2020/08/21

Igreja Viva.

Vìdeo: https://youtu.be/SmfrejRJIzQ

Texto: At 2.42-47

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.

E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo.

E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." (Atos 2:42-47)

Fiquei orando a Deus e pedindo uma Palavra da parte dEle para nossa igreja neste tempo onde estamos comemorando os 37 anos de existência.

Quantos desafios enfrentamos juntos como igreja, situações potencialmente perigosas que poderiam ter prejudicado muito a igreja, mas com ajuda do Senhor juntos vencemos, e com certeza juntos venceremos está pandemia esse isolamento porque o mesmo Deus de ontem continua sendo Deus hoje.

O quanto crescemos juntos, o crescimento foi em todos os aspectos. Você consegue perceber o quanto mudamos? Quantas coisas fizemos juntos como igreja? Quantas famílias tocamos através de nossos cultos, eventos, relacionamentos?

Mas Podemos afirmar com certeza que somos uma igreja viva.?

É natural que para responder esta pergunta voltemos ao relato de Pentecostes no livro de Atos. É bom que sejamos realistas na leitura. Costumamos ver a igreja primitiva com uma atitude idealista, romântica.

Maravilhamo-nos com seu ímpeto evangelístico, seu impacto transformador no mundo. Falamos dela com admiração, como se não tivesse defeito; esquecemo-nos das heresias, das hipocrisias, das rivalidades e imoralidades que perturbavam a igreja primitiva tanto quanto a perturba hoje.

Digo isso para que quando nos compararmos com a igreja primitiva venhamos lembrar que essa igreja era uma igreja normal como nós somos, com nossos acertos e erros.

Contudo, existe algo evidente nessa igreja que a tornava diferenciada: a igreja primitiva em Jerusalém foi profundamente renovada pelo Espírito Santo.

O Espírito Santo era o agente propulsor daquela igreja, era o Dynamos, o poder, Ele foi explosão causadora de tantas conversões. A igreja primitiva cresceu e se desenvolveu sob sua influência a tornando uma igreja viva.

Pastor Como podemos enxergar a evidência da presença e do poder do Espírito Santo nessa igreja? Se pudermos responder esta pergunta, poderemos também responder outra: Qual é a evidência da presença do Espírito Santo na igreja de hoje?

Será que a IPI Cidade Jardim ao longo dos seus 37 anos pode ser considerada uma igreja viva?

Lucas descreve quatro marcas de uma igreja viva cheia do Espírito. Esses são traços que deveriam caracterizar toda igreja aberta para a presença e o poder do Espírito Santo.

  1. Marca: Igreja Fundamentada na Bíblia.

" os cristãos que viraram o mundo de cabeça para baixo foram homens e mulheres que tinham uma visão em seu corações e a Bíblia em suas mãos" T.B Maston

A igreja viva é uma igreja que está aprendendo, é uma comunidade que estuda a Bíblia. A primeira coisa que Lucas disse sobre esta igreja renovada pelo Espírito é que ela perseverava na doutrina dos apóstolos: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos" (Atos 2:42).

Poderíamos dizer que, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo abriu uma escola para a igreja. Os mestres da escola eram os apóstolos, a quem Jesus tinha escolhido e treinado: e haviam três mil estudantes… na realidade, meninos do jardim de infância.

Estes recém-nascidos para a fé, convertidos e cheios do Espírito Santo, não estavam dedicados a desfrutar de uma experiência mística que os fizera se esquecer ou de arrazoar sobre o que criam. Pelo comentário, perseveravam na doutrina dos apóstolos e queriam aprender tudo o que fosse possível.

Tinham fome da verdade e queriam sentar-se aos pés dos apóstolos e absorver seus ensinamentos. Os novos crentes sabiam que Jesus havia nomeado os apóstolos para que fossem mestres da igreja, e procuravam aprender todo o possível e perseveravam na sua doutrina.

Como se aplica isto à igreja de hoje? O que significa para nós perseverar na doutrina dos apóstolos, ser fiel em conservar seus ensinamentos?

Entendemos que já não há apóstolos na igreja. Pode haver ministérios apostólicos, como os que realizam missões, os plantadores de igreja, os líderes. Estas pessoas exercem ministério apostólico, mas não podemos chamá-las de apóstolos.

Ninguém na igreja atual tem uma autoridade comparada a de Paulo, Pedro ou qualquer dos apóstolos de Jesus Cristo. Eles tinham uma autoridade única para ensinar em nome de Jesus e ninguém tem essa autoridade hoje.

Então, se não há apóstolos na igreja contemporânea, como podemos nos submeter aos ensinamentos dos apóstolos?

Seus ensinamentos chegaram até nós pela Bíblia. O Novo Testamento é precisamente isso: os ensinamentos dos apóstolos. Esta é a única classe de sucessão apostólica em que cremos, a continuidade da doutrina apostólica por meio do Novo Testamento.

Uma igreja cheia do Espírito, uma igreja viva é uma igreja bíblica, uma igreja neotestamentária, uma igreja apostólica. Nela se ensina as Escrituras. Os pais ensinam a Bíblia aos filhos. Os membros da igreja lêem e refletem sobre as Escrituras todos os dias.

O Espírito de Deus dirige o seu povo a submeter-se à Palavra de Deus, e quando o faz, essa igreja se renova com a presença do Espírito Santo.

Mas uma observação importante que faço aqui irmãos é que ter a bíblia como fundamento de nossa vida e ações não é apenas crer passivamente. É praticar, é viver, é deixar-se se guiar e dirigir pelos propósitos de Deus. Precisamos tê-los como nossa bússola.

Thiago nos orienta sobre essa verdade

"Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando vocês mesmos. Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência." Tiago‬ ‭1:22-24‬ ‭NVI

Porque informação bíblica sem aplicação pratica gera vidas informadas e não transformadas. "Não são as partes da Bíblia que não compreendo que me preocupam, mas sim, as que entendo e não pratico." Mark Twain

O fato é meu queridos irmãos é que só acreditamos na Palavra de Deus quando a praticamos. A igreja primitiva estava fundamentada na Palavra e agia conforme aprendia. Era uma igreja viva.

  1. Marca: Comunhão e ajuda mútua

A segunda marca de uma igreja viva que descobrimos na leitura de Atos é o amor e o cuidado mútuo entre os crentes. Se a primeira marca é o estudo, a segunda é a comunhão.

A palavra comunhão que utilizam algumas versões é a tradução de koinonia. Este termo descreve aquilo que temos em comum, o que compartilhamos como crentes em Cristo. Isto se refere a duas verdades complementares.

Em primeiro lugar, compartilhamos a graça de Deus. O apóstolo João começa sua primeira carta com estas palavras: "Nossa comunhão é com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo..." 1Jo1.3

Paulo fala da comunhão que temos com o Espírito Santo. A comunhão autêntica é uma comunidade trinitária. Nós os crentes participamos em comum no Pai, no Filho e no Espírito Santo.

Há um segundo aspecto da koinonia. Também temos em comum o que damos. Este é o aspecto a que Lucas dá ênfase.

Em suas cartas, Paulo usa esta mesma palavra, koinonia, para referir-se a uma oferta que estavam dando às igrejas. O adjetivo koinônico significa "generoso" e, nesta passagem, Lucas descreve a generosidade dos cristãos primitivos:

"E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister." (Atos 2:44-45)

Esta passagem nos perturba. Preferimos saltá-la para evitar o desafio que ela encerra. Devemos imitar literalmente estes crentes? Quis Jesus que todos seus seguidores vendessem suas possessões e repartissem o que obtivessem delas?

Sem dúvida, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Esse é o chamamento que fez ao jovem rico, por exemplo. A ele, Jesus disse expressamente que vendesse tudo e o desse aos pobres.

Este foi também o chamado de Francisco de Assis, na idade média, e provavelmente foi o chamado de Madre Tereza, em Calcutá. Eles nos recordam que a vida não consiste na abundância dos bens que possuímos.

Mas não todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina marxista, não cristã. Mesmo na igreja em Jerusalém, a decisão de vender as propriedades e dar tudo foi uma questão voluntária.

Quando passamos para o versículo 46, lemos que os crentes se reuniam "em suas casas". Quer dizer, continuavam tendo casa e propriedades pessoais. Pelo visto, não haviam vendido todas as casas, seus móveis e suas propriedades! Contudo alguns tinham casas, e os crentes se reuniam nelas.

Não obstante, não devemos evadir do desafio destes versículos. Alguns suspiram com alívio porque não sugerí que devemos vender tudo e repartir. Mas, mesmo que não seja o nosso chamado particular, todos fomos chamados a nos amarmos mutuamente como faziam aqueles cristãos.

O primeiro fruto do Espírito Santo é o amor. Em particular, a igreja primitiva cuidava dos pobres, e compartilhava com eles parte de suas possessões. Esta atitude deve caracterizar a igreja em todos os tempos. ela compartilhava a própria vida... Roma pandemia...

A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A generosidade tem sido sempre uma característica do povo cristão porque nosso Deus é um Deus generoso.

Por isso, outra palavra que expressa a atitude de generosidade é a palavra "graça". Se Ele dá tudo de graça, se nosso Pai é generoso, Seus filhos também devem ser generosos.

Já escutei pessoas falarem dizendo que não conseguem ser generosas pq não tem muito o que dar, isso é um erro irmãos, porque a generosidade é uma atitude que nasce em um coração grato. Todos temos algo para compartilhar.

"Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos." ‭‭2 Coríntios‬ ‭8:1-4‬ ‭NVI‬‬

A igreja primitiva cheia do Espírito Santo se movia através da generosidade. Era uma igreja viva.

3) Marca: Alegria e reverência

Os primeiros cristãos não eram só fiéis em conservar os ensinamentos dos apóstolos na comunhão uns com os outros. Também se reuniam uns com os outros para adorar a Deus e faziam com muita alegria e reverência.

Também se reuniam e participavam juntos "no partir do pão, e nas orações" (Atos 2:42).

"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração" (Atos 2:46)

O partir o pão se refere, sem dúvida, a Ceia do Senhor. As orações que se mencionam aqui não são as orações privadas, mas sim as reuniões de oração.

Participar da Ceia era um momento de reverência, pois estavam lembrando-se todo o sacrifício que o nosso Senhor fez por nós, entretanto era celebrado com alegria.

Uma igreja viva é uma igreja alegre. A palavra que traduz "alegria" no versículo 46 descreve gozo exuberante.

Deus havia enviado seu Filho ao mundo, agora havia derramado Seu Espírito em seus corações... Como não iram estar alegres! O fruto do Espírito Santo é amor, e também é alegria.

Cada reunião deve ser uma celebração alegria. Quando o Espírito Santo renova a igreja, a enche de alegria e também de reverência ante Deus.

E em toda a alma havia temor...a realidade da presença de Deus entre eles sinalizava a cada um que tivesse cuidado e se portasse com honra e respeito, pois Deus é zeloso, santo e não tolera o pecado.

A igreja primitiva cheia do Espírito Santo se movia através da alegria, do temor do Senhor. Era uma igreja viva.

4) Marca: Evangelização.

Uma igreja viva é uma igreja evangelizadora. Até aqui Lucas nos diz que a igreja era fiel e perseverava nas coisas.

Esses eram os feitos característicos da igreja, cheia do Espírito Santo desde o dia de Pentecostes: aprendiam dos apóstolos, ajudavam uns aos outros, adoravam a Deus. Mas se terminasse aqui esse relato, esta seria uma igreja incompleta.

Não poderíamos pensar em uma igreja como uma comunidade ocupada unicamente de si mesma, como se tivesse abandonado o mundo necessitado que está do lado de fora clamando por alguém que fale de Jesus e apresente a eles a salvação.

Somente quando chegamos ao final da passagem, se completa a perspectiva: "E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar". (Atos 2:47)

Nesta breve referência podemos aprender alguns pontos sobre a evangelização.

O primeiro é que o Senhor mesmo acrescentava os que haviam de ser salvos. O Senhor Jesus inclui cada dia novos crentes à igreja.

Certamente, Jesus Cristo delega aos ministros e líderes da igreja a tarefa de admitir os novos membros da igreja mediante o batismo.

Porém somente Ele pode admiti-los na igreja invisível, quando se arrependem e confiam em Jesus como Salvador e Senhor.

O ensinamento, o testemunho diário dos membros da igreja e sua vida de amor aos demais, são os meios que Deus usa para fazer chegar Sua mensagem ao mundo. Porém quem salva e incorpora novos membros a Sua igreja é Jesus Cristo.

Vivemos em uma época que se confia muito no ativismo e na tecnologia. Sem dúvida, há de se fazer uso de toda tecnologia que o Senhor tem nos dado. A cultura pode e deve ser usada com ponte para aproximar-se do coração das pessoas, sem ferir nosso princípios cristãos. Os princípios devem ser contextualizados.

Se uma igreja não focar nos não cristãos ela não crescerá. Trazer pessoas para Jesus envolvendo-as gradativamente é um processo inegociável. A igreja viva foge da tentação da comodidade.

Se a igreja estiver centrada em pessoas inativas, em cristãos antigos, seguros de sua salvação, seu ministério ficará estacionado e ela nunca será uma igreja viva.

Entretanto temos que nos humilhar diante de Deus e reconhecer que somente Cristo pode abrir os olhos dos cegos, destapar os ouvidos dos surdos e dar vida às almas mortas. A igreja hoje necessita ser mais humilde.

Um segundo lugar, Jesus fazia isto cada dia. O Senhor fazia crescer dia a dia a comunidade. A evangelização não é um assunto ocasional, deve ser algo contínuo.

Quando a igreja está cheia do Espírito Santo, se abre ao mundo necessitado de Deus e então as pessoas podem ser acrescentadas cada dia à igreja.

Uma Igreja viva cultiva a expectativa de que o Senhor acrescente diariamente novos membros à igreja.

Queridos diante disso volta a pergunta inicial. Podemos afirmar com certeza que somos uma igreja viva.?

Responderia que sim somos uma igreja viva. Isso não quer dizer que somos perfeitos ou alcancemos o ideal, muito pelo contrário estamos muito aquém de nossos irmãos da igreja primitiva, mas estamos no processo, estamos caminhando em passos firmes em busca de cumprir a vontade de Deus.

E cada um de nós que fazemos parte dessa Igreja temos nossa parte neste processo de vivificação.

Lembrando que a igreja IPI Cidade Jardim é Você , então a pergunta se torna mais pessoal. Você pode dizer de  Você   mesmo que  Você   é um crente vivo, cheio do Espírito Santo?

Você está fundamentado na Palavra? Você é uma pessoa generosa? Neste momento de culto você participa com alegria e temor? Você evangeliza e proclama a salvação aos perdidos que estão a sua volta?

A sua resposta a estas questões dirá que tipo de igreja nos tornamos ao longo destes 37 anos de existência.


Providência de Deus

Vìdeo: https://youtu.be/8o-R6ipaN6k

Texto: Gn 37

Vamos examinar a vida de José, como vem registrada em Gênesis. Se há alguma doutrina bíblica que é iluminada por sua vida, é a doutrina da providência de Deus.

Pela muito sábia providência, segundo a Sua infalível presciência e o livre e imutável conselho de sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória de Sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as criaturas, todas as ações delas e todas as coisas, desde a maior até à menor. (Confissão de Fé de Westminster Cap. 5: Da Providência, Seção 1)

Queridos quero convida-los a juntos examinarmos a vida de José, e não só aprenderemos um pouco mais sobre a doutrina da providência de Deus, mas que além de você ter um melhor entendimento, mas que você adquira também uma profunda e sincera apreciação por essa doutrina, de modo que cada um de nós aprendemos a viver nela dia a dia.

Somos apresentados a José em Gênesis 37:2. Sua história — com alguns interlúdios — vai até o fim de Gênesis (50:26).

Ele nasceu em Canaã, de Raquel, a esposa favorita de Jacó (Gênesis 30:22-24).

Então Deus lembrou-se de Raquel. Deus ouviu o seu clamor e a tornou fértil. Ela engravidou, e deu à luz um filho e disse: "Deus tirou de mim a minha humilhação". Deu-lhe o nome de José e disse: "Que o Senhor me acrescente ainda outro filho". Gênesis 30:22-24

Já foi um milagre seu nascimento...Deus já agindo...

José passou a maior parte da sua vida no Egito, primeiro como escravo, depois como prisioneiro, e finalmente como um oficial da realeza, se tornando o segundo homem mais importante do Egito abaixo apenas do próprio Faraó.

Falando assim parece que foi tudo fácil né? As pessoas às vezes olham pra nosso história e nos julgam pelo momento. Só nós e Deus sabe o que enfrentamos.

Quantas lágrimas derramamos na caminhada, quantos traumas tivemos que enfrentar e encarar de frente...

Como foi que José foi parar no Egito? Bem, uma resposta é que seus irmãos o venderam a mercadores midianitas que o levaram para o Egito e por sua vez o venderam a Potifar, capitão da guarda de Faraó (Gênesis 37:28-36).

Quando os mercadores ismaelitas de Midiã se aproximaram, seus irmãos tiraram José do poço e o venderam por vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito. Quando Rúben voltou ao poço e viu que José não estava lá, rasgou suas vestes e, voltando a seus irmãos, disse: "O jovem não está lá! Para onde irei agora? " Então eles mataram um bode, mergulharam no sangue a túnica de José e a mandaram ao pai com este recado: "Achamos isto. Veja se é a túnica de teu filho". Ele a reconheceu e disse: "É a túnica de meu filho! Um animal selvagem o devorou! José foi despedaçado! " Então Jacó rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco e chorou muitos dias por seu filho. Todos os seus filhos e filhas vieram consolá-lo, mas ele recusou ser consolado, dizendo: "Não! Chorando descerei à sepultura para junto de meu filho". E continuou a chorar por ele. Nesse meio tempo, no Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda. Gênesis 37:28-36

Respondendo essa pergunta novamente sabendo tudo que sabemos dele pela Bíblia "Como foi que José foi parar no Egito?" Eu responderia. Foi parar por causa da providência de divina.

Pela providência de Deus, ele foi traído pelos seus irmãos. Deus, em Sua providência, de tal modo ordenou a vida de José de tal forma para que ele ftosse levado para o Egito a fim de cumprir a promessa de Deus a Abraão, de que faria dos descendentes de Abraão uma grande nação (12:2).

"Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Gênesis 12:2

Queridos irmãos quando olhamos para vida de José vemos a mão da providência de Deus agindo na história da humanidade. Vemos queridos um entrelaçamento de atos pecaminosos dos homens com a soberana vontade de Deus.

Deus usando uma coisa ruim e transformando essa coisa ruim em uma benção não só para ele José, mas para todo um povo...

Mesmo que aqueles homens maus, sem nenhum pensamento em Deus, tendo êxito, levando o seu ódio pelo seu irmão a cabo. Todos eles estavam servindo a providência de Deus.

E o que o próprio José confessa duas vezes essa verdade.

Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento.

"Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito. Gênesis 45:7,8

Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos. Gênesis 50:20

Portanto, devemos começar o nosso estudo examinando a vida de José tendo o pano de fundo do propósito soberano de Deus como expresso em Sua promessa pactual. Pois, se não procedermos assim, perderemos de vista uma dimensão completa da vida de José, e consequentemente deixaremos de apreciar quão maravilhosos são os caminhos do nosso Deus.

1. A PROMESSA QUE DEUS FEZ

Quando Deus chamou o primeiro patriarca, Abrão, que mais tarde recebeu o novo nome Abraão, na terra dos caldeus, na cidade de Ur, prometeu que faria dele uma grande nação. Não só um grande clã, nem apenas uma grande tribo, porém muito mais — uma grande nação.

Todavia, sua esposa, Sarai, era estéril (Gênesis 11:30). Então, depois de muitos anos de espera, nos quais a fé foi provada dolorosamente, nasceu Isaque.

Ambos os pais tinham passado da idade a qual poderiam esperar que lhes nascesse um filho.

Contudo, mesmo antes de Isaque nascer, e foram, por assim dizer, postas em movimento as rodas pelas quais uma grande nação sairia de Abraão, Deus fez ao patriarca Abraão uma notabilíssima revelação do futuro.

Seus descendentes seriam estrangeiros numa terra que não era deles. Seriam oprimidos e obrigados a servir como escravos durante quatrocentos anos.

Então o Senhor lhe disse: "Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos. Gênesis 15:13

Mas na quarta geração (ao que parece, uma geração patriarcal era de cem anos) voltariam para a terra de Canaã.

Durante esses longos e difíceis anos no Egito, o número dos israelitas se multiplicaria muito. Setenta pessoas entrariam no Egito (Gênesis 46:27) — um mero clã.

Com mais os dois filhos que nasceram a José no Egito, os membros da família de Jacó que foram para o Egito chegaram a setenta. Gênesis 46:27

No entanto, do Egito sairiam como uma grande nação, porque os filhos de Israel se multiplicariam excessivamente.

Bem, como foi que eles foram parar no Egito? Por que deixaram a terra de Canaã? Foi porque, num período de fome em Canaã, José, o irmão que tinha sido vendido no Egito, ocupou uma posição que ele usaria para sustentar sua família.

Naturalmente, quando José foi vendido no Egito — quando era um escravo na casa de Potifar — não tinha nenhuma ideia de que estava sendo usado para cumprir o propósito de longo prazo que Deus tinha de fazer de Israel uma grande nação.

Você entende bem o que eu quero dizer, é que quando estamos passando pelo fogo, pelo sofrimento a gente não entende o por que das coisas não é verdade?

Se José tivesse julgado o Senhor simplesmente pelo que Ele permitira que lhe acontecesse, teria julgado lamentavelmente mal seu Deus.

De favorito de seu pai ele se tornou um escravo. Sendo acusado injustamente por uma mulher iníqua, ele fora lançado numa prisão. E lá estava ele, deixado a minguar, mesmo depois de ter ajudado o mordomo (o copeiro-mor de Faraó) escapar dela, interpretando seu sonho.

Facilmente José poderia concluir que Deus não tinha nenhum bom propósito para sua vida. Que Deus não existia, que não estava nem ai para ele. Ele poderia pensar que a mão de Deus estava contra ele! O mal tinha caído sobre ele!

Como lhe seria fácil rebelar-se contra Deus, gritar de raiva contra Ele! E como nos é fácil fazer o mesmo, olhar para os maus e feios eventos das nossas vidas e concluir que Deus está contra nós! Que Deus não nos ama, que ele está alheio as nossas dores.

Mas nunca devemos esquecer que existe um grande quadro que está sendo bordado a nosso respeito, só estamos enxergando a parte de baixo e vendo um monte de emaranhado de fios apenas. Quando tivermos sentado no colo de nosso pai veremos a linda paisagem que está sendo formado nele.

Por trás de uma providência indiferente Ele esconde um rosto sorridente.— William Cowper

Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro. Jeremias 29.11

Uma lição que podemos aprender queridos irmãos, é não isolar um evento só, nem mesmo uma série de eventos, separando-os do restante das nossas vidas. Devemos procurar ver o propósito global de Deus — fazer um grande quadro.

Foi o que José fez. Ele reconheceu o mal que lhe fora feito, porém não duvidou do imperante e imperativo propósito de Deus. Ele confessou a seus irmãos: "Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande (muitas pessoas)" (Gênesis 50:20).

Deus fez uma promessa, e seu cumprimento dependia de José ser vendido para o Egito como escravo. Para cumprir o seu propósito, Deus usou o ato pecaminoso dos irmãos de José sem de forma alguma concordar a esse ato. Por conseguinte, nunca imaginemos que Ele só permitirá que nos sobrevenha o que é bom e agradável.

2. O DESDOBRAMENTO DA HISTÓRIA (Gênesis 37:1-28)

A história de José é muito humana. Ressoa verdade porque é muito ligada à vida, com seus temas de favoritismo provocando ódio, e o filho paparicado tornando as coisas piores.

A história gira em torno do fato de que José era o favorito de seu pai (Gênesis 37:3).

Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho Gênesis 37:3

Ele era filho de Raquel, esposa favorita de Jacó (Gênesis 30:23,24), como o foi Benjamim (Gênesis 35:16-18), ao passo que os irmãos que passaram a odiar José eram seus meio-irmãos, "filhos de Bilha e... filhos de Zilpa" (Gênesis 37:2), as esposas escravas de Jacó.

O capítulo trinta e quatro já mostrara que havia pouco amor dispensado entre Jacó e os filhos de Léia (Gênesis 34:30,31).

Jacó não fez nenhuma tentativa de ocultar seu amor por José. Esse amor brotara do fato de que ele "era filho da sua velhice" (Gênesis 37:3), e em conseqüência o amou cegamente.

Jacó não foi um Pai prudente neste sentido, se fosse mais prudente, Jacó teria procurado esconder seu profundo amor votado a José, dos seus irmãos e tratá-los tão igualmente quanto possível. Em vez disso, ele quase alardeou seu amor por seu filho favorito, fazendo-lhe "uma túnica de várias cores".

por isso mandou fazer para ele uma túnica longa. Gênesis 37:3

Fazendo isso ele enviou um sinal muito definido aos irmãos de José: "Vendo pois seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no, e não podiam falar com ele pacificamente" (versículo 4).

Assim, outro elemento é acrescentado à história que se desenrola: José era odiado por seus irmãos. Eles o invejavam devido ao lugar que ele tinha nos afetos do pai deles, e a inveja levou ao ódio, e o ódio às palavras duras.

José por sua vez aproveitava do seu posto e não tentou derramar óleo nas águas revoltas, antes fez o inverso, pois por sua insensatez ele piorou a situação (versículos 5-11).

Ele teve um sonho profético que, em vez de guardar para si, "contou a seus irmãos". O resultado foi que "o aborreciam ainda mais", pois no sonho falava acerca da sua importância.

"E disse-lhes: eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho" (versículo 7).

José teve um segundo sonho, um sonho mais extravagante que o primeiro. Nele o Sol e a Lua e onze estrelas se inclinavam a ele.

José não levou em conta a reação dos seus irmãos ao seu primeiro sonho. Se fosse prudente, teria guardado para si o conteúdo do seu segundo sonho, mas não falou-me a coisa piorou.

Podemos aprender algumas lições instrutivas desta história. A primeira é que Jacó estava errado em ter um filho favorito. E mais errado estava por distingui-lo do modo como o fez, demonstrando tão evidentemente que ele era seu favorito pessoal.

Os pais precisam ser prudentes — tratar seus filhos igualmente por amá-los igualmente. E se houver um filho favorito, pois algumas crianças atraem mais simpatia do que outras, os pais não devem demonstrar essa distinção. Para o bem da família e para o bem dos filhos.

Segunda, José estava errado, pois, com sua insensata exibição dos seus sonhos ele simplesmente esfregou sal nas feridas dos seus irmãos.

Vc que é filho e se acha favorito não jogue isso na cara de seus irmãos porque isso gera ressentimento quebra relacionamento.

Por último, os irmãos de José estavam errados em odiá-lo. Ele não podia impedir que fosse o filho favorito de seu pai. Eles não tinham direito de desforrar em José por invejá-lo.

Os filhos que se sentem favoritos não devem abrir caminho para a inveja, porque a inveja leva ao ódio e o ódio ao homicídio, ou ao menos, no caso dos irmãos de José, à determinação de pôr José fora das suas vidas.

A última parte da história — a venda de José à escravidão — é narrada um tanto extensamente (versículos 12-36). Sendo um clã seminômade, com numerosas ovelhas e gado para alimentar, os irmãos de José eram obrigados a procurar pastagens a intervalos um tanto regulares.

Primeiro eles apascentaram os seus animais perto de Siquém, entre o Monte Ebal e o Monte Gerizim (versículo 13). Mas quando José chegou lá por ordem do seu pai, ele soube que eles tinham saído em busca de novos pastos (versículos 15-17).

Finalmente os encontrou em Dotã, um povoado a aproximadamente vinte e cinco milhas ao norte de Siquém.

O narrador salienta o intenso ódio dos irmãos de José. Quando o viram à distância, "conspiraram contra ele, para o matarem" (versículo 18).

O próximo versículo sublinha o absoluto veneno que enchia os seus corações: "Eis lá vem o sonhador-mor!" disseram eles uns aos outros. "Vinde pois agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: uma besta-fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos". Nem todos os irmãos estavam dispostos a ir tão longe, pois Ruben formou um plano para livrá-lo (versículos 21,22).

Judá também quis salvar a vida de José e o fez quando os demais irmãos aceitaram sua sugestão de que ele fosse vendido a uns mercadores midianitas que por ali passavam (versículos 26- 29).

Entretanto, todos os irmãos tiveram a culpa de enganar seu pai durante anos, fingindo que um animal selvagem tinha matado José (versículos 3 1-35).

José tinha saído de casa como homem livre, porém tornou--se escravo no Egito, na casa de Potifar, "eunuco de Faraó, capitão da guarda" (versículo 36). Que radical mudança em suas circunstâncias! De filho favorito paparicado a humilhante escravo!

Todos nós somos cometido por revés em nossas vidas. A vida pode nos pregar algumas peças.

Que podemos aprender desta história sobre a providência de Deus? E como podemos aproveitar o que aprendemos?

Em primeiro lugar, vemos que quando Deus usa homens maus para efetuar os Seus propósitos, Ele não é obrigado a justificar-Se para ninguém.

Os irmãos de José sabiam que queriam livrar-se do irmão que eles odiavam. Só pensavam em termos do seu ódio. O que não sabiam é que estavam servindo a um profundo propósito de Deus — "para conservar em vida a um povo grande" (50:20).

José também não sabia por que Deus tinha permitido que ele fosse vendido para a escravidão no Egito. Deus não lhe dissera. Somente à luz de eventos posteriores José poderia dizer a seus irmãos: "Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem" (Gênesis 50:20).

O Deus da Bíblia não é obrigado a justificar os Seus caminhos para nós. Essa é uma verdade que achamos difícil aceitar. Quando o nosso mundo vira de cabeça para baixo, como aconteceu com José, freqüentemente exigimos que se nos faça saber a razão disso.

Os caminhos de Deus são sempre retos, O caminho de Deus é perfeito Salmos 18.30 mas Ele não tem obrigação de explicá-los para nós.

Esse é o argumento de Paulo, quando considera a liberdade de Deus na escolha do Seu povo. "Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? "Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: 'Por que me fizeste assim? ' " Romanos 9.20

As vezes podemos ficar aturdidos com as torções e voltas da providência de Deus. Quando ficarmos, devemos aprender a "confiar e a adorar a Deus" em vez de bombardeá-lo com perguntas que Ele, por razões que Ele conhece, prefere não responder. Os caminhos de Deus são insondáveis.

O apóstolo nos diz em Romanos 11:33:

Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos,e quão inescrutáveis os seus caminhos!

À luz desse versos, é certamente sábio confiar em Deus e esperar até que nos seja dado a conhecer o Seu propósito.

Em segundo lugar, aprendemos que às vezes há um grande intervalo entre a tragédia que Deus permite e o bem que Ele planeja fazer resultar dela.

Foi anos depois que José fora ao Egito que ele foi exaltado a uma posição de grande poder e influência. E foi ainda anos mais tarde que houve uma fome geral e, por causa da previdência de José, houve alimento no Egito quando sua família, em Canaã, teve necessidade dele.

A providência de Deus queridos irmãos trabalha em nossas vidas por anos até que o propósito de Deus aconteça.

Sabemos que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por Seu decreto" (Romanos 8:28) — mas não tudo imediatamente!

Todavia, nós, em nossa pressa, por querermos sair rapidamente do sofrimento, muitas vezes exigimos que o bem flua imediatamente do mal. Mas Deus não opera atentendo ao nosso horário, às nossas exigências. Compra da casa... Deus tem o melhor é o melhor é no tempo dele e não no nosso.

Quando avisaram a Jesus que seu amigo Lázaro estava à morte, a bíblia diz que Jesus ficou ainda mais um tempo onde estava, pra depois ir ao encontro de seu amigo. E quando chegou seu amigo já estava morto e sepultado a 4 dias. E Marta faz uma cobrança dizendo:

Disse Marta a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. João 11:21

É como se ela disse porque vc demorou tanto, pq não veio antes. O sofrimento querido irmãos nos faz pensar que podemos colocar Deus em nossa agenda.

Um ato de ressurreição é muito maior do que a cura de um doente, se ele tivesse chegado antes os habitantes não poderiam ver o tamanho do poder de nosso mestre, aquele atraso era a providência de Deus atuando na história humana.

Deus não se encaixa em nossa agenda e nem se dobra às nossas exigências. Ele é soberano e é livre para agir como Lhe agrada, para Sua glória.

Se o rei Nabucodonosor pôde aceitar essa verdade, certamente nós podemos aceitá-la também. "Segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e com os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: que fazes?" (Daniel 4:35).

Devemos então aprender a sujeitar-nos à sabedoria de Deus e ao Seu poder. Quando encararmos a inescrutabilidade da Sua providência, não devemos pôr Deus no banco dos réus e sujeitá-lo a um interrogatório.

Devemos aceitar de coração as palavras de William Cowper:

No fundo oculto de insondáveis minas,

Com habilidade nunca falha ou falível,

Seus brilhantes desígnios

Ele entesoura,

E opera Sua vontade soberana.

Aprenda, pois, experimentalmente a descansar em Deus. Duvide da sua própria sabedoria, antes de questionar a dEle.

E, se na terra não nos for dado saber a razão pela qual Deus permitiu que alguma coisa nos sobreviesse, busquemos compreender que Deus tem todos os anos da eternidade para nos contar por quê.

Ilustração

A mãe, assentada em seu confortável sofá bordava calmamente um belo pano de prato enquanto sua filhinha brincava no chão. O bordado ia evoluindo dia a dia e caminhando para seu final, quando a filha diz à mãe:

Mamãe, o que está fazendo nesse pano?

Um belo e colorido bordado, filha!

Mas mamãe, isso não está bonito. Só vejo um emaranhado de linhas feias que não formam nenhum desenho. A mãe, calmamente, convida a filha:

Filha, suba aqui no sofá e veja a parte da frente do pano que a mamãe está bordando.

Que lindo, mamãe! Não imaginei que aquele emaranhado de linhas sem forma que estavam por trás do pano pudessem formar esse lindo desenho em sua frente! A mãe, então, aproveita a oportunidade para ensinar a filha:

Filha, nem sempre a nossa visão dos fatos é a visão plena deles.

Às vezes não estamos vendo as coisas do ângulo correto. Você julgou que meu bordado estava ruim porque olhou de baixo para cima, quando o correto era você olhar de cima para baixo.

Precisamos sempre confiar que Deus está bordando o "pano da nossa vida" e buscarmos um olhar no ângulo que Deus olha e não no nosso próprio ângulo.

A PROVIDÊNCIA DE DEUS É COMPLETA

Ela inclui todas as pequeninas e as grandes coisas. Já foi definida como sendo atenção de Deus concentrada em todo lugar.

O homem é finito e tem limitações tais que só pode concentrar a atenção em uma só coisa, num certo momento e em um único lugar. Deus é infinito em espaço, poder e sabedoria e pode se concentrar em tudo em todo lugar.

Sua providência tanto é microscópica quanto telescópica. Ele tem interesse até nos cabelos de nossa cabeça e na queda de cada pardal.

Deus está no controle das coisas inanimadas. A Escritura está repleta de ilustrações sobre isto. Deus disse: "Haja luz; e houve luz", Gn. 1:3. Ele disse: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi", Gn. 1:9.

À uma ordem de Deus as águas do mar vermelho se dividiram, formando paredes e à Sua palavra voltaram ao lugar outra vez. À uma palavra de Deus a terra abriu a boca e engoliu Coré e seus companheiros, Nm. 16:32. À uma palavra Sua o fogo da fornalha babilônica tornou-se inofensivo para seus servos fiéis. Até mesmo os elementos estão sob seu controle. Ele manda a chuva e também a seca.

Deus controla as criaturas irracionais. À uma ordem sua, enxames de moscas invadiram os lares egípcios, ao passo que nenhuma entrou nos lares israelitas. De acordo com sua vontade o Egito sofreu com as pragas de rãs e gafanhotos.

Daniel foi jogado na cova dos leões, mas Deus fechou-lhes a boca e o profeta não foi devorado. Deus abriu a boca de uma jumenta, a fim de repreender Balaão.

Jonas não queria ser missionário em terra estranha, por isso pegou um navio para Társis. Deus enviou uma tempestade que sacudiu o navio, e quando os marinheiros jogaram Jonas ao mar, Deus tinha um peixe preparado para engolí-lo. Deus fez o peixe vomitar Jonas na praia.

À uma ordem de Deus o galo cantou três vezes, do mesmo modo como Jesus havia dito a Pedro. Com toda certeza: "O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo", Sl. 103:1 9.

O controle de Deus se estende a todos os homens: bons e maus. Não temos problemas em ver que Deus está no controle de homens bons, o problema de muitos é ver que Deus reina em todo lugar; que está no controle dos maus tanto quanto dos bons. Ele permite o pecado porque pode dominá-lo para sua própria glória. Deus não é o Autor do pecado, mas Ele o direciona e o controla. Ele não é a força causadora, mas sim o agente que direciona o pecado dos homens. Os homens são rebeldes, mas não tiraram Deus do seu trono, nem estão fora de seu controle.

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." Romanos 8:28-29.

Nesta passagem da Escritura, lemos que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Este texto mostra a doutrina da Providência Divina e levanta a questão quanto a quem está dirigindo este mundo.

Define-se providência como a direção de Deus sobre a sua criação.

O controle de Deus sobre os acontecimentos do mundo é um assunto de profunda importância para o crente, pois através de uma visão correta em relação à providência, o crente aprenderá a buscar e ver a mão e o coração de Deus em tudo que lhe acontece.

Ele não dirá como os filisteus incircuncisos: "isto nos sucedeu por acaso", I Sam. 6:9. Pelo contrário, o crente falará como Jó: "O Senhor o deu, e o Senhor o tornou; bendito seja o nome do Senhor," Jó 1:21.

Gratidão a Deus.

Vídeo: https://youtu.be/v4yneIBbjPU

Texto: Salmo 116.12

Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo? Salmos 116:12

Queridos irmãos Deus tem um palavra ao seu coração nessa manhã. Abra o seu coração.

Gratidão é o reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou algum benefício. A gratidão envolve um sentimento de dívida para com a outra pessoa que é frequentemente acompanhado por um desejo de agradecê-la.

Quando temos um coração grato não dependemos de circunstâncias para demonstrar nossa gratidão.

A gratidão pode ser dirigida tanto a Deus como às pessoas que nos abençoam, de um modo geral. Mas nessa manhã quero falar sobre gratidão a Deus.

Mesmo em meio a essa pandemia, mesmo em meio a sofrimentos eu acredito que você pode reconhecer o cuidado de Deus para com a sua vida.

Aliás queridos irmãos, não há uma só pessoa nesta terra, que não tenha usufruído de algum benefício, algum favor, por menor que este pareça ter sido.

Maus ou "bons", ricos ou pobres, todos recebemos bênçãos de Deus. "... porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" (Mateus 5.45).

Tudo vem do Deus de toda bondade: "Toda boa dádiva e todo o dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança." (Tiago. 1.17).

Esse texto Salmo 116.12 foi um cântico de ações de graças que o salmista escreveu para expressar tudo o que havia em seu coração. Não sabemos quem escreveu esse salmo, mas era algo comum nos cânticos de muitos salmistas a gratidão a Deus.

Davi por exemplo disse:

Salmo 68.19 – Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos carrega de benefícios; o Deus que é a nossa salvação.

Davi foi um homem segundo o coração de Deus. Ele não era perfeito, mas sempre estava em atitude de agradecimento ao Senhor, independente das circunstâncias, por isso ele alegrava o coração de Deus com essa postura.

Salmo 103.2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.

"Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor" (Salmo. 100.4).

Quantos e quantos benefícios o Senhor tem feito por nós:

Ele te deu a vida. (Jó 33:4).

O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida. Jó 33:4

Ele te fez um ser pensante, consciente, diferente dos insetos e animais. (Jó 38:36).

Quem foi que deu sabedoria ao coração e entendimento à mente? Jó 38:36

Ele te amou primeiro. (1Jo 4:19).

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 1 João 4:19

Ele te salvou da condenação. (Sl 40:2).

Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Salmos 40:2

Ele já reservou para ti um lugar no céu. (Jo 14:1-3).

Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. João 14:2,3

Ele nos garantiu uma vida eterna. (1Ts 4:17).

depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

1 Tessalonicenses 4:17

Ele garantiu a nós a vida pós morte sem nenhum tipo de sofrimento. (Ap 21:4).

E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21:4

Ele nos sara. (Ex 15:26).

pois eu sou o Senhor, que te sara. Êxodo 15:26

Ele nos livra do perigo. (2Sm 22:20)

Eles me atacaram no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo. Deu-me ampla liberdade; livrou-me, pois me quer bem. 2 Samuel 22:19,20

Ele nos protege. (Sl 34:7)

O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra. Salmos 34:7

Ele luta por nós e vence os inimigos. (2Sm 7:9)

Sempre estive com você por onde você andou, e eliminei todos os seus inimigos. 2 Samuel 7:9

O salmo em tela nos faz uma pergunta, Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?

A pergunta do salmista deve ser a nossa também, quando percebemos os benefícios diários que recebemos do Senhor.

Somente um coração agradecido é capaz de nos alertar para tal sentimento de gratidão.

O salmista está preocupado e perguntando a si mesmo, o que daria ao Senhor pelos benefícios recebidos. Enquanto muitos estão querendo ser agradados; é bom preocuparmos em agradar ao Senhor. O sentido real de culto e adoração é entregar, oferecer, doar ao Senhor.

A primeira vez que o verbo adorar aparece na bíblia é em Gênesis 22.5, quando Abraão ia entregar o seu filho Isaque. Ele estava subindo para sacrificá-lo ao Senhor; estava oferecendo a Deus o que tinha de melhor. Isso sim, é adorar; isso sim, é cultuar ao Senhor; e não somente pedir.

Muitos crentes ao sair de casa para irem ao culto dizem: "hoje quero receber algo" e realmente estamos sempre recebendo algo da parte do Senhor. Entretanto, não podemos inverter as prioridades; primeiro "[...] o reino de Deus e sua justiça", depois as nossas necessidades (Mateus 6.33).

Esta pergunta do salmista deve produzir no coração de cada um de nós, alguns sentimentos e posturas.

  1. Perceber/ Reconhecer / Lembrar.

Devemos reconhecer a graça de Deus sobre nossas vidas. No início do salmo, é visto que o seu autor revela o seu amor a Deus, por ter suas orações ouvidas.

"Amo ao Senhor, porque ele ouve..." (v. 1). Percebamos que o "ouve" está no tempo presente, indicando também uma ação constante. Deus sempre nos ouve, devemos reconhecer isto a cada instante. Reconhecer também que lhe devemos gratidão.

Um coração agradecido não sofre de aminésia. Pelo contrário, guarda em seu coração os benefícios do Senhor.

Como podemos ver no Salmo 116, o salmista não tinha se esquecido daquilo que Deus já havia feito pelo seu povo. O salmista tinha em seu coração as marcas dos feitos de Deus. Essa lembrança trazia gratidão ao seu coração.

A Bíblia diz:

"Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre… Ele os salvou por causa do seu nome, para manifestar o seu poder… Ele repreendeu o mar vermelho, e este secou; ele os conduziu pelas profundezas como por um deserto… salvou-os das mãos daqueles que o odiavam; das mãos dos inimigos os resgatou… As águas cobriram os seus adversários; nenhum deles sobreviveu." (Salmo 116.1,8-11)

O Salmista constantemente se lembrava de como o Senhor havia libertado o povo de Israel do Egito; de terem passado em terra seca pelo mar vermelho; de terem visto seus adversários serem derrotados pelas mãos do Senhor e terem suas necessidades supridas no deserto. Um coração agradecido nunca se esquece dos feitos de Deus em sua vida.

Só é grato o coração que reconhece. Eventualmente menosprezamos, minimizamos ou consideramos de pouco valor o que recebemos. Se é que percebemos alguma coisa.

É muito fácil murmurar, lamuriar, maldizer, porque não percebemos a intervenção de Deus na vida.

Quando estamos atentos aos movimentos de Deus, surge uma natural expressão de louvor em nós.

A característica fundamental da gratidão é a capacidade de perceber. A Ingratidão faz movimento contrário – ela ignora

O outro pilar da gratidão é a lembrança. Aliás, os franceses definem gratidão como "a memória do coração". Podemos perceber, mas ainda assim, esquecer. É fácil colocar no arquivo morto da memória eventos de amor e cuidado de Deus por nós.

A gratidão tem este enorme poder de trazer à memória a lembrança abençoadora. Lembre-se das façanhas e intervenções que Deus fez em sua vida Orar...

  1. Retribuição.

Segundo, precisamos assumir uma postura e um sentimento de retribuição. A pergunta do salmista é algo que todo cristão deve responder, de forma individual.

O que temos feito para agradar ao Senhor, para retribuir o seu imenso amor por mim? O que então posso oferecer a Deus?

O sentido de retribuição em nós deve ser legítimo, fugindo do espírito de barganha, quando pensamos em fazer trocas com o Senhor. "Se Deus me conceder tal coisa, vou amá-lo mais e mais; se a bênção vier, servirei a Cristo com mais fervor".

Alguns acham, e assim têm agido, que podem retribuir a Deus através da oferta do nosso dinheiro, que são os dízimos e ofertas alçadas.

Isto seria uma mera devolução de tudo o que pertence a Deus e, por Sua bondade, Ele nos oferece.

Outros acham também que uma maneira de retribuição seria a prática de boas obras e se esmeram em fazê-lo!

Mas a Bíblia nos adverte que andar nelas (Boas Obras) não é nada mais do que nossa obrigação: "porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:10).

Poderíamos também, talvez, pensar que o mergulho numa vida de santidade pudesse ser uma forma de retribuir a Deus. Mas a Palavra de Deus garante que nunca atingiremos, nesta vida, o estado pleno de santificação: "na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque" (Eclesiastes 7:20).

Certamente nós não temos nada em nós mesmos que poderíamos oferecer a Deus, de modo que Ele não aceita nada que procede do homem, Ele também não precisa coisa alguma, não sente falta de nada por que Ele é Deus.

No entanto ainda que, como já disse, nossas atitudes nunca estarão a altura do seu amor, o sentimento de retribuição deve habitar nosso coração. No verso 9, o salmista assume essa postura quando promete: "Andarei na presença do Senhor, na terra dos viventes".

Andar aqui irmãos, não deve nos induzir ao pensamento de que se está abordando unicamente o sentido de caminhar. O sentido é muito mais íntimo e transformador. Significa proceder conforme a direção estabelecida por Deus, adotando um estilo de vida coerente com as Escrituras.

Andar aqui, não implica necessariamente estar diante de um caminho, mas da "presença", ou seja, implica voltar-se para a direção do Senhor, com o firme propósito de seguir Suas soberanas orientações. orar

  1. Comprometimento.

Uma terceira postura sugerida pelo salmo, trata-se do comprometimento. Nos versos que se seguem ele se compromete: "Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo" (vs. 13, 14).

Não há nada mais forte, que exprima um sentimento de gratidão do que o comprometimento. Essa é a maior manifestação de gratidão que podemos dar a Deus como filhos.

O amor incomparável de Deus por nós, deve nos induzir a uma vida de compromisso com ele e com sua santa Palavra.

Tomarei o cálice da Salvação 13 – O salmista estava assumindo um compromisso de viver uma vida comprometida com o reino de Deus.

A expressão 'tomar o cálice', mostra que ele bem sabia que isso implicaria em uma renúncia total ao mundo e seus deleites. Não obstante, muitos tentarem facilitar o caminho para o céu através de atalhos e outros artifícios, ainda existem aqueles que estão dispostos a atentar para uma tão grande salvação (Hebreus 2.3)

como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação. Hebreus 2.3

Invocarei o nome do Senhor 13 – Mesmo quando muitos se fiam em socorros terrestres, o Senhor se alegra daqueles que confiam em seu nome e reconhece que é vão o socorro do homem; enquanto muitos confiavam em carros e cavalos, os que confiam no Senhor jamais farão da carne o seu braço forte, mas invocarão o nome do Senhor.

Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no Nome do SENHOR, o nosso Deus. Salmo 20.7

Isso fala de uma vida de fé, que realmente agrada a Deus (Hebreus 11.6).

Pagarei os meus votos 18 – Certamente havia alguns votos que estavam no esquecimento, mas agora nascia um sentimento verdadeiro que fazia com os votos não cumpridos fossem lembrados.

É bom não esquecermos de cumprir nossos votos. No momento da tormenta e da dor, fazemos votos que são facilmente esquecidos quando tudo se faz bonança.

Faça uma introspectiva e veja se existe algum voto por cumprir com aquele que sempre atende aos nossos pedidos. Orar

Creio que ao ler essas linhas, o Espírito Santo toca em você e te comunica algo que Ele está esperando de ti. Não sei o que o Senhor te pede nesta hora, mas tenho certeza que alguma coisa você precisa entregar ao Senhor.

Talvez não seja o Isaque, como no caso de Abraão, ou metade das riquezas, como no caso do jovem rico; talvez seja apenas os cinco pães e dois peixes, mas certo é, ele te pede algo.

Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo? Salmos 116:12

Gratidão...