2022/12/21

PÁSCOA

Êxodo 12:4-20

Quando eu era um neófito, ou seja, novo na fé, eu sempre ficava confuso nesse período de páscoa, pois não sabia se estavam falando da páscoa Judaica ou da páscoa Cristã, eu tentava entender onde entrava o coelho da páscoa, mas tudo bem, vamos tirar o coelho dessa equação pois é o único que não tem nada a ver com a história da páscoa...

A páscoa Judaica conhecida como Pessach que significa Passagem, foi inaugurada em 1280 a.C que se deu com a saída do povo de Deus do Egito, na saída histórica de Israel da longa e amarga escravidão do Egito, com a libertação do povo de Deus das garras de Faraó.

Um cordeiro foi imolado e seu sangue foi passado no batente das portas de todos os israelitas. Na noite em que todo primogênito egípcio foi morto, os israelitas foram poupados pelo sangue do cordeiro.

A Páscoa judaica apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Jesus é o nosso Cordeiro pascal. No Cenáculo, ele inaugurou o sacramento da Ceia e firmou a nova aliança em seu sangue.

No Antigo Testamento a Páscoa fala da libertação do povo de Israel do terrível cativeiro do Egito. Esta bela e dramática história está registrada em Êxodo 12. No Novo Testamento a Páscoa refere-se à morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Deus tirou o seu povo do Egito com mão forte e poderosa através do sangue do Cordeiro. Deus nos tirou do cativeiro do pecado pelo sangue de Jesus. A morte do cordeiro na páscoa judaica era um tipo da morte de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

A morte de Cristo não foi um acidente.

Ele não morreu porque sucumbiu ao poder de Roma.

Ele não morreu porque Judas o traiu por ganância,

nem porque o sinédrio o entregou por inveja ao governo romano,

nem mesmo porque Pilatos o condenou por covardia.

Jesus morreu porque o Pai o entregou por amor. Ele morreu porque a si mesmo se deu pelo seu povo. Cristo não morreu como um mártir, mas como nosso Redentor. Ele morreu pelos nossos pecados.

"Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras," 1 Coríntios 15:3

 Algumas lições podem ser destacadas para o nosso ensino:

1.    O livramento da morte depende da morte do Cordeiro

Se uma família for pequena demais para um animal inteiro, deve dividi-lo com seu vizinho mais próximo, conforme o número de pessoas e conforme o que cada um puder comer. O animal escolhido será macho de um ano, sem defeito, e pode ser cordeiro ou cabrito. Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr-do-sol. Êxodo 12:4-6

Quando a Páscoa foi instituída, Deus ordenou a Moisés que cada família se reunisse para matar o cordeiro e aspergir as ombreiras da porta com o sangue.

O anjo do Senhor passaria naquela noite e vendo o sangue passaria por alto e não feriria de morte o primogênito. Todos os primogênitos do Egito morreram naquela noite, exceto aqueles que estavam debaixo do abrigo do sangue do Cordeiro.

Não foi a vida do cordeiro, mas sua morte que trouxe livramento para os israelitas.

Assim, também, somos libertos da morte pela morte de Cristo. Ele morreu na nossa morte. Ele é o nosso cordeiro pascal.

Jesus Cristo morreu em nosso lugar quando foi crucificado. Nós merecíamos ser pendurados na cruz para morrer, pois somos nós que vivemos vidas de pecado. Em nosso lugar, Cristo tomou sobre Si a punição.

"Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (II Coríntios 5:21).

Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós e ele carregou no seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados. Ele bebeu sozinho o cálice amargo da ira de Deus. Ele sofreu o golpe da lei em nosso lugar e satisfez completamente as demandas da justiça divina, quando suportou em nosso lugar a condenação que nossos pecados merecem.

"Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (I Pedro 2:24).

2.               O livramento da morte depende de estar debaixo do abrigo do sangue.

Passem, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal. Êxodo 12:7

O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito. "Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes o comemorarão como festa ao Senhor. Comemorem-no como decreto perpétuo. Êxodo 12:13,14

A libertação da morte dependeu não apenas da morte do cordeiro, mas também, do seu sangue aspergido nas ombreiras das portas.

Precisamos estar debaixo do sangue de Cristo para sermos redimidosNão há remissão de pecados sem derramamento de sangue. Hebreus 9:22

Na carta que escreveu aos efésios, Paulo diz: "… em quem temos a redenção pelo seu sangue…" Efésios 1.7

Não é o sangue de um cordeiro que pode nos purificar do pecado, mas apenas o sangue do Cordeiro sem defeito, o sangue de Cristo.

"...o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado" 1 João 1.7

Por ele somos remidos, comprados, purificados e justificados.

3.    Os que foram libertos pelo sangue precisam se alimentar do Cordeiro

Naquela mesma noite comerão a carne assada no fogo, juntamente com ervas amargas e pão sem fermento. Não comam a carne crua, nem cozida em água, mas assada no fogo: cabeça, pernas e vísceras. Não deixem sobrar nada até pela manhã; caso isso aconteça, queimem o que restar. Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor. "Naquela mesma noite passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor!  Êxodo 12:8-12]

Aqueles que foram salvos pelo sangue alimentaram-se do cordeiro. Reunidos em famílias, os israelitas se fortaleceram para a caminhada, comendo a carne do cordeiro com ervas amargas.

A Páscoa judaica foi substituída pela Ceia do Senhor. O pão simboliza o corpo de Cristo e o vinho o seu sangue. Devemos nos alimentar do corpo e do sangue do Senhor.

Aqueles que são salvos pelo sangue de Cristo, precisam se alimentar de Cristo. Ele é o pão vivo que desceu do céu. Ele é o alimento para a nossa alma.

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo."João 6:51

Jesus anuncia a si mesmo como o verdadeiro Pão descido do céu, capaz de saciar não por apenas um momento, não apenas um trecho do caminho, mas é capaz de saciar para sempre. Ele é o Alimento que dá a vida eterna, por que é o Filho Unigênito de Deus que veio para fazer com que o homem tenha vida em plenitude.

Quando comemos do pão da vida, obtemos esperança, propósito e direção.

 Quando comemos do pão da vida, crescemos em paz, justiça e sabedoria.

Quando comemos do pão da vida, sentimos conforto na angústia e vencemos o medo.

Quando comemos o pão da vida, seguimos o exemplo de Cristo e desenvolvemos a capacidade de compaixão, a capacidade de amar.

4.    Os que celebram a Páscoa do Senhor precisam lançar fora todo o fermento da maldade

Durante sete dias comam pão sem fermento. No primeiro dia tirem de casa o fermento, porque quem comer qualquer coisa fermentada, do primeiro ao sétimo dia, será eliminado de Israel. Convoquem uma reunião santa no primeiro dia e outra no sétimo. Não façam nenhum trabalho nesses dias, exceto o da preparação da comida para todos. É só o que poderão fazer. "Celebrem a festa dos pães sem fermento, porque foi nesse mesmo dia que eu tirei os exércitos de vocês do Egito. Celebrem esse dia como decreto perpétuo por todas as suas gerações.

No primeiro mês comam pão sem fermento, desde o entardecer do décimo quarto dia até o entardecer do vigésimo primeiro. Durante sete dias vocês não deverão ter fermento em casa. Quem comer qualquer coisa fermentada será eliminado da comunidade de Israel, seja estrangeiro, seja natural da terra. Não comam nada fermentado. Onde quer que morarem, comam apenas pão sem fermento". Êxodo 12:15-20

 Durante a celebração da Páscoa judaica, os israelitas não podiam ter nenhuma espécie de fermento em casa nem comer pão levedado. O fermento é um símbolo da contaminação do pecado. Começa pequeno, age secretamente, mas espalha-se rapidamente. Ele cresce e incha e infiltra em toda a massa.

Precisamos examinar a nós mesmos antes de comermos o pão e bebermos o cálice. O propósito do autoexame não é fugirmos da Ceia por causa do pecado, mas fugirmos do pecado por causa da Ceia.

Não podemos participar dignamente da Ceia do Senhor agasalhando pecado no coração. Não podemos participar da Ceia dignamente, hospedando no coração qualquer sentimento de hostilidade ou rancor pelos irmãos.

A igreja precisa ser uma comunidade de santidade, amor e perdão, antes de ser uma comunidade de celebração. Não podemos associar iniquidade com ajuntamento solene.

Paulo diz: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem como fermento da maldade e da malícia e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Co 5:7-8).

O QUE NÓS CRISTÃOS COMEMORAMOS – Marcos 14:12-26

Na sua última comemoração da festa dos pães asmos (v. 12), em determinado momento Jesus estabeleceu uma comemoração para os seus discípulos, substituiu a comemoração da libertação do Egito pela comemoração da libertação do pecado através do seu próprio sacrifício. Por isso o apóstolo Paulo afirma que Jesus é a nossa páscoa. (1Coríntios 5:7).  

 ...Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 1 Coríntios 5:7.

Jesus estabeleceu um Novo Testamento para aqueles que cressem nele como Salvador. Substituiu a comemoração e os elementos da comemoração.

Os elementos passaram a ser somente o pão e o vinho, representando o seu sacrifício físico e o seu derramamento de sangue para a remissão do nosso pecado.

O que precisamos entender queridos irmãos é que se tirarmos o Cristo da páscoa, não teremos Páscoa, a própria história de libertação do povo do Egito, não seria nada além de uma bela história se ela não estivesse apontando para o Cristo o salvador do Mundo.

Jesus foi o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar. Sua morte foi vicária, substitutiva. Ele morreu a nossa morte. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. O inocente morreu pelo culpado. 

a) Mt 20:28 – Ele veio para dar a sua vida em resgate de muitos

b) Mt 26:28 – Este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.

c) Ap 5:9 – Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.

Essa é a maior lição que todos nós temos de guarda em nossos corações, fomos comprados a preço de sangue real, o Deus todo poderoso amou você de tal forma, de tamanha intensidade ao ponto de enviar o que ele tinha de mais preciso para que você tivesse a chance de uma nova vida.

Jesus a qualquer momento poderia ter descido daquela cruz e não o fez não porque não podia, não fez por amor a você, não foram os cravos que o seguraram ali, foi o amor intenso que sente por você que o seguraram ali.

Hoje nós estamos com uma mesa diferente aqui, ela tem  alguns elementos diferentes da mesa de Ceia tradicional, basicamente essa mesa contém os elementos da ceia pascal dos judeos, para nós simbolicamente ela representa ou tem o mesmo simbolismo da mesa que comumente comemoramos todo primeiro domingo do mês, que é lembrarmos a morte e ressurreição de Cristo.

No entanto, quero analisar esses elementos individualmente, pois cada um deles são ricos em ensinamentos pra cada um de nós.

1) Pães Ázimo – PÃO SEM FERMENTO – O fermento é símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino.

 Disse-lhes Jesus: "Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus... Então entenderam que não estava lhes dizendo que tomassem cuidado com o fermento de pão, mas com o ensino dos fariseus e dos saduceus. (Mt 16:6-12)

Esse elemento da santa ceia lembra-nos que Deus não admite que o seu povo participe do pecado. Deus odeia o pecado e nós como seus discípulos devemos ter o mesmo sentimento para com o pecado.

 O fermento simbolizava a hipocrisia, o viver aparente, assim como os fariseus da época, os religiosos de plantão são bons nisso.

Estamos participando de uma geração que gosta de viver de aparência, simplesmente porque gostam de ostentar certa imagem. É comum hoje conhecermos pessoas que vivem apenas de fachada, apenas uma aparência espiritual, mesmo quando está mal, gostam de passar uma imagem que está bem com Deus. "hipocrisia "Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia e vida pecaminosa.  (Lc 12:1)

Comer desse pão ázimo, sem fermento é lembrarmos que somos chamados a santidade, somos chamados a viver um cristianismo real.

Comer deste Pão é entender que seu primeiro e principal trabalho é matar o pecado em sua raiz;

Comer deste pão é limpar o coração, que é a fonte; pois é do coração que vem todo o mal em nossa vida.

2) (cordeiro assado)- O CORDEIRO ASSADO NO FOGO – O nosso que Cordeiro sofreu na cruz o fogo da justiça de Deus. Cristo foi ferido e moído na cruz.

Quando participamos deste momento precisamos lembrar com alegria, mas também com muita reverência do sacrifício do cordeiro por nós.

Cristo se entregou sem reservas a uma morte horrenda para que eu e você estivéssemos aqui essa noite. Ele nos resgatou...

 Resgate significa o valor pago para obter a libertação ou soltura de um cativo. Este conceito de resgate foi usado por Paulo quando escreveu que fomos "comprados por bom preço" (1Co 6:20; 7:23) 

Redenção e resgate significam que Cristo deu sua vida e ressuscitou para tornar possível o homem voltar para Deus. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo" (1Tm 2:5-6).

4) (ervas amargas) – ERVAS AMARGAS – falam do sofrimento que deixaram no Egito e das provas que teriam pela frente. Ela representa o fato dos egípcios terem tornado a vida dos israelitas amargas, com sofrimento da escravidão.

Neste momento essas ervas amargas nos fala do sofrimento que a escravidão do pecado tem trazido a muitos corações. Quantos de nós estamos aprisionados em vícios e pecados e não conseguimos viver uma vida abundante. O pecado destrói a alma, aflige o coração e abala as emoções.

Muitos de nós estamos sofrendo uma escravidão e choramos por isso, e assim como o povo de Israel clamamos Deus nos salva, nos liberte dessa prisão...

5)      Molho doce – Significa que a amargura da escravidão se tornou doçura, graças à salvação...

Quando Deus enviou Seu Filho à terra, ele pois o fim a essa escravidão, Ele abriu a porta da salvação para quem quiser acreditar. Isso significa que qualquer um pode se tornar Seu filho e ter a vida eterna! Ele pode salvar qualquer um, não importa os erros que tenha cometido. "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens" (Tt 2.11).

 Isso chama-se graça... O molho doce é a representação da Graça...

Todo o Antigo Testamento, a Torá, os Salmos e os Profetas, apontam para Aquele que traz a graça, que sacrificou Sua vida para expiar os nossos pecados. Não é possível separar a graça da cruz. Esse molho doce misturado com as ervas amargas no diz que o sofrimento acabou, a morte foi derrotada e fomos alcançados pela graça. E essa graça se manifestou através de Jesus Cristo.

9)      Vinho – Representa o preço de nosso resgate, Jesus esclarece o significado de resgate durante a Última Ceia. Referindo-se ao cálice, Jesus disse: "Isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão [perdão] dos pecados" (Mt 26:28; cf. Mc 14:24; Lc 22:20).

Esse sangue é o sinal...

a) O sangue é sinal de distinção – O que distinguia os egípcios dos israelitas naquela noite do juízo era o sangue. Na verdade, só existem duas categorias de pessoas: os que pertencem à igreja dos comprados pelo sangue da redenção e aqueles que ainda estão debaixo de seus pecados.

 O que vai importar no dia do juízo de Deus, não é a sua religião, suas obras, seus méritos, seus dons, mas se você está ou não debaixo do sangue.

b) O sangue é sinal de salvação – Onde o anjo da morte via o sangue não entrava, pois o sangue lhe dizia: "Aqui já foi realizado o juízo, aqui a obra já está feita". 

Só o sangue do Cordeiro retinha a espada do juízo. Os filhos de Jacó não eram melhores, nem mais hábeis, nem mais santos, nem mais justos. O que os distinguia era o sangue. Quem está debaixo do sangue do Cordeiro está justificado. Agora já não há mais nenhuma condenação.

c) O sangue é sinal de segurança – O centro do Cristianismo é a cruz e o significado da cruz é a substituição. Cristo morreu por nós. Ele carregou os nossos pecados em seu próprio corpo. O castigo que nos trás a paz estava sobre ele. No sangue de Cristo temos segurança de perdão, de purificação.

Algumas lições podem ser destacadas para o nosso ensino:

• A Páscoa deve levar-nos a uma profunda investigação, a fim de saber se de fato todos os membros da família estão debaixo do sangue

• A Páscoa deve levar-nos a um compromisso familiar de explicar para os nossos filhos o que Deus fez por nós. Quem ele é para nós

• A Páscoa deve levar-nos à adoração.

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