2019/02/24

Filho Prodigo (Parte 3)

Lucas 15.11-32

Olá irmãos. Chegamos a última mensagem dessa série a respeito da parábola do filho pródigo. Essa parábola em algumas bíblias é chamada como a parábola do pai amado. Acredito que esse é o tema principal dessa parábola o amor de Deus, o amor de um pai pelos filhos.

 Temos três personagens nesta parábola o filho mais novo, que sai de casa cedo, e vai para uma terra longínqua desfrutar de uma herança usurpada, pois seu pai estava ainda vivo quando ele solicitou a parte que lhe cabia ou pelo menos que ele achava que lhe cabia... longe do pai torra toda a herança e volta pra casa se vitimizando...

Lembrei do proverbio que diz que a posse antecipada da benção no fim gera maldição...

A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada. Provérbios 20:21

Tem coisas que tem o seu momento certo para acontecer. Tudo tem o Kairós de Deus e quando pelo esforço humano tentamos adiantar algo que está até para acontecer, mas está fora do tempo de Deus, isso não vai ser bom pra aquele que antecipou. Foi isso que aconteceu com esse menino, muito jovem, inexperiente, irresponsável perdeu sua herança.

O segundo personagem o filho mais velho, um filho que se vê como escravo, uma pessoa voltada para as tarefas, mas ruim de relacionamento, com o coração cheio de amargura, ressentimento o que faz ter de sí mesmo uma autocomiseração diabólica. Mora na casa do pai, mas se sente um apêndice da família.

 Abrindo um parêntese, o dicionário conceitua autocomiseração como o ato ou efeito de sentir pena de si próprio, compaixão de si mesmo.

A prática da autocomiseração, atrelada ao sentimento de autopiedade é bem perigosa, pois pode nos levar por caminhos difíceis como o a depressão, o negativismo e ingratidão.

Quando se passa a olhar somente para os problemas, focando em seus sofrimentos, deixa-se de enxergar as coisas boas já conquistadas. Deixa-se de conquistar e de se valer de todo o potencial.

Quão mais forte e arraigado for o hábito da autocomiseração, menos oportunidades de desenvolvimento pessoal serão aproveitadas. (contar a história do rapaz que veio pedir dinheiro).

O terceiro personagem é o pai desse dos filhos, para mim ele é o personagem principal dessa parábola.

Quando os fariseus e escribas estavam ouvindo essa parábola, eles puderam perceber que esse pai representava Deus, mas esse Deus era diferente do "deus" que eles tinham em mente. O deus deles agiria diferente, agiria dentro da lei mosaica, "esses filhos deveriam ser apedrejados, que ultraje representar o deus deles com essas fraquezas"... que absurdo...

Jesus ao contar essa parábola ele apresenta um Deus com características que esses religiosos não conheciam. Ele estava quebrando paradigmas que a séculos estava sendo sustentados pela teologia farisaica da época.

Convido aos irmãos nessa noite conhecer um pouco mais sobre esse nosso Deus através das características deste pai da parábola contada por Jesus.

1-    Um Deus que tem filhos

Esse pai tinha filhos. Um certo homem tinha dois filhos; Lucas 15:11 Queridos irmãos que coisa maravilhosa em saber que Deus não tem escravos, Deus não tem empregados, Deus tem filhos e filhos amados...

Não é pouca coisa ser chamado filhos e herdeiros de Deus. Talvez essa doutrina tenha sido tão diluída e abusada nos círculos cristãos e no mundo, que nós não estamos tão impressionados como deveríamos estar: "Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu" (1 João 3:1).

É fundamental que, antes de mais nada, o cristão conheça a sua cidadania: "Eles continuam no mundo... Eles não são do mundo..." (João 17:11,16). Aqueles que foram salvos por Cristo foram também feitos filhos de Deus.

Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: "Aba, Pai!". O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:14-17

Fomos adotados enxertados na videira verdadeira. Uma implicação importante de ter sido adotado na família de Deus é que nós podemos agora nos relacionar com ele como o nosso Pai Celestial, e que nós podemos ter agora comunhão com outros cristãos como verdadeiros membros de família.

De fato, a união entre os cristãos deveria ser tão forte quanto aquela que existe entre os membros de uma família natural. Nós somos unidos pela vontade de Deus, pelo sangue de Cristo e por uma fé em comum. Somos filhos!!!

2 – Um Deus imparcial

Por que às vezes temos a impressão de que Deus abençoa mais a uns do que a outros? Não somos iguais perante ele? Por que a vida cristã parece mais amena, mais fácil para alguns e um mar de tormentas para outros?

Alguns passam pela prova sorrindo, outros entretanto ficam com marcas profundas em suas vidas. Não nos parece que Deus é mais severo com uns do que com outros?

Você um dia já se fez essa pergunta, será que Deus tem filhos prediletos, se sim será que estou sendo um de seus filhos prediletos…

O texto diz: Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. Lucas 15:12 Não só o filho mais novo recebeu parte de sua herança, o filho mais velho também recebeu a sua parte ainda que não tivesse pedido. A bíblia fala muito sobre a imparcialidade de Deus. Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Mateus 5:45

Ao contrário do que muitos pensam Deus não tem filhos prediletos.

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Nessa passagem podemos responder essa pergunta, Deus não tem filhos prediletos, Ele ama você do jeito que você é, Ele ama aquele cara que aos nossos olhos é considerado um cara cheio de Deus, ama o drogado, os anti-cristo, Deus ama a todos de igual maneira.

Atos 10:34 "Então Pedro começou a falar. Ele disse:  Agora eu sei que, de fato, Deus trata a todos de modo igual,…"

Não existem os tais filhos prediletos, mas sim filhos que se relacionam e amam a Deus mais como Ele nos amou, filhos que confiam, entregam e decidem morrer para o mundo e viver somente para a honra e gloria do Teu nome.

3 –  Um Deus que espera pelo RETORNO dos filhos

E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua Lucas 15:13

A atitude do pai é a mais intrigante, e esta história muito nos revela sobre o agir de Deus. Ele sabia que aquela decisão traria consequências drásticas para o filho, mas ainda assim não o impediu de viver aquela experiência.

O pai mesmo sabendo que não era a melhor decisão e deixou o filho ir. Ele poderia ter proibido se quisesses, mas não o fez. E isso antes que alguém pense não tem nada a ver com o livre arbítrio do filho. Aliás quero informar a você meu querido irmão que esse conceito de livre arbítrio que as pessoas falam não existe, não é bíblico. E eu quero explicar o porquê.

Primeiro que a bíblia diz que fora de Cristo nós estávamos mortes em nossos pecados, um morto não tem vontade! éramos filhos da desobediência, portanto escravos do inimigo, um escravo não tem vontade própria, apenas faz e age conforme é exigido.

Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Efésios 2:1-3

Fora de Cristo você não tinha e ninguém ainda tem alguma escolha todos são escravos. Somente em Cristo temos a oportunidade de escolha, Jesus conquistou isso na cruz por nós.

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. Efésios 2:4,5

Em Deus temos a possibilidade de escolha. Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Deuteronômio 30:19

As nossa decisões e escolhas sempre terão desdobramentos em nossas vidas, a desse menino não foram boas.

Somos livres em Cristo para fazer nossas escolhas, porém também é preciso ter ciência de que elas podem gerar frutos para a eternidade.

 Naquele momento, o pai sabia que o filho não estava sendo sábio, mas não o impediu. Afinal, ele até aquele momento vivia na casa do pai, conhecia a rotina, o cuidado, o trabalho. Mas quis viver "sua própria vida".

Essa história se repete na vida de muitos cristãos que por conta da desobediência saem da casa do pai e se afundam em pecado, em situações desesperadoras, mas Deus o pai espera a sua volta.

O texto diz que quando ele está voltando para casa seu pai o avistou de longe. quando ainda estava longe, viu-o seu pai Lucas 15:20

Todos os dias o Pai olha para o horizonte daquela estrada com a esperança de ver seu filho voltando. Neste dia lá longe uma pessoa está vindo pela estrada a dentro.

O coração do pai acelera será que é ele? O pai reconhece seu filho, ainda que distante, mesmo em meio ao seu estado decaído e deplorável, com suas roupas já em trapos, mesmo repleto de sujeira, de imundície.

Mesmo de longe e com a sua cabeça provavelmente encurvada pela tristeza e vergonha de ter abandonado seu lar, ainda sim, seu pai o vê e o reconhece. Amor, o melhor adjetivo deste pai.

O verso 20 diz que esse pai não se aguentou; cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. Lucas 15:20

Movido de intima compaixão. O modo como avistou o filho, a saudade, o amor, pensando nas dificuldades que passara.

O estado deplorável que retornava aquele rapaz. Cabeludo, barbudo, maltrapilho e maltratado, sujo, a dias sem tomar um banho, caminhando a pé a não sei quantos dias de viagem, pois dinheiro não tinha.

O filho retornava: sem diploma, derrotado, humilhado, envergonhado, desprezado, arruinado e abandonado. Penetrando na narrativa, o estado daquele jovem era horrível.

Esse pai foi completamente rejeitado e se tornou objeto de ridículo por causa do filho. Esse pai perdeu uma grande quantidade de dinheiro por causa do filho, mas mesmo assim o seu coração estava cheio de compaixão.

O Senhor está aqui nos dizendo como é o coração de Deus. Ele não está cheio de ira e condenação, mas está pleno de compaixão.

Nunca devemos pensar que apenas os pródigos precisam provar do amor do pai. Mesmo aqueles que nunca saíram de casa precisam descobrir esse amor. Muitos crentes nunca tiveram uma experiência profunda com o amor do pai.

O pai correu e abraçou,

No grego tem mais de uma palavra para correr. Uma palavra fala da corrida lenta e constante, enquanto a outra fala de uma largada explosiva. Qual das duas você acha que Jesus usou aqui?

Foi uma explosão em direção ao filho. Ele correu no ritmo do seu próprio coração cheio de amor. O pai viu o filho vindo ainda longe e então correu em sua direção.

Naqueles dias pessoas idosas não corriam pois era considerado indigno, mas o pai ergueu sua roupa mostrou a sua perna e correu em direção ao seu filho. Ele abriu mão de sua glória como pai.

Não parou para ver o estado do seu filho, não parou para saber se tinha ou não tomado banho e colocado perfume, não!

Ele o abraçou de forma forte, carinhosa, amorosa, sem medir consequências, um abraço do íntimo da alma, do fundo do coração, atrelado a uma alegria sem medidas.

Uma história de amor resgatada num abraço. Um Deus que dá o primeiro passo que nos ama primeiro. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi. João 15:16

No abraço do Pai todo veneno do diabo é removido.-

No abraço do Pai o seu perfume tira de nós o odor dos porcos.-

No abraço do Pai somos curados e restaurados.-

No abraço do Pai sentimos segurança e fé para desfrutarmos de nossa herança novamente.

O pai o beijou. Quantos beijos? Não sabemos, mas com certeza foram muitos, a palavra grega usada aqui não significa um simples beijo, mas significa beijar muitas vezes, repetidamente de forma terna e afetuosa.

 Lembre-se que o garoto ainda cheirava a chiqueiro de porcos, mas isso não impediu o pai de beijá-lo muitas vezes. Esse é o nosso Pai. Essa parábola é para nos revelar o Pai.

O pai não viu um homem, uma pessoa, ele viu seu filho, fruto de suas entranhas, ele viu a herança que Deus lhe dera (Eis que os filhos são heranças do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Salmo 127:3).

4- Um Deus que restaura por completo os seus filhos

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. Lucas 15:21-24

No primeiro momento e primeiras palavras, o jovem homem fita seu pai e ainda meio sem entender diz que não é digno de ser chamado de filho, mas o pai pouco estava se importando para as desculpas que trouxera.

Nada do que dissesse faria efeito algum, nada, absolutamente nada removeria o sentimento de amor que inundara seu coração. Deste modo aconteceu, pois nada disse, nenhuma palavra negativa sobre seu estado e sua volta.

Contrapondo todos os planos que o jovem pensara desde o encontro e suas palavras de perdão a pedir para trabalhar como empregado, o pai surpreende mais uma vez e faz uma linha direta do momento presente com o passado quando vivia sob sua tutela. No mesmo instante que escuta o discurso do filho, ele se volta para onde estão seus servos e diz uma ordem em tom de muita felicidade:

Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;

Aquele Pai joga fora aqueles trapos e veste seu filho com dignidade, ele restaura a autoridade do filho quando coloca um anel em seus dedos e coloca uma sandália em seus pés para demonstrar que o recebia como filho de volta pois só os escravos andavam descalços.

O pai prepara uma refeição para seu filho e come com ele. No Oriente Médio, aceitar comer com alguém é aceitar a pessoa em seu convívio; justamente por isso o irmão mais velho se recusava a entrar na comemoração.

 Ou seja, aquele pai estava demonstrando ao filho que, apesar dos diversos insultos, ele era aceito de volta na mesma condição que havia deixado para trás.

Essa parábola nos mostra um Deus que perdoa e está pronto a restaurar todos os seus filhos.

Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Efésios 2:5,6

Eu não sei querido irmão se você está longe de casa, mas se estiver este Deus/pai todos os dias olha pra estrada esperando a sua volta... volta filho, volta filha, para casa do Pai...

Ilustração.

Um filho não se dava bem com o seu pai. Ele achava ruim ficar ali na casa do seu pai, ele descordava do seu pai, ele e seu pai brigavam muito, ele considerava seu pai um chato, um cara ultrapassado, com ideias antigas. Então ele resolveu ganhar o mundo.

Ele morava no interior, em uma fazenda onde passava uma estrada de ferro. Então ele resolveu fazer sua trouxa, colocou suas roupas e ficou na beira da estrada. Quando o trem de carga passou ele entrou num vagão e foi embora sem se despedir de seu pai. Ele foi vendo a casa do seu pai ficando cada vez mais longe e foi viver a vida.

Ele havia dito para seu pai que nunca mais voltaria. E essa era a vontade dele. Ele foi de cidade em cidade, de centro em centro buscar o seu destino. Porém tudo o que ele conseguiu encontrar foi tristeza, dor e lágrimas.

Aprendeu a fumar. Do cigarro os "amigos" ofereceram maconha, e da maconha ofereceram cocaína, e da cocaína ofereceram crack. E ele foi mergulhando em um abismo cada vez maior. Foi injetando drogas na veia, foi se embriagando, foi se destruindo até que começou a fazer muitas coisas erradas, pequenos furtos e começou a ser perseguido pela polícia, sempre fugindo, correndo, com medo. Sempre no escuro, nas trevas. De dia ele dormia, de noite ele saia. A vida dele era andar na escuridão.

E assim ele foi vivendo, vivendo, vivendo até que ele se cansou. Ele cansou daquela vida, caiu em si, se lembrou da casa de seu pai, da fazenda de seu pai, sentiu vontade de largar aquela vida e voltar pra lá:-

Mais agora meu pai não vai querer me receber, meu pai vai me desprezar, meu pai é um homem muito duro, agora eu sou um dependente de drogas. Mas eu vou escrever uma carta para o meu pai.- Disse ele Ele; escreveu uma carta para o seu pai, e na carta ele disse.

 "Pai, minha vida está destruída, depois que eu saí da fazenda a minha vida virou um inferno. Eu reconheço que estou de mal a pior. Só existe uma saída: eu voltar para a tua casa se o senhor me receber.

 Eu sei que não sou digno de voltar para a tua casa, eu não sabia que eu era feliz. Mais agora eu sei que sou infeliz longe da tua casa. Se o senhor pudesse me receber eu seria a pessoa mais feliz do mundo. Pai, eu não tenho coragem de ir até aí, mas eu te peço uma coisa: eu vou pegar aquele trem novamente e pelo caminho eu irei olhando pela janela.

Se o senhor quiser me receber de volta coloca um lenço ou um lençol amarrado naquela árvore em frente de casa, se o senhor quiser que eu vá pra tua casa, e eu de dentro do trem vou ver como um sinal que o senhor quer que eu volte para a tua casa. Mas se o senhor não quiser que eu volte não coloque nada. Mas eu irei assim mesmo e espero a tua resposta na árvore pelo lenço ou pelo lençol."

 E mandou a carta. Esperou uma semana para ter a certeza que ele receberia a carta. Então ele juntou todas as suas coisas. Ele estava imundo, sujo, barbudo, unhas compridas, magro, doente, fraco, mas ele vai e pega o trem. E no caminho ele vai pensando: "Se o meu pai quiser que eu volte ele vai colocar um lenço amarrado naquela árvore, mas se o lenço não estiver é porque ele não quer mais me ver."

E quando o trem passava pela fazenda de seu pai ele avistou uma árvore, e nessa árvore tinha um grande lençol branco amarrado. E o trem continuou, e surgiu outra árvore, e naquela árvore também tinha outro lençol grande amarrado. E surgiu outra árvore com outro lençol. O filho começou a chorar. E a cada árvore que passava um lençol branco estava amarrado. Em todas as árvores daquela fazenda, centenas e centenas, milhares e milhares de lençóis brancos amarrados. E o filho então, quando o trem passou pela fazenda, toda a casa, todas as árvores com lençóis amarrados e o pai do lado de fora esperando. O filho saltou do trem e abraçou o seu pai com alegria. E ele chorava dizendo: - Pai, me perdoa.

E o pai não precisava dizer mais nada porque todos aqueles lençóis brancos já haviam falado tudo. Queridos(as), Deus não está amarrando lençóis nas árvores para dizer que te ama, mas se você abrir o livro que Ele tem você vai ver em cada uma dessas páginas Deus está dizendo: " Eu te amo, eu sempre te amarei, volte para a minha casa e seja comigo. Eu sou teu pai, eu te perdoo de todo o meu coração."

Se você está afastado da presença de Deus, se está arrependido, com vontade de voltar para a presença de Deus mas está com medo que Deus possa te rejeitar, te renegar, saiba que se você estiver arrependido de todo o seu coração, disposto a renunciar a sua carne, disposto a fazer a vontade de Deus para agradá-lo ele irá te perdoar.

 Deus só não irá aceitar que você persiste no mesmo erro, mas se você se arrepender verdadeiramente Deus estará de braços abertos para te receber e uma nova história ele dará a você, pois ele te ama incondicionalmente.

Este é o nosso Deus. Um Deus que anseia pelo pecador arrependido. Um Deus que não nos impede de fazer nossas próprias escolhas, embora esteja sempre pronto a nos dizer qual é o caminho a ser seguido. Um Deus que nos recebe de braços abertos e restitui o que foi perdido.

Mesmo se você tiver tomado a decisão errada e hoje se encontra longe da presença do Pai, saiba que ele continua no mesmo lugar, à porta, olhando e esperando ansiosamente por sua volta. Porque Ele te ama!

 


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