2015/01/15

O perigo de começar bem e terminar mal

Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas;..." (EC 7:8)

Queridos estamos chegando ao final de mais um ano, muitos de nós chegamos ao final desse ano com as nossas forças esvaídas, estamos cansados por conta de um ano intenso e cheio de trabalho como foi esse ano, e eu penso ser necessário é salutar fazermos uma reflexão séria nesse momento sobre a nossa caminhada com Jesus.

Poucas pessoas gostam de tomar a atitude de revisar suas próprias vidas. A maioria das pessoas estão tão perto do abismo que se envergonham de revisar sua própria contabilidade.

E muitos de nós assemelhamos ao néscio avestruz, que, quando é perseguido de perto pelos caçadores, enterra sua cabeça na areia e fecha seus olhos, e pensa que pelo fato de não ver seus perseguidores, então está seguro.

Na verdade, grande parte da humanidade, envergonha-se de revisar sua própria biografia. Ou que me levou a rever a minha?

No começo desse mês eu e a Cris estávamos escutando um pod cast de um testemunho de uma irmã em Cristo, que me fez a refletir sobre muitas coisas.

Essa Senhora foi casada com um pastor durante 40 anos, um homem muito inteligente, crente, professor do seminário, pastor de uma grande igreja com mais de 1200 membros, um homem que teve uma vida ilibada durante boa parte de sua vida, só que no final dela ele foi enredado pelas artimanhas do diabo e acabou caindo em adultério com um membro de sua igreja...

 e isso destruiu seu casamento, seu ministério e mesmo depois de se reconciliar com Deus, com sua esposa e com seus filhos, essa situação vivida por esse homem destruiu seu próprio coração, não sendo mais o mesmo homem que fora antes em todos os sentidos.

Ele morreu em 2007 aos 61 anos de um ataque fulminante do coração. Segundo sua esposa, ele recebeu perdão de todos menos dele mesmo, ele não conseguiu se livrar da culpa.

Quando eu escutei esse testemunho o meu coração estremeceu e fui cheio de temor de Deus e lembrei que a palavra dizia algo a esse respeito e encontrei esse texto de Eclesiastes 7.8

Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas;... (EC 7:8) Palavras tão sabias de um rei. Pena que ele mesmo não tenha se atentado para elas. A história desse rei se assemelha a história desse homem e de outros tantos... E pode ser a nossa história também se não refletirmos sobre ela.

Salomão é um exemplo negativo de gente que começou bem e terminou mal.

Cheio de humildade no início da vida, pede sabedoria pra viver, se tornando o homem mais sábio do mundo...ele recebeu um nome que significa "paz". O termo hebreu familiar, conhecido em todo o mundo, shalom, está diretamente ligado à raiz do nome "Salomão". Escreveu provérbios, Eclesiastes e cantares.

  Salomão começou bem sua  trajetória com Deus. Salomão era tido por o homem mais sábio dos seus dias: Era mais sábio do que todos os homens...e correu a sua fama por todas as nações em redor. Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu sobre todas as plantas... também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes. De todos os povos vinha gente a ouvir a sabedoria de Salomão, e também enviados de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria. (1 Reis 4.31-34).

No fim da vida se enrolou com os deuses de suas concubinas. Seu gosto por mulheres, mil ao total, Destruíram o seu temor e elas fizeram Salomão fazer aliança com os outros povos/deuses.

e acabou caindo na idolatria e prostituição:  1 Reis 11.1-9).  1.1 Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: ...Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. 11.4 Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai. 11.5 Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos amonitas. 11.6 Assim, fez Salomão o que era mau perante o SENHOR e não perseverou em seguir ao SENHOR, como Davi, seu pai. Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR, Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera. (1 Reis 11.1-9). Podemos dizer que Salomão começou bem sua carreira com Deus e terminou mal.

Queridos eu e você estamos escrevendo a nossa biografia a cada novo dia. A nossa postura, a nossa atitude, os nossos gestos sejam eles para o bem ou para o mal, estão sendo escritos no livro que conta a nossa historia neste chão que pisamos dia a dia.

E essa biografia revelará de forma implacável nosso enredo, que sempre será composto de começo, meio e FIM. O chão da existência humana conta-nos que existiram muitas pessoas que começaram bem. Todavia, infelizmente terminaram de maneira desastrosa.

Há alguns exemplos na Bíblia que nos contam sobre os que começaram bem e terminam mal:

REI SAUL: Saul foi o primeiro rei de Israel. Governou a nação por quarenta anos. Seus primeiros anos foram bem-sucedidos, porém seu reinado terminou de forma trágica.

Não basta começar bem; é preciso terminar bem. Não basta iniciar a jornada com bons propósitos; é preciso completar a carreira com integridade. Saul se desviou do caminho e pegou alguns atalhos perigosos.

Sua obediência parcial se tornou desobediência total. Sua demora em obedecer a Deus se tornou rebelião deliberada. Sua dureza de coração e sua impiedade lhe fecharam a porta do arrependimento.

REI UZIAS: 2 Crônicas 26.1-23 Começou bem: começou a reinar bem jovem, com dezesseis anos e tinha a aprovação popular para o seu reinado (v. 1);

fortaleceu o controle de Judá ao erguer construções no importante golfo de Elate (v. 2);

fez o que era reto perante o Senhor (v. 4);

tinha um ótimo mentor espiritual, ou seja, Zacarias (v. 5); buscou ao Senhor e por isso Deus o fez prosperar (v. 5);

foi vitorioso nas guerras e edificou cidades e guarnições em territórios inimigos (v. 6,7);

 recebia tributos estrangeiros e obteve muita fama (v. 8); teve vários projetos de construção (v. 9,10);

teve muita abundância (v. 10);

teve um grande exército de 307.500 homens altamente treinados e equipados inclusive com armamento exclusivo inventado pelos homens de Uzias (v. 11-15).

Terminou mau: dia  o seu coração ficou soberbo, entrou no templo e quis oferecer sacrifício a Deus, foi repreendido por 70 homens de Deus, não gostou, foi tentar agredir o sacerdote e instantaneamente foi acometido de uma doença mortal a lepra, terminou seus dias leproso, morando sozinho, separado da família, dos amigos e excluído da Casa do Senhor. Texto: 2 Crônicas 26.1-23

DEMAS: é outro exemplo de como não deve ser nossa caminhada terrestre. Considerado colaborar de Paulo, elogiado por sua dedicação irrestrita à causa do Reino, prisioneiro voluntário para acompanhar Paulo na prisão de Roma, depois de um tempo recebe uma palavra decepcionante que sai do punho do próprio Paulo se queixando a Timóteo: Porque Demas, tendo amado o presente século me abandou e foi para Tessalônica. Começou bem e terminou mal.

Temos casos de igrejas que perderam o foco, que antes eram benção, e depois foram motivo de exortação e reprimendas. Também começaram bem e terminaram mal.

 OS GÁLATAS: Palavras de Paulo: Admiro-me muito que vocês estejam passando tão rapidamente daquele que chamou vocês na graça de Cristo para outro evangelho.

Agora que conhecem a Deus, como estão voltando aos velhos rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo querem ser escravos? Vocês começaram bem a corrida da fé, quem os impediu de continuar a obedecer à verdade? Começou bem e terminou mal.

OS EFÉSIOS: Essa igreja começou bem. Amor efervescente, nunca esmorecia, trabalhava sem cansar, perseverante, suportou provas incríveis pelo Nome de Jesus, aguerrida no propósito de agradar a Deus, conhecedora das Escrituras, desmascarava homens maus e falsos profetas mentirosos.

 Ponto. Mudou para pior. Abandonou a chama do primeiro amor. Caiu da alta posição da graça, derrapou na lama da religiosidade legalista. Precisava se arrepender. Se lembrar de onde havia caído.

Queridos nestes exemplos podemos tirar uma lição estarrecedora que gera em mim muito temor, a lição é bons começos nem sempre são bons indicativos de boas finalizações... ministrar...

Não oram, não leem a Bíblia, estão super envolvido com a obra com a religião, mas pouco com o Senhor...

Portanto, aquele que pensa que está firme tenha cuidado, não caia. (1 CORÍNTIOS 10.12)

É claro, que é sempre melhor começar bem e terminar bem e coroar com sucesso o final de qualquer coisa na caminhada que cada um de nós temos que trilhar nesse mundo, incluindo casamento, emprego, relacionamentos, vida financeira, principalmente e incomparavelmente a carreira cristã, há uma diferença entre a corrida de 100 m e a maratona. 

A vimá cristã  é uma maratona e não uma corrida de 100 m. Por isso é necessário termos um ritmo médio, mas constante, mas em alguns casos, quando nossa humanidade interfere, ou quando nos quedamos diante de fraquezas, em última análise, é melhor começar mal, mas terminar bem.

O fim sempre é mais determinante que o começo, ainda mais quando se define nosso destino eterno, no fim.

Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor" (Filipenses 2:12

Por fim existe uma lista de pessoas que começam mal, mais podem sofrer uma grande virada na vida e termina bem. Como eu disse anteriormente, ainda estamos escrevendo a nossa historia de vida.

Não é porque tudo vai mal agora que você esta fadado ao fracasso. Eu quero que você entenda que não é porque alguém começou mal que vai termina mal. Começar mal não indica que você está predestinado a derrota.

Existe na bíblia exemplo de pessoas que começaram muito, mais muito mau e terminaram bem.

MOISÉS: começou mau. Ele era um homem com um nível de ódio, irá e rancor terrível. Ele começa a sua historia cometendo um assassinato, mais terminou muito bem.

No deserto da vida Deus ensinou a Moisés a paciência, humildade e mansidão, a ponto do próprio Deus no final da historia de Moisés dizer: não há na terra homem mais manso do que Moisés. Você acha que a sua história não pode ser mudada querido irmão?

PAULO: começou sua historia autenticando o apedrejamento de Estêvão. Perseguindo a igreja e prendendo os irmãos para depois serem mortos nas arenas.

Começou perseguindo a igreja, mas se tornou o maior defensor dela. Deixou um legado impressionante.

Paulo foi o maior escritor do Novo Testamento. Ele escreveu treze cartas. Suas cartas são mais conhecidas do que qualquer obra jamais escrita na história da humanidade.

Suas cartas têm sido alimento diário para milhões de crentes em todos os tempos. Essas cartas são luzeiros que brilham, pão que alimenta, água que sacia a sede, verdades inspiradas pelo Espírito Santo que ensinam, exortam e levam pessoas a Cristo todos os dias.  

Ele termina sua vida de uma maneira tremendamente bem. As suas ultimas palavras foram:

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (2TM 4:7)

O LADRÃO DA CRUZ: a qual a tradição diz que se chamava Dimas. Começou como ladrão de coração frio. Mais no ultimo minuto ele clama por sua vida e tem sua história eterna transformada, E Jesus lhe diz: hoje mesmo estarás comigo no paraíso.

Tem muita gente que pensa que irá pro céu,  mas existe um que temos certeza que já esta lá, e esse  é o ladrão.

Existem pessoas que se apertam, em uma sensação de impotência e de culpa. Já estão assim a tantos anos, que acham que não existe mais saída e por isso não buscam mudança.

Existem pessoas que se entregam ao fracasso cedo demais. O ladrão da cruz poderia muito bem lhe dizer que enquanto há vida há esperança. Esta na hora de virar o jogo da vida e se esforça para fazer grandes coisas.

O fim é melhor do que o começo, isso significa que o melhor da vida ainda estar pra vir em nome de Jesus.  O importante não é como você começa, mas como você termina.

Eu me encho de esperança e gratidão incontida, pelas novas chances que são oferecidas aos segundos, terceiros e até últimos lugares na corrida Da vida cristã,

me alegra saber que alguns corredores, mesmo com algumas falhas que a vida lhes impôs, ou tropeçando de cansaço pelo caminho, mesmo assim, serão últimos convidados a ser primeiros, incentivados a subir ao pódio da fé e firmarão para sempre os pés ali.

Apresento queridos irmãos nessa noite dois lados de uma mesma moeda, cara ou coroa, terminar bem ou terminar mal

Eu aprendi queridos irmãos que na vida o começo de uma jornada é sempre o momento mais fácil, é o momento que temos todo nosso entusiasmo, fé e esperança.

Por isso, Deus não se importa tanto como começamos nossa jornada, pois nessas condições começar bem é algo natural. Mas para Deus, o importante é como terminamos nossa jornada. É o fim que vale para Deus..

 É claro que isso é um paradigma a ser quebrado, pois muito de nos fomos ensinados que o vencedor é aquele que chega em primeiro lugar.

Muita gente tem se machucado por esse espírito de competitividade gerado em nós, mas o que o mundo espiritual pensa dos vencedores é bem diferente, para ele o vencedor é aquele que termina sua jornada, que cumpre a missão que Deus estabeleceu. que vive um cristianismo verdadeiro a cada dia é não religioso, que se alimenta da palavra.

Se para a sociedade é uma corrida de competição, para Deus é uma corrida de resiliência, uma corrida de perseverança, na qual vence  aquele que cumpre o chamado permanecendo até o final...

....mas quem ficar firme até o fim será salvo. (Mateus24.13)

terminar bem é a melhor coisa....

Áudio: http://www.mixcloud.com/1ipisjp/serm%C3%A3o-de-091114/

 

 

 

 

Novo ano com Deus

Texto: Romanos 12. 11

Trabalhem com entusiasmo e não sejam preguiçosos. Sirvam o Senhor com o coração cheio de fervor. 

Queridos irmãos essa noite quero dar sequencia na minha linha de pensamento nos sermões que tenho pregado neste inicio de ano.  A dois domingos atrás falei da importância de  termos novas atitudes em nossa vida em especial em nossa caminhada com Deus. Os tempos estão findando, Jesus está próximo, a trombeta esta na eminência de soar,  "...pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. (1 Tessalonicenses 5:1-3).

Sempre temos que permanecer preparados para a volta do Senhor. "Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (Mateus 24:42-44).

Para permanecermos preparados, precisamos rever o nosso cristianismo e nossas ações, por isso tenho certeza que se você iniciar esse ano com novas atitudes e uma nova postura em sua vida cristã e não só no que diz respeito as Deus, mas em todas as áreas você vai colher as benécias deste plantio..

Domingo passada falei sobre a importância dos relacionamentos, um bom cristão é aquele que sabe se relacionar. A regra básica para todos os relacionamentos é bem clara nas palavras de Jesus: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles..." (Mat. 7:12)

Por isso trate as pessoas esse ano com amor e gentileza, que a sua maneira de se relacionar com as pessoas seja diferente, que elas possam ver a presença de Jesus em sua vida, elas possam sentir em você o bom aroma de Cristo.

Por isso seja gentil, seja amigável, se disponha em ajudar e estender a mão a quem precisa. Responda a palavra raivosa, a grosseria, a rudez das pessoas com uma palavra branda.

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra ríspida desperta a violência.  Pv.15.1; A pessoa que se irrita facilmente provoca dissensão, mas o paciente acalma as discussões Pv. 15.18

Seja você um pacificador este ano.

 Quando voltamos os nossos olhos para texto de Romanos 12 e olharmos os dois versículos anteriores do nosso texto base o 9 e o 10 veremos o apostolo Paulo  dizendo as mesmas coisas.

Ele diz: "que amor não seja fingido... amem com o amor de Cristo tratando todos com respeito" isso no que diz respeito aos relacionamentos e diz também "odeie o mal e sigam o que é bom" no que diz respeito a ter uma nova atitude"

A partir do versículo 11 Deus muda o foco, ele esta falando agora não mais sobre o nosso relacionamento com o próximo, mas sobre o nosso relacionamento com Ele.

E ele ordena uma postura diferente de seus filhos em relação a Ele e sua obra. O importante é perceber queridos irmãos o imperativo dessas ordenanças, não são sugestões,  não há espaço para remediar tais ordens. Ele é o rei todo poderoso e nosso Senhor e tem autoridade para tal, contudo como um Deus amoroso suas ordens são para o nosso próprio bem estar...

Se nós queremos ter um começo diferente esse ano com Deus precisamos nos atentar para tais ordens...

1-    ENTUSIASMOS

Trabalhem com entusiasmo e não sejam preguiçosos.vs 11ª

Não sejais vagarosos no cuidado...

No zelo, não sejais remissos;

A palavra entusiasmo vem do grego "en-theos-asm" que significa "sopro de Deus dentro". Se a respiração é nossa principal fonte de energia física, o entusiasmo é a principal fonte de energia motivacional.

O entusiasmo gera uma imensa energia interna, dotada de um ânimo capaz de mover as pessoas adiante, com dedicação, paixão e força criadora, ainda que as condições não sejam as melhores,

 tanto, que a experiência mostra que o sucesso e o êxito estão, na maioria das vezes, relacionados ao nível de entusiasmo das pessoas do que à sua capacitação técnica ou à abundância de recursos.

Quando existe entusiasmo, mesmo as tarefas mais chatas e difíceis são realizadas com empenho, dedicação e alegria.

O entusiasmo inspira credibilidade, faz crescer a força de vontade, ajuda a renovar as forças e faz-nos ver a derrota como uma nova oportunidade para começar e fazer melhor.

Mas de onde vem o entusiasmo? O entusiasmo nasce do significado da missão. Se pensarmos em líderes como Madre Teresa de Calcutá e Jesus Cristo, por exemplo, vamos rapidamente identificar que sua causa e sua missão eram o principal motivo de seu entusiasmo naquilo que faziam.

Quando as pessoas compreendem a importância e o significado do seu trabalho, elas o fazem com entusiasmo, não apenas imprimem sua energia mental, mas aplicam toda a sua força para realizá-lo.

Jesus nos traz essa orientação, pois ele olha pra sua igreja e vê, que a cada dia que passa, encontra-se dentro dela pessoas sem entusiasmo sem alegria para a obra do senhor....

Servir ao Senhor envolve os mais nobres sentimentos do nosso coração, ou seja, está ligado ao íntimo de nosso ser. Ele conhece nossos pensamentos e sentimentos. Servir o senhor com entusiasmo é oferecer o melhor de suas primícias

Na Bíblia, no livro de Gênesis, tem a história de dois irmãos chamados Caim e Abel; ambos fizeram uma oferta a Deus;

Caim ofereceu os frutos da terra e Abel ofereceu as primícias do seu rebanho e o Senhor atentou e alegrou-se mais com a oferta de Abel.

O que podemos aprender com essa história, já que ambos tentaram servir e agradar ao Senhor?

Podemos aprender que toda vez que desejamos servir ou ofertar algo ao Senhor precisamos fazer de coração, com os pensamentos unicamente voltados a Ele, é agir como Ele agiu, amar como ele amou e servir como ele serviu, com todo poder mente e força.

Trabalhar para o Senhor não é dar a sobra do seu tempo e sim o melhor do seu tempo, ou seja, as primícias, essa foi a grande diferença da oferta de Caim e Abel; Abel ofereceu-lhe o que tinha de melhor e de mais valioso, diferente das frutas de Caim.

Quando estamos falando de se relacionar com Senhor, estamos falando de servir àquele que tudo vê, tudo conhece e tudo sabe, podemos enganar o homem, mas nunca poderemos enganar a Deus.

Quando decidimos servi-lo, devemos trabalhar com o mesmo ardor, entusiasmo e alegria que servimos em nosso lar e aos nossos familiares.

 Tenho certeza que quando estamos trabalhando para conseguir o sustento do lar nos esforçamos ao máximo para executar tudo aquilo que nos é confiado; portanto com o mesmo ardor e vontade devemos servi-lo.

A preguiça não faz parte do caráter do Homem e da Mulher de Deus, nem quando nos relacionamos com o mundo e muito menos quando diz respeito as coisas Deus.

A Bíblia diz em Provérbios 6:6-11 "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso,

Provérbios 10:4-5 "O que trabalha com mão remissa empobrece; mas a mão do diligente enriquece. O que ajunta no verão é filho prudente; mas o que dorme na sega é filho que envergonha." 

Na casa de Deus e no reino de Deus não há lugar para preguiça e muito menos para preguiçosos...

Se quisermos começar um ano diferente com Deus no que diz respeito ao nosso relacionamento com o reino de Deus. Entusiasmo não pode faltar em nossa caminhada. Alegria, prazer, disposição ao serviço é que conta...

2-    FERVOR ESPIRITUAL

Sirvam o Senhor com o coração cheio de fervor. 

Deus nestes dias vem me incomodando muito quanto a viver esse versículo, e tem me mostrado, como tem faltado o fervor na vida das pessoas.

 E a falta desse fervor tira a alegria de Cristo de nosso coração, faz com que nós tiremos nossos olhos daquilo que importa, e coloquemos nosso entusiasmo em coisas relacionadas a alegria da criatura, e não a alegria do Criador. A falta de fervor nos desfoca de Deus.

Quando olhamos a história vamos descobrir que em todos os lugares onde houve um mover de Deus, existiu alguém fervoroso e apaixonado por trás.

O livro de Atos dos Apóstolos é marcado por essa paixão e fervor.

A recomendação de Paulo em Romanos 12.11 é para que tenhamos zelo (paixão) e fervor. Esse fervor, misturado com paixão é o que precisamos buscar em nossas vidas. TUDO ONDE TEM PAIXÃO E FERVOR PROSPERA.

fervorosos:  A palavra fervor quer dizer: desejo muito intenso;  paixão; no grego, zeo = ficar quente, ferver (literalmente). Usado para água.

Um verbo derivado deste foi traduzido por quente em  Apocalipse 3.15-16 – "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.

E aqui está o antídoto contra a indolência, falta de sensibilidade,   a preguiça espiritual: ser quente no espírito.

Há uma passagem que se encaixa perfeitamente com a ideia de calor espiritual: Não apagueis o Espírito (1Tessalonicenses 5.19). Ou seja, "Não permita que o Espírito Santo deixe de queimar dentro de você".

Quando falo em ser quente espiritualmente, nem de leve estou sugerindo que você adore a Deus com suspiros, gemidos, olhos revirados. Essas coisas geralmente mostram algo muito diferente de verdadeira espiritualidade.

Claro que pode existir emoções no adorar, como choro, lágrimas, olhos fechados, mas qualquer criança percebe quando se trata de uma adoração genuína ou falsa.

E mesmo essa adoração genuína e emotiva, não é sinônimo de espiritualidade ou estar quente no espírito.

Estar quente ou fervoroso no espírito é ansiar pela própria Pessoa de Deus. É estar perto de Cristo, é vibrar na comunhão íntima com Ele. E a consequência natural desse ardor pela Pessoa de Deus é o interesse pelas coisas dEle.

Juntando Romanos 12.11 com 1Tessalonicenses 5.19, quero dizer o seguinte:

Se você está decidido a não apagar o Espírito Santo; se faz questão de continuar fervoroso de espírito, como nos primeiros dias de salvo; se quer buscar intensamente a Deus, visando a manter acesa essa chama que tanto aqueceu a sua alma quando você se converteu - então você verá que esse interesse pelas coisas do alto, vai naturalmente virar ação! Você não será considerado por Cristo um servo negligente

No entanto, apesar dessa verdade, percebemos que na vida de muitos o fervor se apagou, ou tem se apagado. Pessoas que antes tinham um "fogo" no coração que se refletia nos seus atos, em suas palavras, em seu comprometimento com Deus. E aquilo que um dia foi próspero virou algo sem graça, rotina

Deixa eu contar uma ilustração "dois homens que trabalhavam num frigorífico ficaram presos 40 horas numa das geladeiras.  Para não morrerem, começaram a carregar carnes de um lado para outro.  Suas famílias e seus colegas sentiram a falta deles.  Por fim os encontraram, já exaustos, porém vivos pois tiveram a brilhante ideia de não se acomodarem com o ambiente e clima.  Suas atividades os mantiveram aquecidos.  Trabalharam em equipe e sobreviveram. Seus corpos estavam aquecidos mesmo em baixa temperatura."

O que eu quero dizer com essa ilustração a você essa noite  é "Diga não à Frieza Espiritual.  Comece a agir e reagir.  não se amolde à religião, Cristo é mais do que religião, cristo é mais do que denominações, Cristo é o Deus vivo, a viva esperança, é estilo de vida...  Só Deus e você sabem como está a sua temperatura. espiritual....

O problema maior é que não existe termômetro que possa aferir (medir) a temperatura espiritual. Então você pergunta: Existe solução para isto? Sim!

A solução é estar aquecido com a Palavra de Deus através do seu Santo Espírito, Manter comunhão com Deus e com o povo de Deus."

Queridos nunca reclame por ter muita atividade na Igreja, e nunca rejeite as oportunidades de exercitar tua fé e serviço para Deus.

Não deixe que a frieza espiritual tome conta de você. Nunca se acomode ao clima e ambiente em que vive.

 Seja um influenciador do ambiente em que vive. Diga não ao desânimo. É melhor ser fervoroso de espírito conforme o texto de Romanos 12:11, do que morno descrito por Jesus em Ap. 3:15 e 16.

Deixa que o fogo do Espírito aqueça seu oração. Busque em oração, o calor espiritual de que tanto necessitamos. Seja um farol aceso no ambiente em que vive. 

Precisamos de cristãos fervorosos. Idosos fervorosos, Jovens fervorosos, adolescentes fervorosos e crianças fervorosas para impactarmos o mundo com o evangelho de Cristo.

Por isso quero orientá-los a tomar 3 atitudes este ano.

1º. Ocupe a sua mente meditando na Palavra de Deus. Esta é a base para uma vida cristã fervorosa. O cristão para ser fervoroso deve tomar a Palavra como alimento espiritual vital. A Palavra deve ser ouvida, lida, estudada e meditada.

Deve ser recebida, acolhida, assimilada e protegida na mente e no coração para que possa produzir fervor espiritual.

2º. Busque uma experiência intima com o Espírito Santo. O fervor que um cristão experimenta no seu espírito vem do Espírito Santo.

Fazendo uma analogia entre vida cristã e um trem, podemos dizer que a Palavra representa os trilhos sob os quais a vida se move sem se perder, mas o Espírito é a força motriz que provê ânimo e poder.

A experiência intima com o Espírito Santo envolve mais que conhecimento da Palavra, é uma experiência de poder.

Emil Brunner escreveu sobre isso: "O Espírito Santo apodera-se do coração, não meramente o nous (alma, mente, entendimento): penetra o coração até alcançar a as profundezas do inconsciente e até mesmo os próprios componentes físicos da personalidade" (O equívoco sobre a igreja).

Necessitamos entrar na igreja pedindo o poder o alto; isso  despertará a todos nós e nos avivará, sentiremos o nosso espírito ferver dentro de nós.

3º. Mantenha o seu censo de Missão. O fervor no espírito está relacionado ao censo de Missão. Cada cristão tem uma missão especial que lhe é confiada por Deus.

 Quando uma pessoa entende isso, ela tem um censo de Missão. Você não está aqui neste mundo por acaso, está aqui pata fazer algo para o Senhor.

Faça essa pergunta a você mesmo, o porque e para que Deus te salvou? Que impactos isto deve trazer na vida dos que o cercam?

Conclusão: Creia que o fervor de espírito é algo decisivo em sua vida e é o que Deus quer para você. Deus deseja impactar vidas através de seu testemunho. Deus deseja que você leve a Palavra dele edificando cristãos e resgatando incrédulos.

Mas para que isso aconteça, a semelhança de um trem de carga, você precisa permanecer nos trilhos da Palavra de Deus; para que isso aconteça você deve ocupar sua mente ouvindo, lendo e meditando a Palavra, bem como eliminando da sua vida tudo que concorre com ela.

Deve também buscar uma experiência intima com o Espírito Santo, que envolva todo seu ser. E ainda deve manter firme o senso de Missão, você tem uma carga a levar para um destinatário, a Palavra de Deus para impactar vidas.

 

 


Santa Ceia

Texto: 1 Co 11.23-34

Esta é a minha biblia, eu sou o que ela diz que eu sou, eu tenho o que ela diz que eu tenho, eu posso fazer o que ela diz que eu posso fazer, hoje eu serei tocado pela palavra de Deus.

Eu Audaciosamente confesso que a minha mente está alerta o meu coração está receptivo, eu estou pronto pra receber a incorruptível, a indestrutível sempre viva semente da palavra de Deus.

Eu nunca mais serei o mesmo, nunca...nunca...nunca no nome de Jesus.

 

Poucos assuntos foram mais polêmicos do que a Ceia do Senhor. Esse assunto dividiu opiniões, igrejas e até denominações. Depois da Reforma do Século XVI cristalizaram-se quatro posições diferentes de interpretação:

a) Transubstanciação – Os elementos da Ceia se transubstanciam em corpo,  sangue, nervos, ossos e divindade de Cristo.

b) Consubstanciação – Cristo está presente fisicamente em e sob os elementos.

c) Memorial – A Ceia não passa de uma lembrança do que Cristo fez na cruz.

d) Meio de Graça – A ceia é um instrumento de edificação espiritual dado à igreja.

A Ceia do Senhor é um sacramento instituído por Jesus Cristo. Deve ser praticada pela igreja até que Cristo volte. Os elementos da Ceia, o pão e o vinho são símbolos do corpo e do sangue de Cristo.

Eles não se transubstanciam. Continuam pão e vinho. Cristo está presente na Ceia espiritualmente e não fisicamente como pensava Martinho Lutero. A Ceia do Senhor é mais do que um simples memorial, é um meio de graça.

A ceia do Senhor é o elo de ligação entre as duas vindas de Cristo. Ela é o monumento da primeira e a promessa da segunda.

O apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, tratou de maneira objetiva sobre a Ceia do Senhor. Jesus mesmo instituiu esse sacramento como um meio de graça para sua igreja.

Somente aqueles que foram remidos e lavados no sangue do Cordeiro e confessam o nome do Senhor Jesus devem participar desse banquete da graça. Só aqueles que discernem o que Cristo fez na cruz são chamados para participar desse sacramento.

Uma gloriosa mensagem é proclamada (1 Co 11.23-26) - A Ceia do Senhor foi instituída para que a igreja pudesse recordar continuamente o sacrifício vicário de Cristo na cruz em seu favor.

Jesus fez grandes milagres e ofereceu à igreja sublimes ensinamentos, mas instituiu um sacramento para ser memorial da sua morte.

Todas as vezes que nos assentamos ao redor da mesa da comunhão, estamos proclamando que o corpo de Cristo foi partido e dado por nós e seu sangue foi vertido como símbolo da nova aliança.

A morte de Cristo é o eixo central do evangelho. Fomos reconciliados com Deus pela morte de Cristo. É pela sua morte que temos vida. Devemos anunciar a sua morte até que ele venha em glória.

Há quatro verdades essenciais da fé cristã que devem ser destacadas, sempre que a igreja celebra a Ceia:

1. Olhando para trás – A morte de Cristo (1 Co 11:26) – "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor…". A cruz de Cristo é o centro da mensagem cristã. Não há evangelho sem a cruz de Cristo. Ele ordenou que sua igreja relembrasse não seus milagres, mas sua morte. Devemos nos lembrar porque ele morreu, como ele morreu, por quem ele morreu.

Estamos todos à sombra da cruz. A morte de Cristo na cruz é o ponto de partida da fé; sem este fato histórico não haveria cristianismo. A cruz, porém, nada é sem o crucificado. Certamente isto ensejou Paulo a declarar: "Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado" (1Co 2.2).

A centralidade da cruz como símbolo cristão teve sua origem no coração do próprio Jesus.   Foi por intermédio da morte de Jesus na cruz que "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (2Co 5.19).

É por isso que ele disse em Gálatas 6:14-15 "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura."

Paulo disse que a sua Glória estava no fato que aconteceu na cruz do Calvário. Através da morte mais maldita, da morte mais intolerável, Cristo "nos resgatou da maldição do pecado e da lei, fazendo-se Ele mesmo maldição em nosso lugar." Jesus nos resgatou e se tornou nosso substituto.

Logo após a morte de Cristo na cruz "...o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo."(Mc. 15:38). Isso significa o livre acesso a salvação. A partir desse momento foi inaugurado o período da graça. O favor de Deus se encontra disponível a todos que desejam obtê-lo.

O termo graça tem obtido uma conotação errônea por parte de muitos. Tem-se a falsa idéia de que a graça se constitui em liberdade. Ledo engano.

A graça de Deus se constitui no fato Dele ter oferecido uma oportunidade ao homem. O que era impossível se tornou possível mediante a graça. Isso não exclui, de forma alguma, a necessidade de obedecermos aos preceitos eternos do Criador.

2. Olhando para frente – A segunda vinda de Cristo (1 Co 11:26) – "… anunciais a morte do Senhor, até que ele venha". Há um momento de expectativa em toda celebração da Ceia do Senhor. A segunda vinda de Cristo é a grande esperança do cristão num mundo onde o mal tem feito tantos estragos.

Durante Seu ministério na terra, Cristo fundou sua igreja e deu-lhe esta promessa: Ele voltaria novamente buscar os salvos, isto aqueles que receberam a Cristo como Salvador e viveram de acordo com sua Palavra.

Através de nossa constante comunhão com Cristo aguardamos a qualquer momento a segunda vinda dele. Será o dia mais glorioso pois veremos ao Senhor como Ele é.

Os mortos em Cristo ressurgirão primeiro e nós, os vivos, seremos transformados. Receberemos um corpo glorioso e habitaremos para sempre com o Senhor.

Esta é a maior promessa do Novo Testamento. Leia com atenção 1 Tessalonicenses 4.16-17 e 1 Coríntios 15.50-52!

É necessário que estejamos vigilantes, pois podemos perder tudo o que gastamos a vida inteira para conquistar.

Venho sem demora. Conserva (krateo) o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap. 3:11).

A palavra grega para conservar é krateo que significa manter-se cuidadosamente e fielmente, ou seja, vigilante.  É isso que o Senhor espera de nós, zelo por nós mesmo.

A esses servos o Senhor quando vier irá servi-los a mesa. Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá (Lc. 12:37).

3. Olhando para dentro – O auto-exame (1 Co 11:28) – "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão e beba do cálice". Não somos juízes dos outros, devemos examinar-nos a nós mesmos. O exame dos outros leva à justiça própria.

 O exame de si mesmo leva ao verdadeiro arrependimento e fé em Deus. O exame dos outros é geralmente a nossa forma de evitar o auto-exame.

 Se examinássemos detidamente os nossos próprios pecados, não teríamos tempo para ficar apontando os pecados dos outros. Um superficial exame do nosso próprio coração é que nos torna tão críticos e intolerantes com os outros.

Segundo, auto-exame é exame de si mesmo, mas não por si mesmo. Se julgarmos a nós mesmos, não seremos julgados (1Co. 11:31). Deus mesmo e sua Palavra devem ser os examinadores (1Cr. 28:9; Sl. 26:2; Sl. 44:21).

Nossa oração deve ser aquela do Salmo 139:23,24: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno". Auto-exame é submissão ao exame que Deus faz de nós.

Não devemos fugir da Ceia por causa do pecado, mas fugir do pecado por causa da Ceia. A ordem bíblica é: examine-se e coma!

Sempre que somos chamados à Mesa da Comunhão olhamos para o passado e contemplamos a cruz. Olhamos para a frente e aguardamos a volta gloriosa de Cristo. Olhamos para dentro para examinarmo-nos a nós mesmos.

 Mas, também, Olhamos ao redor e acolhemos em amor os nossos irmãos.

4. Olhando ao redor – A comunhão (1 Co 11:33-34) – "…esperai uns pelos outros…". Somos um só corpo, um só pão. Reunimo-nos como família de Deus, irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai. O amor deve ser o elo que nos une.

E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos (Mt. 24:12). Esse é o perigo com o passar do tempo, o amor se torna comum. E já não damos o devido valor ao amor.

A apostasia é a marca da igreja do fim. Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, (1 Timóteo 4:1).

O amor deve ser uma constância sem prazo de validade. Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim (Jo. 13:1).

Não há realidade de vida cristã sem amor. A realidade de Jesus está no seu amor. Ele morreu por nós e irá voltar por amor a nós. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço (1 João 2:10).

Aquele que preserva o amor ele permanece na verdade e não faz ninguém tropeçar antes conduz os perdidos e cegos a luz da verdade. Só podemos edificar no amor.

O amor prova nossa origem, quem ama é nascido de Deus. Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor (ágape) procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus (1 João 4:7).

O que comprova se conhecemos a Deus ou não, é se amamos. Não é o quanto sabemos da Bíblia, quantos cursos fizemos, mas se amamos. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (1 João 4:8).

 E se você conhece a Deus não tem como não ser afetado por seu amor. Preservar o amor é fundamento da ceia, pois assim podemos restaurar os relacionamentos quebrados e continuarmos a desenvolver nossa vida cristã de forma correta.

 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1 João 4:20).

A ceia é a mesa do amor. Tudo o que nós temos é porque Deus nos amou e tudo o que teremos no reino é porque amamos os irmãos. João termina seu raciocínio sobre o amor explicando a quem devemos amar, e assim, ratificamos nossa realidade cristã, os irmãos!

Na Ceia encontramo-nos com o Senhor e com os nossos irmãos. Na Ceia os céus e a terra se tocam.

Há três perigos em relação à Ceia que precisamos evitar:

1. Participar da Ceia do Senhor indignamente (1 Co 11:27)"Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor".

A nossa dignidade é a consciência da nossa indignidade. Assentar-se à mesa do Senhor de forma leviana, irrefletida e despreparada é comer e beber juízo para si.

A participação desatenta e descuidada da Ceia do Senhor produz resultados desastrosos. Em vez de edificação vem juízo. Em vez de deleite espiritual vem disciplina.

Paulo menciona três níveis dessa disciplina: Enfraquecimento, doença e morte. Entre os crentes de Corinto havia gente fraca, enferma e alguns haviam sido ceifados pela disciplina divina. O pecado sempre produz resultados desastrosos, sobretudo, na vida dos crentes.

 Precisamos ter convicção do nosso compromisso com Cristo e com sua igreja antes de participarmos da Ceia.

2. Participar da Ceia do Senhor sem discernimento (1 Co 11:29)"Pois quem come e bebe, sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si".

O crente precisa discernir o Corpo de Cristo partido na cruz, ou seja, a obra da redenção em seu favor e também discernir o Corpo de Cristo, que é a igreja.

Não podemos assentar-nos à mesa com mágoa dos irmãos. Isso gera fraqueza, doença e morte.

3. Participar da Ceia do Senhor sem autojulgamento (1 Co 11:31,32)"Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados…".

Não podemos ser condescendentes com nós mesmos nem complacentes com os nossos pecados. Devemos julgar-nos a nós mesmos para não sermos condenados com o mundo. Precisamos agir com rigor com nós mesmos e com profundo amor e paciência com os nossos irmãos.

A Ceia do Senhor é um momento de auto-exame e arrependimento, mas também de profunda gratidão e alegria. Devemos nos aproximar da Mesa do Senhor com santa reverência e santo temor e ao mesmo tempo com profunda gratidão e imensa alegria.

Devemos celebrar essa festa não com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade (1Co 5.7,8).

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