2019/02/24

Raposinhas

"Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos… (Cantares 2.15)

 

Boa noite irmãs... graça e paz amém...Quero agradecer a presença de todas vocês, sei que vocês estão aqui porque amam a Deus e querem ser usadas por Ele. No meu entender o encontro com Deus é apenas uma proposta de evangelização mais nada e ponto final. O que faz dele tão tremendo na vida das pessoas, o que potencializa ele ter essa dimensão que todos nós sabemos que ele tem, é a presença de Deus.

E essa presença está não na estrutura do negócio, mas está naqueles que fazem essa estrutura funcionar, ou seja em Nós... Deus se move através de pessoas, não de métodos, métodos servem as pessoas e não vice e versa...

Porque eu estou dizendo isso?, porque eu quero que você entenda que você é a figura principal para que esse projeto aconteça e então de frutos que é ver mulheres transformadas. E se você não estiver bem corremos o risco de não colhermos os frutos que tanto esperamos... então você é a principal engrenagem dentro desta maquina chamada encontro com Deus.

É importante você ter esse entendimento para aquilo que eu quero falar nesta noite. Eu quero falar sobre as raposinhas.

ALEGORIA: "Raposinhas"- Nome dado a certas plantas que nascem junto da videira, que tem o aspecto semelhante a ela, mas que são altamente danosas e até mortais a plantação de uvas, impedem o crescimento sadio da videira, levando-a à esterilidade. Por serem parecidas com a parreira são difíceis de identificar, sendo preciso a ajuda de um viticultor experiente. Se não forem arrancadas infestam toda a plantação, sufocando a videira e acabando com ela!

Imaginando que a parreira de uva seja a nossa vida, o que seriam as "raposinhas"? Pecados, que impedem o nosso crescimento espiritual. Pecados sutis que por se tornarem prática no dia a dia, são definidos como maus hábitos, e não como pecados.

Se não identificarmos essas raposinhas em nossas vidas não alcançaremos a espiritualidade que Deus espera de nós, podendo causar a nossa morte espiritual. Muitos perdem sua fé porque nunca levaram a sério essas raposinhas em sua vida e tiveram suas vinhas devastadas por ela...

"Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos… (Cantares 2.15)

Engana-se quem imagina que são os grandes problemas que destroem um casamento, uma família ou uma grande amizade, ministério etc.. Pelo contrário, quando uma grave tormenta se abate sobre o lar, tal como um acidente de um dos familiares, ou uma doença grave e repentina, a tendência é dos membros da família se unirem e estreitarem seu relacionamento para lutar com todas as forças contra aquele "inimigo" indesejável. Muitas vezes situações ameaçadoras vindo de fora ajudam a despertar da letargia membros da família que passam a se posicionar mais firmemente nesses tempos de dores.

Agora, difícil mesmo é lutar contra as "pequenas raposinhas" que aparecem sob o vinhedo, e pouco a pouco vão destruindo sua formosura, até que ele seque completamente.

Elas são as pequenas coisas que não damos muita importância, mas que, infelizmente, teimam em estar presentes em nossa vida –

- é aquela palavra a mais, ao final da discussão, que não precisava ser dita, e você insiste sempre em dizer,

- é o gesto desprovido de mansidão,

-é a dureza de julgamento, são os ciúmes que o esposo(a) não consegue esconder ou

- é o perfeccionismo que insiste em que tudo seja feito do jeito que ele gosta.

Na vida da igreja, as "raposinhas" são aqueles pequenos acontecimentos desagradáveis, a princípio sem maior importância, mas se não damos cabo deles, logo começam a perturbar o relacionamento dos irmãos e pequenas intrigas surgem aqui e acolá, e quando o pastor vê todo o vinhedo construído com tanto amor foi destruído – não pela ação maléfica do mundo nem por uma investida insidiosa de Satanás.

 Tudo isso são como imperceptíveis "raposinhas", que às vezes nem nos damos conta de sua existência. Mas uma coisa é certa – o resultado é sempre devastador.

Não há jejum e oração que mantenha o vinhedo bonito se, por outro lado, ele estiver sendo devastado pelas pequenas raposas.

Sansão derrotou inimigos fortíssimos, mas depois foi vencido porque permitiu a ação destruidora de uma delas em sua vida.

Gideão, grande herói da Bíblia que venceu batalhas com poucos homens, ao final de sua vida permitiu que uma pequena vaidade levasse Israel de volta à idolatria.

Crentes amarram Satanás todos os dias nas grandes concentrações, mas não apanham as raposinhas que estão destruindo sua vida familiar. É interessante observar como há cristãos hoje preocupados com a besta do Apocalipse, com maldição hereditária, com demônios territoriais, com a temperatura do inferno, e não fazem a menor idéia que aquilo que eles devem temer e se preocupar de verdade são com aqueles pequenos pecados que, devagarinho, devagarinho, têm devastado as coisas boas da vida.

       Só há uma maneira de manter a videira bonita, a família saudável e a igreja abençoada: "apanhando" tudo aquilo que destrói uma relação de amor. Sim, apanhe tudo isso e dê um fim em nome de Jesus.

       Talvez o que o cristão mais precisa hoje é reconhecer a existência dessas "raposinhas" em sua vida. Não é bom sinal se não estamos conseguindo dar cabo delas. É sinal de que alguma coisa vai mal lá dentro de nós, é sinal que há um "sabotador" em nosso interior que está destruindo aquilo que levou anos para erguer. É sinal de que não estamos bem conosco nem com Deus. As vinhas estão em flor; não deixemos que elas sejam destruídas por pequenas bobagens.

1 – A FOFOCA: É uma raposinha, as pessoas normalmente não se incomodam com ela, muito pelo contrário acabam se envolvendo com ela. (MEXERICO, INTRIGA). A fofoca é um veneno para a vinha, veneno estraga, mata, acaba com uma plantação. A fofoca causa aborrecimentos e inimizades - "Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas. Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo." (1 João 2:9-10)

Todas as pessoas que rodeiam o fofoqueiro só têm um objetivo: Fazer fofoca. A fofoca mata relacionamentos - "Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele." (1 João 3:15)

2 – A CRÍTICA: (Examinar ou julgar censura, notar perfeição ou defeitos, dizer mal de, etc)

Normalmente a crítica é fruto do ciúme e da inveja. Jesus sofreu muito com esse tipo de atitude por parte dos religiosos da época (Marcos 7:1-9)

Estavam criticando os discípulos, estavam presos às tradições e não conseguiam enxergar as coisas novas, estavam invalidando a Palavra de Deus. O crítico invalida a Palavra de Deus, por causa da sua cegueira espiritual.

Todos temos direitos de criticar desde que, aquele que está criticando apresente soluções melhores e ponha a mão na massa, dai sim é uma crítica construtiva, criticar simplesmente porque algo foi feito da maneira que eu não queria é pecado...

3 - A MURMURAÇÃO: É uma queixa é um lamento. O murmurador é aquele que se queixa de tudo. Está também sempre descontente com pessoas ou situações. É um ingrato, a ingratidão leva a murmuração.

Ele murmura contra a autoridade delegada por Deus. Ele murmura contra as pessoas, com o trabalho que recebe pra fazer, com aquilo que não deram ale pra fazer, ele murmura contra o seu companheiro de quarto etc.

"Murmurar", conforme o dicionário, é soltar queixumes, lastimar-se, queixar-se em voz baixa, falar mal, apontar faltas, formar mau juízo de alguém ou de alguma coisa.

A murmuração é um mal que tem feito destruições no meio do povo de Deus desde os primórdios da criação. Assim como no Antigo testamento e no nossos dias este mal tem penetrado no meio do povo de Deus, causando grande estrago e muitos têm perdido a benção pela murmuração. Queria salientar neste estudo algumas características negativas de um murmurador no meio da igreja de Cristo:

1º O murmurador é auto destrutivo – este mal leva a pessoa a se auto destruir. Os murmuradores de Israel receberam sua sentença de morte. Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; Números 14:29

Quando alguém adere a esta pratica perde o brilho da vida, porque seus pensamentos, seu falar e suas atitudes são reprováveis por Deus, e se é reprovado por Deus a vida não tem sentido. Saul foi reprovado por Deus e foi lhe retirado o Espirito Santo (I Samuel 16 – 14).

2º O murmurador torna-se cego espiritualmente – este não consegue ver Deus agir, não vê cura, batismo com Espirito Santo, revelação da Palavra, porque sua visão está comprometida apenas na esfera carnal, seu único e exclusivo proposito é fazer mais vítimas do veneno da suas palavras e pensamentos contrários.

3º o murmurador tem perda de memória espiritual – Israel quando estava preste a entrar na terra prometida(Nm cap. 13 e 14), começou um murmúrio por causa de um relatório desanimador passado pelos dez espias enviados por Moisés para ver como era a terra prometida( seu solo, seu povo, suas cidade, suas fortaleza seus frutos etc.).

Segundo os príncipes (espias), a terra era boa mas intransponível, a partir deste momento todo povo, uma nação inteira começou a murmurar contra Deus. Esqueceu-se de todo agir do Senhor a seu favor, o livramento do julgo egípcio, a travessia em seco do mar vermelho e a providencia física e espiritual no deserto.

Quantas vezes temos estas perdas de memória, basta entrarmos em um deserto da vida ou um vale, que esquecemos de onde Jesus nos tirou e damos início as lamentações e murmúrios A frase celebre de um murmurador é que "Deus se esqueceu de mim, vou largar tudo", esquecemos que Aquele que prometeu é fiel para cumprir, independente das circunstâncias.

4º o murmurador tem o dom de influenciar negativamente – o dez espias influenciaram toda uma nação, ao ponto de quererem retornar para a escravidão do Egito ( Nm 14).

E tem se difundindo esse ato diabólico no meio da igreja do Senhor, onde murmuradores com a alma perversa destilam seu veneno com intuito de recrutar seguidores fracos na fé para semearem a discórdia e difamarem ministérios, lideranças envergonhando a obra de Jesus (Rm 2 . 24).

Foram enviados doze espias por Moisés para a cumprir a tarefa, dez voltaram com pesar no coração e murmurando contra Deus, duvidando da capacidade de Deus. Mas no meio destes doze havia dois que não nasceram para serem influenciados por derrotados, Josué e Calebe nasceram para influenciar e crê naquilo que Deus prometeu. Creia naquilo que Jesus prometeu para cada um de nós, a SALVAÇÃO, deixe de ser um murmurador e divulgue o Reino de Deus a toda criatura.

É PRECISO RESISTIR À TENTAÇÃO DA MURMURAÇÃO

A murmuração é uma tentação sempre presente diante de nós. Pode até tornar-se um hábito. Conter a língua, ou falar o que é certo, de maneira correta, na hora apropriada e com quem deve ouvir, é uma arte que nem todos dominam. A fórmula indicada por Tiago é muito útil para nos disciplinar neste sentido: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tiago 1.19).

Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com a murmuração. Esta inclui más intenções; é insensível e traiçoeira; é negativa e destrutiva. Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança (Fp 2.25,29; I Ts 5.12,13; Hb 13.17).

A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação.  A murmuração afasta a bênção e atrai o juízo de Deus. Mas, quando a murmuração cede lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, "ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (S1133).

Devemos tomar cuidado para não incorrermos no pecado da murmuração. Ela pode ser extremamente prejudicial, tanto para nós, quanto para a igreja. É por isso que a Palavra de Deus recomenda: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo…" (Fp 2.14-16).

Ingratidão X Liberdade

Caminhando para uma abordagem mais direta sobre o assunto, quando vemos alguém murmurando podemos até pensar: 'Por que você está encarando isso como uma grande coisa?'. Mas quando temos que lidar com o nosso próprio incômodo, a história é diferente. É aí que questionamos: "Por que algo tão ruim está acontecendo comigo?!". A afirmação foi feita recentemente pela conferencista e autora cristã, Joyce Meyer em uma de suas reflexões recentes, publicadas em seu site oficial.

Segundo ela, apesar de parecer que muitas vezes o nosso dia tem centenas de motivos para que reclamemos dele, a murmuração não ajudará a resolver os problemas e só abrirá caminho para que o inimigo trabalhe o ódio em nosso coração.

Caminhando para uma abordagem mais direta sobre o assunto, Joyce Meyer lembrou que a murmuração é um claro sinal de ingratidão a Deus e traz uma ideia distorcida sobre a vida. "A murmuração vem de uma atitude ingrata, orgulho exacerbado do coração. Isso nos faz sentir que que coisas ruins não deviam acontecer conosco", explicou.

Porém Meyer destacou com um testemunho pessoal que o melhor, em vez de se limitar a permanecer reclamando das situações difíceis, o melhor é buscar o crescimento espiritual que pode surgir daquela ocasião.

"Aprendi que há uma abordagem melhor para estas situações: Procure o tesouro de cada tentativa", lembrou. "A verdade é que alcancei a maior parte do meu crescimento espiritual nos momentos mais difíceis e dolorosos da minha vida. As provações da vida me fizeram clamar a Deus. E à medida que fiz isso, Ele me transformou. Ele me ajudou a desenvolver uma atitude de gratidão e humildade, que trouxe uma verdadeira liberdade para minha vida".

"O que é liberdade real? A verdadeira liberdade é ser capaz de não conhecer completamente o meu caminho e ainda ser tão feliz como se eu conhecesse", acrescentou. Meyer lembrou que seu discurso não consiste em afirmar que optar pela gratidão em vez da murmuração é algo fácil, porém vale a pena o esforço.

"É um processo difícil chegar ao ponto de ter a liberdade real. Mas vale a pena! Só precisamos aceitar que desenvolver a maturidade espiritual vai doer. Crescer em Deus não é confortável. Há momentos de sacrifício envolvidos neste processo. E haverá momentos em que Deus pedirá que você faça algumas coisas e você vai sentir que você não aguenta - mas Ele lhe dará a graça para fazê-las", afirmou.


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