2016/05/16

Livres do Pecado

Texto: Romanos 6.1-14

 Queridos irmãos na última mensagem minha em Rm 5 falei sobre os benefícios da justificação e seus frutos e como a justificação abriu as portas do coração de Deus para o ser humano. O homem foi redimido pela Graça de Deus, a redenção levou homem não apenas ao seu estado original, mas a horizontes mais sublimes. Não somente restituiu o que ele havia perdido, mas o colocou numa posição superior aos anjos, tornando membro da família de Deus.

Queridos irmãos embora a lei tenha colocado em evidência o pecado, ela não fez o homem mais pecador. Porque você sabe que alguma coisa é errada, porque existe uma lei dizendo que aquilo está errado. Certo? A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Romanos 5:20 Simplesmente a lei tornou o homem mais consciente do seu estado, do seu pecado, mais capaz de perceber sua culpa e mais necessitado da Graça. Sobre isso irmãos Hernandes Dias Lopes diz que Deus deu as leis por intermédio Moisés não para substituir sua graça, como se através dela pudéssemos ser livres, mas para revelar a necessidade do ser humano de receber essa graça. Porque a lei é temporária, mas a graça eterna. A lei é percursora da graça. Sua função não é um livrar do pecado, mas nos tomar pelas mãos e nos conduzir a luz e nos levar a Cristo, o Salvador.      

   Agora em Rm 6 Paulo nos mostra que a doutrina da justificação desemboca na santificação. Pela justificação fomos libertos da culpa do pecado, mas na santificação devemos ser salvos do poder do pecado. Vencemos o pecado não sob-regime da lei, mas sob o Reinado da Graça. A santificação, não menos que a justificação, resulta da eficácia da morte de Cristo e da virtude da sua ressurreição.

A doutrina do Reinado da Graça, entretanto, levou os libertinos a distorcer o ensino de Paulo. Baseados em Rm 5.20b Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, eles ensinavam que a prática do pecado abre largas avenidas para uma ação mais robusto da graça.

Assim, esses mestres do engano ensinavam que devemos pecar a valer para que a graça seja mais abundante. Paulo queridos irmãos e reage com firmeza a essa perversão da verdade, dizendo que o reinado da graça nos leva a morrer para o pecado, em vez de incentivar a viver nele e para ele. A graça nos livrou não apenas da culpa do pecado, mas também do seu poder. John Sott diz corretamente que o Deus da graça não apenas perdoa pecados, mas também nos liberta de pecar. Você não é mais escravo, Pois a graça, além de justificar, também santifica.

Para aqueles que acham que a graça é um convite a pecar, por que tem gente que fala ou pensa assim "se eu já fui justificado e os meus pecados do passado do presente e do futuro já foram perdoados por causa da justiça de Cristo, então posso aproveitar a vida pois Deus perdoa mesmo."

William Barclay diz: que é terrível fazer da misericórdia de Deus uma desculpa para pecar. Seria uma atitude vil o filho considerar-se livre para pecar apenas por saber que o seu pai o perdoaria.      

É por isso irmãos que Rm 6 é uma resposta aqueles que procuram transformar a graça de Deus em libertinagem. A pergunta que se inicia no capítulo seis procede da ênfase dada no final do capítulo cinco. Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? Romanos 6:1  Se a graça é superabundante onde o pecado é abundante, se a multiplicação das transgressões serve pra te mostrar o esplendor da graça, então deveríamos pecar mais para que Deus seja ainda mais glorificado na magnificência da sua graça? Essa pergunta retratava tanto a distorção como a objeção, dos legalistas a doutrina da justificação pela graça por meio da fé independentemente das obras.

Apóstolo Paulo de imediato, energicamente rejeita já nos primeiros versículos a tese dos hereges. De maneira nenhuma! Romanos 6:2 Para Paulo queridos a fé cristã está fundamentada sobre o entendimento. Crer é também pensar.  A ignorância da verdade não glorifica Deus nem nos possibilita crescimento na graça.

 O segredo de uma vida santificada está na mente. Consiste no saber e no considerar "Pois sabemos que o nosso velho homem, foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído e não mais sejamos escravos do pecado;" Romanos 6:6 o ter conhecimento de algo é importante a falta de conhecimento atrapalha o cristão na sua caminhada da verdade. Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. "Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento...". Oséias 4:6. considerar "Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus." Romanos 6:11 Uma coisa é você saber ( teoria), outra é você agir (pratica) em relação ao que você sabe...

Aqui fala de tomar uma postura contra o pecado. Nós morremos para o pecado. Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? Romanos 6:2  Se morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? A morte e a vida não podem coexistir, não podemos estar mortos e vivos ao mesmo tempo, com relação a coisa alguma. Se bem que na pratica dentro da igreja nós temos vistos muita gente viva, mas mortas espiritualmente e o que é pior achando que tá tudo bem com elas, se conformando com essa aberração. A graça nos salvou do pecado, e não no pecado. O pecado é inadmissível ao cristão. Os hereges argumentam que o crente pode persistir no pecado, mas Paulo afirma que o crente morreu para o pecado.

Você morreu para o pecado, o pecado não pode mais fazer parte de sua vida. Cristo venceu o pecado e estendeu a você essa vitória. Não podemos viver no pecado se estamos mortos para ele. Assim como nós morremos pelo pecado em Adão, morremos para o pecado em Cristo, concordo com John Sott no sentido de que Paulo declara aqui não impossibilidade da prática do pecado por parte dos crentes, mas a um incongruência moral envolvida. O que está dizendo aqui queridos irmãos é que quando crente está unido com Cristo o viver no pecado não é só uma inconsistência, mas também uma contradição de termos, tanto quanto falar de um homem morto que vive ou de um homem bom que é mau. A união com Cristo, sendo a única fonte de santidade, não pode ser a fonte do pecado.

Fomos batizados na morte de Cristo;

"Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?" Romanos 6:3

O que você precisa entender meu querido irmão, é que você é livre!!! Cristo te emancipou e isso aconteceu porque fomos batizados na morte de Cristo. Quando Cristo morreu nós morremos com ele. Quando ele foi sepultado nós fomos sepultados com ele, assim como estávamos nos lombos de Adão quando ele pecou, estávamos em Cristo quando ele morreu. Sua morte foi a nossa morte. John Stott afirma que fomos unidos a Cristo interiormente pela fé exteriormente pelo batismo. Paulo, portanto, não se refere aqui a forma do batismo, mas o seu significado identificação com Cristo em sua morte. O nosso batismo foi uma espécie de funeral, não é um modo de batismo o elemento importante nessa referência. Paulo enfatiza não rito ou a cerimônia, mas a proclamação e a fé que acompanha o batismo.

Ressuscitamos com Cristo

Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Romanos 6:4-5

Nossa união com Cristo não é apenas em sua morte, mas também em sua ressurreição. Assim como ele ressuscitou, também ressuscitamos nele para vivermos em novidade vida. O poder desse da ressurreição está em nós para vivemos uma vida de poder.  O reinado da morte pelo pecado não tem poder sobre nós, uma vez que morremos e ressuscitamos com Cristo. A morte e ressurreição de Cristo não são apenas fatos históricos e doutrina significativas, mas também experiências pessoais já que através da fé-batismo nós viemos participar deles.

Viveremos com Cristo.

Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Romanos 6:8

Já que estamos em Cristo e ele morreu e ressuscitou, então, nós que morremos com Cristo, ressuscitaremos com Cristo e também viveremos com ele, e não só no porvir, mas aqui agora. Sua morte é a nossa morte, e sua ressurreição é a nossa ressurreição. Sua vida é a nossa vida.

Assim como a morte não tem mais poder sobre Cristo Ressurreto, assim quando Cristo morreu de uma só vez pelo pecado e para o pecado e fez um sacrifício suficiente e cabal não precisando mais repeti-lo, assim como Jesus agora vive para Deus, nós também morremos, ressuscitamos e vivemos para Deus como Cristo em Cristo. Ele morreu por nossos pecados, carregando os nossos delitos em sua própria pessoa inocente e santa. Carregou nossos pecados e sua justa recompensa. A morte de Jesus foi o pagamento pelo pecado, pelo nosso pecado ele cumpriu a sentença, pagou a pena e aceitou a consequência. Tudo isto Cristo fez uma só vez e para sempre, e, portanto o pecado já não tem direito algum sobre ele. E neste mesmo sentido, nós também, unidos a Cristo, morremos para o pecado. Isto é morremos para o pecado porque em Cristo sofremos o castigo pelo pecado e a consequência é que nossa velha vida terminou, e começamos uma nova vida. E ao viver essa nova vida em Cristo, não podemos viver para o pecado e nem agradar a nós mesmos.  Pelo contrario devemos Viver para a glória de Deus, essa deve ser a razão da nossa vida.

Devemos deleitar-mos nEle. Devemos fechar de uma vez para sempre o volume um dessa biografia e viver volume dois da nossa história. E é por conta disso que Paulo da três ordens claras, duas negativas e uma positiva:  e eu quero encerrar com elas...

A)   Não permita que o pecado domine o seu corpo RM 6.12

Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Romanos 6:12

Onde Cristo é o Senhor, o poder do pecado tornou-se ilegal pois quem morreu, foi justificado do pecado.  Romanos 6.7 Deus deu o cartão vermelho ao Pecado.  Paulo não está admitindo que o pecado reina na vida do crente. Aliás ele nega isso. Ele esta dizendo: o pecado não exerce o domínio. E, portanto, não permita que ele reine.  O pecado é intruso, é embusteiro, ele se vale de mentiras. Ele pode usar o nosso corpo como uma ponte, por meio da qual nos consegue governar. Assim Paulo convoca a rebelar-mos contra o pecado.

B)    Não ofereçam os membros do seu corpo ao pecado. Rm6.13ª

Não ofereçam os membros dos seus corpos ao pecado, como instrumentos de injustiça; Romanos 6:13 Os nosso corpo (olhos, os ouvidos, mãos, pés) devem estar a serviço de Deus, e não do pecado. A vida cristã é mais que um credo, é mais que um sentimento. É ação.

C) Ofereçam-se a Deus.

antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros dos seus corpos a ele, como instrumentos de justiça Romanos 6:13b

Essa consagração a Deus deve ser um compromisso decisivo e deliberado. Paulo trata aqui de dois reinados o reino do pecado e o reino da graça.  No Reino do pecado, as pessoas são escravas e não livres. Elas se afundam do atoleiro dos vícios e perversões e usam seu corpo para atender os ditames do pecado.  O reinado da graça, elas são apenas livres, mas também chegam a reinar. Uma vez que não estão debaixo do domínio do pecado, não devem oferecer o seu corpo para servi-lo, nem os membros do seu corpo para fazer sua vontade. Nosso corpo foi comprado por Deus e deve estar a serviço da glória de Deus. Os membros do nosso corpo não deve ser janelas abertas para o pecado, mas instrumentos de realização da vontade Deus. Não podemos dar uma parte da nossa vida a Deus e outra parte ao mundo, para Deus é tudo ou nada. O apóstolo Paulo nos apresenta dois caminhos que podemos seguir o reinado da escravidão ou o reinado da liberdade:

 Reinaldo escravidão irmãos, o pecado reina, os homens se tornam capachos de sua implacável tirania. O reinado do pecado é um domínio de opressão. O pecado escraviza e mata. Os súditos do pecado vivem prisioneiros de suas paixões e oferecem os membros do seu corpo a iniquidade.

Reinaldo da liberdade. Quando a graça reina, os homens se tornam livres. A graça destrona o pecado, destrói o senhorio do pecado e capacitaa o crente a oferecer a si mesmo, e a tudo que lhe pertence, em amor e serviço a Deus. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça. Romanos 6:14

Em vez de viver sob tirania do pecado, eles podem voluntariamente se consagrar Deus e oferecer os membros do seu corpo para a prática da justiça. Estar debaixo da lei é aceitar a obrigação de guarda-lá e assim correr em sua maldição e coordenação Gl 3.10 Já os que são pela prática da lei estão debaixo de maldição, pois está escrito: "Maldito todo aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da Lei".

Estar debaixo da graça reconhecer a nossa dependência da obra de Cristo para salvação, e assim ser justificados ao invés de condenados.

    Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:6-9     

Comentário de Romanos

Hernandes Dias Lopes


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