2013/03/26

Editorial

UM CLAMOR PELA PRESENÇA DE DEUS

 

"Avivamento é uma visitação especial e poderosa de Deus na vida do seu povo. Não pode ser produzido na terra, procede do céu; não é produzido pelo homem, é concedido por Deus; não é agendado pela igreja, é obra soberana do Espírito Santo. O verdadeiro avivamento acontece quando o povo de Deus tem sede de Deus, anseio por santidade e compromisso com a verdade. É embebedido em oração e desemboca em ação missionária. O avivamento é promessa de Deus, necessidade da igreja e resulta em crescimento espiritual e numérico da igreja."

Essa são palavras do Reverando Hernandes Dias Lopes palavras que queimaram o meu coração nessa semana, pois é exatamente o que tenho sentido de Deus a respeito de nossa igreja. Deus tem muito mais para nós, existem grandes promessas de Deus para cada um de nós individualmente falando, como também existe para nós como igreja, precisamos ansiar pelo cumprimento dessas promessas, precisamos desejá-la mais do que qualquer outra coisa o salmista diz: "Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! Salmos 42:1; A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pela      manhã, mais do que aqueles que guardam pela manhã. Salmos 130:6; Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água; Salmos 63:1"

Busque mais de Deus meu querido irmão, abra o seu coração para que o Espírito Santo tenha livre acesso a sua vida, abandone os vícios, o antigo caminhar,  a religiosidade, as crendices, a preguiça espiritual, se lance de braços abertos a uma caminhada de santidade, a uma vida de obediência, de adoração, de estudo da palavra, de oração e peça pelo avivamento em sua vida. Se todos nós agirmos assim com toda certeza experimentaremos profundamente esse versículo: "As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." 1 Coríntios 2:9

Rev. Marcelo Navarro

 

Editorial

    "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." João 15.15

 

Pai e filho passeavam e conversavam sobre diversos assuntos, até que em determinado momento, o filho pergunta ao pai: - Papai, qual o tamanho de Deus? O pai pensou, pensou, tentando achar a melhor resposta, pois queria que o filho entendesse de forma simples,  mas não queria frustrá-lo com uma resposta do tipo: "Ah filho Ele é infinito", pois talvez o menino continuasse não entendendo.

Então ao olhar para o céu o pai avistou um avião, era o maior avião que existe, era um Jumbo e ele perguntou ao filho: - Que tamanho tem aquele avião?  O menino levantou a mão para o céu, mediu e disse: - Papai, tem o tamanho da palma da minha mão!

Então o pai totalmente empenhado em fazer o filho entender, o levou ao aeroporto em frente aquele mesmo avião (o avião tinha 19,4 metros de altura e 70,7 metros de comprimento, com capacidade pra 467 passageiros) e ao chegar próximo de um avião perguntou: - Filho e agora? Qual o tamanho desse? O menino, saltitando de alegria e espantado em ver de perto algo como aquele, disse: - Nossa papai! Esse é muito, muito grande! Ele é imenso!

O pai então disse: - Filho este é o mesmo avião, e com isso eu quero que você entenda o tamanho de Deus:  "O tamanho vai depender da distância que você estiver dele. Quanto mais    perto você estiver dele maior ele será em sua vida, e quanto mais longe você estiver menor ele será". O tamanho que Deus ocupará em nossas vidas, depende de nós, não basta apenas saber sobre Ele, para conhecer a grandiosidade do nosso Senhor é necessário um relacionamento íntimo com Ele!

Que Deus não ocupe em nossa vida o tamanho da palma da nossa mão, por que Ele nos quer por completo!

(Autor desconhecido)     Pr. Marcelo Navarro            

 

Deus te escolheu

 

 

 

"Deus te escolheu para fazer a diferença em meio a

multidão.
Ser escolhido por Deus não é um céu sem tempestades,

caminhos sem acidentes, relacionamentos sem

decepções.
Ser dEle é encontrar força no perdão, esperança em meio a luta, segurança em meio ao medo.
É reconhecer que vale a pena servi-lo, apesar dos

desafios, incompreensões e períodos de crise.
É também atravessar um deserto e encontrar um

manancial de bênçãos.
É ter humildade e reconhecer seus erros, ter ousadia pra dizer
"me perdoe" e capacidade pra dizer "Eu Te Amo".
Ser escolhido de Deus é usar as pedras para erguer um altar de testemunhos e ainda dizer: "Conheço o Senhor!!

Ele é fiel e jamais me deixará!
"Ser escolhido por Deus é ter certeza de que já somos

mais que vencedores!"

Querido irmão você é um escolhido de Deus, as Sagradas            Escrituras diz: "Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes EU VOS ESCOLHI do mundo, por isso é que o mundo vos odeia." João 15:19

Não viva aquem daquilo para que você foi criado, busque ao Senhor de todo o seu coração, ele esta ao seu lado, esperando que, você que foi escolhido, se desperte para uma vida de oração, de comunhão com Ele.

Não deixe para depois o tempo é hoje, é agora, tome uma posição e jogue-se aos pés do nosso Senhor e Redentor Jesus Cristo. E experimente um comunhão santa e plena.

 Pr. Marcelo Navarro

 

Santificação

Texto: "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição" (1 Ts 4.3).

O mundo todo está saturado de perversão, imoralidade, inversão de valores, corrupção, desonestidade, falsidade, mentiras, hipocrisia, motivos egoístas ocultos, destrutivos do outro; que refletem sensivelmente nos relacionamentos pessoais, na família, na Igreja, no trabalho, na sociedade de modo geral, com resultados catastróficos e destruidores para todos. Deus, no entanto, não idealizou isso para ninguém!

Toda esta perversão que está aí, tem como causa o vírus do pecado na vida humana, a rebeldia da natureza adâmica e a ação de satanás e seus demônios na vida do ser humano, levando-o a viver uma vida distanciada de Deus e dos valores centrados em Sua Palavra!

Tenho plena convicção de que este quadro pode ser revertido na vida das pessoas e na sociedade como um todo, mediante a experiência da conversão, da busca por uma vida de santificação, e pela vivência dos princípios imutáveis de Deus conforme expostos em Sua Palavra.

1. Medos sobre a Santificação

A palavra "Santificação" gera um certo receio em algumas pessoas que trazem consigo um conceito errado sobre esta doutrina. Veja alguns tipos de "medos":

• Alguns dizem: "Santificação é apenas para pessoas MUITO MADURAS NA FÉ. Eu tentei e NÃO CONSEGUI! Talvez, quando eu for mais velho...";

• Outros afirmam: "Se eu quiser agradar a Deus, VOU TER QUE ACERTAR alguma área da minha vida (o que é a mais pura e cristalina verdade!). Assim sendo, NEM VOU LER A BÍBLIA para não ficar sabendo O QUE eu faço de errado!".

Santificação não é apenas para os MAIS MADUROS na fé: É PARA TODOS NÓS QUE SOMOS DA FAMÍLIA DE DEUS! A Bíblia NÁO É NOSSA INIMIGA - muito pelo contrário! Ela nos mostrar o caminho para um VIVER CHEIO DE VIDA, tendo o próprio Criador do Universo como NOSSO ALIADO!

2. O que "não é" Santificação

Não é sinônimo de PERFEIÇÃO:

Não há dúvida de que nosso Deus é Santo, Perfeito e que Ele diz: "Sede santos, porque eu sou santo". Mas isto não quer dizer que seremos PERFEITOS e TOTALMENTE SANTOS nesta vida terrena. Quando estivermos no Céu, com corpos glorificados, poderemos até permanecer "face a face" com o Senhor, sem sermos destruídos. Hoje, isto é impossível, por vivermos em corpos que ainda sofrem os efeitos (e também pendem) para o pecado.

Não quer dizer que ficamos "IMPOSSIBILITADOS" de pecar:

Buscar Santidade, não quer dizer "tornar-se isento" da possibilidade de pecar! Não adianta dizer que "O PECADO ESTÁ AMARRADO", porque ele não está! Deus deixou aos Seus filhos a missão de LUTAR contra o pecado, enquanto estiverem vivos. Muitas vezes exigirá domínio próprio, coragem, persistência, seremos injuriados, sofreremos humilhações, e em algumas vezes, CAIREMOS nas armadilhas do pecado. Isto, porque apesar de convertidos a Jesus, ainda pecamos!

Não é um "REMÉDIO MÁGICO", que só produz "gente boa":

A conversão de alguém e a consequente busca por Santificação, não é nenhum "pó mágico", como nos contos de fadas, que transforma o caráter das pessoas "de uma hora para outra". A conversão é um ótimo início, mas Deus tem um caminho de transformação, na vida de cada ser humano. ("O pó mágico cria monstros)

 

3. O que é então a Santificação?

As palavras mais utilizadas, entre as línguas originais bíblicas, para exprimir o sentido de "Santificação", são QADHOSH (no hebraico) e HAGIOS (no grego). As duas palavras trazem o pensamento fundamental de separação, dedicação, consagração a Deus. Existe também a ideia de uma transformação interna, que gradualmente resulta em pureza, retidão moral, expressa numa vida externa de bondade e piedade.

Poderíamos dizer então, que: SANTIFICAÇÃO É O DESEJO DE SEPARAR-SE DO QUE DESAGRADA A DEUS, OPTANDO CONSCIENTEMENTE PELA ACÃO DE OBEDECÊ-LO, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO.

4. Quando começa a Santificação

O desejo de Santificação é consequência natural de uma REAL CONVERSÃO. Quando ouvimos o Evangelho, nos arrependemos de nossos pecados e abrimos a vida para que Jesus seja nosso proprietário e comandante (em outras palavras, seja SENHOR), segundo Ef 1:12-13 nós fomos selados com o Espírito Santo.

Não sei se você já notou, mas Ele não se chama ESPÍRITO SANTO por acaso: Jesus explicou que Sua missão seria convencer-nos "do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16:8).

Quando a 3ª pessoa da Trindade age em nós, Seu objetivo básico é lançar luz sobre pecados, para que os confessemos e paremos com a prática do erro (Pv 28:13-14 ).

Há uma ilustração que diz que, antes de nos convertermos ao Evangelho, nossa natureza era como a de um PORQUINHO. A natureza do porco é SEMPRE VOLTAR À LAMA. Por mais que você dê banho, coloque perfume e coloque "traje de gala" no porco, ele correrá para a sujeira, quando menos se esperar. Assim éramos nós, voltando com muito gosto para a lama do pecado, quando estávamos longe do amor de Deus.

Porém, quando Jesus entrou em nossa vida, nossa natureza mudou à semelhança do PASSARINHO. O pássaro também pode se sujar, MAS FICA INCOMODADO e rapidamente busca se limpar; quando isto acontece, dá um vôo rasante em algum lago, ou tenta limpar suas asas com o bico, pois NÃO AGUENTA FICAR SUJO POR MUITO TEMPO. Assim é aquele que tem nova vida em Cristo: quando peca, isto o incomoda, pois o Espírito Santo o convence do erro. Ele busca se "limpar" através da confissão do pecado e volta à prática do que Deus quer.

5. Santificação é um processo

Não chegaremos à perfeição nesta vida, mas nosso alvo, sempre na dependência de Deus, é que sejamos hoje, mais limpos e santos do que fomos ontem. Quando pecamos, confessamos ao Senhor, quebrantados e arrependidos e somos lavados pelo sangue de Jesus (1 Jo 1:9; 1 Jo 2:1)

Perdoados por Deus, levantamos a cabeça e continuamos no processo da Santificação. A luta pelo bom testemunho será diária, até a volta de Cristo.

Outra ilustração conta que, nossa vida antes de nossa conversão a Jesus, era como um QUARTO ESCURO. Andar num quarto assim é praticamente certo viver tropeçando em cadeiras, móveis e esbarrando em objetos que não vemos pelo caminho! Antes de Jesus era assim: caíamos em pecado e nem sabíamos - apenas sentíamos os seus efeitos malignos.

Após entregarmos nossa vida a Cristo, é como se Ele (que é chamado de "a luz do mundo") colocasse no quarto uma lâmpada de 60 W. Ela nos mostra onde estão os móveis (que antes tropeçávamos), bem como a sujeira que não víamos e que teremos de limpar. Existe no "quarto" de nossa vida, muita sujeira de pecado que precisamos confessar e limpar diante de Deus.

Assim, confessamos os pecados que enxergamos com a lâmpada de 60 W. Quando estamos acabando de "varrer", o Senhor muda aquela lâmpada de 60 W por uma de 100 W, com a qual enxergamos outras sujeiras (pecados) que antes não víamos. Ao confessarmos estes também, Ele muda a lâmpada para outra de 200 W. E assim por diante. O Senhor aumenta "aos poucos", para que nós mesmos não entremos em pânico! Santificação é um processo, que está em anda-mento a partir da nossa conversão.

Você tem irmãos desanimados e acomodados na prática de pecados que nem o pastor sabe, mas sua turma toda tem conhecimento? O Espírito Santo pode usá-lo para exortar estes irmãos, pois muitos estão desorientados, precisando de alguém como você para dizer: -"Já está na hora de parar de brincar com Deus".

Existem aqueles que irão responder: -"Que é isso? Eu estou ótimo e não tenho a mínima intenção de mudar! Vá cuidar da sua vida, que da minha cuido eu!". Ao encontrarmos pessoas no nível mencionado (sem vontade de abandonar o pecado, curtindo e se deliciando com o que é biblicamente errado), não podemos descartar a possibilidade de que elas não sejam verdadeiramente convertidas. Afinal, Santificação é algo absolutamente irrelevante, quando vista pelos olhos de alguém que não entregou sua vida a Jesus (1 Jo 2:19; 1 Jo 3:6-10).

6. Santificação é característica da família de Deus

Nosso Deus é Santo e quer que os membros de Sua família, CAMINHEM PROGRESSIVAMENTE em Santidade:

• 1 Pe 1:16 : "... porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo...".

Como Pai, Ele sabe que quanto mais distantes estivermos da vontade de Deus, mais desespero, medo, frustração e desilusão existirá. Quanto mais nos voltamos para o Senhor e Sua Palavra, mais vida sentimos, mais alegria de existir e mais convicção de estarmos indo na direção correta.

Como seres humanos, trazemos certas características que vêm de familiares, como o pai e a mãe. As pessoas dizem: -"O nariz é parecido com o do pai", ou então: -"É comunicativa como a mãe". Comparando com a família de Deus: como temos um Pai Santo, a característica inconfundível de Seus filhos, É A BUSCA DE SANTIFICAÇÃO. A cada dia Ele quer de Seu povo, mais Santidade, mais transparência, mais limpeza de caráter, diante dEle mesmo e dos homens.

A santidade do crente não pode ser algo teórico, quem sabe até inatingível. Se não vivermos em santidade, todo o conhecimento de nada adiantará. No que implica andar em santidade? 

1. NÃO MAIS VIVER EM PECADO

a. Já morremos para o pecado – "Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Rm 6.2). 

b. Não podemos servir a dois senhores – "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Mt 6.24). 

c. Já rompemos com o pecado e vivemos em novidade de vida – "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porquanto quem morreu está justificado do pecado" (Rm 6.4, 7). Não mais viver no pecado significa romper, deixar, não ter prazer no pecado. O pecado não é normal na vida do cristão.

2. ANDAR NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA

a. O cristão nunca toma a forma do mundo, ele dá a forma, ele influencia, mas ele nunca se conforma – "Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.14-16). Veja também: Rm 12.1, 2; Ef 5.1-17. 

b. A postura do cristão será sempre oposta, contraria a postura, comportamento do mundo. Nisto o cristão é diferente. 

c. O cristão é como o navio, ele está no mundo mas o mundo não está nele, assim como o navio está na água mas a água não está no navio – "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal" (Jo 17.15).

3. VIVER EM UNIÃO PERMANENTE COM CRISTO

a. Jesus é Deus, é santo. Estar unido a ele significa andar como ele andou – "como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele" (At 10.38). Viver como ele viveu – "Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos" (1 Pe 2.21). Amar como ele amou – "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos" (Jo 15.13). Servir como ele serviu – "Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10.45). 

b. Ele nunca pecou, logo, estar unido a ele significa ter o caráter dele, sua pureza, ser parecido com ele. Os santos trilham os caminhos de Jesus. Os santos são cristocêntricos.

4. VIVER NA DEPENDÊNCIA DE DEUS

a. Dependência de sua misericórdia, da sua graça, da sua ajuda – "Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). 

b. Dependência do Espírito Santo; é ele quem produz o fruto – "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei" (Gl 5.22, 23)

c. É olhar cada dia para Jesus e lembrar que sua obra na cruz e na ressurreição foi completa.

d. É reconhecer que em Cristo estão todos os recursos, os "tesouros escondidos". Em nós mesmos nada temos, mas em Cristo tudo é possível. As lutas existem, mas a vitória é certa – "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5.18). Veja também: Gl 6.1; 1 Co 10.12, 13; Tg 4.7; Ef 6.12-14.

CONCLUSÃO:

A santidade é a marca dos que foram justificados e selados pelo Senhor. Santidade significa que somos o povo de propriedade exclusiva de Deus, somos a nação santa – "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9).

Santidade

Santidade é um dos principais atributos de DEUS e uma das características que deve ser desenvolvida pelos discípulos de JESUS, ou seja, por aqueles que O seguem. Ser santo é ser separado do que é impuro e consagrado ao que é puro. DEUS é santo, nEle não há nada sujo ou impuro e, a partir do momento que nós somos considerados discípulos de JESUS, passamos a ter a santidade como uma das nossas características.

O que vem a ser santidade?  Em primeiro lugar, consideremos a palavra em si. Santidade é um substantivo que pertence ao adjetivo santo e ao verbo santificar, que basicamente significa tornar santo. Santo, tanto no hebraico, como no grego, significa separado, consagrado e recriado para Deus.

Quando aplicada às pessoas, como os "santos de Deus" ou "santos", a palavra implica em devoção e assimilação: devoção, no sentido de viver uma vida de serviço para Deus; assimilação, no sentido de imitar, conformar-se a e tornar-se como o Deus a quem se serve. Como cristãos, a implicação é que precisamos assumir a lei moral de Deus como a nossa regra e o Filho encarnado de Deus como o nosso modelo.

O conceito de santidade aplicado a DEUS, refere-se ao Seu domínio sobre a criação, Sua perfeição absoluta e separação de toda forma de pecado. Quando aplicado aos homens, refere-se à separação dos conceitos e valores do mundo, serviço a DEUS e consagração da vida a Ele.

Todos nós somos chamados por DEUS para separarmos e consagrarmos as nossas vidas a Ele, a fim de sermos santos e irrepreensíveis. Santa é aquela pessoa separada por DEUS para adorá-lO e servi-lO, cumprindo, assim, a Sua vontade. Se você está servindo, adorando e obedecendo a DEUS todo o coração, então, pode ter certeza que você é uma pessoa santa.

 "Assim como nos escolheu Nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor." (Efésios 1:4)

A santidade é uma característica que precisa ser desenvolvida por todo discípulo de JESUS, ou seja, por todo aquele que segue a JESUS. Se estivermos de todo o coração servindo, adorando e obedecendo a DEUS, então podemos ter a certeza que nós somos pessoas santas, isto é, separadas do mundo, pois ele nos chamou para a santificação, para sermos santos e irrepreensíveis.

Precisamos entender que hoje é impossível uma pessoa chegar à perfeição; DEUS conhece a nossa vida e o nosso coração, por isso, Ele jamais vai "jogar na nossa cara" as nossas limitações. DEUS quer de nós, no entanto, tomemos a seguinte decisão: "Eu vou lutar para ser santo, vou lutar contra aquilo que me tira da consagração a DEUS". Viver em santidade não quer dizer que somos perfeitos, mas sim que buscamos a perfeição refletida em CRISTO JESUS. Essa vontade deve estar encravada em nosso coração.

"Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." (1 Pedro 1:15 e 16)

Santidade: oposição ao pecado.

O homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS e não igual a Ele, por isso, o homem jamais será perfeito como DEUS, sendo, contudo, capaz de refletir a semelhança divina. DEUS revela-se em santidade e chama os homens a uma santidade que lembra a Sua própria.

O que é santo não apenas se distingue do profano e do sujo, mas também se opõe a isso; sendo assim, não basta sermos diferentes ou termos valores e pensamentos diferentes dos do mundo, precisamos, antes, opormo-nos radicalmente ao pecado, embora o mundo o considere natural e normal. Opor-se é levantar uma barreira para que o pecado não se alastre e destruas outras vidas.

Nossa santidade é um processo, através do qual somos aperfeiçoados e lapidados por DEUS ao longo de nosso caminhar com JESUS; ela acontece aos poucos. Antes de nos convertermos e até o momento em que o fizemos, éramos pessoas mundanas, praticávamos toda a forma de pecado sem o menor constrangimento: usávamos drogas lícitas e ilícitas, nos prostituíamos, éramos violentos e vingativos e tínhamos incontáveis defeitos de caráter. Dessa forma, já imaginou se, logo ao reconhecermos JESUS como SENHOR da nossa vida, recebêssemos uma lista com tudo o que deveríamos mudar? Com certeza, poucos, ou ninguém, permaneceriam.  

O fato, porém, é que fomos chamados por DEUS para fazer a diferença aqui na terra e quando isso aconteceu, DEUS não nos disse que seríamos aceitos mediante uma troca. No meu e no seu primeiro dia com JESUS, garanto que mantínhamos os hábitos mundanos, no entanto, aquele momento serviu como início da nossa real mudança, como se a contagem regressiva para a nossa transformação tivesse sido acionada. Da mesmice à plenitude.

Somos aperfeiçoados por DEUS aos poucos e, para que isso aconteça, precisamos santificar todas as áreas da nossa vida, como por exemplo, a área sentimental: temos de entregar a DEUS essa área, de forma a abandonar os relacionamentos do passado, abandonar aquele namoro impuro ou, ainda, entregar aquela mágoa que se arrasta em nós por anos e anos.

A área financeira será santificada à medida que deixarmos de dizimar por obrigação, por peso, por jugo e passarmos a fazê-lo por alegria e amor, talvez, ainda, começando a ofertar na casa de DEUS ao invés de apenas dizimar. Com relação à área profissional, podemos santificá-la, deixando de lado a mentira, a ganância. Nossa área familiar, por sua vez, pode ser santificada através da honra dada por nós aos nossos pais, sendo exemplos dentro de casa, sendo testemunhos vivos da transformação que DEUS opera no homem. TODAS as áreas da nossa vida devem ser entregues aos cuidados de DEUS.

Ter a vida santificada é abrir mão da nossa maneira de pensar, achar, entender, passando a viver através da direção dada por DEUS; trata-se do aspecto prático da vida cristã. Isso não se limita à vida dentro da igreja, mas estende-se para fora de seus termos; é necessário santificar tudo ao nosso redor.

Para cada área entregue a DEUS, provamos da santificação e da abundância, mas para cada área não entregue a Ele, provamos da mesmice e da mediocridade. Quando passamos a caminhar com DEUS, temos nosso caráter sobrenaturalmente transformado e, se a nossa vida não for mudada ao nos aproximamos de DEUS, algo estará errado. Nós não fomos salvos por Ele para ficarmos esquentando banco de igreja, sem que nada mude de forma prática.

Todos que servem a JESUS são santos. As cartas escritas pelo apóstolo Paulo às igrejas sempre iniciavam com o termo "santo", mas eram recheadas de exortações e repreensões aos erros cometidos por aquelas pessoas. Temos de entender que aqueles que verdadeiramente aceitam a JESUS e passam a caminhar com Ele, são santos, sim, mas não no sentido deturpado que o mundo dá à palavra, considerando a santidade como algo inatingível, vinda somente depois da morte e reduzida a um seleto grupo de pessoas.

Todo discípulo de JESUS é santo, embora nenhum o seja suficientemente. Precisamos ser mais santos hoje do que ontem e menos do que amanhã. É fundamental que avancemos no nível de santidade.

Se fizermos uma pesquisa nas ruas, a maioria esmagadora das pessoas dirá que tem a DEUS, mas será que se fizermos uma pesquisa com o próprio DEUS, e lhe perguntarmos se Ele tem a todas as pessoas, qual será o resultado? Atualmente, podemos afirmar que DEUS tem o controle sobre as nossas vidas ou o controle ainda se encontra em nossas mãos? A nossa vida é dependente ou independente do plano de DEUS? Nós fomos chamados para sermos propriedade do SENHOR. "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de DEUS, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." (1 Pedro 2:9)

Propriedade de DEUS.

Ao dizermos que uma pessoa é de DEUS, estamos indicando posse, isto é, a posse e o controle da nossa vida devem ser entregues aos cuidados de DEUS, pois passamos a ser propriedade dEle. Sendo assim, a maneira de vivermos não é mais a nossa, mas a de DEUS.

Ao fazermos uma compra, a propriedade do objeto passa a ser nossa, afinal, um preço é pago por ele. Por exemplo, ao irmos a uma loja para compra de um fogão, até então, ele tem um dono, mas depois que o compramos, passa a ter outro: pagamos por isso, arcamos com esse custo, a fim de termos a posse do fogão; a loja já não tem o controle sobre ele e no próximo dia deverá entregá-lo na nossa casa.

DEUS fez algo semelhante conosco: comprou a nossa vida mediante um altíssimo preço: o sangue de JESUS. Em virtude disso, não somos mais de nós mesmos; a propriedade da nossa vida deve ser transferida para Aquele que nos adquiriu mediante altíssimo valor. DEUS utilizou uma moeda de valor incalculável – o sangue de JESUS - para comprar algo também de valor incalculável: a nossa vida.  "Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO, que está em vós, o qual tendes da parte de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a DEUS no vosso corpo." (1 Coríntios 6:19 e 20)

Imagine que a loja não entregue o fogão, embora tenha sido pago um preço com muito esforço, através de trabalho duro. A loja, assim, não estaria honrando sua parte no acordo, dando um grande calote. Infelizmente essa quebra de acordo pode acontecer na nossa vida também, quando não a entregamos aos cuidados de DEUS, quando não entregamos o que já deveria Lhe pertencer.

 Quer queiramos, quer não, JESUS derramou seu sangue como moeda de aquisição da nossa vida. Embora não tenhamos pedido que DEUS fizesse essa compra, Ele tomou a iniciativa, movido por graça, amor e misericórdia, comprando-nos com o sangue de JESUS. Receber um presente-surpresa é sempre muito mais emocionante do que receber um presente já esperado, e quem é que não gosta disso? Não precisamos presentear nossa esposa, marido, namorada (o) ou, ainda, nossos pais somente quando eles já estão esperando por isso. Quando fazemos uma surpresa, sem dúvida isso permanecerá gravado com maior intensidade no coração por toda a vida.

A vida de um discípulo de JESUS.

A realidade agora é que o verdadeiro discípulo de CRISTO vive exclusivamente para DEUS, ou melhor, é o próprio DEUS quem vive a sua vida. "Logo, já não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim." (Gálatas 2:20)

Somente depois de morrermos para nossa vida que DEUS passa a viver através de nós; somente depois de a entregarmos de verdade aos cuidados dEle que iremos satisfazer Suas vontades. Somente assim poderemos declarar o que Paulo declarava: "não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim...".

Essa afirmação de Paulo poderá ser compreendida quando entendermos que ele não colocava seus métodos e maneiras à frente dos planos de DEUS, antes, todas as suas opiniões próprias foram anuladas quando ele as lançou aos pés da cruz de CRISTO. "Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para DEUS. Estou crucificado com CRISTO." (Gálatas 2:19) Somente assim Paulo teve autoridade para fazer tal declaração: "Eu estou crucificado com CRISTO, por isso não sou eu mais que vivo, mas JESUS vive através de mim". Será que nós podemos afirmar que DEUS é revelado através da nossa vida com a mesma convicção?

O início do processo de santificação é a entrega da vida ao senhorio de JESUS, mas vai além disso; esse é simplesmente o começo! DEUS quer dar-nos a salvação e também quer que tenhamos o caráter parecido com o de seu Filho JESUS. Através da santificação DEUS opera a transformação do nosso interior. Por meio da relação de convívio existente entre os membros de uma igreja, DEUS prova o nosso caráter.

A santificação, contudo, não se limita à vida dentro da igreja, mas envolve também a vida fora dela, pois somos testados tanto dentro, quanto fora da igreja. O testemunho de vida é o que realmente fará a diferença e não o discurso.

Você se casaria com uma pessoa que tenha visto dentro da igreja e pela qual tenha se apaixonado, simplesmente pelo fato dela ser cristã? Obviamente não, mas antes é necessário conviver com ela, conhecer suas atitudes e confirmar se é esse mesmo o plano que DEUS tem para a sua vida. Isso tudo vem mostrar-nos que a aparência não nos diz nada. Andar com a bíblia debaixo do braço não deve ser a confirmação para sabermos se uma pessoa é discípula de CRISTO ou não. O que determina a santidade de alguém são as suas atitudes do dia a dia, tanto dentro, como fora da igreja.

Quando DEUS nos santifica, Ele está separando-nos para Seu uso exclusivo. Uma vida santificada proíbe sua condução por satanás; apenas DEUS tem o controle sobre essa vida. De nada adianta para uma pessoa dizer que ama a JESUS e não ter atitudes compatíveis com Seus ensinamentos, pois a santidade não consiste em amarmos a Ele e fazermos somente aquilo que quisermos.  JESUS opõe-se completamente à falsidade da hipocrisia. 

"Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: este povo honra-me com os lábios, mas seu coração está longe de mim." (Mateus 15:7) Nada vale diante de DEUS, honra-lO com os lábios, mas ter o coração afastado dEle. O que DEUS espera é que O adoremos com nosso coração, pois assim, nossos lábios O honrarão verdadeiramente. "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos." (João 14.15)  A santidade significa amar a JESUS e fazer aquilo que Ele quer que seja feito.

Quanto maior a entrega, maior será a santidade.

A santificação depende do nível de entrega da nossa vida a DEUS, por isso, pode ocorrer de termos áreas mais santificadas que outras. Ele somente santificará as áreas entregues aos seus cuidados. Se permitirmos que DEUS opere sua transformação na nossa área profissional, por exemplo, Ele nos honrará e nos santificará profissionalmente; se não permitirmos que DEUS opere sua transformação na nossa área emocional, Ele não nos santificará emocionalmente e nossas emoções continuarão doentes, simplesmente porque não deixamos a Sua santidade nos transformar.

DEUS é paciente e amoroso conosco, por isso Ele vai-nos mostrando, aos poucos, as áreas de nossa vida que necessitam de mudanças e, à medida que nos abrimos para isso, Ele opera sua restauração em nós. A forma mais adequada de sabermos se estamos nos relacionando corretamente com JESUS e andando no caminho da santidade é verificarmos se guardamos Seus ensinamentos. "E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos." (1 João 2:3)

As nossas atitudes com relação aos ensinamentos de JESUS refletirão o quanto O conhecemos e o quanto somos santificados por Ele. A primeira coisa a ser feita no caminho da santificação é aprender a andar com DEUS, por meio do desenvolvimento de uma amizade profunda e de confiança mútua, que só podem ser alcançadas através de investimento de tempo com DEUS: estudando a Sua palavra, lendo a bíblia e orando/conversando com DEUS.

O caminho perfeito de DEUS é aquele que nos conduz em direção a Sua santidade. Para andarmos por esse caminho, precisamos observar algumas características que nos levarão até Ele, como por exemplo:

1 - A fé em CRISTO: a fé cristã leva-nos a navegarmos contra o sentido do mundo; a uma oposição aos conceitos mundanos. Toda vez que somos incrédulos, saímos do caminho que nos conduz à santidade e entramos no caminho do mundanismo e da carnalidade. "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de DEUS? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de DEUS." (Tiago 4:4)

Ou somos amigos de DEUS e inimigos do mundo, ou o contrário: amigos do mundo e inimigos de DEUS. Inimigo é aquele que promove guerra e bem sabemos que guerrear contra DEUS significa ser derrotado e humilhado.

2 – O amor a DEUS: quem ama, respeita, coopera, crê independente da situação e, finalmente, quem ama sente prazer em estar junto. "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele." (1 João 2:15) Se dissermos que amamos a DEUS, todas essas condições devem fazer parte de nossa vida. É impossível alguém amar o mundo e amar a DEUS ao mesmo tempo: é como tentar misturar água e óleo; é impossível! Aliando a fé com o amor, temos a obediência: grande característica de um homem e de uma mulher de DEUS.

Obediência gera santidade.

A Obediência é um segredo espiritual para que alguém seja santificado; recurso mais importante para que se receba a santificação de DEUS; algo tão valioso aos olhos do SENHOR, que deve preceder todas as demais coisas. "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar." (1 Samuel 15:22)

Todo tipo de pecado afasta-nos de DEUS e é abominável, mas é importante reforçarmos a condenação de DEUS ao pecado da rebeldia e da desobediência: o rebelde é comparado a um feiticeiro. Há de se considerar que satanás caiu no pecado de rebeldia e, por isso, fará de tudo para derrubar-nos também, porém a nossa postura de santidade diante do SENHOR nos manterá firmes; de pé!

"Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria." (1 Samuel 15:23)

Nesse texto bíblico, o profeta Samuel disse ao rei Saul que exterminasse absolutamente tudo aquilo que fosse do povo inimigo: não poderia recolher despojos, riquezas, ouro, animais, e nem qualquer outro objeto. Saul, porém, foi rebelde e desobediente às ordens dadas por DEUS, por intermédio de Samuel; ele colocou seus interesses acima dos de DEUS, preferindo exaltar a si próprio, ao invés de exaltar a DEUS; retendo a glória para ele, ao invés de glorificar a DEUS. Por meio de atitudes como essas, reconhecemos uma pessoa rebelde.

 A desobediência causa um duplo pecado: a própria desobediência e mais a rebeldia. Desobedecer sempre conduzirá a alguma outra forma de pecado. Se DEUS diz para não praticar sexo fora do casamento, por exemplo, e a pessoa cai nesse pecado, o primeiro erro dela foi a desobediência e o segundo, o pecado sexual. Qualquer pecado é resultado de rebeldia. Tudo no mundo espiritual origina-se a partir de uma escolha nossa: obedecer ou rebelar-se. A obediência inicia a benção na nossa vida, enquanto a desobediência, a maldição.

 

 

 

Perdão

E dizia Jesus: "Pai, perdoa-lhes..." Lucas 23:34a

 Queridos irmãos quero falar essa a noite ao seu coração. O assunto que vou falar essa noite é extremamente doloroso, pois muitas vezes a falta dele se encontra enraizado no mais profundo de nossa alma, na escuridão de nossos corações. Quero falar sobre Perdão.

Falar sobre perdão é algo de extrema dor para alguns mas necessário pois, os relacionamentos mais íntimos podem adoecer. As amizades mais próximas podem se acidentar nos rochedos das decepções e das mágoas. As palavras de amor podem ser substituídas pelas acusações ferinas; os abraços fraternos podem ser trocados pelo afastamento gelado; a alegria da comunhão pode ser perturbada pela tristeza da mágoa.

Os relacionamentos adoecem na família, na igreja e no trabalho. Pessoas que andaram juntas e comungaram dos mesmos sentimentos e ideais, afastam-se. Cônjuges que fizeram votos de amor no altar ferem um ao outro com palavras duras. Amigos que celebravam juntos as venturas da vida distanciam-se. Parentes que degustavam as finas iguarias no banquete da fraternidade recuam amargurados. Irmãos que celebravam festa ao Senhor no mesmo altar, apartam-se tomados por gélida indiferença.Em tudo isso somos feridos, machucados, nos relacionamentos.

O perdão é o melhor remédio para a saúde emocional. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente, a alforria do coração, a cura das emoções. Perdoar é lembrar sem sentir dor. Perdoar é zerar a conta e não cobrar mais a dívida. O perdão é ato de misericórdia e manifestação da graça.

O perdão é a cura das memórias, a assepsia do coração, a faxina da alma. O perdão é uma necessidade vital e uma condição indispensável para termos uma vida em paz com Deus, com nós mesmos e com o próximo. Uma vez que somos falhos e pecadores, estamos sujeitos a erros. Por essa razão, temos motivos de queixas uns contra os outros. As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as pessoas.

É impossível termos uma vida cristã saudável sem o exercício do perdão. Quem não perdoa não pode adorar a Deus nem mesmo trazer sua oferta ao altar. Quem não perdoa tem suas orações interrompidas e nem mesmo pode receber o perdão de Deus. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. Quem não perdoa é entregue aos verdugos da consciência. O perdão, portanto, não é uma opção para o crente, mas uma necessidade imperativa.

O perdão é uma questão de bom senso. Quando nutrimos mágoa no coração, tornamo-nos escravos do ressentimento. A amargura alastra em nós suas raízes e produz dois frutos malditos: a perturbação e a contaminação. Uma pessoa magoada vive perturbada e ainda contamina as pessoas à sua volta. Quando guardamos algum ranço no coração e nutrimos mágoa por alguém, acabamos convivendo com essa pessoa de forma ininterrupta. Se vamos descansar, essa pessoa torna-se o nosso pesadelo. Se vamos nos assentar para tomar uma refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se nosso propósito é sair de férias com a família, essa pessoa pega carona conosco e estraga as nossas férias. Por essa razão, perdoar não é apenas uma questão imperativa, mas, também, uma atitude de bom senso. O perdão alivia a bagagem, tira o fardo das costas e terapeutiza a alma.

Philip Yancey escreveu, com razão (em Maravilhosa graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2000, p. 109), que o que nos torna diferentes dos animais "não é a nossa capacidade de pensar, mas a nossa capacidade de nos arrependermos e perdoar".

Mas, o que é perdão? Perdão é alforriar o ofensor. Perdoar é não cobrar nem revidar a ofensa recebida. O perdão não exige justiça; exerce misericórdia. O perdão não faz registro das mágoas. Perdoar é lembrar sem sentir dor.

Até quando devemos perdoar? A Bíblia nos diz que devemos perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. Devemos perdoar de forma ilimitada e incondicional. Devemos perdoar não apenas até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

Por que devemos perdoar? Porque fomos perdoados por Deus. Os perdoados precisam ser perdoadores. No céu só entra aqueles que foram perdoados; e se não perdoarmos, não poderemos ser perdoados. Logo, todo crente em Cristo precisa praticar o perdão.

Quem deve tomar iniciativa no ato do perdão? Jesus disse que se nos lembrarmos que nosso irmão tem alguma coisa contra nós, devemos ir a ele. Não importa se somos o ofensor ou o ofendido. Sempre devemos tomar a iniciativa, e isso com humildade e espírito de mansidão. Precisamos entender que o tempo nem o silêncio são evidências de perdão. É preciso o confronto em amor.

Há muitas pessoas doentes emocionalmente porque não liberam perdão. Há muitas pessoas fracas espiritualmente porque não têm a humildade de pedir e conceder perdão. Precisamos quebrar esses grilhões, a fim de vivermos a plenitude da liberdade cristã.

O perdão é a manifestação da graça de Deus em nós. Se nos afastarmos de Deus, nosso coração torna-se insensível. Porém, se nos aproximarmos de Deus, ele mesmo nos move e nos capacita a perdoar assim como ele em Cristo nos perdoou. O perdão é absolutamente necessário. E isso, por várias razões:

 1. O perdão é necessário porque temos queixa uns dos outros. Nós não somos perfeitos, não viemos de uma família perfeita, não temos um casamento perfeito, não temos filhos perfeitos nem freqüentamos uma igreja perfeita. Conseqüentemente, nós temos queixas uns dos outros. Na verdade, nós decepcionamos as pessoas e as pessoas nos decepcionam. Nossas fraquezas transpiram em nossas palavras e atitudes. Sem o exercício do perdão ficamos entupidos de mágoas e a mágoa gera raiz de amargura no coração. Não somente isso, a amargura perturba a pessoa que a alimenta e contamina as pessoas ao redor.

 2. O perdão é necessário porque fomos perdoados por Deus. Quem é receptáculo do perdão precisa transformar-se em canal do perdão. Aqueles que retêm o perdão ao próximo  fecham-se para receber o perdão de Deus. Não existe uma pessoa salva que não tenha sido perdoada. Na verdade, no céu só entrarão os perdoados. Logo, é impossível ser um cristão sem exercitar o perdão. Devemos perdoar assim como fomos perdoados. Como Deus nos perdoou devemos nós também perdoar uns aos outros.

Quando compreendemos a enormidade do perdão recebido por Deus, não temos mais motivos para sonegar perdão ao próximo. Nossa dívida com Deus era impagável e Deus no-la perdoou completamente. Não fomos perdoados por mérito, mas por graça. Perdão não é reinvindicação de direito, mas o clamor solícito da misericórdia.

Por Isso precisamos tomar a atitude de perdoar a pessoa assim como Deus em Cristo nos perdoou. É mais fácil falar de perdão do que perdoar. O perdão não é coisa fácil, mas ele é necessário. Não podemos ser verdadeiros cristãos sem o exercício do perdão. O perdão também não é coisa rasa. Não podemos nos contentar com uma cura superficial dos relacionamentos feridos. Não podemos ignorar o poder da mágoa nem achar que o silêncio ou o tempo, por si mesmos, possam trazer cura para esses relacionamentos quebrados.

O perdão é mais do que sentimento, é uma atitude. Devemos perdoar porque fomos perdoados e devemos perdoar como fomos perdoados. Devemos apagar os registros que temos guardado nos arquivos da nossa memória. Não devemos cobrar mais aquilo que já perdoamos nem lançar mais no rosto da pessoa aquilo que já resolvemos aos pés do Salvador.

O perdão é um milagre. Ele é obra da graça de Deus em nós e através de nós. É dessa fonte da graça que emana a cura para os relacionamentos quebrados. Que Deus nos dê a alegria da cura dos relacionamentos no banquete da reconciliação!

 3. O perdão é necessário porque por meio dele restauramos relacionamentos feridos.

 Bíblia não oculta o perigo devastador da mágoa dentro da família e da igreja. Exemplos como Caim e Abel, José e seus irmãos, Absalão e Amnon retratam essa amarga realidade. Há pessoas feridas dentro do lar e também na assembléia dos santos.

Há pessoas doentes e perturbadas emocionalmente porque um dia foram injustiçadas por palavras impiedosas e atitudes truculentas. Há pessoas prisioneiras de traumas e abusos sofridos na infância. Há indivíduos que não conseguem avançar vitoriosamente rumo ao futuro porque nunca se desvencilharam das amarras do passado.

O perdão destampa esse poço infecto. Espreme o pus da ferida. Cirurgia os abcessos da alma. Promove uma assepsia da mente e proclama a libertação das grossas correntes do ressentimento. O perdão constrói pontes no lugar que a mágoa cavou abismos. O perdão passa o óleo terapêutico da cura, onde o ódio abriu feridas. O perdão promove reconciliação onde a indiferença quebrou relacionamentos. O perdão expressa o triunfo da graça, onde o ódio mostrou a carranca do desprezo.

Por isso é necessário tomando atitudes práticas de construir pontes de aproximação em vez de cavar abismos de separação. A honestidade de reconhecer nossa culpa e a humildade de dizer isso para a pessoa que está magoada conosco é o caminho mais curto e mais seguro para termos vitória na restauração dos relacionamentos quebrados.

Jesus Cristo nos ensinou a tomar a iniciativa de buscar o perdão e a reconciliação. Não podemos ficar na retaguarda, nos enchendo de supostas razões, esperando que os outros tomem a iniciativa. Devemos nós mesmos dar o primeiro passo. Deus honrará essa atitude.

 4. O perdão é necessário para experimentarmos plena felicidade. Uma pessoa que nutre mágoa no coração não é feliz. O ressentimento é autofagia, é autodestruição. Guardar mágoa é a mesma coisa que o indivíduo beber um copo de veneno pensando que o outro é quem vai morrer. Nenhum calmante químico pode aquietar uma alma desassossegada pela mágoa. Nenhum prazer deste mundo pode aliviar a dor de um coração ferido pelo ódio. A mágoa produz muitas doenças. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente. Mas, o perdão traz cura completa para o corpo e felicidade plena para a alma.

Para experimentarmos a plena felicidade não basta perdoarmos apenas os outros, mas é necessário também me muitos casos nos auto perdoarmos sobre isso quero contar uma ilustração:

Havia um pequeno menino que visitava seus avós em sua fazenda. Foi lhe dado um estilingue para brincar no mato. Ele praticou na floresta, mas nunca conseguiu acertar o alvo. Ficando um pouco desanimado, ele voltou para o jantar. Como ele estava andando para trás, viu o pato de estimação da vovó…

Em um impulso, ele acertou o pato na cabeça e matou-o. Ele ficou chocado e triste! Em pânico, ele escondeu o pato morto na pilha de madeira!

Sally (sua irmã) tinha visto tudo, mas ela não disse nada. Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Sally, vamos lavar a louça" . Mas Sally disse: " Vovó, Johnny me disse que queria ajudar na cozinha ". Em seguida, ela sussurrou-lhe: "Lembra-te do pato? ' . Assim, Johnny lavou os pratos.

Mais tarde naquele dia, vovô perguntou se as crianças queriam ir pescar e vovó disse: "Me desculpe, mas eu preciso de Sally para ajudar a fazer o jantar." Sally apenas sorriu e disse, "está tudo certo, porque Johnny me disse que queria ajudar" Ela sussurrou novamente, "Lembra-te do pato?" Então Sally foi pescar e Johnny ficou para ajudar.

Após vários dias de Johnny fazendo o trabalho de Sally, ele finalmente não agüentava mais. Ele veio com a avó e confessou que tinha matado o pato. A avó ajoelhou, deu-lhe um abraço e disse: "Querido, eu sei… eu estava na janela e vi a coisa toda, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar Sally fazer de você um escravo."

Moral da história: Qualquer que seja o seu passado, o que você tem feito… O diabo fica jogando-o no seu rosto (mentir, enganar, a dívida, medo, maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc ) seja o que for… Você precisa saber que: Deus estava de pé na janela e viu a coisa toda. Ele viu toda a sua vida …Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer um escravo de você.

A grande verdade acerca de Deus é que quando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.Isaías 43:25. É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos. Deus está à janela!

  Conclusão

Não nos esqueçamos que a iniciativa de Deus, em nos perdoar, foi unilateral porque não tínhamos condições sequer de tomar a iniciativa de Lhe pedir perdão. O Senhor é longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão (Números 14.18).

Tenhamos a coragem de pedir perdão a Deus e começar ou recomeçar com Ele uma nova caminhada. Nós podemos recuperar a alegria da salvação. Tenhamos a coragem de pedir perdão àquele a quem ofendemos. Nós podemos recuperar a alegria da comunhão. Tenhamos a coragem de perdoar àqueles que nos ofenderam. Nós podemos retomar o prazer de viver em comunidade, na família e na igreja.

 

 

Um por todos e todos por um

 

Essa semana fiquei pensando sobre essa frase, para os mais jovens ela não diz muita coisa, mas para os mais antigos ela lembra um grito de guerra que os Três Mosqueteiros sempre bradavam quando saiam para lutar contra os seus inimigos, era o lema deles. Os Três Mosqueteiros  é um romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas em Março de 1844. Este livro conta a história de um jovem abandonado de 18 anos, proveniente da Gasconha, D'Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana d'Áustria.

Mas voltando ao lema dos Mosqueteiros "Um por todos e todos por um" creio que não tem frase melhor para expressar o sentimento de unidade e responsabilidade que deve permear a vida cristã. Com toda certeza posso afirmar que essa frase é uma frase teológica e Cristocêntrica em todos os sentidos.  A bíblia nos diz a mesma coisa diversas vezes: "Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também." 1 Coríntios 12:12; "Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus." Romanos 15:5; "Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim." João 17:23; "Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo," Efésios 4:13

Assim como Três Mosqueteiros e o Dartanhan, cada um tinha uma personalidade, suas virtudes e defeitos, mas se completavam em um quarteto invencível, assim somos todos nós. Como igreja precisamos um do outro e a falta de um só que seja no corpo de Cristo, na Igreja ou a falta de engajamento e comprometimento de um só que seja, vai fazer falta ao grupo tornando-os vulneráveis.

Cabe a cada um de nós a descobrir o seu papel nesse grupo (igreja) e fazer a sua parte, só assim poderemos bradar "Um por todos e todos por um". Lembre-se de que estamos todos ligados, portanto precisamos e dependemos de você! Ninguém poderá fazer o que cabe a VOCÊ fazer. Quanto mais pessoas despertarem para o seu chamado ministerial, mais leve ficará a vida para todos. Cada um exercerá a sua missão, isso é intransferível, contudo saber que há outros na mesma jornada é muito reconfortante! Junte-se a nós. "UM POR TODOS E TODOS POR UM".

Rev. Marcelo Navarro