2013/06/25

Cuidados com a vida crista 3

"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Romanos 14:12″

Queridos irmãos eu quero encerrar essa serie do sermão cuidados com a vida cristã, falando da responsabilidade que cada crente tem em cuidar de sua espiritualidade. Os cuidados de nossa vida espiritual não é uma responsabilidade que se pode passar ou delegar a outrem, é pessoal e intransferível, é preciso assumi-la de forma concreta e coerente.

Essa responsabilidade você assumiu quando assumiu uma vida cristã. Nossa vida cristã começou quando fizemos a escolha de recebermos Jesus como Salvador e Senhor. Vivemos dias difíceis na história da Igreja, numa sociedade egoísta, imediatista e hedonista, características que têm afetado nossa relação com Deus. Por isso eu o convido a fazer um Balanço da Sua Vida.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão (Sl 51:10-13).

De tempos em tempos, precisamos parar e analisar a nossa vida, saber o que está bom, o que está ruim, o que pode melhorar. Quando Davi escreveu essa oração, Ele havia sido repreendido pelo profeta por ter adulterado com Batesseba. Deus através do Espirito Santo nos revela o nosso erro, o nosso pecado para gerar em nós uma transformação e não para nos matar. No Salmo 32, Ele fala sobre o resultado do seu pecado: fazia com que envelhecesse e se sentisse definhando. Antes da confissão não conseguia ouvir os conselhos de Deus, mas depois, recebeu o alívio de que precisava.

O que considerar quando fazemos um balanço da nossa vida?

Observe as motivações do seu coração. Como saber o que há no meu coração? Considere o que sai da sua boca, pois ela fala do que está cheio o coração. Muitas vezes andamos enganados. Pedro estava enganado acerca de si mesmo. Ele afirmou categoricamente que não deixaria Jesus, mas O negou três vezes. Quais são as motivações do seu coração? Por que você faz o que faz? Suas atitudes podem ser boas, mas elas serão validadas ou não pelo que há no seu coração.

Analise a qualidade da sua fé. O salmista pediu: "Senhor, renova dentro de mim um espírito inabalável". Tem gente que, na suspeita do mal, já imagina o pior. Devemos ser gente que acredita piamente em Deus. Quais são as suas expectativas: do pior ou do melhor? O salmista pediu um espírito inabalável certamente porque estava abalado. Você se abala com qualquer coisa? Sua fé precisa estar no Senhor. Você não pode se deixar abalar por qualquer coisa.

Verifique o quanto você se importa com as coisas de Deus. Quando confrontado, o salmista pediu: "Senhor, não me retires o teu Espírito". Ele poderia ter pedido que o Senhor não retirasse dele o cargo, o reinado, as benesses, mas ele estava preocupado com o seu relacionamento com Deus e não com as coisas. Devemos nos preocupar mais com Deus do que com qualquer coisa. Você faz questão de Deus? Você ama a Deus ou ama o que Ele pode dar? Você O serve voluntariamente ou por obrigação? A maior adoração que podemos dar a Deus é obedecer-Lhe. Precisamos sentir falta de Deus. Davi se importava com Deus, amava Sua casa, amava Sua presença. Que nível de importância você dá a Deus?

Meça o seu nível de alegria. O salmista disse ao Senhor: "Restitui em mim a alegria da salvação". As coisas de Deus precisam nos trazer alegria. Por que você vai à casa de Deus? Você precisa saber que é ali que Deus ordena a sua bênção e a vida para sempre. Você tem satisfação em buscar a Deus, em ir à Sua presença? A bênção de Deus tem que nos fazer sorrir, ter alegria. Ser de Deus deve ser um motivo de satisfação sempre. Você deve se sentir privilegiado por ser dEle. Deus escolheu uma noiva para o seu filho, ele separou essa noiva desde a fundação do mundo e você meu querido faz parte dessa noiva.

Avalie a sua voluntariedade no servir. O pedido do rei Davi é: "Sustenta-me com um espírito voluntário". Sirva as pessoas. Você serve os outros com alegria ou espera retribuição? Não perca o seu galardão exigindo recompensas de homens. Quando pedirem algo a você, faça um pouco a mais. Sirva com amor, sirva com alegria, pois o amor constrange. Tudo o que quereis que os homens vos façam fazei vós também a eles (Lc 6.31).

Se você servir a quem não merece, seu galardão vai ser ainda maior. É triste ver que há pessoas jogadas em asilos. Cuide dos seus para, quando você tiver necessidade, cuidem de você também. Não abandone quem quer que seja.

Avalie a si mesmo. Não aja apenas por obrigação. Importe-se com Deus, avalie a sua fé, sonde o seu coração, meça a sua alegria. Pergunte a si mesmo os porquês de cada atitude e pare para analisar suas respostas. Preste a Deus um culto racional. Queira se relacionar com Ele e não apenas obter dEle favores. Tenha prazer nEle. Lembre-se sempre: "Não há outro Deus como o nosso Deus!

Agora os nossos pecados impedem a atuação completa de Deus em nos abençoar; não frutificar é um deles! Somos uma geração que canta e dança em louvor e adoração a Deus, mas tem frutificado pouco. DEUS DESEJA QUE SEJAMOS FRUTÍFEROS: O coração de Deus deseja tanto que sejamos frutíferos e que sejamos abençoados, que Ele promete agir em nosso favor para que alcancemos esse fim em contraposição com Israel que deveria ter sido a videira plantada por Deus, mas que se tornou "videira brava":

Jo15.1-8 "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor" (v.1); "Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda." (v. 2).

Fala de ramos legítimos, que fazem parte da videira e não de parasitas. Fala de níveis de frutificação e suas implicações para nós: "não dá fruto", arranca, tira de onde está plantado e muda para outro lugar. "Dá fruto… Mais fruto" limpa (esfrega!), poda, tira o excesso para dar mais fruto, muito fruto… "Estai em mim e eu em vós…" (v. 5) fala de comunhão íntima de Jesus – a Videira – com os ramos, os salvos: "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma" (v. 5). Deus é glorificado quando participamos da geração de filhos espirituais para Ele: "Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos" (v.8).

 Se nós somos de Cristo, e somos pelo menos eu creio que a maioria aqui é por que naõ estamos dando frutos?. Eu creio queridos irmãos que muitos não tem frutificado em Deus por falta de duas responsabilidades deixadas de lado oração e jejum, essa tem sido a nossa grande falha como igreja e essa tem sido o motivo de muitas pessoas não verem suas casas alcançadas por Deus.

E. M. Bounds escrevendo sobre a maior necessidade da igreja, disse: "O que hoje a Igreja necessita não é de mais e melhor maquinismo, de novas organizações ou mais e novos métodos, mais homens a quem o Espírito Santo possa usar – homens de oração, homens poderosos na oração. O Espírito Santo não se derrama através dos métodos, mas por meio dos homens. Não vem sobre maquinarias, mas sobre homens. Não unge planos, mas homens – homens de oração". Oração é a nossa maior necessidade, por isso precisamos orar mais.

A primeira reunião da igreja em Atos foi uma reunião de oração. Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado. (jornada de um sábado: cerca de um quilômetro) Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele. (At 1.12-14).

A Oração é o falar franco e confiante do cristão com o seu Deus e Pai, conforme ele mesmo nos incentiva em textos como Mateus 7.7-11. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.

É um ato de adoração e comunhão com Deus, no qual pedimos o que precisamos e agradecemos e louvamos a Deus pelas bênçãos recebidas. Este conversar pode ser silencioso – apenas em pensamentos; como também pode ser em palavras. Deus espera que compartilhemos com Ele toda a nossa vida, quer seja triste ou feliz. A oração é um fruto da fé cristã e inseparável da vida do cristão. Assim, o filho de Deus tem prazer em orar e deve (e pode) orar sempre.

Quando falamos em Jejum achamos que as diversas as razões pelas quais devemos jejuar é: para conquistarmos bênçãos de Deus (Jn 3); para recebermos unção e sermos cheios do Espírito Santo (At 1.14; 2.1-4); para termos autoridade sobre os demônios (Mt17.21). Todas são bíblicas e são praticadas pelo povo do Senhor e a errada compreensão que ele serve só para isso que ele passa somente pelo sacrifício de ficar um período com fome entendendo que esse sacrifício é que é agradável ao Pai.

Quero que compreendam que o jejum é muito mais nobre do que essa interpretação:

1.Faz-nos conhecer a nós mesmos e nos ensina a doutrinar a carne;

A bíblia nos ensina que a carne deve ser crucificada – Gl 5.24 "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências". O meio pelo qual crucificamos a carne é pelo jejum, pois, a fome é uma necessidade da carne que é muito difícil de ser controlada, se conseguirmos controlar esse desejo, então, é certo que conseguiremos controlar todos os outros

Quando estamos em jejum conhecemos a nossa carne porque os demais desejos se manifestam. Acredito que o Inimigo tenta nos demover do propósito e consegue o intento quando consegue que deixemos forte a carne de modo que ela possa vencer o espírito. Por essa razão, o jejum deve ser acompanhado de oração, pois constantemente seremos fortalecidos pelo Senhor.

2.Fortalece o Espírito;

Todos nós sabemos que o Espírito luta contra a carne – Gl 5.17 "Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis".

Aprendemos que no dia da conversão o Espírito Santo vem a nós e permanece em nós, porém, Ele fica como que latente, esperando para fluir em sua plenitude. Igualmente foi a experiência dos grandes homens de Deus, como Charles Finney e John Wesley. Enquanto um tem o fluir do Espírito quando está em oração profunda em um bosque, o outro o tem durante um Culto na Rua Aldersgate. Ambos se tornaram grandes avivalistas.

Para o Espírito vencer é necessário que enfraqueçamos a carne e vivamos de acordo com a vontade do Senhor. Para sermos filhos de Deus devemos ser guiados por seu Espírito – Rm 8.14 – "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus".

3.Deve ser feito como ato de amor e não como sacrifício

Os servos do Senhor no passado tinham uma noção clara de que Deus não tinha prazer nenhum em sacrifícios prestados a Ele pelo ser humano – (Sl 51.16,17,19). Samuel ensinava que o Senhor tinha mais prazer na obediência do seu povo do que nos sacrifícios – (1Sm 15.22). Como os servos do passado, necessitamos aprender que relacionamos com o Pai em níveis de obediência e amor. É neste prisma que jejuamos, como ato de amor. O texto base nos fala desse relacionamento de amor.

Quando o povo questiona por que Deus não atenta para o jejum oferecido e nem para a aflição da alma? A resposta é clara, o jejum é feito em caráter egoísta, como sacrifício, com fim interesseiro. Deus apresenta o modo como Ele gostaria que o jejum fosse feito para lhe ser agradável.

As bênçãos do Senhor virão sobre nós por lhe sermos agradável e por amá-lo e não pelos sacrifícios que somos capazes de oferecer-lhe. Se modelarmos o nosso comportamento pelo que Isaías nos ensina sobre o jejum, certamente seremos contemplados, não por merecimento, mas pela graça do Deus vivo, com as bênçãos necessárias para nossa vida.

O jejum deve ser feito com um fim nobre, deve ir além dos nossos próprios interesses, deve ser agradável ao Senhor. Ele visa antes o querer de Deus para o seu povo, não os interesses pessoais.

Trata-se de um jejum oferecido ao Pai em amor e não como sacrifício.
Jejuamos não somente para Deus mover o seu braço em nossa direção e nos abençoar, mas para um
 crescimento espiritual.

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:16-17

A Palavra de Deus nos fala da necessidade de nos apresentarmos a Deus, "Perfeitos", completos e maduros, no que tange ao crescimento Espiritual. Como em qualquer área de nossas vidas o crescimento espiritual envolverá empenho pessoal e desejo genuíno, passos firmes rumo ao alvo definido. "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus." Filipenses 3:12.

Para traçar um caminho de crescimento efetivo é preciso primeiro aferir como anda nosso crescimento espiritual, se está acontecendo ou não, se tem ocupado o lugar correto em nossa lista de prioridades e se está de acordo com a proposta de Deus para nós. Qual o aferidor que temos do nosso crescimento? Será que paramos para refletir sobre isso? Vejamos então algumas atitudes que nos ajudarão a crescer espiritualmente:

1- MANTENHA UMA ROTINA DE VIDA ESPIRITUAL SAUDÁVEL –"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Isaías 26:3″ . Uma rotina espiritual é fruto de um propósito firme em investir em nosso crescimento. Assim como hábitos de higiene e alimentação são parte da nossa rotina porque necessitamos deles para nos manter vivos as rotinas espirituais devem fazer parte de nossas vidas a fim de que haja um crescimento contínuo e possamos permanecer vivos espiritualmente falando. Mesmo que inicialmente não pareça fácil a verdade é que nos adaptamos e acostumamos com rotinas e também com a ROTINA ESPIRITUAL.

2- TENHA UM HORÁRIO CONSTANTE DE DEVOCIONAL- "Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei. Salmos 5:3″ O salmista declara que logo pela manhã dedicava-se a Deus. Independente do horário que decidamos dedicar a Ele é preciso que seja constante, ou seja, no mesmo horário diariamente, e dedicado totalmente , assim se tornará parte de nossa rotina diária.

3- LEIA E ESTUDE A BIBLIA TODOS OS DIAS. "Recrear-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra. Salmos 119:16″ Quando compreendemos a importância e o poder da Palavra em nossas vidas faremos dela nosso pão diário. Observe bem, se um advogado, por exemplo, não tem um amplo conhecimento profundo das leis seu cliente com certeza ficará preso sem necessidade, da mesma forma se não temos um amplo conhecimento da palavra sofremos o perigo de estar presos, porque não conhecemos os seus dispositivos.

4- ASSUMA A RESPONSABILIDADE PELA SUA VIDA DEVOCIONAL- "De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Romanos 14:12″. Não é uma responsabilidade que se pode passar ou delegar a outrem, é pessoal e intransferível, é preciso assumi-la de forma concreta e coerente. O que eu devo fazer para assumir essa responsabilidades?

4.1-NÃO ESPERE QUE OS OUTROS ASSUMAM SEU PAPEL NA BATALHA. Davi deixou de assumir seu papel na batalha e acabou caindo em pecado. II Samuel 11

4.2-NÃO SEJA PASSIVO DEMAIS, TENHA CORAGEM DE PARTIR PARA ATITUDE. Quando assumimos responsabilidade pelo nosso crescimento precisamos ter um cuidado extremo para que não voltemos ao estado anterior. Ou estamos crescendo, ou parados ou decrescendo.

4.3-MUDE PADRÕES E HAJA RAPIDAMENTE. Identifique o que atrapalha seu crescimento espiritual, e fuja daquilo.

Conclusão: Precisamos entender a importância de desenvolvermos nossa vida espiritual de maneira crescente e nos perguntarmos sinceramente: "O QUE EU PRECISO FAZER PARA MUDAR OU MELHORAR MINHA VIDA ESPIRITUAL?" Nossas atitudes devem refletir o nosso desejo de cada dia mais crescemos em Deus e agradá-lo. Então busque a firmeza de propósito e tome as atitudes necessárias para ter um crescimento espiritual efetivo.

 ÁUDIO:  http://www.youtube.com/watch?v=SLZPvdOBQ_I

2013/06/17

Cuidados com a vida cristã 2

Texto: 1 Pedro 5:8
Irmãos, boa noite! Domingo passado discorri sobre o tema cuidados com a vida cristã, um assunto de extrema importância, pois ele fala diretamente a todos nós que estamos inseridos em uma comunidade, cujo objetivo é viver a plenitude da vontade de Deus em nossa vida cristã.
Falei sobre entraves que prejudicam a nossa caminhada, orientando-os a ter cuidado com três áreas especificas; Desânimo, Magoas e a Falsa espiritualidade. Áreas que tem sido o motivo de muita lagrima, muito desconforto e sofrimento para aqueles que buscam um viver cristão. Por conta destas três áreas muitos escolheram o largo caminho e deixaram o estreito e sofrem e sofrerão conseqüências eternas.
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Mateus 7:13-14
Essas áreas queridos irmãos tem 2 coisas em comum, primeiro é que todas elas são resultados ou conseqüências de uma falta de postura ou seja para que elas frutifiquem na vida de uma pessoa, depende que essa pessoa permita que ela atue em sua própria vida.
Você pode vencer o desanimo se posicionando contra ele, se levantando, se animando orando a Deus pra ajudá-lo. Você pode vencer a magoa decidindo perdoar e não imputar o ódio ao transgressor. Você pode dar um basta na falsa espiritualidade e começar a viver uma vida cristã autentica. Você pode...
 Penso que o maior desafio dos cristãos é olhar pra dentro de si e se auto responsabilizar ao invés de culpar os outros ou até mesmo o diabo. Conta-se certa ilustração que o diabo estava sentado na esquina de uma igreja chorando e alguém perguntou pra ele  porque você esta chorando ele disse é que tudo que acontece aqui nessa igreja é culpa minha.
Irmãos nem tudo é culpa do diabo, nem tudo é uma obra maligna,  alias na maioria das vezes ele aproveita uma situação em que você mesmo se colocou e faz um estardalhaço em sua vida. O apostolo Tiago nos orienta a esse respeito quando diz: Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Não erreis, meus amados irmãos. Tiago 1:14-16
Ou seja você é o causador de muitos males em sua vida, por falta de orientação; por falta de conhecimento, por falta de vigilância, por desobediência, por querer pagar pra ver, por inúmeros motivos, você é o único responsável.
Olhando para a vida de Adão observamos que essa tendência de achar desculpas para os meus erros não é algo novo para o ser humano.
"E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim e temi; porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi." (Gênesis 3.9-13)
Nós seres humanos, temos a tendência a procurar sempre um bode expiatório, ou seja, alguém para levar a culpa pelos nossos erros. É muito difícil, em especial para aqueles que ainda não tiveram um encontro real com Deus, admitir seus erros, reconhecê-los e estar disposto a sofrer as conseqüências.
Mas o fato de alguém, não reconhecer e assumir sua culpa, não muda nada diante de Deus, pois ele tudo vê, ele vê até mesmo o que está oculto, pois nada está oculto aos seus olhos.
Deus se agrada de quem é sincero que admite seus erros, e que esteja disposto a mudar, pois só Deus pode mudar a natureza má e corrompida do homem, somente Deus pode transformar vidas e perdoar pecados.
Assumamos diante de Deus a nossa fragilidade, fraqueza, pecados, desejos que muitas vezes lutam dentro de cada um de nós.
Se você errar, pecar, transgredir a Palavra de Deus, não se esquive, não queira esconder-se de Deus, pois é impossível enganá-lo, reconheça e se humilhe em sua presença, pois ele perdoa limpa e transforma o nosso viver, quando reconhecemos a nossa pequenez e a grandeza e a misericórdia de Deus. 
Observem que Adão acusou Eva, e Eva por sua vez acusou a serpente. A tentação realmente vem, mas compete a cada um de nós lutarmos contra ela. "Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tiago 4.7). E se porventura cairmos, não podemos nos esquivar. Lembra do que Deus disse a Caim: "Para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás." (Gênesis 4.7). Devemos sim, agir como o filho prodigo: "Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho, faze-me como um dos teus jornaleiros (empregados, trabalhadores)." (Lucas 15:18-19) 
 A Segunda coisa que eles têm em comum no caso do desanimo, da magoa e da falsa espiritualidade é que todas as três é uma ação satânica. Ué pastor num entendi nada, primeiro você disse que a maioria dos nossos problemas são situações que nos mesmos construímos... é eu disse mesmo!!! E agora você vem dizer que é uma ação satânica, sim é isso mesmo... eu não entendi mais nada...
Queridos o fato de você ser o responsável por muitas situações ruins em sua vida, não anula uma verdade extremamente importante que é a existência do diabo e seus demônios. Os quais tem como por objetivo principal, destruir a sua vida e para isso ele te espreita 24 horas por dia, procurando uma brecha para cumprir seu ardiloso plano maléfico, que é sua morte espiritual, que diga-se de passagem é a pior morte que você poderia sofrer.
Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 1 Pedro 5:8
É por isso que nessa série de sermão cuidados com a vida cristã, a qual foi iniciado domingo passado, que hoje vou falar sobre a ação satanica, foi por isso também que iniciei desmistificando esse tema trazendo a sua consciência e para a sua compreensão que dentro deste importante assunto, existe a ação humana, entretanto o inimigo de nossas almas esta ai e precisamos resisti-lo. resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Tiago 4:7
Apesar de Satanás ter sido derrotado pelo Senhor Jesus, e a sua derrota ter sido lançada à nossa conta ele já foi vencido na cruz, ele ainda tem condições de oprimir o ser humano, mesmo que este tenha nascido de novo.
É certo que quem aceita Jesus como Salvador recebe o poder de se tornar filho de Deus e passa a ter direitos e privilégios em Cristo. Mas, enquanto estivermos aqui neste mundo, ainda seremos suscetíveis às tentações do maligno. Ele é o deus deste século, e ele tem segado o entendimento de muitos.
Tentação na Bíblia tem o sentido de colocar uma pessoa em prova, de submete-la a um teste árduo e espinhoso com o objetivo de mostrar a sua fraqueza, induzindo-a a um procedimento negativo.
       A Bíblia apresenta satanás como o tentador, ou seja, como aquele que sabe usar como ninguém mais, as circunstâncias existenciais para induzir a pessoa na concretização de objetivos maléficos. A maior intenção do diabo não é, na verdade, nos fazer pecar esse é apenas o resultado, mas sim a de criar em nós uma sensação de ausência, de distanciamento, de Deus.
Em Mateus 6.13 E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. O termo tentação tem o sentido de ação satânica para nos fazer pecar. Este termo aparece 21 vezes no N.T. e sempre tem o sentido de comprovar a qualidade, submeter à prova ou teste, com a intenção de induzir ao pecado e por fim ao distanciamento de Deus.
Creio ser importante ressaltar sobre a tentação o seguinte.
A tentação surge da nossa presunção de força:
A tentação se torna mais eficaz quando presumimos ter forças suficientes para não cairmos em pecado, ou para vencê-la quando assim bem entendermos. A autoconfiança é um atalho para a derrota. Precisamos aprender a nos afastarmos da aparência do mal, bem como do próprio mal. O autoconhecimento e de nossas limitações, associado ao conhecimento de Deus e de sua Palavra nos ajuda a nos enxergarmos e não nos deixa achar que somos forte o bastante, ou espiritual-al-al, para vencer a tentação. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia..     1 Coríntios 10:12
A tentação nos cega:
Quando somos tentados fazemos coisas que em circunstâncias normais jamais faríamos. A tentação obscurece a nossa visão e a nossa mente, nos fazendo enxergar as coisas sob um único prisma, o da satisfação pessoal e do prazer.
Vemos no Salmo 73.2-3 que enquanto a visão do salmista estava presa na prosperidade dos ímpios ele se consumia de inveja. Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios. Salmos 73:2-3
Em 2 Samuel vemos que enquanto a visão de Davi estava fixada na beleza física de Bate-Seba e no prazer sexual, ele não enxergou a maldição que cometera contra Deus, Escreveu na carta, dizendo: Ponde a Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra... Ouvindo, pois, a mulher de Urias que seu marido era morto, lamentou a seu senhor. E, passado o luto, enviou Davi, e a recolheu em sua casa, e lhe foi por mulher, e deu-lhe à luz um filho. Porém esta coisa que Davi fez pareceu mal aos olhos do SENHOR...2 Samuel 11:15-27
Somente depois de exortado espiritualmente pela Palavra de Deus, através do profeta Natã, foi que as vendas caíram de seus olhos e, arrependido, Davi confessou o seu pecado, 2 Samuel 12.13.
Somente a Palavra de Deus nos faz recuperar a visão espiritual e nos auxilia a identificarmos a tentação e suas conseqüências em nossas vidas. Vale a pena ler os Salmos 32, 38 e 51, que Davi escreveu no momento de seu arrependimento, após ter recobrado a visão e consciência espiritual.
A tentação visa destruir a Palavra de Deus em nós:
Não seria diferente. Se é a Palavra que nos esclarece, a tentação, que obscurece, atua contra ela. Na parábola do semeador fica evidente este aspecto da tenção, Lucas 8.6-13, pois o texto mostra claramente que na hora da tentação as pessoas que não estão enraizadas na Palavra se desviam.
Quando a Palavra de Deus não esta enraizadas em nossos corações, e nós nela, temos as nossas próprias soluções para os problemas e os nossos próprios projetos para a vida. Nos consideramos senhores do nosso destino e acreditamos que os nossos métodos são melhores do que os de Deus.
A tentação nos ataca fazendo com que a Palavra de Deus deixe de ser o manual de compreensão da realidade e do direcionamento para a nossa vida. Apegue-se à instrução, não a abandone; guarde-a bem, pois dela depende a sua vida. Provérbios 4:13
Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem sucedido. Josué 1:8
Quando ela deixa de ser manual, a Palavra de Deus perde a relevância existencial e vivencial para nós e, por isso, cedemos às tentações.
A tentação visa a enfraquecer a nossa fé:
Este aspecto é uma decorrência do anterior, pois quando a Palavra de Deus perde o significado para nós, perdemos a fé, visto que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus, Romanos 10.17 e Efésios 2.8.
Essa questão se confirma na expressão de Davi, no Salmo 13.1, quando ele se lamenta do sentimento de ausência de Deus. Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Salmos 13:1
Qual o Cristão sincero que, passando por um longo período de crise, não sentiu esse "abandono" de Deus? O segredo para não sucumbirmos é não perder a fé. O clamor angustiado de Davi revela a sua fé de forma vivida. Ele se dirige a Deus em seu lamento. Davi não busca auxilio humano. Apesar das perdas humanas ele permanece na fé.
Satanás utiliza-se de todos os recursos para abater a nossa fé e para nos enfraquecer espiritualmente, induzindo-nos para direções erradas e nos desviando de Jesus, o autor e consumidor da fé, Hebreus 12.2.
A tentação nos entristece:
A tentação dói, gera tensão violenta e toca em questões vitais da nossa existência. Ela nos faz chorar lágrimas amargas, ela é dolorosa, Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Salmos 32:3. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer. Salmos 51:12
A tristeza promovida pela tentação e tão intensa que pode desembocar numa depressão profunda.
Porém, a tristeza produzida pela tentação é temporária, embora amargurante e cruel. Podemos usar a tristeza provocada pela tentação de maneira positiva, glorificando e louvando a Deus por participarmos dos sofrimentos de Cristo.
Conclusão: Para encerrar, ao invés de recapitular tudo, apenas desejo fazer algumas considerações que creio relevantes sobre este tema. São elas:
·                A tentação é universal e inevitável. Todos, sem exceção, em todo o lugar, passam pelo crivo da tentação, João 17.15. Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. 
·                Apesar de Satanás nos tentar com a intenção de nos fazer sucumbir, devemos crer que os propósitos de Deus podem reverter a situação, Gênesis 50.20. Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos.
·                 A tentação é sempre uma prova, um teste muito difícil, que testa a nossa resistência, a nossa fé, a nossa firmeza na Palavra de Deus.
·                A tentação testa o nosso coração e a nossa própria concupiscência..
·                Devemos orar como Jesus nos ensinou orar sem cessar, se desejamos resistir e vencer a tentação.
·                Devemos parar com a atitude de fixarmos os olhos nas crises e na tentação, passando a fixar os nossos olhos em Deus e em Jesus Cristo, Mas tu, Senhor, és o escudo que me protege; és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida. Salmos 3:3
·                Não temos como evitar a tentação, porém, podemos resisti-la e vencê-la, em nome de Jesus, Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará. Tiago 4:7-10      
1) Sujeitai-vos, pois, a Deus...: Segundo Aurélio, a definição de sujeitar é: 1. Reduzir à sujeição, tornar sujeito, subjugar; 2. Tornar obediente; ou dependente; 3. Conformar-se, obedecendo.
A palavra de Deus é clara e a aplicação do verbo está no imperativo "sujeitai-vos", ou seja, obedeçam, dependam, se conformem, a quem? Ninguém menos do que "Deus. O texto nos intima em primeiro lugar a sermos obedientes a Deus, a andarmos em conformidade com a Sua palavra, a sermos sujeitos de forma integral no decorrer da nossa vida terrena, da nossa vida cristã.
2) ...resisti ao diabo: Aurélio, a definição de resistir é: 1. Oferecer resistência; não ceder; 2. Opor-se, fazer face; 3. Fazer frente; defender-se; 4. Recusar-se; negar-se; 5. Não sucumbir; sobreviver; subsistir.
Sem obedecer a Deus. Sem andar em santidade e novidade de vida. Sem oração, jejum, alimento sólido e fruto do Espírito, é impossível resistir, opor-se, fazer frente, defender-se, subsistir aos dardos inflamados do diabo. Obedecer a Deus e se sujeitar a ELE é uma questão de sobrevivência.
3) ...e ele fugirá de vós: Aurélio a definição de fugir é: 1. Desviar-se, ou retirar-se apressadamente, para escapar a alguém ou algum perigo; pôr-se em fuga; 2. Retirar-se em debandada; 3. Ir se afastando; 4. Passar rapidamente; 5. Apartar-se.
Quando nos sujeitamos a Deus somos investidos de poder, unção e autoridade, e então resistimos ao diabo, ladrão, pai da mentira, acusador e príncipe das trevas, e ele sem ter como nos resistir é obrigado a fugir. Aleluia.
A Bíblia não diz que procedendo dessa maneira talvez o diabo bata em retirada, talvez ele resista ou talvez sejamos envergonhados. Não. Sujeitai-vos a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá, sairá em fuga por não ser capaz de resistir ao poder de Deus investido em cada um de nós.



2013/06/11

Cuidados com a vida cristã

Boa noite irmãos, graça e paz!!!

Essa noite senti a necessidade de orientá-los sobre assuntos que dizem respeito a vida cristã e sobre o viver em comunidade...

Viver a vida cristã é muito mais que meramente se tornar um cristão, unir-se a uma igreja ou ter uma religião. É a entrega diária da minha vida a Cristo, é permitir que Ele me ajude a enfrentar a barra pesada do dia a dia, os problemas, as alegrias, as tristezas e os sofrimentos.

Alguém pode frequentar todas as igrejas do mundo, ou ficar só na sua igreja porque a considera verdadeira. Apenas isto não faz dele um cristão. Ser cristão é confiar em Jesus como Salvador é, querer viver como Ele viveu, é obedecê-lo e seguir o Seu exemplo e os Seus ensinos escritos nas Santas Escrituras. E em outras palavras, é tornar-se um verdadeiro discípulo e seguidor de Cristo.

Em Atos 11:26 lemos: "Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos." Assim foram chamados porque o tema principal da sua conversa era Cristo, e pregavam Seus ensinos e viviam em função de Cristo.

Na cidade de Zwickau ( Zuiquiraw) na Alemanha, o grande Martinho Lutero fez o sermão fúnebre de Nicholas Haussmann. "O que nós pregamos," disse o grande reformador, "ele viveu". Poderia haver um epitáfio melhor do que este? É a pura vida cristã que faz a diferença, e dá sentido a vida..

Viver é mais do que falar. Como disse alguém: "Sua vida fala tão alto que não posso ouvir o que você está dizendo."

As Escrituras indicam que a Palavra de Deus transmite o poder necessário para que a vida cristã seja uma realidade, e que esteja sempre fortalecida para enfrentar as lutas diárias. Assim como a alimentação sustenta o físico, a Palavra do Senhor sustenta a vida espiritual.

"Nem só de pão viverá o homem, disse Jesus mas de toda a palavra que procede da boca de Deus." (Mat 4:4) O profeta Jeremias usa a mesma comparação: "Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado." (Jeremias 15:16)

A nossa parte no desenvolvimento da vida cristã, é ler, estudar, digerir, e assimilar a nutrição espiritual da Palavra de Deus e viver sob a direção do Espírito Santo, que nos aponta o único exemplo perfeito: Jesus Cristo.

Um homem, estava escalando uma montanha alta liderado por um guia experiente. Na manhã seguinte, quando olhou à distância, as pegadas na neve, disse: "alguém passou por aqui essa noite". O guia conferiu e disse: "Não apenas um homem, mas vinte". É que cada alpinista pisou tão cuidadosamente em cima das marcas do seu líder, que parecia como se uma só pessoa havia dado aqueles passos. Assim também viver a vida cristã significa andar como Jesus andou. "Aquele que diz que permanece nele, esse deve tambem andar como ele andou." (I João 2: 6)

Muitos entraves dificultam a nossa caminhada cristã e creio que precisamos de orientações a respeito de vários assuntos, contudo quero me ater a alguns entraves que influenciam  e dificultam o viver cristão no nosso dia a dia e consequentemente, moldam nossos relacionamentos e o viver comunidade.

Cuidado com o desanimo:

Creio que o desanimo é uma das melhores armas de satanás, seria como a sua carta na manga, a sua tacada final o seu tiro de misericórdia. A doença do século é conhecida hoje como a depressão, ela nada mais é do que um profundo desanimo, ela já controla a vida de milhões de pessoas mundo a fora, muitos estão aprisionados pelos grilhões do desanimo...

Mas falando do nosso contexto, um contexto de comunidade onde nós dependemos uns dos outros, do trabalho uns dos outros, do cuidado uns dos outros percebemos o quanto o desanimo tem prejudicado a vida e a comunidade crista...

Como pastor percebo muitas pessoas influenciadas pelo desanimo no contexto de comunidade. Esse desanimo se revela de várias maneiras, as vezes é uma desmotivação, outras vezes ele é caracterizado por uma insatisfação, outras vezes vemos isso camuflado por uma indiferença, enfim são muitas maneiras que o desanimo pode afetar as pessoas.

E é claro também que poderíamos justificar o desanimo por conta das circunstancias de vida que nos envolvem, contudo ele continua sendo uma ação satânica independente do momento em que você está passando. Nunca se ouviu falar de um tempo onde encontramos pessoas tão desanimadas dentro das igrejas, nada está bom, nada serve, a outra igreja é sempre melhor e quando essa pessoa resolve ir para outra igreja percebe que a insatisfação continua a incomodá-la e com o passar do tempo lá também não estará bom e vai pra outra igreja.

Irmãos eu acredito que Deus poder chamar as pessoas de uma igreja para outra, mas é preciso que venhamos sondar o nosso coração pra enxergar a real motivação, é necessário que tenhamos uma revelação de Deus, pois pelo contrário desobedeceremos a Deus e a nossa situação será pior do que a primeira.

A rotatividade de pessoas dentro das igrejas em boa parte se deve a isso, as pessoas estão feridas em suas almas pelo desanimo. É por isso que a bíblia diz em Mateus 24.12 que nos últimos dias o amor muitos se esfriariam....

Querido irmão saiba que o desanimo mata... Enrijece, cega, tira a alegria de viver, de enxergar as bênçãos de Deus, de agradecê-lo pelas bênçãos. Além disso o desanimo pega, começa a andar com quem não está bem e logo você não estará bem também. Quantos estão perdendo o momento de Deus em suas vidas por que estão presas ao desanimo... Amigo sacode a poeira e de um basta nesse desanimo, somente você pode fazer alguma coisa pra mudar essa situação. Deus vai te ajudar, mas você precisa dar o primeiro passo.

Cuidado com as magoas

Irmão talvez você não saiba mas nós sofremos mais por causa das pessoas do que por causa das circunstâncias. As pessoas nos fazem chorar mais do que as diversidades da vida. As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as pessoas. Os relacionamentos dentro da família, no trabalho e até na igreja, algumas vezes, se tornam tensos. Feridas são abertas na alma e mágoas profundas se instalam no coração. Amizades são rompidas, casamentos são abalados, relacionamentos sólidos entram em colapso. Nesse processo, a comunicação é rompida, o silêncio gelado substitui as palavras de amor e a desconstrução da imagem do outro se torna uma verdadeira ação de desmonte.

O resultado do adoecimento das relações humanas é a mágoa. Esse sentimento de amargura se instala no solo do coração e lança suas raízes trazendo perturbação para a alma e contaminação para os que vivem ao redor. A mágoa é a ira congelada. A mágoa é o armazenamento do ressentimento. A mágoa é entulhar o coração com rancor, é alimentar-se do absinto do ranço, é afogar-se no lodo do ódio, é viver prisioneiro da armadilha da vingança.

A mágoa é uma prisão. Ela é o cárcere da alma, o calabouço das emoções, a masmorra escura onde seus prisioneiros são atormentados pelos verdugos da consciência. Quem se alimenta da mágoa não tem paz. Não tem liberdade. Não tem alegria. Não conhece o amor. Não tem comunhão com Deus. Não pode adorar a Deus, nem trazer sua oferta ao altar. Quem retém o perdão não pode orar a Deus nem receber dele o perdão.

A mágoa é autodestrutiva. Ferimo-nos a nós mesmo quando nutrimos mágoa por alguém. Guardar mágoa no coração é como beber veneno pensando que o outro é quem vai morrer. Quem guarda mágoa no coração vive amarrado pelas grossas correntes da culpa. Quem vive nessa masmorra adoece emocional, física e espiritualmente. Há muitas pessoas doentes porque se recusaram a perdoar. Na igreja de Corinto havia pessoas fracas, outras doentes e algumas que já estavam mortas em virtude de relacionamentos adoecidos.

Quando vivemos em comunidade precisamos entender que ninguém é perfeito, ninguém tem toda a razão, ninguém esta livre de se colocar em intrigas ou ser magoada, essas coisas fazem parte de nosso treinamento aqui na terra, somos transformados em pessoas melhores quando nos deparamos com situações dessas e as vencemos através do perdão.

No entanto existem pessoas que nutrem magoas, que por falta de perdão tiveram os seus corações congelados, que se tornaram murmuradoras, briguentas, dodóis, feridentas, pessoas as quais tem que se pisar em ovos pra falar com elas. Pessoas que não se deixaram moldar pela palavra de Deus, não deixaram que a bondade e misericórdia de Cristo influenciassem suas vidas...

Há muitas pessoas vivendo cativas no calabouço do diabo, prisioneiras do ódio, acorrentadas pela mágoa, cuja vida espiritual está arruinada. Gente que precisa ser liberta dessa prisão existencial, desse cativeiro espiritual.

Queridos saiba que o irmão que esta ai do seu lado (pedir pra olhar pro irmão), ele está em um processo, transformação, é uma pessoa que tem falhas assim como você mesmo (você tem falhas assim como eu). Quando não perdoamos o nosso semelhante que falha conosco estamos nos colocando em um patamar superior e dizendo com essa atitude que somos perfeitos e nunca erraremos "tire a trava do olho Mt 5.7" "considerando os outros superiores a nos mesmos.. " Fp 2.3

Como posso dizer que amo a Deus que não vejo se não amo o meu próximo que vejo... I João 4:20 O mundo hoje tende a ver  o perfeito, mas ninguém é perfeito

Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria...Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, PERDOANDO-VOS UNS AOS OUTROS, COMO TAMBÉM DEUS EM CRISTO VOS PERDOOU (Ef 4.31,32)

Ninguém esta livre da magoa, da amargura, o Salmista Davi orou pedindo a Deus para tirar a sua alma do cárcere ("Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome." Sl 142.7) A chave que abre a porta dessa masmorra é o perdão.

O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença.

O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento.

O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu tristeza e dor.

O perdão restitui aquilo que a magoa saqueou.

O perdão é a faxina da mente, a assepsia da alma, a limpeza dos porões do coração.

Perdoar é zerar a conta. É nunca mais lançar no rosto da pessoa a sua dívida.

"Perdoar é esquecer" soa melhor na teoria do que na prática. Para muitos é impossível esquecer de eventos traumáticos em suas vidas. Mas podemos, sim, "esquecer" no sentido bíblico quando escolhemos não levar em conta as ofensas do passado.

É isso que a Bíblia quer dizer quando diz que Deus "esquece" de alguma coisa. Ele não deixa de ser Deus, tendo uma memória fraca. Mas Ele decide nunca mais levar em conta nosso pecado (Sl 103.10, 12). Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniqüidades. Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.

Por isso, talvez tenhamos de passar pelo processo de perdão em nosso coração repetidas vezes, escolhendo cada vez pela fé não mais responsabilizar a pessoa pelo seu pecado, morrendo momento após momento ao "direito" de vingança, e estendendo o amor e perdão de Cristo.

É por isso que Perdoar é não retaliar. É pagar o mal com o bem. É abençoar aqueles que nos amaldiçoaram. É fazer o bem àqueles que nos fizeram o mal.

Perdoar é ser um vencedor, pois é vencer o inimigo não com a espada, mas com o amor.

Perdoar é sair do cárcere da alma, é ser livre, é viver uma vida maiúscula, superlativa e abundante.

Perdoar é viver como Jesus viveu, pois ele não retribuiu o mal com o mal, antes por seus algozes intercedeu.

Perdoar é ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.

Cuidado com a falsa espiritualidade

Creio que talvez seja o assunto mais importante dessa noite, se não dizer para a nossa vida inteira, por que ele diz respeito a eternidade, diz respeito a nossa salvação.

O fato é que Ter uma concepção de Deus não é o mesmo que conhecer Deus. O Senhor Jesus ensina que a Verdadeira Espiritualidade não está em fazer algo, mas em ser algo, em ser transformado, em receber o Poder de DEUS em nossas vidas.

As pessoas não tem dificuldade em fazer sacrifícios pessoais, mas Jesus ensina que apenas obras não fazem parte do seu Reino. É preciso fazer mudanças morais. Não apenas obras exteriores, mas obras interiores, ter um coração quebrantado. "O Senhor Se agrada de um espírito contrito, a esse o Senhor não despreza."Salmo 51.17

O passaporte para o céu não é uma lista do que fazer ou uma lista do que não fazer. É fácil querermos uma religião do FAZER, a religião do Ser humano. Mas, para DEUS o que importa é o SER, naquilo que somos transformados. Esta é a verdadeira religião, a verdadeira espiritualidade…

Precisamos ser transformados naquilo em que o SENHOR quer que sejamos. Não esqueça: Pecamos porque já somos pecadores. Portanto, precisamos ser transformados em nossa natureza interior. A árvore só vai dar bons frutos se no seu interior houver uma nova natureza. E isso não vem de fora, vem de dentro. Essa transformação é feita pelo Espírito Santo de DEUS operando em nós.

Nestas duas últimas décadas, temos presenciado um crescimento bastante acentuado do povo evangélico e, ao mesmo tempo, uma diversificação muito grande de grupos, seitas e estilos de cultos.

Contudo o estudo sério das Escrituras Sagradas tem sido deixado de lado e tudo é feito na base da experiência humana. As pessoas começam a fazer o que outras pessoas estão fazendo sem questionar ou sem avaliar. A base para todas essas práticas tem sido a emoção. Parece que temos voltado aos dias dos filósofos gregos que viviam pelo prazer sentimental e aos templos pagãos que adoravam os seus deuses  para sentir prazer, tudo era emoção.

O que ocorre hoje, numa grande parte das igrejas evangélicas, é um culto que apela para a emoção. Os cânticos, os movimentos, os instrumentos fortemente renitentes, as palmas ritmadas no louvor cantado, tudo apela ao sentimentalismo. E isso gera os mais variados resultados e provoca vários tipos de experiências no entanto as pessoas saem daqui igual como entraram, amanhã farão as mesmas coisas erradas, tendo o mesmo tipo de vida que tiveram quando entraram aqui. E isso não é espiritualidade, isso é religiosidade.

Primeiramente que ser cristão se difere completamente de ser religioso. Alguém pode ser religioso por toda uma vida e nunca ter tido uma experiência real e pessoal com Cristo, e assim nunca ter sido cristão. E esse é o pior engano de todos irmãos achar que somos o que realmente não somos.

Religiosidade…. é a característica de quem é religioso!! Religioso, é aquele que segue a Religião! Religião é o esforço humano pra se chegar a Deus!!

Hoje a religiosidade é uma estratégia fundamental do inimigo, pois tem como objetivo, manter a igreja longe da Glória do Senhor e de sua Cruz, essa tática vem na forma de um espírito de religiosidade, um dos seus maiores objetivos é ter a igreja com a aparência de piedade, mas essa aparência muitas vezes é apenas uma mascara. A natureza do espírito religioso é um espírito maligno que procura substituir o Poder do Espírito Santo de Deus pela atividade religiosa nas nossas vidas.

O seu primeiro golpe será na sua vida de oração e no seu tempo de leitura da bíblia. O religioso passa dias sem ler a bíblia, isso quando lê. A vida de oração do religioso é praticamente inexistente. O religioso se sente confortável com sua vida espiritual para ele tá ruim mas tá bom...

Caim o 1º modelo bíblico de um homem controlado pela religiosidade, "... Caim foi lavrador da terra" (Gênesis 4.2), ou seja, foi alguém que estava voltada para as coisas terrenas, Caim também tentou fazer uma oferta ao Senhor de seus próprios esforços. Deus rejeitou aquela adoração, mas aceitou a de Abel, O fruto dos nossos esforços nunca será uma adoração aceitável para o Senhor. É importante lembrar que a adoração verdadeira não depende das nossas habilidades ou de nossos talentos, mas sim de algo que brota espontaneamente do nosso coração. Para agradarmos a Deus não é necessário fazermos algo que vai impressionar a vida daqueles que nos cercam, mas sim fazermos algo que brote da nossa intimidade com Deus, porque assim a nossa adoração será aprazível aos olhos de Deus.

Podemos participar de excelentes ritos com louvores, apresentações, e pregações "abençoadas" e tudo isso estar completamente dissociado da vida cristá. Em Joel encontramos o profeta manifestando o sentimento de Deus com relação a este tipo de religiosidade.

E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Joel 2:13

O meu relacionamento com Deus tem que ultrapassar as paredes do templo onde me reúno com meus irmãos para prestar culto. Ser um cristão é, muito mais do que praticar um ritual religioso, é ter uma vida que se manifesta em comportamento esquisito, e em palavras estranhas, mas em relações corretas.

O meu objetivo deve ser adorar a Deus em espírito e em verdade, que deve ser bem mais que fazer um ar compungido em alguns cânticos, ajoelhar-me quando a igreja ora, carregar a bíblia debaixo do braço. O culto que agrada a Deus independe de um lugar tido como sagrado, pois a minha adoração não termina quando a cerimônia religiosa dentro de um templo chega ao final, mas continua dia após dia...

Marcelo Navarro

Áudiohttp://www.youtube.com/watch?v=TrBPUx8M17U

2013/06/04

A GRAÇA DA CRUZ

Texto: 1 Coríntios 1:18
 Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. (1 Coríntios 1:18 NVI)
Queridos todas as religiões e ideologias têm seu símbolo visual, que exemplifica um aspecto importante de sua história ou crenças. O Cristianismo, portanto, não é exceção quanto a possuir um símbolo visual. Todavia, a cruz não era o único símbolo do cristianismo.
Por causa das selvagens acusações dirigidas contra os cristãos, e da perseguição a que estes foram submetidos, eles tiveram de ser muito circunspectos (cautelosos), e evitar ostentar sua religião. Assim a cruz, agora símbolo universal do Cristianismo, a princípio foi evitada, não somente por causa da sua associação direta com Cristo, mas também em virtude de sua associação vergonhosa com a execução de um criminoso comum.
Um pouco mais tarde, provavelmente durante o segundo século, os cristãos perseguidos parecem ter preferido pintar temas bíblicos como a arca de Noé, Abraão matando o cordeiro no lugar de Isaque, Daniel na cova dos leões, seus três amigos na fornalha de fogo, Jonas sendo vomitado pelo peixe, alguns batismos, um pastor carregando uma ovelha, a cura do paralítico e a ressurreição de Lázaro. Tudo isso simbolizava a redenção de Cristo e não era incriminador, uma vez que somente os entendidos teriam sido capazes de interpretar o seu significado.
Um emblema cristão universalmente aceito teria, obviamente, de falar a respeito de Jesus Cristo, mas as possibilidades eram enormes.
Os cristãos podiam ter escolhido a manjedoura em que o menino Jesus foi colocado, ou o banco de carpinteiro em que ele trabalhou durante sua juventude em Nazaré, dignificando o trabalho manual, ou o barco do qual ele ensinava as multidões na Galiléia, ou a toalha que ele usou ao lavar os pés dos apóstolos, a qual teria falado de seu espírito de humilde serviço.
Também havia a pedra que, tendo sido removida da entrada do túmulo de José, teria proclamado a ressurreição. Outras possibilidades eram o trono, símbolo de soberania divina, o qual João, em sua visão, viu que Jesus partilhava, ou a pomba, símbolo do Espírito Santo enviado do céu no dia do Pentecoste. Qualquer destes sete símbolos teria sido apropriado para indicar um aspecto do ministério do Senhor. Mas, pelo contrário, o símbolo escolhido foi uma simples cruz..
ILUSTRAÇÃO: Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
A primeira olhando às estrelas disse: Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.
A segunda, olhando o riacho suspirou: Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas.
A terceira, olhou o vale e disse: Eu quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas ao olharem para mim levantem os olhos e pensem em Deus.
Muitos anos se passaram e, certo dia, três lenhadores cortaram as árvores que estavam ansiosas em ser transformadas naquilo que sonhavam.
Mas os lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos...
Que pena!...
A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.
A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.
A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada de um lado num depósito.
Então, desiludidas e tristes, as três perguntaram: Por que isso?
Entretanto, numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém nascido naquele cocho de animais e, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore estava transportando um homem que acabou por dormir no barco em que se transformara. E quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse: Paz!
E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o rei do céu e da terra.
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando vigas foram unidas em forma de uma cruz e um homem foi pregado nela.
Logo sentiu-se horrível e cruel. Mas pouco depois, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos, mas sua realização foi muitas vezes maior do que haviam imaginado.
Nesta noite eu quero falar não da cruz especificamente, mas do simbolismo que esta por traz dela, quero falar de renuncia, de amor, de salvação, de misericórdia, de graça, do favor incondicional , da crucificaçao de Jesus Cristo por nós.
O Filho de Deus, nos amou e a si mesmo se entregou por nós. A cruz é ao mesmo tempo graça e a revelação do propósito divino de vencer a maldade humana assim exposta. Jesus morreu, entregando-se voluntariamente para fazer a vontade do Pai.
Porque a crucificação de Jesus que, apesar de seu horror, vergonha e dor, a faz tão importante ao ponto de Deus a planejar de antemão e de Cristo vir para suportá-la.?
1 - Porque sem ela não poderíamos estar aqui essa noite, ele morreu para nos dar vida.
Cristo morreu por nós. O sofrimento de Jesus culminou com sua morte. Ele, em obediência ao Pai, tomou o cálice amargo da ira de Deus até a última gota, suportou a cruz até que nossa redenção estivesse assegurada.
Além de ser necessária e voluntária, sua morte foi altruísta e benéfica. A cruz de Cristo não foi um acidente, mas um apontamento de Deus desde a eternidade. Cristo veio para morrer. Ele foi morto desde a fundação do mundo. Ele nasceu para ser o nosso substituto, representante e fiador.
A cruz sempre esteve incrustrada no coração de Deus, sempre esteve diante dos olhos de Cristo. Ele jamais recuou da cruz. Ele marchou para ela como um rei caminha para a coroação. O amor de Deus por nós é eterno. A causa do amor de Deus está nele mesmo.
Em sua mensagem no dia de Pentecostes, Pedro afirmou esta verdade quando disse que Jesus fora "entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus" (At 2.23). Pedro se achava presente quando tudo aconteceu; ele sabia que o Calvário não foi uma surpresa para Jesus. Anos mais tarde, quando escreveu a sua primeira epístola, Pedro chamou Jesus de Cordeiro que foi "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo" (1Pe 1.20).
Apesar de Jesus ter se dado em nosso lugar, e isso é claro como temos visto até aqui, no entanto nós somos culpados por sua morte na cruz. É muito fácil culpar o povo judeu, Herodes, Pilatos e até os soldados romanos, mas saiba de uma coisa, se nós estivéssemos no lugar deles teríamos feito a mesma coisa. Deveras, nós o fizemos. Pois sempre que nos desviamos de Cristo, estamos "crucificando" para nós mesmos o Filho de Deus, e o "expondo à ignomínia" (Hb 6.6).
Nós também sacrificamos Jesus à nossa ganância como Judas quando pensamos em ganhar mais dinheiro do que no reino de Deus, à nossa inveja como os sacerdotes quando agimos como se não precisássemos dele pra nada, à nossa ambição como Pilatos quando por medo ou por querer agradar os outros deixamos de cumprir a palavra de Deus.
Estávamos lá quando crucificaram o meu Senhor. Não apenas como espectadores, mas também como participantes, participantes culpados, tramando, traindo, pechinchando e entregando-o para ser crucificado. Como Pilatos, podemos tentar tirar de nossas mãos a responsabilidade por meio da água. Mas nossa tentativa será inútil tanto quanto foi a dele.
Irmãos, TODOS PECARAM,  e este estado de pecado refere-se a todas as pessoas, sem exceção, inclusive a mim e a você. Todos nós somos pecadores e, portanto, merecemos a santa ira de Deus. Nossas obras de caridade não podem apagar nossos pecados.
 Tentarmos ser pessoas melhores não cancelará as milhares de maldades que cometemos até hoje e que, com certeza, ainda cometeremos durante a nossa vida. Não podemos ajudar a nós mesmos. A distância entre o homem e Deus tornou-se imensurável, pois Ele é santíssimo e não pode tolerar o pecado. E é exatamente por isso que ele morreu.
Cristo morreu na cruz do Calvário para nos dar vida. Jesus no Evangelho de João 10.10 nos diz que Ele veio para nos dar vida e vida em abundância. Só necessita de vida quem está morto e o apóstolo Paulo nos fala em Ef 2.1: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados".
 A condição do homem sem Deus é desesperadora. A Bíblia diz que Jesus morreu "pelos pecados, o justo pelos injustos". Aquele que é gloriosamente santo morreu em favor daqueles que são miseravelmente pecadores.
Observem a história da redenção! O homem, criado em retidão e perfeição, rebelou-se contra Deus, desobedecendo a Sua Palavra e colocando-se, por isso, debaixo de Sua ira (Ef 2.3). A justiça de Deus demanda a punição do pecado humano.  E é por isso que a situação do homem, devido ao seu pecado, tornou-se desesperadora. O diagnóstico que Paulo faz se refere ao homem caído em uma sociedade caída em todos os tempos e em todos os lugares. Esse é um retrato da condição humana universal.
O pecado não é uma dessas enfermidades que alguns homens contraem e outros não. É algo em que todo ser humano está envolvido e de que todo ser humano é culpado. A Bíblia nos fala que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6.23a), e não há graus de morte, só graus de decomposição. O pecador perdido que diz: "Não sou tão mau quanto outras pessoas", não está captando a mensagem. A questão não é decadência, é morte.
Jesus morreu para que tivéssemos vida! Rm 6.23b que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor". O pecado paga salários a seus escravos – e o salário é a morte. Deus nos dá, não salário, mas algo melhor e muito mais generoso: por sua graça, ele nos dá a vida eterna como dom – a vida eterna que nos pertence por nossa união com Cristo.  Por isso quando você olhar para cruz lembre-se que é graça, amor, misericordia... 1ª Ele morreu para nos dar vida.
2 - Em segundo lugar a crucificação é importante porque, Cristo morreu na cruz do Calvário para vivermos para Ele.
No momento em que me uno a Cristo eu estou me rendendo a Sua vontade, como disse o apóstolo Paulo em Gl 2.19,20: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim". Uma coisa é ter Cristo como Salvador outra é tê-lo como Senhor. Um bom exemplo disso nós também encontramos em 2Co 5.14,15: "Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou".
Porque Cristo morreu por nós, agora devemos viver para Ele. Isso é serviço. O Salvador não morreu por nós para vivermos uma vida egoísta e centrada em nós mesmos, mas morreu para vivermos para Ele. Obviamente, não servimos a Cristo para sermos salvos, mas porque já fomos salvos. As nossas boas obras não são a causa da nossa salvação, mas sua consequência.
A fé e as obras caminham juntas. Somos salvos pela fé, para as obras. Não somos salvos pelas obras nem pela fé mais as obras. Não cooperamos com Deus na nossa salvação. Recebemo-la gratuitamente. Somos salvos por Cristo mediante a fé para a prática das boas obras. As obras não são a causa da nossa salvação, mas a evidência dela. A fé é a causa instrumental da nossa salvação e; as obras, o resultado visível dela.
Há dois perigos quanto a este assunto. O primeiro deles é a prática das boas obras em substituição à fé em Cristo. Muitas pessoas tentam comprar a salvação com suas obras. Pensam que podem chegar a Deus pelo mérito de suas obras. Isso é um engano. A Bíblia é clara e peremptória em afirmar que pelas obras da lei ninguém pode ser justificado diante de Deus. Essa tola pretensão, além do mais, anularia por completo o perfeito, cabal e substitutivo sacrifício de Cristo na cruz.
O segundo perigo é imaginar que a fé pode ser legítima sem obras. A Bíblia diz que a fé sem as obras é morta. Fomos criados em Cristo para as boas obras. Cristo morreu na cruz para formar um povo zeloso de boas obras. Somos justificados diante de Deus pela fé, mas demonstramos esse fato diante dos homens pelas obras.
Se Cristo morreu para formar um povo zeloso de boas obras, então, quando praticamos essas boas obras demonstramos que, de fato, pertencemos a esse povo. A Bíblia diz que não podemos amar a Deus sem amar o próximo. O nosso amor não deve ser apenas de palavras, mas traduzido em obras. Amor não é sentimento, é ação. Quem ama dá, distribui, reparte, caminha, discipula, chora junto, sofre junto.
Deus amou o mundo e deu o seu Filho Unigênito. O amor se evidencia pelas obras e não apenas pelas palavras. Não somos apenas o que falamos, mas, sobretudo, o que fazemos. Demonstramos que fazemos parte da família de Deus quando temos o coração aberto e as mãos abertas para as boas obras.
Você foi salvo para que pudesse viver para Ele. O que é que você acha que Deus quer fazer com você agora que o salvou? Deus tem um propósito em mente para sua vida. Quando nós realizamos esse propósito, experimentamos um inigualável sentimento de alegria e plenitude. Essa é a razão porque ser cristão é uma grande bênção. A partir do momento em que Jesus nos salvou, podemos começar a realizar o propósito de Deus para as nossas vidas. Deus quer que façamos boas obras com a nossa vida. Se ainda não fez isso, comece já.
E quando você olhar para a cruz lembre-se que essa cruz não é só amor, mas é responsabilidade...
3 - Em terceiro lugar a crucificação é importante porque, Cristo morreu na cruz do Calvário para que pudéssemos viver com Ele eternamente.
Portanto, se estamos prontos a receber aquilo que merecemos, só pode ser a morte; já a vida eterna é uma dádiva de Deus, inteiramente gratuita e absolutamente imerecida. Ela se alicerça unicamente na morte expiatória de Cristo, e a única condição para recebê-la é que nós estejamos em Cristo Jesus nosso Senhor, isto é, unidos pessoalmente a Ele pela fé.
Ele fez tudo isso por amor. Ele não morreu para fazer Deus nos amar. Cristo não comprou o amor de Deus pelos pecadores. Foi o amor que fez Cristo morrer por nós. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16.
Ilustração: Alguns anos atrás, um cartaz preparado por uma agência de propaganda obteve o primeiro lugar na exposição de publicidade. O cartaz apresentava uma cena da crucifixão com as seguintes palavras: "Ele poderia simplesmente ter cruzado os braços."
Cristo foi o canal pelo qual o amor de Deus nos alcançou. Sua morte foi a maneira pela qual Deus mostrou seu amor por nós.
O amor sempre faz algo para aqueles que são os recipientes deste amor. O amor de Deus entregou Cristo nas mãos da Justiça, com todos os nossos pecados sobre ele, e a Justiça o sentenciou à morte. O amor levou Cristo ao tribunal da Justiça e clamou: O amor de Deus é soberano, não é um amor baseado num relacionamento, não é um amor por obrigação.
O céu sempre foi real para Jesus, "o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (Hb 12.2). Foi a sua visão do céu que o sustentou quando a caminhada se tornou árdua. Séculos antes, a garantia do céu encorajou Abraão, Isaque e Jacó. Eles mantiveram os olhos fixos na cidade e país que Deus estava preparando para eles (Hb 11.13-16). Jesus em seu ministério sempre procurou renovar no coração de seus discípulos essa viva esperança.
Muitos tem suas próprias opiniões sobre o assunto, ou foram ensinados que não há nada depois da morte, mas não é isso que a maior autoridade no assunto nos deixou para que possamos refletir. O Deus da Bíblia, Pai de nosso Salvador Jesus Cristo nos mostra que há apenas dois lugares em que poderemos passar a eternidade, um é o céu de luz e paz (Mt. 25:34) um lugar preparado para os que crêem, desde a fundação do mundo; e o outro um lugar é o inferno de trevas e sofrimentos eternos (Mt. 25:41), para onde também vai o diabo e seus anjos.