deus é santo. Por isso, o nosso pecado faz separação entre nós e o nosso Deus. Não há nada em comum entre Deus e o pecador. Eles estão em lados opostos como dois viajantes em diferentes direções. A intimidade só pode ser cultivada por aqueles que têm unidade de pensamento, sentimento e propósito. O pecado nos separa de Deus ou a comunhão com Deus nos separa do pecado..

5. Um chamado que implica responsabilidade (3.2b,3)

J. A. Motyer diz que o pecado é desesperadamente sério no meio do povo de Deus.

Os pagãos ficam sob a condenação por violarem a consciência; o povo de Deus deve, portanto, ficar três vezes mais, por violar a consciência, a revelação e o amor que fez dele o que é.

É conhecida a expressão de Pusey: "Quanto mais perto de sua própria luz Deus coloca alguém, mais maligna é a escolha das trevas".

A graça de Deus não é uma licença para pecar. Nós fomos eleitos pela santificação do Espírito e fé na verdade (2Ts 2.13). Nós fomos eleitos para a santidade (Ef 1.4). Israel, por viver na contramão da vontade de Deus tinha uma confiança espúria nele e uma visão supersticiosa da eleição. Eles torciam a doutrina da eleição. Pensavam que Deus se deleitava neles mesmo vivendo em seus pecados. Achavam que só lhes cabia privilégios e não responsabilidades. Mas Deus diz que vai punir Israel não apenas por causa de seus pecados, mas também por causa de seus privilégios desperdiçados.

O puritano Richard Baxter diz que os pecados do povo de Deus são mais graves, mais hipócritas e mais danosos do que os pecados do ímpio. O povo de Deus peca contra maior luz, contra maiores princípios de vida e mais íntimo relacionamento. Porque fomos privilegiados com a escolha dele.

Jesus afirmou: "Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido" (Lc 12.48). Como povo escolhido de Deus, devemos viver de modo digno da vocação com que fomos chamados (Ef 4.1).

A Escritura diz que "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" (Rm 11.29). Deus não anula a eleição da graça com seu povo, por isso, disciplina-o, não para destruí-lo, mas para restaurá-lo. Por sermos filhos e não bastardos, Deus nos disciplina (Hb 12.7ss).

I. PRIVILÉGIOS IMPLICAM EM RESPONSABILIDADES (3.1,2)

II. O PECADO SEMPRE ATRAI JUÍZO

1. O pecado jamais ficará sem julgamento (3.4-6)

O profeta Amós menciona cinco parábolas, dando vários exemplos de causa e efeito para ressaltar a mensagem do juízo de Deus dirigido à pecaminosa nação de Israel.

Charles Feinberg diz que no mundo natural, na natureza, nada acontece por acidente ou acaso; de igual modo, na esfera dos negócios de Deus há sempre uma causa para cada efeito.

Em primeiro lugar, a sentença de Deus estava lavrada contra seu povo rebelde (3.4). O leão enquanto busca a sua presa fica em silêncio. Ele ruge quando está para dar o bote fatal. Israel não mais escapará. O juízo divino já foi lavrado, pois o leão já está rugindo. O leãozinho só levanta a sua voz no covil quando a presa já foi apanhada.

Há perfeito acordo entre o sentido da mensagem de Amós e a seguinte declaração do apóstolo Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7).

Em segundo lugar, o povo de Deus está caindo no laço do seu próprio pecado (3.5). Israel é a ave que caiu no laço ou a presa que caiu na armadilha. O povo armou um laço e caiu nele.

O homem é apanhado pelas próprias cordas do seu pecado. O que ele semeia, ele colhe. Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte. Tiago 1:14,15

Em terceiro lugar, a proclamação do juízo de Deus é amedrontador (3.6). A trombeta era um instrumento que anunciava a calamidade e a guerra iminente. Quando a trombeta soava na cidade, o povo tremia de medo. A trombeta de Deus estava sendo tocada e o mal estava preste a chegar. Nada ficará de pé quando Deus visitar o seu povo em sua ira. As construções mais sólidas serão destruídas (3.15) e os homens mais valentes vão perecer (2.14-16).

Em quarto lugar, o juízo contra o pecado é acionado pela própria mão de Deus (3.6b). É Deus quem está trazendo o mal à cidade, a calamidade, a guerra, o infortúnio e o desastre iminente. O Senhor Deus é soberano, governador de tudo que acontece, do bem e do mal,

Foi Deus quem entregou Israel nas mãos da Assíria. Foi Deus quem entregou Judá nas mãos da Babilônia. O ímpio é a vara da ira de Deus para disciplinar o seu povo rebelde.

É Deus que está fazendo você passar por essa luta, por esse sofrimento, para disciplinar seu coração, sua vida...é a vara de Deus para disciplinar você...para que vc se posicione contra o pecado.

 James Wolfendale diz que o juízo sobre Israel é procedente de Deus e não de qualquer outra fonte; ele é merecido, preparado, executado e sem nenhuma possibilidade de escape.

2. O julgamento nunca vem antes do alerta divino (3.7)

Deus não apenas chamou Israel para ser o seu povo, mas também chamou profetas para falar a essa nação. Antes de Deus enviar o juízo, ele faz ouvir a voz da advertência. Antes das taças da ira serem derramadas, as trombetas começam a tocar. Antes de o juízo ser consumado, Deus revela seu propósito aos profetas e levanta-os para pregar ao povo, como eu estou fazendo aqui essa noite. Deus avisou Noé acerca do dilúvio; falou com Abraão sobre a destruição de Sodoma e Gomorra; preveniu a José com referência aos sete anos de fome, e assim fez com seus servos através dos séculos da história de Israel. Até nosso Senhor Jesus advertiu os apóstolos acerca da vindoura desolação de Jerusalém (Lc 21.20-24).

Quando um profeta proclama a Palavra de Deus, é porque Deus está prestes a fazer alguma coisa importante e deseja alertar o seu povo (3.7). Amós está proclamando o rugido do leão (3.8). A voz é de Amós, mas a palavra é de Deus.  Toda a Escritura é uma trombeta de Deus para alertar o homem que o dia do juízo chegará. Das páginas da Bíblia ecoa o rugido do leão. Aqueles que caminham desapercebidos terão que enfrentar inevitavelmente o justo juízo de Deus. Amós estava golpeando a nação com sua voz, expondo a hediondez de seus pecados, tocando, assim, em todos os pontos nevrálgicos com sua palavra profética. Ele recebeu autoridade da parte de Deus e feriu gravemente a apostasia de Israel. Israel, porém, não lhe deu ouvidos.

I. PRIVILÉGIOS IMPLICAM EM RESPONSABILIDADES (3.1,2)

II. O PECADO SEMPRE ATRAI JUÍZO (3.3-8)

III. O PECADO NUNCA FICA ESCONDIDO (3.9,10)

Os pecados de Israel são denunciados pelo profeta Amós, testemunhados pelas nações pagãs e julgados por Deus. O pecado não ficará escondido.

1. Quando o povo de Deus peca, até os pagãos se escandalizam (3.9)

Deus convocou testemunhas contra Israel. Warren Wiersbe diz que em seu tempo, o profeta Isaías chamou o céu e a terra para testemunhar contra Judá (Is 1.2), e Amós convocou as nações gentias para testemunhar contra Israel. O pecado de Israel era tão grande que assustava até as nações pagãs, pois, afinal de contas, Israel estava pecando consciente e deliberadamente.

 Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, (1Co 5.1).É lamentável quando o povo de Deus torna-se repreensível aos olhos dos ímpios.

  Aqueles que não receberam uma revelação especial estão julgando o povo  da aliança.

2. Quando o povo de Deus se entrega ao pecado, ele se torna pior do que os ímpios (3.10)

A cidade de Samaria estava cheia de tumultos e opressão (3.9). Os castelos estavam cheios de violência e devastação (3.10). Israel não sabia mais fazer o que era reto (3.10). O afastamento deliberado de Deus empurrou o povo para a degradação moral.

A impiedade desemboca na perversão (Rm 1.18). O pecado cauteriza a consciência, calcifica o coração e tira da alma toda a sensibilidade espiritual. Os israelitas estão vivendo no pecado de forma contumaz e incorrigível. Eles perderam o temor de Deus e o amor pelo próximo. Viam os pobres como alguém que deviam explorar e esmagar. Eles só buscavam a segurança e o conforto da riqueza, mesmo que essa riqueza fosse desumanamente roubada dos pobres.

I. PRIVILÉGIOS IMPLICAM EM RESPONSABILIDADES (3.1,2)

II. O PECADO SEMPRE ATRAI JUÍZO (3.3-8)

III. O PECADO NUNCA FICA ESCONDIDO (3.9,10)

IV. O PECADO NUNCA FICA SEM PUNIÇÃO (3.11-15)

J. A. Motyer alerta para o fato de esquecermo-nos de que o nosso Deus pode se tornar nosso inimigo (Is 63.10) Apesar disso, eles se revoltaram e entristeceram o seu Espírito Santo. Por isso ele se tornou inimigo deles e lutou pessoalmente contra eles. Isaías 63:10 e com toda a nossa conversa de tomar cuidado para não cair sob o poder de Satanás, ficamos cegos para a possibilidade muito mais perigosa, de perder o poder de Deus, de entristecer o Espírito Santo deliberadamente e Ele se voltar contra nós. A Bíblia diz que horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

1. Quem não escuta a voz de Deus, terá que suportar a vara da disciplina  de Deus (3.11)

Israel desviou-se de Deus deliberadamente por  209 anos. Nesse tempo 19 reis em 8 dinastias assumiram o trono para só liderar ainda mais a nação para longe de Deus. O Senhor enviou profetas para admoestar a nação, mas a alguns taparam os ouvidos, a outros perseguiram e prenderam e a outros ainda mataram. Agora, então, Deus entrega o seu povo nas mãos do rei da Assíria para serem levados para o cativeiro. O homem que muitas vezes é corrigido e não se humilha será quebrado repentinamente sem que haja cura (Pv 29.1).

Deus se torna o maior inimigo de Israel. O mal que ele pratica contra o pobre, o fraco e o indefeso será, agora, punido inexoravelmente pelo grande juiz de toda a terra. Os tribunais que ele subornou, comprando sentenças por dinheiro não poderão livrá-lo do justo tribunal de Deus.

Deus julgou a ganância insaciável dos ricos (3.11,15). O juízo de Deus sobre Samaria poria fim ao luxo e à arrogância. As casas mais ricas estavam entrando em colapso. Os verdadeiros símbolos da riqueza e da opulência dos poderosos tornar-se-iam pó. Os ricos cheios de ganância e avareza haviam acumulado grandes fortunas. A ganância dos ricos, mancomunados com juízes corruptos, trouxe à aristocracia de Israel uma riqueza ostensiva. Enquanto o povo vivia na miséria, os ricos tinham casas de inverno, casas de verão, casas de marfim e grandes casas ou castelos. Eles se refugiavam nesses palácios ricamente adornados e fortemente protegidos pensando que o mal jamais entraria pelos portões fortemente protegidos de seus castelos. Estavam como o rico insensato da parábola de Jesus, pensando erradamente que a riqueza pudesse lhes dar segurança (Lc 12.12-21). Mas, eles não se aperceberam que ninguém peca impunemente contra Deus. O juízo pode parecer tardio, mas ele virá certamente. O dia de Israel chegou.

Assíria com seus exércitos sedentos de sangue invadiu a cidade de Samaria, saqueou-a e destruiu todos os símbolos da força e poder daquela nação pecaminosa. Isso ocorreu em 722a.c.. Os israelitas haviam explorado uns aos outros, mas seriam despojados por uma nação pagã e gentia.

Colhemos aquilo que semeamos. Eles tinham vivido apenas para os deleites do corpo. O deus deles era o prazer. Viviam movidos pelo hedonismo. Assim, Deus se afasta deles e os entrega à Assíria.

A Assíria cercou Samaria, incendiou seus palácios, destruiu suas casas, passou ao fio da espada milhares de israelitas, deportou outros tantos e trouxe para aquela terra cativos de outras nações, formando, assim um povo híbrido e mestiço; chamado samaritano (Jo 4.9,19-24). Amós deixou claro que a Assíria era apenas a vara da ira de Deus, castigando o seu povo por causa dos seus pecados.

O próprio Deus derrubou essas fortalezas, símbolos do luxo, da opulência, da riqueza e pretensa segurança da nação. A mão que jogou ao chão as casas de inverno, de verão, de marfim e as grandes casas foram as mãos dos soldados assírios, mas a mão que os dirigia nessa destruição era a mão onipotente de Deus. Isto é um alerta pra mim e pra vc nessa noite querido irmão O pecado sempre traz consigo suas consequencias e punições. E a mão de Deus é pesada sobre a aqueles que brincam de ser cristãos.

Aprendemos 4 licões importantes nesta noite através deste texto:

I. PRIVILÉGIOS IMPLICAM EM RESPONSABILIDADES (3.1,2)

II. O PECADO SEMPRE ATRAI JUÍZO (3.3-8)

III. O PECADO NUNCA FICA ESCONDIDO (3.9,10)

IV. O PECADO NUNCA FICA SEM PUNIÇÃO (3.11-15)

 

Áudio: https://www.mixcloud.com/1ipisjp/serm%C3%A3o-de-07062015/

Perdão

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. Colossenses 3:12-14

Queridos semana retrasada tratei de um assunto muito importante dentro da fé cristã que é o Amor, vimos como o amor é a base do cristianismo, ele é o maior mandamento e se você é ou quer ser um cristão sério você deve amar como Jesus nos amou... E esse amor que nos foi demonstrado por Jesus é Incondicional, é perseverante e humilde.

Dando uma continuidade no mesmo raciocínio quero falar nesta noite de outro tema que também é um dos fundamentos sólidos do evangelho, que é o perdão, alias eu diria que o amor e o perdão fazem uma simbiose perfeita, porque você não consegue amar se não exercer o perdão e você não consegue perdoar se não exercer o amor.

C. S. Lewis disse que é mais fácil falar sobre perdão do que perdoar. É fácil falar sobre perdão até ter alguém para perdoar. Amar a todos é fácil, o desafio é amar quem nos machucou independentemente se essa pessoa fez de forma consciente ou não.

Eu, a pouco tempos traz preguei sobre esse tema, mas quando perguntei a Deus sobre o que pregar, senti de Deus que deveria falar sobre o perdão. Quando nós olhamos para a bíblia, encontraremos vários exemplos de perdão como o de José e seus irmãos, Jacó e Esaú, Davi com Saul, Jesus que também ensinou o perdão na parábola do Filho pródigo, na parábola do credor incompassivo e mostrou a força do perdão na história da mulher adúltera.

Perdoar é um desafio "As três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo."  Benjamin Franklin

 É um desafio a qual os cristãos devem vencer se quiserem alcançar graça diante de Deus. Se você quer ser um homem de Deus uma mulher de Deus, o perdoar tem que ser um principio em sua vida. Só os perdoadores crescem na presença de Deus.

João Wesley dizia àqueles que lhe procuravam pedindo uma resposta para a forma de alcançar a santificação, que deviam escrever uma lista com nomes de pessoas que lhe ofenderam e orar todos os dias até sentir amor por estas vidas, mesmo que não mereçam. Aí sim teriam alcançado a santidade.

Às vezes nosso conceito de perdão é distorcido e sentimentalista, contudo não é assim. Mesmo que não sinta vontade ainda é preciso perdoar para que o coração seja livre para aceitar em amor à pessoa que lhe ofendeu. A diferença na Bíblia é que perdão não é um sentimento. O perdão é uma ordem. Um mandamento para todo cristão. Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. - Colossenses 3:13

Significado de Perdão: PERDER, aceitar o que o outro lhe fez e não quere receber em troca. Isso é perdão...Não tem como dizer que amamos a Deus se mantemos rugas e ofensas em nossos relacionamentos... a palavra do senhor é bem clara quanto a isso. Você esta disposto querido irmão de exercer a sua vida cristã neste nível de comprometimento? porque ou você é um cristão que obedece ou apenas um simpatizante do evangelho que escolhe o que quer obedecer.

Quando nutrimos mágoa no coração, tornamo-nos escravos do ressentimento.

"Segui a paz com todos . . . Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem" (Hebreus 12:14-15).

A amargura é uma raiz forte e profunda que, como uma grama na calçada, pode minar um alicerce sólido. A amargura alastra em nós suas raízes e produz dois frutos malditos: a perturbação e a contaminação. Uma pessoa magoada vive perturbada e ainda contamina as pessoas à sua volta. Quando guardamos algum ranço no coração e nutrimos mágoa por alguém, acabamos convivendo com essa pessoa de forma ininterrupta é como se nós nos encontrássemos com ela diariamente. Se vamos descansar, essa pessoa torna-se o nosso pesadelo. Se vamos nos assentar para tomar uma refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se nosso propósito é sair de férias com a família, essa pessoa pega carona conosco e estraga as nossas férias.

Quando você nutre mágoa de uma pessoa e não a perdoa, você está presa a ela... É isso vai te prejudicar...Sabe o que acontece com uma pessoa que não sabe perdoar ela se torna prisioneira... como assim pastor?

a.  Quem não perdoa é prisioneira(o) do seu passado. Perdem a capacidade de viver do presente. Por ficar lembrando do seu passado triste, perde as oportunidades do presente. A vida passa irmãos...

Essas pessoas tem dificuldade de analisar a situação em que esta vivendo como de fato ela é no momento. Elas encaram o presente com os olhos do passado. Estão presas a suas próprias histórias. Que terrível é viver dessa maneira. Quantos e quantos não conseguem se livrar do passado porque estão presos a ele, porque não querem liberar perdão a pessoas e situações que lhe trouxeram dor..

b.  Quem não perdoa é prisioneiro das pessoas do passado.  Estão com suas mentes constantemente cheias das lembranças daqueles que foram instrumentos de mágoas. (dorme, acorda, tomar café com a pessoa na mente). Elas vivem a vida do outro e não mais a sua...

c.  Quem não perdoa é prisioneiro da mágoa.  É comprovado cientificamente que uma grande parte (70%) das enfermidades físicas é de origem psicossomática. 

 Li sobre uma mulher que vivia prisioneira em uma cadeira de rodas sofrendo de artrose pelo fato de não conseguir perdoar alguém que a magoara muito. Após ser ministrada sobre a importância do perdão, no ato da vontade ela decidiu perdoar o seu ofensor, então algo extraordinário aconteceu, ela foi curada instantaneamente levantando-se da cadeira de rodas, passou a glorificar a Deus.

 O perdão ele cura não só emocionalmente, mas também fisicamente... Existe um poder inimaginável no perdão.

d.   Quem não perdoa é atormentado por demônios (Mt 18:4) Este texto mostra que o mau servo foi lançado na prisão e foi atormentado por verdugos, ou seja, por demônios pelo fato de não perdoar. Precisamos tomar cuidado com os resultados da falta de perdão: o ódio, as discussões, os ciúmes (ministrar), acessos de ira e dissensões. "Não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam" (Gálatas 5:20-21; Tiago 3:13-16).

Por essa razão, perdoar não é apenas uma questão imperativa, mas, também, uma atitude de bom senso. Há um poder extraordinário no perdão, que nos torna livres em Deus. Livres do passado, livres dos instrumentos de feridas, livres das mágoas e somos libertos. O perdão alivia a bagagem, tira o fardo das costas, ele cura as feridas...(DNA) pai e filhos fizeram uma reconciliação... É por isso que o Perdão, é a cura para os relacionamentos feridos.

Talvez essa noite Deus esteja falando com você querido irmão(a), que esta enfrentando um problema de relacionamento em sua casa, com o seu esposo(a), familiares, ou com alguém ao seu lado na igreja e isso esta murchando a alegria que que você tem em vir a Igreja, em servir a Deus. O antidoto para isso é você liberar perdão pra essa pessoa e faça isso hoje... a palavra de Deus diz:

"...Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao demônio." Efésios 4:26,27

É uma questão de obediência (Devo amar, devo perdoar). Devo cumprir cabalmente a palavra do Apostolo Paulo "Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo".- Efésios 4:32

O servo não questiona, ele simplesmente obedece. O perdão que recebemos de Deus é proporcional ao perdão que liberamos sobre os nossos ofensores "como também Deus vos perdoou em Cristo" Não se trata de uma questão de salvação, mas, sim, de bem-estar consigo mesmo e com Deus (Lc 6:37-38). 

O PERDÃO É COMPOSTO DE DOIS ELEMENTOS: 

a. NaturalOrigina-se no próprio homem. 

O perdão é um ato da minha vontade? O perdão não depende das emoções. As emoções não são inclinadas a perdoar. Muito pelo contrário, as emoções nos mandam revidar, dar o troco às ofensas, mas cabe a nós pormos nossa carne sujeita à servidão e devemos decidir trilhar na vereda do perdão.  

b. Sobrenatural É de competência divina.

 A parte que cabe a Deus é o milagre. Deus opera o milagre no assunto do perdão, restaurando a alma, as emoções, o amor próprio, modificando o senso pessoal de justiça, libertando da amargura, curando o inconsciente.

Esse mover sobrenatural de Deus exige, no entanto, a condição de que se faça a parte que cabe ao ser humano. Lembre-se, o perdão, é uma escolha, é um ato de obediência à ordenança de Deus, o qual só fará o milagre quando o homem cumprir o que lhe cabe no processo de perdão. Porque devemos praticar o perdão...

1. porque somos imperfeitos. 

Querido irmãos eu não sei se você sabe, se você sabe amem, mas se você não sabe fique sabendo que nós não somos perfeitos, aliás, a igreja é feita de pessoas imperfeitas que estão tentando mudar sua história de vida e buscar a perfeição em Cristo.

Se você parar pra apurar com cuidado perceberá que existe muitas falhas em sua própria vida como há na vida do seu irmão que está ao seu lado.

Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão. Mateus 7:4,5

Nossas fraquezas transpiram em nossas palavras e atitudes. Sem o exercício do perdão ficamos entupidos de mágoas e a mágoa gera raiz de amargura no coração. Não somente isso, a amargura perturba a pessoa que a alimenta e contamina as pessoas ao redor.

2. porque recebemos o perdão Deus. Quem recebeu perdão precisa transformar-se em canal do perdão. Aqueles que retêm o perdão ao próximo fecham-se para receber o perdão de Deus.

Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. -Mateus 6:14,15

Logo, é impossível ser um cristão sem exercitar o perdão. Devemos perdoar assim como fomos perdoados. Como Deus nos perdoou devemos nós também perdoar uns aos outros. Quando compreendemos a enormidade do perdão recebido por Deus, não temos mais motivos para sonegar perdão ao próximo.

"Então o senhor chamou o servo e disse: 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. - Mateus 18:35

Nossa dívida com Deus era impagável e Deus perdoou completamente. Perdão é o clamor solícito da misericórdia.

3. porque restaura a alma da pessoa e consequentemente os seus relacionamentos Há pessoas doentes e perturbadas emocionalmente porque um dia foram injustiçadas por palavras impiedosas e atitudes truculentas. Há pessoas prisioneiras de traumas e abusos sofridos na infância. Há indivíduos que não conseguem avançar vitoriosamente rumo ao futuro porque nunca se desvencilharam das amarras do passado. Uma pessoa que nutre mágoa no coração não é feliz. Mas quando perdoamos aquele que nos ofende, o nosso coração é cheio de uma graça de Deus, que faz com que esse coração tenha vida novamente e começa a pulsar. A nossa mente é renovada nesse momento e começamos a pensar diferente e pensando diferente vamos nos relacionar com as pessoas diferente. As pessoas curadas começam a viver um ambiente de amor consigo mesmo e com os outros ao seu redor.

Meu irmão, talvez você esteja chateado e triste com alguém que lhe ofendeu ou lhe deu algum prejuízo. Você tem motivo de sobras para justificar a raiva que você está sentido.  Você de fato é a vítima. Lembre-se, porém, que você é um cristão e tem sido alvo do infinito perdão de Deus. E Ele pede que você ame e perdoe esta pessoa que lhe prejudicou. Precisamos perdoar aqueles que nos devem. O perdão nos faz semelhantes a Deus.

Talvez você esta chateado(a) com uma palavra dura de cônjuge e isto de machucou de mais, exerça o perdão nesta noite e livre-se desta dor..."quem perdoa vira a página, quem não perdoa vive revirando o lixo"

Aquele que não consegue perdoar aos outros, destrói a ponte por onde irá passar.Geoge Herbert

Áudio: https://www.mixcloud.com/1ipisjp/serm%C3%A3o-de-24052015/

Amor, o maior de todos os argumentos

Referência: Lucas 10.27; João 13.34-35; 17.26

INTRODUÇÃO

E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10:27

Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. João 13:34,35

E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja. João 17:26

Boa noite irmãos essa noite quero falar de um tema muito importante dentro do cristianismo, alias sem sombra de duvida sem medo de errar eu diria que esse tema é a essência do cristianismo, das boas novas de Deus.

O mandamento de amar não é uma ideia revolucionária, visto que esse tem sido o ensino da lei desde o começo, embora seja um ensino onde muitos distorcem e desobedecem. Jesus veio para reafirmar esse ensino importantíssimo, e para chamar o seu povo a obedecê-lo verdadeiramente.

Mas antes de falarmos sobre o amor eu acredito que temos que definir primeiramente o que quer dizer essa palavra. Essa palavra esta tão desgastada hoje, ela tem sido usada em tantos lugares e em tantas situações que se perdeu o seu real significado.

Primeiramente precisamos entender que a nossa definição de amor é muito diferente da definição que Deus tem do amor . Para nós o amor é algo condicional em outras palavras, amamos alguém porque cumprem a condição que exigimos para que possamos amá-los. Quantas vezes você já escutou ou disse: "eu amo você por ser simpático"; ou "eu amo você por cuidar de mim"; ou "eu amo você porque sempre me divirto quando estou ao seu lado"? Nosso amor não só é condicional, mas também inconstante. Nosso amor é baseado em emoções e sentimentos que podem mudar de um momento para o outro.

A taxa de divórcio é extremamente alta na sociedade de hoje porque maridos e esposas param de um amar uns aos outros depois que se "desapaixonam". Talvez passem por uma fase difícil no casamento e não "sentem" mais amor por seu esposo ou esposa, então pulam fora. Evidentemente, o voto de seu casamento de "até que a morte nos separe" significa que podem se separar quando o amor por seu cônjuge morre, ao invés de sua morte física. 

Para Deus no entanto esse amor é incondicional, podemos comparar esse amor com o amor que os pais sentem por seus filhos para entendermos melhor essa questão de incondicionalidade, guardando as devidas proporções é claro. Parece que o amor que os pais sentem por seus filhos é o mais perto de amor incondicional que podemos alcançar sem a ajuda de Deus nas nossas vidas. Continuamos a amar nossos filhos através dos tempos bons e ruins, e não paramos de amá-los mesmo quando não atingem nossas expectativas. Fazemos a escolha de amar nossos filhos mesmo quando os consideramos difíceis de serem amados; nosso amor não acaba mesmo quando não "sentimos" amor por eles. Isso é parecido com o amor de Deus para conosco, mas como veremos em breve, o amor de Deus ultrapassa a definição humana de amor ao ponto que é difícil de realmente compreendê-lo.

Arthur W. Pink falando sobre esse amor de Deus ele diz: O amor é a Rainha das graças cristãs. É uma santa disposição nos dada quando nascemos de novo de Deus. É o amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. O verdadeiro amor espiritual é caracterizado pela mansidão e ternura, todavia, é vastamente superior às cortesias e bondades da carne.

 O amor, a apologética final – Dr. Francis Schaeffer afirma que o amor é a apologética final, o argumento irresistível: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, quando tiverdes amor uns pelos outros". Jo 13.35

1. O amor é o cumprimento da lei. Quem ama a Deus não tem outros deuses, não faz imagens de escultura, não toma o seu nome em vão e não profana o seu dia. Quem ama o próximo honra pai e mãe, não mata, não adultera, não rouba, não difama nem cobiça.

3. O amor, o oxigênio do Reino de Deus – Juan Carlos Ortiz diz que o amor é o sistema circulatório do Corpo de Cristo. O cristão é conhecido não apenas pela sua teologia, mas sobretudo pelo seu amor.

4. O amor, a essência da vida cristã – O amor é a prova da maturidade cristã. Paulo sempre destacava as três virtudes cardeais do cristianismo: a fé, a esperança e o amor, mas o amor é o maior destes.

a) O amor é mais importante do que o conhecimento (1 Co 8:1-3) – o amor edifica, mas o conhecimento ensoberbece.

b) O amor é mais importante do que os dons espirituais (1 Co 13:1-3) – Línguas, profecias, sinais – tudo passará, mas o amor subsistirá eternamente.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 1 Coríntios 13:1-3

c) O amor é mais importante do que a caridade e o martírio (1Co 13:1-3) – Ainda que eu dê todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada serei.

5. O amor, a evidência insofismável da conversão – Aquele que ama a seus irmãos passou da morte para vida. Quem não ama até agora está nas trevas. Aquele que ama é nascido de Deus, porque Deus é amor. Quem não ama a seu irmão a quem vê, como pode amar a Deus a quem não vê? I Jo 4

O amor, o check-up necessário – Qual foi a última vez que você fez um check-up? Qual foi a última vez que você pôs o prumo de Deus em sua vida? Qual foi a última vez que você avaliou sua vida à luz do amor ao próximo?

 Esse três texto que lemos no começo nos fala de 3 verdades sobre o amor.

I. AMOR – É O MAIOR MANDAMENTO

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Mateus 22:37-40

O amor é o maior de todos os mandamentos (Lc 10:27) – Amar a Deus e ao próximo é o maior de todos os mandamentos.

1. Amar o próximo como a si mesmo é o requisito mínimo

A lei da retribuição dizia que você devia amar o próximo e odiar o inimigo. Olho por olho, dente por dente, pé por pé, queimadura por queimadura. Mas a lei de Deus diz que você deve amar o seu próximo como a você mesmo. Hoje em dia o mundo à nossa volta está promovendo outro ensino o amor-próprio e a auto-estima. Hoje o que esta em alta é o ego.  A ênfase no ego é exatamente igual  ao que começou no Jardim do Éden (ele queria ser igual Deus) e se intensifica através dos ensinos humanísticos do amor-próprio, da auto-estima, da auto-realização e auto-etc. 

É triste sabermos que muitos cristãos não estão alertas contra o perigo de olhar muito pra si. É incontável o número dos que estão sendo sutilmente enganados por um outro evangelho – o evangelho do ego.

Jesus não nos ordenou a amar a nós mesmos. Ele não disse que havia três mandamentos (amar a Deus, ao próximo e a nós mesmos). Ele apenas afirmou: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.40). 

O amor-próprio já está implícito aqui – ele é um fato – não uma ordem. Nenhum ensino nas Escrituras diz que alguém  não ama a si mesmo. Paulo afirma: "Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja" (Ef 5.29). Os cristãos não são admoestados a amar ou a odiar a si mesmos. Amar o próximo como a si mesmo é o requisito mínimo

2. como posso Amar o próximo como a si mesmo? R: é fazer por ele o que você faria por você mesmo

A história do Bom Samaritano, que segue o mandamento de amar o próximo, não só ilustra quem é o próximo, mas qual é o significado da palavra amor. Essa parábola originou-se da pergunta de um intérprete da lei (um advogado e também religioso), que buscava testar Jesus: "Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?" (Lc 10. 29).

Buscando responder a essa pergunta, Jesus conta uma história: O cenário dessa parábola é o caminho entre Jerusalém e Jericó. Um homem, viajando por esse caminho, veio a ser interceptado por bandidos que, depois de o roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido. Três personagens são inseridos por Jesus na história: Um sacerdote, um levita e um samaritano. O sacerdote e o levita eram religiosos.  vamos dizer os Crentes daquela época.

Esperava-se deles que fossem praticantes da palavra de Deus, pois a conheciam. Eles sabiam o que tinham de fazer.

Já o samaritano era considerado pelos judeus uma pessoa de segunda qualidade, indigna, pois eram inimigos. O não crente, o cara todo errado... O detalhe da história é que o sacerdote e o levita nem ligam para o homem que acabara de ser assaltado e agredido, mas o samaritano faz de tudo para salvar esse homem.  Nesse contexto, amor significa ir além das conveniências, a fim de realizar aquilo que se julga ser melhor para o próximo.

A ideia é que devemos procurar o bem dos outros do mesmo modo como procuramos o bem para nós mesmos – exatamente com a mesma naturalidade com que tendemos a cuidar de nosso bem-estar. O amor que Jesus enfatiza é o demonstrado por atos, do tipo altruísta e não o que espera recompensas. Dada a naturalidade com que as pessoas satisfazem suas próprias necessidades e desejos, Jesus desviou-lhes o foco da atenção para além delas mesmas.

Todos nós temos necessidades a serem supridas. Pensamos apenas em nós primeiro, mas não pensamos no próximo. Preferimos acumular do que repartir.

3. Amar o próximo como a si mesmo é mais do que simplesmente amar o irmão

O próximo é toda pessoa carente que está ao nosso alcance. Pode ser o estranho, o parente, o vizinho ou até o inimigo – O próximo do homem caído à beira da estrada foi o samaritano que parou, olhou, socorreu.

Jesus falou em dar pão, água, roupa e visitar os pobres e os presos como evidência de que você é seu discípulo.  O amor em atitude tem que fazer parte da vida do cristão...É por isso que o amor é o maior mandamento e se você entender isto e colocar em pratica em sua vida, Deus será favorável a sua vida e derramara bênçãos sobre você.

 outra verdade II. AMOR  – É O NOVO MANDAMENTO no sentido de amar como ele amou

"Novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo 13:34-35).

1. Amar os irmãos como Cristo nos amou é um mandamento novo em seu perfeito exemplo

"Como eu vos amei".  não amar de qualquer jeito. Esse amor não tem limites. Ele vai às últimas consequências em favor da pessoa amada. Cristo deixou a glória, o céu e desceu, encarnou-se, esvaziou-se, fez-se servo, sofreu, foi perseguido, cuspido, pregado na cruz. Ele se entregou por você e por mim, por amor.

Como seus filhos e discípulos devemos imita-lo em seu amor. Como é o amor de Jesus?

a) Amor perseverante (Jo 13:1)Cristo amou os seus discípulos e amou-os até o fim. Phillip Yancey diz que não há nada que você possa fazer para Deus te amar mais e nada que você possa fazer para Deus te amar menos. Ele não desiste de você... é você que desiste dEle, que se afasta de seus braços que estão sempre abertos.

b) Amor humilde – Jesus pegou a toalha e a bacia. O servo lava os pés. Ele veio para servir, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. João 13:5

Quem ama desce do pedestal. Quem ama não se sente diminuído com a toalha na mão. Quem ama aprende que servir alguém é o maior ato de amor que podemos demonstrar a Deus e  à pessoas.

Jesus já havia dito que quem quer ser grande no reino de Deus que sirva ao próximo.

c) O amor serve até o inimigo – Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. Mateus 5:44

Abraão Lincoln enfrentou um forte adversário em sua campanha para a presidência, Sr Stanton. Fez-lhe as mais duras críticas. Apelidava-o dos nomes mais humilhantes. Quando Lincoln ganhou a eleição, surpreendeu a todos, nomeando-o "ministro da guerra". Ele disse: "a melhor maneira de vencer um inimigo, é fazendo dele um amigo". Quando Lincoln foi assassinado em 14 de abril de 1865, Stanton chorou em seu funeral e fez um discurso eloquente, dizendo que Lincoln foi o maior estadista americano.

Jesus Cristo deixou o seu exemplo para nos inspirarmos e seguirmos de perto os seus passos, Cristo deu sua vida por nós e agora devemos dar a nossa vida pelos irmãos. O amor vale mais do que mil palavras. O mundo escuta de nós muitos discursos e vê em nós poucas obras de amor.

III. AMOR – É UM AMOR UNIFICADOR

"Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja". Jo 17.26

1. Este é o amor da Trindade

Como o Pai ama o Filho? Como o Filho ama o Pai? Como o Espírito Santo ama o Pai e o Filho? Esse é o amor unificador. No Antigo Testamento o Pai fez milagres. No Novo Testamento Jesus fez milagres. Hoje, O Espírito Santo que nos é dado faz milagres. Mas não há disputas nem ciúmes. O amor Trinitário faz com que os três sejam UM.

2. Jesus quer que sejamos UM

Assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um, Jesus quer sejamos um: não estamos competindo. Não devemos ter ciúmes. Devemos preferir em honra uns aos outros. Paulo diz que não podemos ter complexo de inferioridade nem de superioridade. A oração de Jesus é para que sejamos UM.

Ilustração: Nós devemos ser como um purê de batatas – uma vez plantada, as batatas crescem por tubérculos, 3 ou 4 para cada planta. Estão juntas, mas falta-lhes unidade. Elas só terão uma unidade verdadeira quando  forem esmagadas e transformadas em purê! Quando isso acontecer, Jesus diz: o mundo vai crer!!!

Quando a igreja vivenciar um amor nível purê de batata, nada vai poder nos parar e conquistaremos muitas coisas para o reino de Deus.

CONCLUSÃO

Os dois irmãos que colheram sua lavoura. Um casado com filhos e outro solteiro. Ambos pensaram em ajudar um ao outro sem nada falar. Então, de noite um irmão foi no seu celeiro e encheu um saco de mantimento e levou para o irmão. Naquela mesma noite o outro fez a mesma coisa. Depois de várias semanas, pensaram: deve estar acontecendo algum milagre. Certa noite, os dois cruzaram um com o outro com um saco nas costas levando um para o celeiro do outro. É o milagre do Amor! Ali abraçaram e choraram. Esse é o amor da unidade!!! Esse é o amor que Deus espera de sua igreja, esse é o amor que Deus espera de você meu querido irmão...

 

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