2017/08/04

O Espírito Santo

TEXTO: Romanos 8.5-17

Boa noite queridos irmãos, semana passada nós falamos sobre uma nova vida em Cristo e vimos que a salvação é uma obra do Deus trino. Vimos também com o Pai enviou o seu Filho e como filho morreu nosso lugar, nessa noite queridos irmãos, nós vamos examinar e vamos falar sobre a obra do Espírito Santo de Deus.

A igreja depende do Espírito Santo. É o Espírito Santo quem aplica a obra da redenção no coração dos pecadores. É impossível haver sequer um convertido sem a obra do Espírito Santo. Charles Spurgeon diz que é mais fácil crer que um leão tornar-se-á um vegetariano do que acreditar que um só pecador seja regenerado sem a obra do Espírito Santo.

1)    O Espírito Santo nos presdispõe para a santidade. 8.5-6

Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; Romanos 8:5,6

Esses primeiros versos queridos irmãos, o apóstolo Paulo esta tratando de uma antítese, ele falou de duas forças que opera no homem, a carne e o espírito, dois modos de vidas conflitantes. Somos governados por um ou por outro.

A carne escraviza, O Espírito Santo liberta, a carne produz tormento, o Espírito Santo paz, a carne da para morte, o pendor Espírito para vida e paz. É importante também deixar claro aqui queridos irmãos, que a vida no Espírito não elimina a possibilidade pecar, mas nos confere o poder de não pecar.

Quando O apóstolo Paulo fala da carne quem grego Sarx ele não se refere ao tecido muscular mole e macio que cobre o esqueleto, nem os instintos e apetite do nosso corpo, mas ao todo que compõem a nossa natureza humana, corrupta ou seja a nossa natureza humana caída e egocêntrica.       

No V5 queridos irmãos quando Paulo disse que os que se inclinam para carne cogitam das coisas da carne, mas os que se inclinam para o Espírito as coisas do Espírito, ele esta tratando das nossas preocupações, das opções que nos move, de como ocupamos tempo, dinheiro e energias, das coisas as quais  nos  dedicamos. O espírito inclina nossa mente para desejá-lo. Essa inclinação é o desejo forte que nos impulsiona e nos arrasta, os que são dominados pela carne buscam agradar a carne e praticar as obras da carne.  Gl5.19-21

E com isso ele diz que dois resultados opostos serão colhidos pelos homens verso v6. Enquanto o pendor do Espírito produz vida e paz, o pendor da carne da pra morte o pendor da carne é inimizade contra Deus. O pendor carne não está e nem pode estar sujeito a lei de Deus. Queridos irmãos a uma tendência de rebeldia no pendor carne e uma incapacidade iminente de obediência nesse pendor, por isso, o resultado óbvio é que os que estão na carne não podem agradar a Deus, porque é única maneira de agrada-lo é obedece-lo.

2) O Espírito Santo está em nós. 8.9-13

     A) 8.9 o Espírito Santo Habita em nós.

Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.

Por causa da obra de Cristo por nós e da ação do Espírito em nós, fomos feitos moradas de Deus, templos do Espírito Santo. Ele habita em nós. Aquele que nem o céus do céus podem conter agora habita em nós, vasos frágeis de Barro. Somos a casa de Deus, o templo da sua habitação.

Queridos irmãos, a evidência de que somos de Cristo é habitação do Espírito Santo em nós. É o Espírito quem aplica a obra da Redenção em nós. Sem a sua presença e ação, nenhum homem pode tornar-se cristão. Passamos o pertencer a Cristo quando o Espírito habita e opera em nós.         

      b) Ele vivificam o nosso espírito 8.10

Mas se Cristo está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça.

Queridos nós somos seres mortais, ou seja estamos sujeitos a morte e a ela estamos destinados, o que o apóstolo Paulo esta dizendo é que em meio à nossa mortalidade física, nosso espírito está vivo, pois fomos vivificados, ganhamos vida em Cristo. Nosso corpo tornou-se mortal em virtude do pecado de Adão, mas nosso espírito está vivo por causa da justiça de Cristo. nosso espírito e vivificado, pois nascemos de novo, do alto, do Espírito, de Deus. O céu não é apenas nosso destino, mas também nosso origem.

   C) Ele da vida a nosso corpo mortal. 8.11

E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.

O mesmo Espírito que O ressuscitou haverá de nos ressuscitar. O mesmo Espírito que dá vida a nosso espírito também haverá de dar vida ao nosso corpo. Se a consequência do pecado de Adão é nossa morte física, o resultado da justiça de Cristo é a nossa vida espiritual.

O que Paulo está dizendo aqui irmãos e eu quero que você guarde isso no mais profundo do seu coração é que o Espírito Santo é a primícia, é a garantia da nossa ressurreição. A morte irmãos, não é o fim da linha, não tem a última palavra. Nós não caminhamos para um ocaso sombrio, pelo contrário receberemos um corpo incorruptível, imortal, poderoso, glorioso, espiritual e celestial a semelhança ao corpo da glória de Cristo. O nosso corpo brilhará como o sol em seu fulgor.

    D) Ele nos capacita a vencer o pecado. 8.12-13

Portanto, irmãos, estamos em dívida, não para com a carne, para vivermos sujeitos a ela.
Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do
corpo, viverão, Romanos 8:9-13

Não temos nenhuma dívida com a carne, o conjunto de desejos, motivos, afetos, propensões, princípios e propósitos pecaminosos. Não precisamos fazer sua vontade não somos constrangido só viver segundo o seus ditames isso. Somos devedores ao Espírito Santo. Ele está em nós e nos capacita a viver em novidade de vida. É a fonte do poder que nos conduz a santidade. Todo cristão, portanto, é eternamente devedor ao Espírito Santo, mas nada teve a carne.

Entretanto queridos irmãos quando o apóstolo Paulo fala sobre mortificar a carne ele está falando que nós devemos ser participativos na santificação, embora sejamos passivos na justificação,(porque isso é um ato declaratório de Deus), no processo de santificação precisamos agir, precisamos fugir da aparência do mal, precisamos nos posicionar contra o Pecado em nossas vidas. Precisamos dizer não às coisas. Jonh Stott diz que precisamos ser inflexíveis em nossa decisão: não olhar, não tocar, não ir, controlando assim a própria aproximação do mal.

3) Ele testifica que somos filhos de Deus por adoção e nos guia pelo seu caminho. 8.14-16

porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: "Aba, Pai". O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Romanos 8:14-17

Não precisamos viver inseguros e atormentados pelo medo, pois não recebemos o espírito de escravidão, mas de adoção. A palavra grega Huothesia traduzida por adoção indica uma nova relação familiar com todos os direitos, privilégios e responsabilidades.

O termo adoção pode soar com certo artificialismo aos nossos ouvidos. Mas no primeiro século depois de Cristo, o Filho adotivo eram filhos escolhidos deliberadamente por seu pai adotivo para perpetuar seu nome herdar o seus bens.

Sua condição não é nem um pouco inferior a de um filho de sangue, e bem podia desfrutar da afeição paterna o mais completamente e reproduzir o mais dignamente a  personalidade do pai.  O adotado era aceito na família com filho adulto.

Ser adotada naquela época resumia em 4 consequências principais.

1-    A pessoa adotada perdia todos os direitos de sua antiga família que ganhava todos os direitos de um filho totalmente legítimo da nova família.

2- O filho adotivo tornava-se herdeiro de todos os bens de seu novo pai;  e ainda que  nascessem depois outros filhos, com verdadeira relação sanguínea, isso não afetava seus direitos.

3- Legalmente, antiga vida do adotado ficava completamente cancelada, a pessoa adotada era considerada uma nova pessoa que entrava numa nova família.

4- Aos homens da lei a pessoa adotada era literalmente absolutamente filha(o) do seu novo pai.

O que Deus está dizendo a nós aqui nessa nesta noite através de Paulo é que Deus escolheu nos amar, nos adotar e nos redimir. Pertencemos agora família de Deus. Temos intimidade com Deus. Fomos feitos filhos de Deus. A mim e a você foi nos conferido nome de filhos e direito à herança e é por isso que podemos clamar Aba Pai..

Não precisamos viver cabisbaixos, derrotados, envergonhados. Somos agora filhos do altíssimo, membros da família de Deus. Isso não é sugestão humana, mas testemunho fiel do Espírito Santo que habita em nós.  Verso16 afirma queridos irmãos que o próprio Espírito testefica com nosso espírito que somos filhos de Deus

  O teólogo William Barclay lance luz sobre esse assunto relatando  como funcionava a cerimônia de adoção. Ela se efetuava da presença de sete testemunhas. Agora suponhamos que morresse o pai adotivo  e acontecesse alguma disputa quanto o direito de herança do filho adotivo; uma ou mais de sete testemunhas originais se adiantavam juravam que a adoção era genuína e verdadeira. Assim, estava garantido o direito do adotado, que recebia sua heraça.

Paulo nos diz que o próprio Espírito Santo é a testemunha da nossa adoção da família de Deus.  Entretanto queridos irmãos no verso 14 Paulo deixar bem claro que a paternidade de Deus não é universal. Nem todos os seres humanos são filho de Deus, uma vez que só aqueles que guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus

O Espírito Santo não apenas habita nós e nos capacita a triunfar sobre o pecado, mas também nos toma pela mão e nos guia, dirige, impele pelo caminho da obediência. O Espírito Santo nos constrange e nos compele a viver como filhos de Deus. Assim, não apenas nos tornamos membros da família de Deus, mas também agimos como tal. Não apenas somos adotados como filhos de Deus, somos também orientados a viver como seus filhos. Isso não significa que o Espírito Santo coage, intimida ou violenta tirando de nós nossa liberdade escolha. O que ele faz é nos iluminar e nos persuadir, com sua doçura e seu poder.

O Espírito Santo não nos aponta o caminho que devemos seguir como vendedor de mapas; ele nos toma pela mão e nos guia com cuidado e amor. E no verso 17 diz que nos selou para o dia da redenção, ele nos deu a garantia de que aquilo que Deus começou, ele completará.

Embora sejamos herdeiros de todas as coisas que pertencem o nosso Pai, pois tudo é dele, por meio dele e para ele, A nossa mas gloriosa herança é o próprio Deus. Sl 73.25-26

A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti.
O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre Salmos 73:25,26

Ele é o nosso quinhão, nosso tesouro, nossa herança. Nele está o nosso prazer. Somos coerdeiros com Cristo.

A igreja queridos precisa a cada dia bucar a Presença do Espírito Santo mais e mais. Precisamos ser cheios do Espirito Santo. O apóstolo Paulo, preso em Roma, escreve sua carta à igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor, e ordena: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5.18).

A plenitude do Espírito é uma exigência a todos os crentes. O ordem para ser cheio do Espírito é endereçada a todos e não apenas a alguns crentes. Os líderes, os anciãos, os adultos, os jovens, as crianças, os ricos, os pobres, os doutores, os analfabetos, todos os salvos, sem exceção, devem ser cheios do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção na igreja; é a norma para todos os crentes.

A plenitude do Espírito Santo é uma experiência que deve ser repetida continuamente. Não se trata de um acontecimento único e irrepetível como é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo. A plenitude de ontem não serve para hoje, assim como a vitória do passado não garante vitória no presente. Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Todo dia é tempo de andar com Deus e experimentar o extraordinário de Deus. As melhores experiências do passado podem ser medidas mínimas do que Deus pode fazer em nossa vida no futuro.

Não podemos produzir a plenitude do Espírito, podemos apenas nos esvaziar para sermos cheios. A plenitude do Espírito Santo não é uma realidade produzida por nós. Não administramos essa experiência. Ela vem do alto, de cima, do céu. Devemos ser como vasos vazios, puros e disponíveis para o Espírito Santo nos encher. Não há limitação no Espírito Santo. Podemos ser cheios a ponto de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Você está cheio do Espírito Santo?

 

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