2020/08/21

Covi19 e a Postura da Igreja Cristã


Semana passada falamos sobre a nossa Postura de fé como cristãos em meio a essa pandemia. Acredito que ficou claro a todos nós que nossas vidas pertence a Deus e seja vivo ou morto estamos com o Senhor. RM14.8

 Vamos sair mais fortes desta crise se aprendermos algumas coisas importantes que esse momento nos ensina. Nós devemos olhar para o olho da tempestade e perguntar: Senhor, o que o Senhor espera que eu aprenda disso? Como o Senhor quer me mudar? O que podemos fazer neste momento para trazer glória ao seu nome?

1. Nossa Fragilidade

Essa crise global está nos ensinando o quão fraco somos como seres humanos.

No momento em que estava escrevendo o meu sermão, 4 milhões de Infectados de coronavírus foram reportados mundialmente, causando 279 mil mortes e 1 Milhão 400 mil recuperados.

Nós estamos tentando fazer o nosso melhor para conter propagação.  Agora imagine um vírus ainda mais agressivo e contagioso do que coronavírus. Encarado como uma ameaça, nós podemos prevenir a nossa extinção como espécie? A resposta é claramente não. É fácil esquecer, mas os humanos são fracos e frágeis.

As palavras do salmista são verdadeiras: "Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento (ou COVID-19), desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar." (Salmo 103.15-16)

Como compreendemos essa lição sobre nossa fragilidade? Talvez lembrando que não devemos tomar vida nesta terra como garantia. "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio." (Salmo 90.12)

2. Nossa igualdade

Esse vírus não respeita limites étnicos ou fronteiras nacionais. Não é um vírus chinês; é nosso o vírus. Está no Afeganistão, na Bélgica, no Camboja, na Dinamarca, França, América etc...

Nós somos todos membros da grande família humana, criados a imagem de Deus (Gn. 1.17). A cor da nossa pele, o idioma que falamos, nossos sotaques, e nossas culturas não são levadas em consideração aos olhos de uma doença contagiosa.

Além disso em nosso sofrimento, na dor de perder um ente querido, nós somos completamente iguais – fracos e sem respostas.

Aos olhos do mundo nós somos todos diferentes; aos olhos do vírus, nós somos iguais.

3. Nossa falta de controle

Todos nós amamos estar no controle. Nós fantasiamos que somos os capitães do nosso destino, mestres da nossa sorte.

A realidade é que hoje, mais do que antes, nós podemos controlar partes significantes das nossas vidas. Nós podemos controlar o aquecimento e a segurança da nossa casa remotamente; nós podemos movimentar o dinheiro ao redor do mundo com um clique em um aplicativo; nós podemos controlar nossos corpos através de treinamento e de medicações.

Mas talvez esse senso de controle seja uma ilusão, uma bolha que o coronavírus estourou, revelando a realidade que nós não estamos realmente no controle. Nunca tivemos. Não somos donos do nosso próprio destino.

Nunca fomos e nunca seremos, é por isso querido irmãos que a cada dia que passa precisamos descansar debaixo das asas de nosso Senhor Jesus e confiar em sua perfeita vontade.

4. A dor que compartilhamos em sermos excluídos.

Esses dias atrás o nosso irmão e missionário André voltando de uma viagem teve que ficar 20 dias isolado de quarentena sem poder ter contato nenhum com pessoas inclusive a sua família, sua esposa e seu filho só vendo-os pelo lado de dentro de uma janela do quarto

Ser excluído e isolado não é uma coisa fácil, tendo em vista que fomos criados para relacionamentos.

Mas muitas pessoas, agora, estão tendo que lidar com o isolamento. É uma experiência que a comunidade leprosa dos dias de Jesus conhecia muito bem. Eram forçados a viverem sozinhos, andando pelas ruas de suas cidades gritando: "Imundo! Imundo!" (Confira Lev. 13.45).

É um experiência que muitos moradores de rua sentem em sua pele diariamente quando passamos por eles como se eles não existissem,

é uma experiência que muitos idosos abandonados pelos seus familiares em casas de repouso, já sentem, muitos presos e encarcerados sentem.

 Talvez como cristãos possamos andar na contra mão de tudo isso.

5. A vaidade de muitas coisas da nossa vida

"Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade" (Eclesiastes 1.2).

É muito fácil perdermos a perspectiva no meio das loucuras da nossa vida. Nossos dias estão tão cheios com pessoas e projetos, trabalhos e listas de desejos, casas e feriados, que nós podemos tem dificuldades para distinguir o importante do urgente. Nós nos perdemos no meio das nossas vidas.

Talvez essa crise nos relembre com o que devemos nos preocupar nas nossas vidas.

 Talvez nos ajude a distinguir entre o que é significativo e o que é sem sentido.

Talvez nos ajude a priorizar o que realmente é importante.

Talvez o campeonato de futebol, ou aquela cozinha nova, ou aquele post no Instagram não seja essencial para minha sobrevivência.

Talvez o coronavírus esteja nos ensinando o que realmente importa.

O que é realmente importante em sua vida meu querido irmão(a)?

 "Vaidade de vaidade, diz o Pregador; vaidade de vaidade, tudo é vaidade" (Eclesiastes 1:2).

A declaração bíblica "vaidade de vaidade, tudo é vaidade" significa o caráter transitório, e em certo aspecto, inútil e vão, das realizações humanas nesta terra.

Salomão nos dá uma deixa de coisas importantes e coisas que não são

Melhor é a boa fama do que o unguento precioso, e o dia da morte, melhor do que o dia do nascimento. Melhor é ir a casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquele se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa de luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria. Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato. Pois, qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é a risada do insensato; também isto é vaidade. (Eclesiastes 7:1-6)

Essa semana ouvi de um amigo  a seguinte pergunta Você sabe qual o local mais rico do mundo? O cemitério...

 pq lá estão enterrados sonhos que não saíram do papel, empresas que não foram fundadas, casamentos que não se concretizaram, viagem que não foram feitas, abraços que não foram dados e palavras de eu te amo que não foram ditas...

Esse texto, assim como todo o livro de Eclesiastes, nos ensina a olharmos a vida de uma forma correta e sábia, não nos prendendo em suas vaidades. No final das contas, o livro de Eclesiastes está gritando para nós: "Não desperdice sua vida com vaidades, mas encontre o verdadeiro sentido e significado da vida."

Como cristãos, como respondemos a tal crise?

 

1.    Com fé e não medo.

É fácil ser dominado pelo medo. É fácil ver o coronavírus em todo o lugar que eu olho: no teclado do meu computador, no ar que eu respiro, em cada contato físico e em cada esquina, esperando para me infectar. Nós estamos em pânico? Esse semana vi no noticiário que uma moça foi espancada dentro do ônibus, pois havia espirrado e estava sem máscara. O medo nos transforma em alguma coisa ruim

Talvez essa crise está nos desafiando a reagir de maneira diferente – com fé e não com medo. Não fé nas estrelas ou em alguma deidade desconhecida. Em vez disso, fé em Cristo, o bom pastor que é também a ressurreição e vida.

Certamente somente Jesus está no controle desta situação; certamente somente ele pode nos conduzir através desta tempestade. Ele nos chama para confiar e crer, para ter fé e não medo.

Somente ele que pode chamar Lazaro para fora da tumba, foi ele que disse para um leproso "eu quero seja curado" é por isso que precisamos manter nossa fé nEle, Ele é o autor e consumado de nossa fé. Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus Hebreus 12:2

Você querido irmão corre um risco muito grande de se perder pelas ruelas escuras e sombrias do medo se tirar seus olhos de Jesus.

Como cristãos, como respondemos a tal crise?

 

2.    Com Esperança

Neste sentido, a questão mais importante não é, "Que esperança você tem ao se deparar com o coronavírus?" porque Jesus veio para nos alertar sobre a presença de um vírus muito mais letal e já espalhado – um que já atingiu todo homem, mulher e criança.

 Um vírus que não termina só na morte certa, mas na morte eterna. Nossa espécie, de acordo com Jesus, vive no surto de uma pandemia chamada pecado. Qual é a sua esperança diante desse vírus?

A história da Bíblia é a história de um Deus que entrou em um mundo infectado com esse vírus.

Ele viveu com pessoas doentes, sem vestir uma roupa de proteção química, mas respirando o mesmo ar que nós respiramos, comendo a mesma comida que comemos. Ele morreu isolado, excluído do seu povo, aparentemente longe do seu Pai em uma cruz – tudo que ele pode fornecer a este mundo doente como um antidoto para o vírus, para que ele possa nos curar e nos dar a vida eterna. Ouça suas palavras:

"25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11.25-16

Como cristãos, como respondemos a tal crise?

 

3. Com oração

No meio de uma crise global, como nós podemos como indivíduos fazer a diferença? Frequentemente nós nos sentimos pequenos e insignificantes.

Há algo que podemos fazer. Nós podemos clamar ao nosso Pai Celestial.

Ore pelas autoridades que governam nosso paíse e cidades.

Ore pelos times médicos que estão tratando a doença.

Ore pelos homens, mulheres e crianças que já foram infectados,

Ore pelas pessoas que estão com medo de deixar suas casas para sair para trabalhar,

Ore por aqueles que vivem nas áreas de risco, por aqueles que estão nos grupos de risco com outras doenças e pelos idosos.

Ore para que Deus possa nos proteger e guardar.

Ore a Ele, para que ele possa nos conceder misericórdia.

Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. Tiago 5:16-18

Estamos em casa isolados queridos, mas não presos!!! As nossas orações estão livres de barreiras, precisamos colocar em pratica nossa vivencia cristã neste momento, você não está em casa pra maratonar as series de netflix ou simplesmente para descansar.

Deus quer que você desenvolva uma vida de oração de intercessão. Deus quer tocar as pessoas, a cidade o mundo através de suas orações... então comece hoje a fazer a diferença...

Como cristãos, como respondemos a tal crise?

 

3.    Com trabalho e sacrifico.

Irmãos, muitas pessoas podem pensar que igreja pra existir precisa de um templo, de um local, de estrutura, mas igreja nunca foi prédio, igreja são pessoas que foram tocadas por Deus e responderam a esse toque.

Se um dia houvesse uma lei proibindo qualquer tipo de reunião em igrejas ou pior assim como está acontecendo na china, se as igrejas todas fossem destruídas, queimadas. Ainda sim a igreja do Senhor estaria de pé sem prejuízo nenhum.

Vemos essa verdade na igreja primitiva. A igreja primitiva não estava alheia a pragas, epidemias e histeria em massa.

 De fato, de acordo com relatos cristãos e também não-cristãos, um dos principais catalisadores para o crescimento explosivo da igreja em seus primeiros anos foi como os cristãos lidaram com doença, sofrimento e morte.

A postura da igreja causou uma impressão tão forte na sociedade romana que até imperadores romanos pagãos queixaram-se aos sacerdotes pagãos por causa de seu número declinante, dizendo-lhes para melhorarem sua abordagem.

Então, o que os cristãos fizeram de maneira diferente que abalou o Império Romano? E o que a igreja primitiva pode nos ensinar à luz do coronavírus?

Resposta Não-Cristã às Epidemias: Entre 249 e 262 dC, a civilização ocidental foi devastada por uma das pandemias mais mortais de sua história. Embora a causa exata da praga seja incerta, a cidade de Roma perdeu cerca de 5.000 pessoas por dia no auge do surto.

Uma testemunha ocular, o bispo Dionísio de Alexandria, escreveu que, embora a praga não discriminasse entre cristãos e não cristãos, "todo o seu impacto caiu sobre [não-cristãos]".

Tendo notado a diferença entre as respostas cristãs e não-cristãs à praga, ele diz sobre os não-cristãos em Alexandria: "No início da doença, eles empurraram os doentes para longe e expulsavam seus próprios entes queridos de casa, jogando-os nas estradas, antes mesmo de morrerem, esperando assim evitar a propagação e o contágio da doença fatal.

Resposta Cristã às Epidemias: Se a resposta não cristã à praga era caracterizada por autoproteção, autopreservação e evitar os doentes a todo custo, a resposta cristã era o oposto.

De acordo com Dionísio, a praga serviu como "educação e teste" para os cristãos.

Em uma descrição detalhada de como os cristãos reagiram à praga em Alexandria, ele escreve sobre como "os melhores" dentre eles serviram honrosamente os doentes até que eles mesmos pegaram a doença e morreram:

"Muitos de nossos irmãos cristãos mostraram amor e lealdade ilimitados, nunca poupando a si mesmos e pensando apenas no seu próximo. Indiferentes ao perigo, eles cuidaram dos enfermos, atendendo a todas as suas necessidades e ministrando-os em Cristo, e com eles partiram desta vida serenamente felizes; pois foram infectados por outros com a doença, provocando em si mesmos a doença de seus vizinhos e aceitando alegremente suas dores".

Da mesma forma, na biografia de Poncius de Cipro, o bispo de Cartago, ele escreve sobre como o bispo lembrou aos crentes que deveriam servir não apenas aos cristãos, mas também aos não cristãos durante a praga:

"Não há nada de extraordinário em apreciar meramente nosso próprio povo com as devidas atenções de amor, mas esse alguém pode se tornar perfeito, que deve fazer algo mais do que homens ou publicanos pagãos, alguém que, vencendo o mal com o bem, e praticando uma bondade misericordiosa como a de Deus, deveria amar seus inimigos também… Assim, o bem foi feito a todos os homens, não apenas à família da fé".

O impacto desse serviço foi duplo:

 (1) o sacrifício cristão por seus irmãos crentes impactou o mundo incrédulo ao testemunharem o amor comunitário como nunca haviam visto (João 13:35) e

(2) o sacrifício cristão por não-cristãos resultou na igreja primitiva, experimentando crescimento exponencial à medida que os sobreviventes não-cristãos, que se beneficiavam do cuidado de seus vizinhos cristãos, se convertiam à fé em massa.

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. João 13:35

Enquanto os não-cristãos no Império Romano enfatizaram a autopreservação, enquanto a igreja primitiva enfatizava o serviço sacrificial sem medo.

Enquanto os não-cristãos fugiram da epidemia e abandonaram seus entes queridos doentes por temer o desconhecido, os cristãos marcharam para a epidemia e serviram tanto aos cristãos quanto aos não-cristãos, vendo seu próprio sofrimento como uma oportunidade de espalhar o evangelho e modelar o amor cristão.

Como podemos colocar essa postura em prática diante do COVID-19, nos diferenciando do mundo em como reagimos à crescente epidemia?

Talvez comecemos resistindo ao medo que está levando ao pânico em vários setores da sociedade – em vez disso, modelando a paz e a calma em meio à crescente ansiedade ao nosso redor.

Talvez podemos procurar servir sacrificialmente nossos vizinhos, amigos, respeitando prudentemente os conselhos de profissionais médicos para ajudar a retardar a propagação da doença.

Em vez de apenas nossa própria saúde, devemos priorizar a saúde da comunidade em geral, especialmente dos cidadãos mais vulneráveis. O fato queridos irmãos é que nessa hora que luz deve brilhar. É pra esse momento que existimos como IPI Cidade Jardim para brilhar em meio a densas trevas, pra sorrir em meio a tristeza, pra servir e trazer ordem em meio ao caos.

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Mateus 5:14-16

Por isso quero conclamar a igreja agir em três aspectos.

1)    Se tornar em uma comunidade intercessora.

2)    Promover esperança e fé em nossa fala a aqueles que não tem essa fé

3)    Doando alimentos e recursos financeiros

4)    Servir a comunidade; como?

 

·         Levantando informações sobre pessoas que ficaram desempregadas e precisam de ajuda assistencial.

·         Juntando alimentos e levar até essas pessoas, ajudar os aflitos psicologicamente.

·         Orar pelas pessoas do nosso Bairro

 

Vídeo: https://youtu.be/frQnoF6TRgw 

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