2012/12/19

O Homem que Odiava o Natal

Texto: Mateus 2.1-18


Introdução
Nem todos gostam do Natal. Alguns chegam a odiá-lo. A literatura traz até alguns personagens que ficaram famosos:

Scrooge - Ebenezer Scrooge: Personagem de Charles Dickens ( Um Conto de Natal: "Um Cântico de Natal") - História acontece durante o Natal. Homem rico, não ligava para ninguém, despreza as crianças pobres, avarento, egoísta. Tem um sonho, no qual ele empobrece, modifica sua atitude. A essência do Natal consegue derreter aquele coração endurecido.

Grinch - Personagem do escritor Dr. Seuss (Conto rimado ilustrado: "Como Grinch Roubou o Natal"; Filme atual famoso, com Jim Carey: "Grinch") - Uma criatura mal-humorada que tem o coração bem pequeno, odeia o Natal - pois não consegue ver ninguém demonstrando felicidade - e planeja roubar todos os presentes e ornamentos para impedir a celebração do evento, em uma aldeia perto de sua moradia. Para seu espanto, a celebração ocorre de qualquer maneira - a essência do Natal não estava nos presentes ou nos ornamentos.

Nesta noite, entretanto, quero falar de uma pessoa real que odiava o Natal e que fez tudo o que pode para acabar com ele. Ele teve uma participação importante nos eventos relacionados com o nascimento de Cristo, mas quase nunca se fala dele durante o Natal.

Falo do REI HERODES e vamos encontrar parte de sua história no segundo capítulo de Mateus - O Homem que Odiava o Natal.

Em paralelo, devemos examinar nossas vidas e nos certificar de que a nossa atitude para com o Natal é agradável a DEUS. Leiamos Mateus 2.1-18 e oremos para que Ele nos fale, pela exposição de sua palavra, nesta noite.

1. Quem era o Homem que Odiava o Natal?

HERODES - Quem era? Herodes o GRANDE. Rei dos Judeus. Nascido em 73 ac. Filho de ANTIPATER II - era da região (induméia) indicado por Júlio César como "governador da Judéia". Marco Antônio formalizou Herodes como "Rei da Judéia" em 40 ac. Houve uma guerra civil que durou três anos, mas depois disso o seu poder foi consolidado. Os historiadores descrevem Herodes como um regente eficaz, mas, ao mesmo tempo, cruel e despótico. Depois de sua morte, Herodes foi substituído por três filhos, que dividiram o reino: Herodes Arquelau reinou na Judéia e Herodes Antipas reinou na Galiléia - este, reconhecido pelo imperador romano como Herodes, o Tetrarca - é o Herodes que aparece com mais freqüência, no restante do Novo Testamento. Foi ele que executou João Batista, na melhor tradição de seu pai. Foi ele que mandou Jesus para Pilatos - quando os líderes judeus o trouxeram.

Herodes o Grande (o pai) morreu entre 4 a 2 ac. Isso significa que Jesus nasceu entre 4 a 6 ac. A Bíblia não nos dá a data do nascimento de Jesus, apenas nos diz que foi no reinado de César Augusto, nos dias do rei Herodes. Quando os Magos do Oriente chegaram a Jerusalém - Herodes o Grande, era o rei.

Mateus relata as tentativas de Herodes para matar a Jesus. Foram duas tentativas, que falharam, mas que retratam o ódio de Herodes pelo Natal. Quando ele ouve o que os Magos têm a dizer, ele fica cheio de inveja e de raiva.

A primeira: Em Mateus 2.8 lemos que Herodes mandou os Magos para Belém e disse: "Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo". O seu primeiro plano era localizar a criança por intermédio dos Magos e depois executá-la, mas a sua intenção é frustrada por Deus. Em 2.12, lemos: "Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra". Belém ficava a cerca de oito quilômetros de Jerusalém. Herodes logo verifica que eles não vão voltar pelo palácio e contar o que ele queria.

A Segunda: Em 2.16 temos: "Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos". Com certeza esse é um dos crimes mais bárbaros já registrados pela história. No entanto, ele é coerente com o caráter de Herodes, com o que conhecemos dele, na história:

Anos antes, Herodes havia executado dois de seus filhos, por sentir que eles ameaçavam e cobiçavam o seu reinado. Mais tarde, antes de sua morte, executou mais um filho, pela mesma razão. No ano 7, ac, em um acesso de fúria, executou sua esposa. Herodes era assim - um homem odioso e cheio de ódio.

Pense em sua situação, se você tivesse em sua casa, ou como parente seu, uma criança de menos de dois anos,  sendo assassinada sem que os pais soubessem o porque. Pense em algumas das crianças de nossa igreja, se lá estivéssemos... Herodes, mesmo sabendo que o nascimento de Jesus havia ocorrido há pouco tempo, não possui qualquer escrúpulo em ordenar a matança indiscriminada. Ele quer se certificar de que consegue matar a Jesus (talvez 10 ou 12 crianças mortas - Belém era pequena).  Como a chacina na escola dos estados unidos onde 20  crianças foram mortas indiscriminadamente.

Essa segunda tentativa, de eliminar a Jesus, também falha. Nos versos 13 a 15, lemos como um anjo vem avisar a José para que fuja: "Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.  Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito; e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho".

José, Maria e Jesus viajam para o Egito, onde se escondem. Verifique que o plano cruel de Herodes, para matar a Jesus, não pega Deus de surpresa. Deus está ativamente envolvido em nossa história e, logicamente, nestes incidentes também. Não apenas temos o anjo avisando as intenções de Herodes, mas tudo que está acontecendo é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento.

 A ida a Belém, cidade pequena e inexpressiva, aparentemente era fruto do capricho de um imperador romano, Lucas registra (2.4) "José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi". Em Mateus 2.5-6, quando Herodes interroga os estudiosos das Escrituras e pergunta onde nascerá o Messias, lemos a resposta: "Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: "E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel."

Com efeito, tudo isso já estava previsto em Miquéias 5.2 - "E tu, Belém-Efrata [efrata = "frutífera" - distinguindo-a de Belém de Zebulon], pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".

Da mesma forma, o exílio no Egito, registra Mateus, já havia sido predito pelo profeta Oséias (11.1 - "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho".). Além disso, a matança dos bebês vem em cumprimento de Jeremias 31.15: "Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem...".

2. Qual a Razão do Ódio Contra o NATAL?

Isso nos relembra de que por mais poderoso que seja o mal, Deus é soberano e reina supremo. Seus planos serão cumpridos, seus propósitos alcançados. Não é possível vencer a Deus. Herodes, personagem real, que viveu em toda sua crueldade e poder, não conseguiu acabar com o Natal, assemelhando-se aos personagens de ficção: Scroogie e Grinch.

Esse é o grande conforto que temos, nesta noite: Não importam os Herodes, os Faraós, os Pilatos, os Hitlers, os Stalins, os Maos Tsé-Tsungs, os Saddam Husseins. Não importam os terroristas da Argélia, os Muçulmanos da Indonésia, os Fratricidas do Sudão. Não importam os guerrilheiros da Colômbia, os traficantes de Medelin, o Comando Vermelho, os corruptos e ladrões de nossa terra. Nenhum desses pode impedir Deus de cumprir os seus propósitos, na história e em nossas vidas. João Calvino disse: "Apesar do furor das forças hostis e da ameaça do caos, Deus é REI - consequentemente, o seu povo habita em segurança".

Mas porque Herodes odiava tanto o Natal? Qual a razão do seu ódio por aquele bebê que acabara de nascer. Herodes odiava o Natal porque ele sentia, naquele bebê, uma ameaça ao seu poder.

Isso pode parecer com o poderoso time da seleção brasileira, com seus jogadores experientes, profissionais e milionários, se sentir ameaçado por um time de uma escolinha de primeiro grau. Mas para Herodes a ameaça era bem real. Talvez ele tivesse essa tendência, de sentir inveja e ciúme - lembram-se que ele matou três dos seus filhos por se sentir ameaçado em seu poder? Talvez o fato de que os Reis Magos vieram para adorar Jesus despertou a ciumeira - "Então eles não vieram ME adorar?" Ele estava com inveja e não queria que ninguém mais fosse o centro das atenções.

A inveja é uma armadilha muito poderosa. Talvez você já tenha sido vítima do seu poder, em sua vida. Talvez você já tenha dito ou feito coisas ruins, porque estava com inveja ou ciúme de alguém. A inveja é uma sensação bastante destrutiva. Herodes, com certeza, sentiu o poder dela, em sua vida.

Mas creio que o problema de Herodes contra o Natal era mais do que inveja. No versículo 4, o que é que lemos? "então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer". É óbvio que ele já ouvira profecias das Escrituras relacionadas com a vinda do Messias. Acredito que ele temia que aquele bebê era o que havia sido profetizado já há centena de anos. Herodes acreditava que com a vinda do Senhor Jesus o seu poder pessoal seria esvaziado. Até agora ele era o "rei do pedaço". Ele queria permanecer no topo. Mas quando o Messias viesse, tudo seria subvertido.

Quando o Messias reina, como REI - as coisas que têm importância não são mais a riqueza e o poder. Em lugar delas, reinarão a justiça e a bondade. É fácil ver porque Herodes não tinha muita atração por esse tipo de reinado. Em Lucas 2, Simeão estava no templo esperando a vinda do Messias, antecipando, em sonhos, a maravilha do seu reinado. Herodes, por outro lado, estava fechado em seu palácio, tremendo contra o advento do Messias. Se Herodes sonhasse com o reinado do Messias, seus sonhos seriam, para ele, verdadeiros pesadelos. Quando Herodes vem a saber que os Magos vieram ver um Rei, em Belém, o seu ódio pelo natal não deve nos surpreender.

Herodes foi o primeiro a odiar o Natal e a ficar perturbado com o evento, mas não será o último. Existem pessoas que odeiam o Natal, porque não gostam da idéia de Jesus ser REI. Não me entendam mal: essas pessoas não se incomodam com a celebração do Natal, mas a MENSAGEM do Natal representa uma ameaça para o conforto aparente de suas vidas.

É claro que alguns de nós temos sentimentos opostos a esse ódio. Nós nos alegramos com a MENSAGEM, mas achamos que alguns aspectos da celebração são até dolorosos. Saindo para fazer compras podemos perceber nesta semana que antecede o natal, muitas luzes, muitas pessoas, muito dinheiro correndo solto, muito cansaço. A maioria dos  envolvidos com a atividade comercial adora a celebração mas querem evitar a todo custo o contato com o MOTIVO desta celebração. Não é que sentem ameaçados pelo bebê Jesus - ele é até bonitinho! Mas, como Herodes, sentem-se ameaçados pelo REI Jesus!

Mas, meus irmãos, esse é o coração da mensagem do NATAL! Jesus, O REI, nasceu! Os Anjos, os pastores e os Magos - todos vieram adorar a um REI - O REI DOS REIS, o SENHOR DOS SENHORES! A grande parte da mensagem do Natal é que TODOS NÓS somos chamados a adorar O REI.

Creio que muitos de nós cantamos os hinos de Natal sem nos apercebermos da importância das palavras proferidas. Quantos que cantam "Ó vinde, adorai-O ... Cristo, Senhor" - têm realmente a intenção de fazer isso? E outros, se realmente verificassem o significado das palavras, provavelmente deixariam de cantar o hino. Muitos têm tanta vontade de reconhecer a Jesus como REI, quanto Herodes. Colocam enfeites nas árvores de natal, compram e trocam presentes, mas odeiam o verdadeiro significado do Natal - Jesus, o Messias, o REI - veio a nós.

3. Quais as Lições Para nós?

Mas, na medida em que pensamos em Jesus, o REI, verificamos que o problema não está só com as pessoas lá fora, com o aspecto comercial do Natal, com aqueles que querem tirar Cristo do Natal. O problema existe em nós, que sentamos nos bancos das igrejas domingo após domingo, ou até com nós que pregamos a cada domingo, pois às vezes não estamos tão confortáveis assim com a idéia de Jesus ser REI. Veja bem, não hesitamos em chamá-lo de REI, mas lá no fundo, não estamos muito animados com a mudança de vida que está implícita na nossa declaração. Com freqüência não paramos para pensar o que significa VIVER como um cidadão do reino de Jesus.

Vamos olhar mais de perto o que quer dizer reconhecer a JESUS como nosso REI. Temos duas lições:

Primeira:
Se Jesus é nosso REI, ele espera lealdade de nossa parte. Como nos votos matrimoniais prometemos esquecer todas as demais pessoas, é isso que o REI Jesus espera de nós. Ele não permitirá que continuemos servindo outros reis. Ele não compartilhará de nossa lealdade com qualquer outra coisa ou com outro qualquer.

Isso significa, por exemplo, que temos de ser mais leais a Ele do que a qualquer outro ser humano. Talvez você diga - espere um pouco! Você está dizendo que não devemos ser leais à nossa família ou a nossos amigos? Você está certo - ele também quer a nossa lealdade a outras pessoas, a quem devemos lealdade. Mas a nossa lealdade a elas nunca deve rivalizar ou exceder a nossa lealdade para com Cristo. Veja o que o próprio Jesus diz em Lucas 14.26: "26  Se alguém vem a mim e não aborrece {aborrece; isto é, ama menos} a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo".

Lemos essa declaração e ficamos perplexos: A Bíblia diz que devemos amar nossos pais, nossas esposas e, com certeza, nossos filhos. Jesus concorda com isso, mas a ênfase dele, aqui, é: se queremos ser seus discípulos, se queremos viver sob o seu reinado, nosso amor pela nossa família nunca deve interferir, ou vir antes, da lealdade que devemos a Jesus. Como cristãos, ele é o nosso REI. Nossos  pais não são. Nossas esposas não são. Nossos filhos não são.

Na maioria dos casos, obedecer ao REI Jesus vai significar que estaremos servindo e honrando aos nossos familiares, mas pode acontecer que o nosso REI Jesus quer que façamos algo enquanto nossa família e amigos querem o oposto. Ele nos revelou sua PALAVRA e não adiantam os melhores conselhos, vindo das pessoas mais próximas. Se estiverem nos puxando, nos impelindo, nos levando para longe da vontade revelada de Deus, temos que dizer: "sinto muito, tenho que fazer o que ele me manda. Isso é o que o Senhor REI Jesus quer". Só podemos servir a um rei.

Muitas coisas vivem concorrendo, querendo ter a primazia em nossa lealdade. Não existe nada errado em sermos leais ao nosso país ou à nossa denominação. Na realidade, podemos até ser leais a um partido político, a um time de futebol, a uma empresa. É bom termos certos comprometimentos em nossa vida. Mas nenhum desses comprometimentos deveria interferir na nossa lealdade para com Jesus. Muitas vezes você vai ser chamado a definir: qual a minha prioridade na vida? E se a sua profissão de fé é verdadeira, você nunca vai poder deixar que o dinheiro tenha a sua prioridade de vida; que o seu desejo por mais e mais coisas materiais venha a reger sua vida; Jesus nos disse, em Mt. 6.2, que não podemos servir a Deus e ao dinheiro simultaneamente. Se ele é REI, nosso dinheiro pertence a Êle. Sim, ele nos delega o seu uso, mas  de uma maneira que venhamos a reconhecê-lo e agradá-lo com nossa mordomia.

Segunda:

Se Jesus é o nosso REI, devemos nos submeter a Ele e à sua autoridade. Temos que fazer as coisas do jeito dele e não do nosso. Essa deve ser a parte mais difícil de aceitar. Se Jesus é o meu REI, eu não posso ser meu rei. Normalmente queremos ser o dono de nossas próprias vidas. Se vamos honrara a Jesus com REI, não podemos estar no controle. O Cristão está "sob nova administração". Isso significa que muitas coisas terão que ser feitas diferentemente e outras terão que ser modificadas.

Por exemplo: se estou no controle de minha vida, nem sempre perdoarei aqueles que me feriram, de uma forma ou de outra. Na realidade, procuro até uma ocasião para revanche. Mas se Jesus é quem manda, não posso fazer isso - tenho que sinceramente perdoar e não tentar revidar.

Se estou no controle de minha vida, tenho padrões relativos e fecho os olhos para algumas fofocas que falo e para algumas "mentirinhas" ditas de vez em quando. Mas se Jesus é quem manda, essas coisas não têm lugar em minha vida.

Se estou no controle, baseio minhas decisões naquilo que eu quero fazer. Procuro avidamente a minha própria felicidade, mesmo que isso implique na infelicidade de outras pessoas, de meus filhos, de minha esposa, ou esposo, dos meus pais; mesmo que isso signifique ir abertamente contra princípios claros contidos nas Escrituras. Se quem manda é Jesus, então procuro fazer o que Ele colocou em sua Palavra; procuro a felicidade dos outros; procuro as situações que mais honra trarão ao nome de Deus e que mais lhe glorificarão. As coisas são diferentes se Jesus realmente é REI...

Existem, como podemos ver, dois lados à história do Natal. O primeiro é representado pelas boas novas da salvação, novas de grande alegria para todos. Nos nasceu um Salvador. O seu nome é Jesus, pois salvará o seu povo dos seus pecados. Emanuel, Deus conosco. Esse é o lado alegre e belo, e é tão verdadeiro e maravilhoso.

Mas existe outro lado. Se vamos celebrar o Natal em sua totalidade, temos que dizer: "porque Jesus o REI veio a nós, tenho que me submeter à sua regência". Alguns podem estar pensando - "eu não quero ouvir isso: O Natal era o meu feriado favorito, mas agora esse pregador está tornando-o muito difícil. Prefiro o "sete de setembro" - não preciso fazer nada nele, só descansar e me divertir".

Se é isso que você está pensando, você não entende realmente o que é o Natal. O NATAL representa notícias mais alegres do que poderíamos pensar. Não existe maior satisfação no mundo do que ser um súdito consciente e obediente ao REI JESUS. Quando nos conscientizamos da alegria que é ter submissão a ele, quando verificamos que o seu fardo não é pesado, quando desfrutamos da alegria de termos vidas ajustadas pelos padrões do nosso REI, nunca vamos querer voltar a fazer as coisas "da nossa própria maneira".

Quando Deus nos torna herdeiros de suas "preciosas promessas", verificamos que ser herdeiro nesse reino, mesmo desempenhando o papel mais humilde, é melhor do que a glória de um outro reino qualquer. Todos os demais reinos ruirão, mas somente o reino do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo continuará pela eternidade.

Meus irmãos, a melhor maneira de celebrar o Natal é honrar Jesus como o seu REI. Isso ocorre quando você se torna um Cristão, pelo poder e perdão desse mesmo REI. Quando você virar as costas para a sua falsa auto-suficiência e auto-confiança e voltar-se para Ele, em arrependimento.

Se você já é um cristão, o desafio é esse: Honre a Jesus como SEU REI, como um cidadão do seu reino. Não estou sugerindo que você tenha que dar uma oferta especial bem rica (ouro, incenso ou mirra) a alguém ou à igreja - esse incidente histórico já passou. Mas você deve examinar a sua vida e verificar qual a parte dela que você tem preservado para mantê-la sob seu controle. JESUS deve reinar em todo o seu ser.

- No seu relacionamento, sem rancores, sem raiva

- Na sua visão do dinheiro, sem egoísmo, sem avidez pelo conforto, pela última novidade.

- Na sua seletividade dos divertimentos, dos programas de televisão, das músicas

- Na sua guarda contra a imoralidade

- Na sua observância quanto aos claros preceitos de DEUS, em sua Palavra.


Herodes odiava o Natal porque não aceitou a vinda de Jesus como REI. Que possamos amar o Natal, experimentando o significado real deste evento, abraçando a Jesus, como nosso REI.

Solano Portela

Noite Feliz — (História do Hino)

Noite Feliz, noite feliz

Hó Senhor, Deus do amor
Pobrezinho nasceu em Belém (x2)
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

 

Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar, vem cantar
Aos pastores, os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador
De Jesus Salvador

 

Noite Feliz, Noite Feliz
Oh Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar

 

       Em 23 de dezembro de 1818, o jovem sacerdote Joseph Mohr foi chamado de sua aldeia de Oberndorf, nos Alpes da Áustria, para visitar o lar de um lenhador no meio da selva, pois sua esposa acabava de ter um bebê. Depois de uma cansativa viagem, o sacerdote chegou quando já era alta noite. Ao ver a alegria no rosto da jovem mãe, inclinada sobre o berço de seu bebê, ficou feliz por ter atendido ao chamado.

Ao regressar a pé no caminho através da selva, na noite cheia de estrelas, o sacerdote se lembrava do que havia presenciado. A paz daquela cena fez com que ele pensasse na manjedoura de Belém, onde havia estado outra mãe amorosa e outro precioso bebê: Maria e o Bebê Jesus.

Ao chegar em casa, mesmo cansado, o jovem sacerdote não foi se deitar. Sentou-se no escritório e começou a escrever um poema. Eram quatro horas da manhã, quando terminou. E pôs como título "Noite Feliz". Satisfeito, foi dormir. Não se passaram muitas horas, ele se levantou e se dirigiu à casa do jovem Franz Gruber, maestro da escola paroquial e organista da igreja. Mohr pensava no órgão da igreja: não funcionava havia alguns dias.

Mas Gruber disse-lhe para não se preocupar, pois comporia o hino para ser cantado a duas vozes, com acompanhamento de outro instrumento musical. Naquela noite, que era Natal, na igreja de São Nicolau, depois da celebração do culto de meia-noite, Franz Gruber, baixo, e o sacerdote Mohr, tenor, cantaram o hino juntos. Ao ouví-los, as pessoas se emocionaram. Vários meses mais tarde, o homem que estava consertando o órgão pediu a Gruber que o testasse para ver se estava bem. Ele tocou o hino "Noite Feliz".              O homem gravou o hino em sua mente e logo o tocou de ouvido em sua própria aldeia.

Quatro crianças de sobrenome Strasser (dois irmãos e duas irmãs), que viviam na mesma aldeia, ouviram o hino, aprenderam-no e começaram a cantá-lo Seu pai, um fabricante de luvas, ia todos os anos à cidade de Leipzig para vender sua  mercadoria, e eles iam junto, cantando canções de Natal. Uma vez, o diretor de música do principado de Sajonia os ouviu cantar "Noite Feliz". Gostou tanto que, no ano seguinte, os convenceu a cantarem num de seus concertos, assistidos por muitas celebridades e pessoas da realeza. Esses senhores e senhoras também gostaram do hino. Como seu título original havia se perdido, ficou conhecido como "A canção tirolesa".

Por volta de 1850, o Coro Imperial da Igreja de Berlim o cantou especialmente para o rei Frederico Guilherme IV, que deu ordens para buscarem os compositores, pois queria parabenizá-los. O sacerdote Mohr havia morrido em 1848, mas Franz Gruber – que ainda vivia – pôde receber pessoalmente os elogios do rei. Nem Gruber nem Mohr fizeram nenhuma outra composição em sua vida, mas essa canção de Natal, por sua beleza e poesia, se transformou no mais famoso hino de Natal do mundo.

A guitarra (zupfgeige) com que foi acompanhado originalmente se acha hoje preservada no Museu Municipal de Hallein, como uma relíquia do dia mais importante da vida da aldeia de Oberndorf, o dia em que foi composto o bonito hino Noite Feliz.                                                                               

                                                                        Um feliz Natal a todos...

 

 

2012/11/28

“Também lhes contei como Deus tinha sido bondoso comigo.” Neemias 2:18a

 

Esta semana estive refletindo sobre a bondade de Deus e como Ele tem sido maravilhoso em minha vida. Quando olho para traz consigo perceber que a "boa mão do Senhor me conduziu" plenamente nestes dias. Eu sei que essa bondade derramada não foi só para comigo, mas se você parar pra refletir querido irmão sobre a sua vida, tenho certeza que você vai ter o mesmo sentimento que eu estou tendo agora, um   sentimento de estar sendo cuidado,  e de ser amado.

O fim do ano já chegou, passou que nem percebemos a sua chegada, como muitas vezes nem percebemos o cuidado de Deus para com a nossas vidas. É comum agradecermos a Deus pelos milagres extraordinários como a cura de uma enfermidade mortal ou algo sobrenatural que aconteça, é bom reconhecermos os poderosos feitos de Deus em nossas vidas, no entanto eu penso que falhamos ao deixarmos de         reconhecer as coisas simples da vida as quais eu chamo de milagres ordinários. Esses são os milagres diários que acontecem em nossas vidas que muitas vezes nos passa por despercebidos como, por exemplo: ter uma refeição todos os dias, em acordar toda manhã, em sair pra comprar alguma coisa e voltarmos em paz e em segurança, em termos saúde, em termos um trabalho, ou melhor, condições de poder trabalhar, enfim a lista é tão grande quanto o amor  e o cuidado de Deus pai.

Quero incentiva-lo a todos os dias deste mês, a partir de hoje de observar com mais atenção o agir de Deus em sua vida e assim que perceber o seu agir, eleve a Ele uma palavra de oração e gratidão, pois Ele é merecedor de toda adoração...

"[Salmo de Davi] Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome." Salmos 103:1

 

Pr. Marcelo Navarro

 

2012/11/21

VOLTANDO AO PRIMEIRO AMOR




Sempre ouço das pessoas a seguinte frase, "pastor eu preciso voltar ao primeiro amor", falam isto recordando de uma época onde, segundo elas, a paixão pelas escrituras fervilhava em seus corações, uma época onde vir a Igreja cultuar a Deus era sinônimo de prazer e alegria, uma época em que o compartilhar da palavra de Deus a vizinhos e amigos era tão simples, tão emocionante. Lembro-me de já ter me sentido assim também e reconhecer a mesma necessidade de um retorno ao primeiro amor. Mas será que é possível perdemos o primeiro amor?

No capitulo dois de Apocalipse encontramos o Apostolo João escrevendo uma carta a igreja de Éfeso. Nessa carta ele faz uma desoladora constatação sobre os irmãos de Éfeso "...deixaste o teu primeiro amor". Lemos também no evangelho de Mateus capitulo 24 verso 12 "que por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriará" talvez seja por conta deste esfriamento que o Apóstolo Paulo na sua primeira carta aos Tessalonicenses nos orienta veemente "Não extingais o Espírito."

Presumo que está respondida a pergunta inicial, é possível sim perdermos o primeiro amor... e quão triste é para o nosso Deus ver seus filhos perderem o prazer da sua companhia. O amor dEle por nós não se esfria, Ele declara "Porquanto com amor eterno te amei" Jr 31.3 e ainda "mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor." Isaías 54:8. O amor de Deus Pai não muda por seus filhos, mas nós nos distanciamos dia após dia do seu grande amor e nos lançamos nos braços passageiros dessa vida corrida.

Pastor eu me encontro nessa situação, eu quero voltar ao primeiro amor como eu faço isso? O apostolo João no verso seguinte a sua constatação nos orienta "LEMBRE-SE de onde caiu! ARREPENDA-SE e PRATIQUE as obras que praticava no princípio." Apocalipse 2:5. Ou seja, Volte a orar todos os dias, volte a ler Palavra de Deus diariamente, seja assíduo na casa de Deus, jejue com frequência, testemunhe de sua fé, se dedique em buscar ao Senhor em uma vida santa.

Além dessa orientação Deus nos adverte dizendo "Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar" o Senhor hoje está batendo em sua porta, mas chegará um dia que do outro lado da porta não terá mais ninguém para bater. "Busquem o Senhor enquanto se pode achá-lo; clamem por ele enquanto está perto." Isaías 55:6

 Pr. Marcelo Navarro

2012/10/30

FIRMANDO-SE NAS PROMESSAS DE DEUS

Estamos chegando ao trigésimo e sexto dia do devocional e podemos perceber quantas coisas temos aprendido nesses 36 dias, quantos acertos e consertos que necessitam ser feitos para um Encontro Diário com Deus, para uma vida de intimidade com o Senhor. Com toda certeza podemos agradecer a Deus pelo privilégio de vermos e até revermos atos, pensamentos, situações já vividas e ter a oportunidade de pedir perdão para vivenciar assim tudo aquilo que o Senhor tem preparado para nós. Esta noite quero falar sobre as promessas de Deus e a necessidade que temos de nos firmar nessas promessas de confiar naquilo que Deus falou que iria fazer em nossas vidas.

Uma promessa pode ser equiparada a um juramento. As promessas foram feitas para se transmitir segurança, pois, diz-se que ela será cumprida. Usa-se folcloricamente o ato de cruzar os dedos para se prometer algo falsamente. Muitas vezes nós fazemos promessas as nossas esposas e esposos. Muitas vezes o patrão faz promessas aos empregados. Promessa também acontece em grupos escoteiros. Quando um escoteiro faz a promessa ("Prometo pela minha honra fazer o melhor possível para cumprir meus deveres para com Deus, com a pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e obedecer a lei escoteira") ele será mais responsável, e será mais cobrado por seus monitores. Acabamos de sair das eleições quantas promessas escutamos dos candidatos,

 O fato queridos irmãos que usamos indevidamente essa palavra, sem a seriedade que ela merece e ela acabou caindo em descredito hoje em dia, alguém fazer uma promessa a outro não é garantia de nada. Alias acreditar na promessa de alguém hoje é para muitos cair no conto do vigário. Temos dificuldade em acreditar, em aceitar que promessas sejam cumpridas e muitas vezes transferimos isso para Deus.

Pois bem, primeiramente quero lhe dizer que há uma grande diferença entre a promessa de um homem e a promessa de Deus. Enquanto o homem é falho, pecador e sua justiça comparada a trapo de imundícia, Deus é fiél e todo poderoso para cumprir com a sua palavra. A promessa de Deus é firme, pois ele não pode mentir, jurou pela sua palavra e o seu eterno poder constitui-se em garantia para aqueles que nele esperam. Não quebrarei a minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Salmos 89:34

Só alcança a promessa de Deus aqueles que fazem a sua vontade! Qual é a vontade de Deus que o homem deve fazer (executar)? Sacrifícios, rezas, imprecações, orações, jejuns, etc.? Não! A vontade de Deus é esta: 'Que creiais naquele que Ele enviou' ( Jo 3:23 ).

Ora, somente alcança a promessa de Deus aqueles que crêem no nome do seu Filho Jesus Cristo. É pela fé que se alcança a promessa de Deus. Ou seja, 'fazer a vontade de Deus' é o mesmo que 'crer em seu Filho'. Através da crença (fé) o homem torna-se participante da promessa e só é possível alcançá-la pela fé. Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Hebreus 11:33

A bíblia contem milhares de promessas para nós filhos de Deus, ele nos encheu de promessas, no entanto queridos irmãos muitas vezes ficamos mendigando bênçãos e promessas por nos falta conhecimento da palavra de Deus. O profeta Oseias já dizia "o meu povo é destruído por falta de conhecimento"

Começando esta 6ª semana temos então como proposta de firmar-se nas promessas de Deus, proposta essa que nos é feita para que experimentemos as promessas de Deus se cumprindo em  nossa vida, e para andarmos nessas promessa precisamos dar 3 passos:

I - ENCONTRE AS PROMESSAS DE DEUS (Pv. 4:20-22).

O primeiro passo que precisamos dar em direção a firmar-se nas promessas de Deus é saber quais são elas, é preciso encontrá-las... a onde? Na palavra de Deus...

1. Se você ATENTAR às palavras do Senhor (Mc. 4.20; Pv. 4.20)

Note que Provérbios 4.20 diz: ...atenta para as minhas PALAVRAS... Isso quer dizer dar atenção total à Palavra de Deus. Ou seja, colocar a Palavra de Deus em seu coração e expulsar dele tudo aquilo que o joga contra a Palavra. Retire de seu coração todas as distrações que o roubam, impedindo-o de dar atenção integral à Palavra. Coloque a Palavra em primeiro lugar.

Uma razão pela qual as pessoas fracassam em receber as promessas de Deus é não acharem a Palavra de Deus; não atentarem para Ela. No entanto, esses versículos dizem que, se você atentar à Palavra de Deus ou colocá-La em primeiro lugar, encontrará vida e saúde. É verdadeiramente uma afirmação!

2. Se você ESCUTAR os ensinamentos do Senhor (Mt. 13:23)

A última parte de Provérbios 4.20 diz: ...às minhas razões INCLINA o teu OUVIDO. Isso significa fazer a Palavra de Deus entrar pelas portas do seu ouvido, abri-lo para as razões de Deus e engolir Suas palavras pelo ato de ouvir.

Seja como for, o fato de Deus dizer para você inclinar seu ouvido às Suas razões significa mais do que apenas ouvir a Palavra uma ou duas vezes. Por exem­plo, as pessoas dizem "Ah! Eu já ouvi isso". No en­tanto, veja que inclinar seus ouvidos às razões de Deus é um ato contínuo. Você deve estar continuamen­te ouvindo Sua Palavra. Mantenha seus ouvidos ou­vindo a Palavra Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos, e não vos desvieis das palavras da minha boca. PV 5:7-8

Se você estiver prestando atenção à Palavra de Deus e abrindo seus ouvidos para Suas razões, você estará fechando-os para todas as outras razões que poderiam tentar roubar a Palavra de você, tais como o medo, a dúvida e a descrença.

Inclinar é ouvir com a razão com entendimento não apenas ouvir por ouvir. Você pode escutar a Palavra, mas, se não refletir no que você esta escutando Ela pode deslizar por você como água, sem ficar re­gistrada em seu espírito. Porém, se fizer com que Ela desça para dentro de você, Ela começará a funcionar para você e souberá que a Palavra de Deus é verdadeira, não duvidará ou discordará dEla, nem ficará contra Ela, pois estará arraigada profundamente em seu coração.

3. Se GUARDAR no coração os ensinos (Lc. 8.15)

a)        Terá vida

b)        Terá saúde para o corpo. (Pv. 4.22)

A observância dos preceitos de Deus produz vida e saúde (4.22). Aqueles que buscam a sabedoria têm qualidade superlativa de vida física e espiritual.

Este versículo em Provérbios diz, exatamente, como encontrar o remédio infalível para qualquer proble­ma que você encontrar na vida. Ele diz como você pode ter vida e saúde. Isso é o que as pessoas estão buscando - vida abundante -, que inclui cura e saúde. Todas as bênçãos de Deus encontram-se em Sua Palavra, pois ela é um remédio infalível. Deus quer que compreendamos a vida e o poder que existem em Sua Palavra. Quando Ele fez o mundo, criou a terra, o céu e a grande extensão do universo com palavras (ver Gênesis capítulo 1).

Portanto, a Palavra de Deus tem poder criador, pois Suas palavras são espírito e vida. Logo, a Palavra de Deus é um remédio infalível para qualquer situação ou circunstância que possa surgir em seu caminho, incluin­do enfermidades e doenças.

Como você pode perceber, a Palavra é o medicamento de Deus para o seu corpo. Provérbios 4.22 diz que as palavras de Deus são VIDA para os que as acham e SAÚDE, para o seu corpo. Isso significa que elas agem como um medica­mento.

Você poderia dizê-lo dessa forma: "As palavras de Deus são palavras de vida e de saúde para o meu corpo". Porém, são também palavras de vida e saúde para qualquer circunstância que você se encontre na vida. Todas as bênçãos de Deus estão contidas em Sua Palavra!

Note, porém, que as palavras de Deus são vida somente para os que as acham: ...são vida para OS QUE AS ACHAM... Algumas pessoas nunca as acham, pois nunca inclinam seus ouvidos a elas! Outras nunca as acham, porque não atentam para Sua Palavra, tampouco A colocam em primeiro lugar; põem tudo à frente das razões de Deus.

Nós tomamos o medicamento de Deus ao fazer o que diz Provérbios 4.20 e 21:

1. Atente para a Palavra de Deus. 2. Incline seus ouvidos para Ela. 3. Não A deixe apartar-se dos seus olhos. 4. Guarde-A no meio do seu coração.

II - FIRME-SE NAS PROMESSAS DE DEUS ATÉ QUE ELAS SE CUMPRAM (Hb. 10.36; 6.11,12).

Após encontrarmos as promessas de Deus em sua palavra precisamos de paciência ou melhor perseverança para as alcançarmos. Muitas pessoas não conseguem receber as promessas de Deus em sua vida por conta da falta de perseverança em permanecer firme crendo naquilo que Deus falou que ia fazer, elas sucumbem diante da ansiedade, diante da falta de paciência em esperar o prometido.

Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Hebreus 10:35-36

O mundo que vivemos é cheio de problemas que vêm e vão. É uma batalha que parece não ter fim. Algumas pessoas, por seguirem os padrões de fé de Deus, conseguem ser bem sucedidas. Entretanto, a Bíblia descreve o sucesso de vários homens e mulheres de fé do passado, que acabaram sofrendo maus tratos, tortura, pobreza e até assassinatos, por terem vivido uma vida de fé. (Hb.11:35-40) Portanto, cabe aqui uma pergunta: Por que elas não desistiram, mesmo sabendo que iriam sofrer tremendamente?  Por que eles permaneceram firmes na promessa de Deus.

Infelizmente não podemos nos esquecer de um terrível inimigo que nos impede de receber as nossas bênçãos. Ele se chama ANSIEDADE, isto é, estado emocional em que há sentimento de insegurança. A pessoa ansiosa não consegue ver o que e como Deus está trabalhando em sua vida.

Um exemplo disso é quantas vezes recebemos uma Palavra Profética de algo maravilhoso que vai acontecer conosco, guardamos aquilo no coração um tempo, dois, tempos, três tempos, mas o tempo está passando e nada acontece. Então chegamos a Deus e murmuramos: "Mas o Senhor disse...", "está escrito", entre tantas outras coisas que falamos e fazemos.

Por que ficamos ansiosos? É porque tiramos os olhos da infinita grandeza de Deus e de suas benditas promessas e olhamos para o limite do nosso tempo. O Senhor Jesus Cristo não nos chamou primeiramente para ver e sim para crer, descansar em Suas promessas, pois Ele está trabalhando em nós. "Senhor, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por nós" (Isaías 26.12).

Devemos pedir a Deus que nos ensine a lidar com o tempo. Para nós é tempo; para Deus é tratamento. Toda promessa de Deus para a vida do homem passa pelo teste do tempo (Habacuque 2.3). Não porque Deus se esqueceu dela, de nós, ou porque o tempo é um empecilho para Deus agir, mas é simplesmente porque Deus usa o tempo como um instrumento de aperfeiçoamento, de cura, de perseverança em nossa vida para que a possamos recebê-la como bênçãos.

O grande problema é quando tentamos ajudar Deus a cumprir a promessa. Temos, entre tantos exemplos nas Escrituras Sagradas, o caso de Abrão que recebeu a promessa de Deus que ele e Sarai teriam um filho. Mas Sarai quis dar uma "ajudinha a Deus" para agilizar o cumprimento da promessa, entregando sua escrava Hagar para conceder-lhe um filho. Como consequência desse ato, Abrão teve o retardamento de sua promessa em quatorze anos, mas mesmo assim ele não olhou para o tempo que decorria nem duvidou por incredulidade na promessa de Deus, mas, pela fé, se fortalecia dando glória a Deus, apesar de todas as circunstâncias naturais dizerem o contrário. Temos de ter, firmemente em nosso coração, que DEUS NÃO PRECISA DA NOSSA AJUDA. ELE QUER SOMENTE A NOSSA FÉ!

As promessas de Deus não possuem prazo de validade. Você tem uma promessa de Deus? Creia, ela será cumprida. No tempo determinado ela se tornará realidade.

Qualquer pessoa pode ficar temporariamente desanimada e deprimida. A vida é dura e às vezes nos custa muito caro vive-la pela fé. Todos nós somos derrubados de vez em quando. Passamos por momentos sombrios. Mas você não precisa permanecer arrasado e desanimado.

Saiba que não são as circunstâncias que lhe trazem desânimo, mas os seus pensamentos e a sua falta de paciência, a sua falta de perseverança. A Bíblia diz:  35 Portanto, não percam a confiança, pois ela traz uma grande recompensa. 36 Vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete. (Hebreus 10:35-36 NTLH)

Se você achar que não pode prosseguir, realmente não irá! Você precisa fazer uma escolha e manter sua mente concentrada nas coisas mais elevadas. Mantenha a sua mente nas promessas de Deus.

Saiba que nada irá acontecer automaticamente, pois é preciso fazer algum esforço para experimentar o que Deus tem de melhor para você. É preciso ter vontade para ser abençoado por Deus. O apóstolo Paulo diz: Vocês sabem que numa corrida, embora todos os corredores tomem parte, somente um ganha o prêmio. Portanto, corram de tal maneira que ganhem o prêmio.            (1 Coríntios 9:24 NTLH)

Por isso devemos imitar aqueles que ela fé, pela paciência e perseverança alcançaram suas promessas.

Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas. Hebreus 6:11-12

Para desfrutarmos das promessas de Deus, precisamos nos apegar a elas com toda a firmeza do nosso coração e isso nos ajuda viver numa condição do desfrutar daquilo que Deus tem para nós e nossa casa.

Firmar-se na promessa até que elas se cumpram, sem desistir, sem achar que aquilo que foi prometido não é para os nossos dias, pois tudo aquilo que está na palavra de Deus, é para nós, e para os filhos de Deus, filhos da promessa é o segundo passo para andarmos nas promessas.

A sua promessa ainda não se cumpriu, continue a orar, a clamar, a andar nos caminhos do Senhor e creia, não duvide, não murmure, pois o Deus que não é homem para que minta é o mesmo que fez a promessa a você.

Para concluir, o que vai fazer a diferença em nossa vida não é o tamanho da promessa, de sua maravilha ou do tempo que ela irá levar para se manifestar; o que vai fazer a diferença é, independentemente disso tudo, se iremos perseverar em seguir o Senhor até o fim. 

2012/10/09

COMO CRESCER E PROSPERAR POR MEIO DA DIREÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Texto: ROMANOS 8.12-17

 Boa noite irmãos, talvez uma palavra que cairia muito bem aqui no lugar de crescimento seja a palavra amadurecimento. Amadurecer implica caminhar perseverantemente em direção a Cristo, de tal forma que sua vida gloriosa seja vivida por nós pelo poder do Espírito Santo

O caminho e a forma da maturidade cristã nunca foi muito claro, pelo menos para mime tenho certeza que para muitos cristãos. Durante muito tempo, ser um cristão maduro significava ser uma pessoa moralmente correta e de valores elevados e nobres. Esta forma  de pensar teve grande influência nos anos 60 e 70, quando a espiritualidade era associada a um modelo de moral cristã. Naquele tempo, ser um crente maduro significava ser uma pessoa casta, honesta, íntegra, comprometida, responsável com as próprias obrigações e com certo grau de heroísmo em suas ações e renúncias. Reconheço que são valores bons e altruístas e que representam, de alguma forma, o testemunho de um cristão; mas não me parece que ser um cristão maduro seja apenas isso.

Uma outra forma de identificar um crente maduro tem sido pela sua capacidade de articular bem a teologia e a doutrina cristã, principalmente se for de uma corrente mais conservadora. O zelo pela Palavra de Deus, a firmeza das convicções, a segurança na proclamação e defesa da fé evangélica e a lealdade para com confissões históricas sempre foi considerado um sinal de maturidade. E a maturidade cristã passa, de alguma forma, por este caminho; mas não acredito que ela se restrinja somente a isso.

Alguns afirmam que a verdadeira maturidade cristã acontece quando tudo se transforma em experiências concretas e pessoais por meio do poder do Espírito Santo, a moral deixa de ser um simples moralismo para se transformar numa manifestação viva do poder de Deus. Assim, pecadores são transformados em santos e o conhecimento, zelo e defesa da verdade evangélica deixam de ser realidades intelectuais e se transformam em testemunho vivo e poderoso da graça de Deus. Concordo. Mas ainda penso que a questão vai um pouco além.

Em sua carta aos filipenses, Paulo nos apresenta um caminho para a maturidade espiritual e cristã. Do ponto de vista moral e legal, Paulo poderia ser considerado uma pessoa madura, pois cumpria os requisitos da lei e andava de acordo com os padrões morais da sua cultura e religião. Era também zeloso, responsável e coerente para com suas convicções e seus compromissos religiosos. Ele mesmo se afirmava "circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível"

O que chama a atenção é que, para Paulo, tudo aquilo que temos considerado fundamental para o caminho da santidade e do amadurecimento era considerado como "esterco" diante do que é superior e sublime. Para o apóstolo, o que poderia representar, mesmo que de longe, alguma forma de esforço pessoal que pudesse trazer um certo orgulho moral ou espiritual, era considerado como "perda" por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus.

Logo, o caminho da santidade e da maturidade não é o caminho do esforço moral, do legalismo ou mesmo de um zelo que nos proporciona status elevado, colocando-nos numa posição superior, inflando egos frustrados e promovendo uma forma espiritualidade auto-indulgente e auto-suficiente.

Neste caminho, Paulo reconhecia duas realidades. Primeiro, precisava deixar para trás tudo aquilo que o impedia de avançar. O autor de Hebreus também nos fala sobre isso quando diz: "Desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta" (capítulo 12:1). O passado cria embaraços, laços e amarras que nos impedem de caminhar. Muitos cristãos vivem como se arrastassem bolas de chumbo amarradas aos pés. São memórias de abusos, rejeições, abandonos, decisões malfeitas, escolhas erradas, frustrações, desilusões, mágoas e tantos outros pesos e pecados que permanecem conosco como fantasmas. Paulo não propõe que estas memórias e experiências sejam negadas ou varridas para debaixo do tapete. Ele sugere que sejam deixadas para trás. Ou seja, elas não podem determinar o presente ou o futuro precisam ser enfrentadas e tratadas pela cruz de Cristo.

A segunda realidade que Paulo reconhece é a necessidade de prosseguir no caminho tendo diante dos olhos "o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" ou simplesmente "o autor e consumador da fé" que é Jesus. O amadurecimento espiritual não é fruto de algum ajuste psicológico ou sociológico, de uma boa formação teológica ou domínio das doutrinas bíblicas; muito menos um volume de experiências místicas na bagagem espiritual. Amadurecer implica caminhar perseverantemente em direção a Cristo, de tal forma que sua vida gloriosa seja vivida por nós pelo poder do Espírito Santo.

Quando Paulo afirma "já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim", ele não está afirmando uma espécie de fusão de vidas ou alguma forma de anulação de sua personalidade. O que ele declara aqui é que, pelo poder do Espírito Santo, a comunhão com o Senhor é possível no sentido de que ele torna nosso tudo aquilo que é dele em sua humanidade encarnada. É por isso que Paulo nos diz que, em seu caminho em direção a santidade e ao amadurecimento cristão, ele busca conformar-se com Cristo em sua vida, sofrimento, missão e ressurreição.

Não resta dúvida que os valores morais, o conhecimento teológico ou a estabilidade emocional sejam marcos importantes no testemunho cristão, mas não devemos confundir isto com a sublimidade do conhecimento de Cristo. Desfrutar do melhor de Deus, não passa pela força de vontade de cada um de nós, o crescimento espiritual do cristão acontece ao longo de uma jornada a ser trilhada, um processo de desconstrução de uma vida vivida na carne e uma construção de uma vida vivida na ação do Espírito Santo de Deus.

            Essa jornada pode ser entendida através dos capítulos 6,7 e 8 de Romanos, quando são mencionados da seguinte forma:

Capítulo 6 SER LIBERTO DO PECADO vs 12 "não reine, portanto o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos da justiça. 23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em cristo Jesus, nosso senhor" = SAÍDA DO EGITO;

Capítulo 7 LUTAR PARA VENCER A CARNE vs 5 "Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.  vs 6 Agora, porém libertos da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Vs 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros , outra lei que, guerreado contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros", = DESERTO;

Capítulo 8 A SAÍDA, PARA QUE OS CRENTES TENHAM VITÓRIA SOBRE A CARNE E CRESÇAM ATÉ A MATURIDADE vs 1 "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo. Vs 6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Vs 15  Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. Vs 26 também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis" . = ENTRAR NA TERRA PROMETIDA.

Então, quero mostrar a vocês três ações do Espírito Santo que nos guiará rumo ao Amadurecimento, No texto de Rm 8.12-17.

 1º O ESPÍRITO SANTO NOS GUIA EM COMO CRUCIFICAR A CARNE Vss 12-14;

            Para crucificar a carne, não é suficiente para nós termos o Espírito, é preciso que o Espírito Santo nos tenha. Para que venhamos a entender que a vida com Cristo, não tem espaço pra uma vida de carne e Espírito, e que se queremos realmente ser uma nova criatura em Cristo Jesus, precisamos ter esse entendimento. Somos exortados a nos considerar mortos com relação ao pecado.  Ser então conduzido pelo Espírito para mortificar a carne, é o mesmo que estar morto para o pecado, ou seja, deve-se dar um ponto final ao mesmo.

No versículo 15 Paulo nos diz: que não recebemos o Espírito de Escravidão. Uma pessoas é escrava do que ela obedece ou do que reconhece como mestre. Se obedecer os mandamentos do pecado então o pecado é o seu mestre e ela está caminhando em direção á morte. Agora se obedecer o mandamento da justiça, então a justiça é o seu mestre e ela experimentará a verdadeira vida.

Pastor eu não consigo escolher o certo é tão difícil. Observe o versículo 13 Paulo expões duas direções de vida e mostra suas consequências finais. Ele sabe que o cristão enquanto ser humano têm a capacidade de escolher fazer o que não é característico de um cristão, e isto ele chama de andar segundo a carne ele os adverte a não fazê-lo. Ele diz: "se mortificardes as obras do corpo" Paulo nos traz aqui um ótimo resumo do processo de santificação na vida cristã.

Precisamos trabalhar ativamente para crescermos em santidade e Mortificarmos qualquer pecado do nosso coração ou mente bem como em nossas palavras e ações. Contudo, apesar do fato de nos esforçarmos ativamente, Paulo nos relembra que é somente pelo Espirito, isto é pelo poder do Espirito Santo que teremos sucesso nesse empreendimento.

Existe um limite para tudo, e o limite entre a vida conduzida por desejos e vontades e uma conduzida pelo mover do Espírito Santo de Deus, é a mortificação da carne e a vivificação do Espírito de Deus em nós.

            Deixarmos ser guiados pelo Espírito de Deus, é uma demonstração da confiança do filho para com o Pai, o verso 14 diz: " Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus".   Esse caminho de santidade, ou seja, de deixar ser guiado pelo Espírito, passa ser uma das marcas dos filhos de Deus.         

                       O ESPÍRITO SANTO TESTEMUNHA QUE SOMOS FILHOS DE DEUS vss 15 e 16;

            Não é pouca coisa ser chamado filhos e herdeiros de Deus. Talvez essa doutrina tenha sido tão diluída e abusada nos círculos cristãos e no mundo que nós não estamos tão impressionados como deveríamos estar: "Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu" (1 João 3:1).

Esta porção fica mais clara quando lida em conjunto com Gálatas 4.4-7: Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: "Aba, Pai". Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro. 

Somos filhos de Deus por adoção. Na Roma paulina, a adoção de meninos era uma prática comum, especialmente na classe superior dos senadores. O estímulo para a prática vinha da necessidade de se ter um herdeiro masculino. No período imperial, o tempo do apóstolo Paulo, os imperadores lançavam mão deste recurso para garantir uma boa sucessão por meio de um filho adotado. Um dos imperadores contemporâneos de Paulo, Tibério (reinado: 14-37 A.D.), era um adotado. Seu pai era César Augusto, outro adotado.

O menino adotado geralmente era o mais velho numa família, esperando-se que fosse saudável. O adotado recebia o nome da nova família, mas mantinha o nome da família original no sobrenome do meio. O adotado era um privilegiado porque desfrutava de relacionamentos com duas famílias. O filho adotivo, portanto, era alguém escolhido  por seu pai adotivo para herdar seu nome e sua propriedade. Não era menor que o filho gerado pelo pai; era maior.

OS PRIVILÉGIOS DOS FILHOS DE DEUS

1.    Os filhos de Deus são adotados pelo Espírito Santo, que os recebe (verso 15b). Separa-o. Os filhos de Deus são sagrados (separados, selados). 

2.    Os filhos de Deus recebem do Espírito Santo no seu coração a certeza de sua filiação ao Pai (verso 16). Contra todas as vozes, a voz do Espírito sopra no coração a nossa condição.

3.            O Espírito Santo é o tabelião que lavra a certidão de adoção. Nada pode tirar esta convicção de um filho de Deus. Está no cartório, com selo.

4.            Não há nenhuma condenação para os filhos de Deus (Romanos 8.1 -- "Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus", Este que foi condenado em nosso lugar -- verso 3)

5.            Adotados, os filhos de Deus são habitados pelo Espírito Santo, que luta por eles contra o domínio do pecado. (1Coríntios 6.19-29 -- "Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo".)

Uma implicação importante de ter sido adotado na família de Deus é que nós podemos agora nos relacionar com ele como o nosso Pai Celestial, e que nós podemos ter agora comunhão com outros cristãos como verdadeiros membros de família. De fato, a união entre os cristãos deveria ser tão forte quanto aquela que existe entre os membros de uma família natural.

Nós temos sido unidos pela vontade de Deus, pelo sangue de Cristo e por uma fé em comum. Podemos ver a extensão do amor de Deus para conosco além de salvar-nos do pecado e do inferno, ele também fez de nós seus filhos e herdeiros.

                        3º O ESPÍRITO SANTO NOS GUIA NOS SOFRIMENTOS PARA QUE NOS TORNEMOS HERDEIROS (V 17).

E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.Romanos 8:17

A adoção não isenta o filho do sofrimento. O fato de alguém sofrer não o desfilia da promessa de Deus. Ao contrário, protege-o. O sofrimento nos protege da idolatria e nos previne contra a avareza, da soberba. Deus sofre com o estado da criação. Seus filhos também devem sofrer com esta mesma condição, na própria vida ou na vida dos outros. A filiação não evita o sofrimento que vem do testemunho do evangelho. Este sofrimento faz parte da escadaria da glória.

            Além disso o Espírito também nos guia, para sairmos de uma condição de sofrimento, de esgotamento, muitas vezes de insatisfação, Cristo é apresentado como o herdeiro, e nós na condição de co-herdeiros, se com Cristo sofremos, com Ele também haveremos de desfrutar de coisas maravilhosas. A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; Efésios 3:6

            Como herdeiros de Deus, somos levados a não nos curvar diante as adversidades, e não nos sentirmos derrotados com as lutas, ou desesperados em dias de dor e sofrimento, mas somos motivados a viver e passar pelos obstáculos, na certeza de que existe algo muito especial para cada um dos filhos de Deus, que é desfrutar da glória de Cristo em nossas vidas, porque como diz em 2 Coríntios 4 " 16 Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. 17 Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso se glória, acima de toda comparação, 18 não atentando nos nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as se veem são temporais, e as que não se veem são eternas.