Natal

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. Gálatas 4:4,5

Neste período, quando o Cristianismo se volta para as festividades do Natal, é muito fácil nos perder na confraternização de trocas de presentes e na comilança a sentido do natal. Não passa pela nossa lembrança que a vinda do menino Jesus, o nosso Senhor e Salvador, é uma realidade que celebramos por um acontecimento do qual os profetas e pais falaram e aguardaram com ansiedade.

Temos várias profecias que anunciam o nascimento de Jesus - Isaías 7:14: "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel."   701 a. C., aproximadamente).

Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz."

Miquéias 5:2: "Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." 740 a.C

Esses irmãos aguardavam ansiosamente o cumprimento dessas profecias, hoje desfrutamos de uma realidade que aqueles irmãos aguardavam em seus corações, hoje experimentamos em nossas vidas a realidade da presença de nosso Senhor e Salvador.

Neste texto Paulo dimensiona a realidade do Natal que devemos celebrar, mostrando que Deus é Fiel e Pontual nos Seus Planos eternos.

Natal é tempo de resposta a Deus "Na Plenitude do tempo…"

Irmãos, eu odeio chegar atrasado em meus compromissos, eu acredito que pontualidade é uma forma de eu glorificar a Deus, por isso me esforço para não deixar as pessoas me esperando. Pontualidade é uma característica divina.

O texto diz no "cumprimento do tempo" – "A hora exata em que Deus havia determinado que fosse levado a cabo a redenção feita pela mão do Messias"

 João dizia em alta voz "O tempo é chegado", dizia ele. "O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas! " Marcos 1:15 O tempo de Deus é exato e foi exatamente na plenitude dele que o seu plano realizou.

Meus irmãos aqui vemos uma das verdades mais preciosas da Palavra de Deus. Deus nunca chega atrasado.

De acordo com o apóstolo, Jesus é o Filho pelo qual todo o tempo havia esperado. As palavras de Paulo nos levam a refletir sobre o momento da aparição de Cristo no mundo: "vindo, porém, a plenitude do tempo".

O momento em que Jesus veio é dito como o tempo em seu ponto máximo, uma ocasião única em que todas as partes da história que teriam de ocorrer, de fato, ocorreram. Todo e cada detalhe que deveria ter acontecido agora estava em seu lugar.

Claramente, Paulo quer que percebamos que o momento do aparecimento histórico do Filho do Pai foi algo acordado e estabelecido entre o Pai e o Filho desde a eternidade. O apóstolo Pedro acrescenta que o momento da chegada do Filho era uma data que os profetas do passado diligentemente investigaram, que lhes fora revelada e predita por eles (1 Pedro 1.10-12).

Essas palavras, então, geram em nós a percepção de que o momento do nascimento de Cristo foi de acordo com a determinação de Deus, que, desde toda a eternidade, pelo mui sábio e santo conselho de sua própria vontade, livre e imutavelmente, ordenou tudo o que acontece. Cristo não poderia ter nascido mais cedo, nem mais tarde.

Portanto, se o nascimento de Jesus ocorreu na plenitude do tempo, como é essa plenitude? Podemos resumi-la em quatro características.

Foi um tempo de preparação política. O Império Romano trouxera a pax Romana ("paz de Roma") para o mundo então conhecido e, assim, o mundo se uniu como nunca antes (cf. Lucas 2.1).

Foi um tempo de preparação econômica. Os romanos haviam construído um bom sistema de transporte, focado em cinco rodovias principais que saiam de Roma para destinos no mundo antigo (cf. Colossenses 1.23).

Foi um tempo de preparação cultural. A língua grega se tornara o meio de comércio, cultura e filosofia (ou seja, a língua franca), e assim era possível que o evangelho e a literatura do evangelho atingissem um público universal.

E, finalmente, foi um tempo de preparação religiosa. A fome da alma, individual e social, viera sobre o mundo. O fracasso do paganismo e até mesmo do judaísmo, junto com um renascimento das esperanças messiânicas, caracterizava grande parte do mundo antigo.

Assim, em sua frase "vindo a plenitude dos tempos", o apóstolo Paulo nos aponta para o fato de que, politicamente, economicamente, culturalmente e religiosamente falando, a história fora orquestrada pelo Deus único e verdadeiro. Em particular, pela sua singular soberania e providência, as histórias de Roma e Jerusalém, que figuraram tão proeminentemente na estada do nosso Senhor na terra, convergiram. A data marcada para a chegada do Filho do Pai veio na hora certa.

É por isso que quando celebramos o natal precisamos lembrar que há uma chamada de adoração imediata, o tempo para ir a Jesus é pra já, é para agora o entregar o nosso coração a Deus, é pra hoje o tempo de salvação. Não podemos ser lentos nessa resposta.

Pois Deus diz: "No tempo certo, eu o ouvi; no dia da salvação, eu lhe dei socorro". De fato, agora é o "tempo certo". Hoje é o dia da salvação! 2 Coríntios 6:2

Na eternidade não há salvação, se HOUVESSE, os anjos caídos seriam salvos. Na eternidade Deus não salvou e nem salvará, pois a salvação de Deus é revelada para o tempo que se chama hoje. Os perdidos que morrerem seguem para o juízo de suas obras, pois já estão debaixo de condenação eterna. Mas, para aqueles que morrerem com Cristo (quando creem), ressurgem uma nova criatura, onde o propósito de Deus cumpre-se e seguem para a eternidade participante da vida em Deus.

Muitas pessoas, embora tenham ouvido o evangelho e estejam cientes de sua necessidade de salvação, ainda adiam sua decisão para amanhã ou talvez algum outro dia!

 

É importante entender que é perigoso contar com o amanhã, como nos avisa a Palavra de Deus: "Ouçam, vocês que dizem: "Hoje ou amanhã iremos para a cidade tal e lá passaremos um ano fazendo negócios e ganhando dinheiro." Vocês nem mesmo sabem o que será da vida de vocês amanhã. Vocês são apenas como neblina que aparece por um instante e logo desaparece" (Tiago 4:13-14).

A procrastinação é um pecado que negligencia a Palavra de Deus; e se uma pessoa continuar neste caminho ela se tornará indiferente, e as consequências são que quando sua vida chegar ao fim, ela passará a eternidade no lago de fogo, em vez de com Deus.

Como o tolo rico que estava focado apenas no que ele poderia acumular, e Deus lhe disse, 'Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?' (Lucas 12:20).

O salmista escreveu: "Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração… " (Salmo 95:7-8).

Este foi um aviso tão importante, que o escritor de Hebreus o citou três vezes, (Hebreus 3:7-8, Hebreus 3:15; Hebreus 4:7).

Por isso o Espírito Santo diz: "Hoje, se ouvirem sua voz, não endureçam o coração como eles fizeram na rebelião, quando me puseram à prova no deserto. Hebreus 3:7,8

Lembrem-se do que foi dito: "Hoje, se ouvirem sua voz, não endureçam o coração como eles fizeram na rebelião". Hebreus 3:15

Por isso Deus estabeleceu outra ocasião para que entrem em seu descanso, e essa ocasião é "hoje". Ele anunciou isso por meio de Davi muito tempo depois, nas palavras já citadas: "Hoje, se ouvirem sua voz, não endureçam o coração". Hebreus 4:7

 Esta é uma advertência enfática contra a descrença e a procrastinação; e avisa que realmente existe um grande perigo em resistir ao chamado de Deus para a salvação.

  Natal é o comprimento de uma Missão– "Deus enviou seu Filho,…"

Enviar. "Deus Pai enviou Deus Filho, em importantíssima missão, universalmente aplicável a todos os homens a toda a criação, é um conceito comum do evangelho de João, por muitas vezes reiterado"

Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele. João 3:17

Os seres humanos foram criados para viverem com Deus em um relacionamento pleno, harmonioso e de paz; sem a maldade, a dor e a morte. Porém, os seres humanos escolheram desacatar uma ordem divina, e tal desobediência lhes custou a perda desta vida perfeita. A partir disso, o pecado contaminou a alma humana e as consequências estão ai, o mundo se tornou um lugar difícil, apesar das coisas boas que ainda permanecem.

Mas a pior consequência, foi o homem ser separado de Deus, ou seja, o pecado, que ofende a santidade de Deus, impregnou na alma humana, e a desconfigurou. As pessoas começaram a demonstrar sinais de perversidade. E tal condição, nos condenou a nunca mais desfrutarmos do paraíso e da companhia do nosso Criador.

Porém, Deus é amor, e não há nada mais poderoso no universo do que este amor. E decidido a perdoar o homem por todas as injustiças.

Não havia ninguém puro ou inocente, cujo sangue, pudesse nos redimir de toda iniquidade. Então Jesus, obedecendo a ordem de seu amado Pai, desceu na terra, nasceu em forma humana, "…enfrentou as mesmas tentações que nós, mas nunca pecou" (Hb 4:15

Jesus não se importou de sofrer em nosso lugar, pois seu amor sempre foi maior que a dor. Foi o ser humano que errou, sim, nós desobedecemos, nós agimos de maneira errada, nós fazemos más escolhas, e muitas vezes, rejeitamos fazer o que é certo, mesmo conscientes.

Diante disso, nós é que deveríamos ter morrido naquela cruz, somos os verdadeiros culpados. Jesus era inocente, não merecia tal sofrimento, "…apesar disso, foram as nossas enfermidades que ele tomou sobre si, e foram as nossas doenças que pesaram sobre ele. Pensamos que seu sofrimento era castigo de Deus, castigo por sua culpa. Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados. Todos nós nos desviamos como ovelhas; deixamos os caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E, no entanto, o Senhor fez cair sobre ele os pecados de todos nós." (Is 53:4-6).

Natal é a missão de Deus e essa missão também é designada a nós. Não podemos celebrar o natal fora desta realidade. "Nós somos parte de uma história maior: Os primeiros discípulos sabiam o que era essa história, eles conheciam a história e a fé de Israel. Eles sabiam que seu povo fora chamado por Deus e que o Messias havia sido prometido como aquele que viria para salvá-los e eles deveriam anunciar essas boas novas ao mundo perdido.

Tal como Deus é parte de nossas vidas, nós também somos parte de uma história muito maior – a história da missão de Deus para reconciliar toda a criação com ele, como diz a Bíblia.

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. Mateus 28:19,20

Ele nos ordena a ir a todas as nações. Este comando não é isento de obrigações. Todos os Seus seguidores são responsáveis por isso.

Nossa missão é sermos testemunhas

Não podemos impedir que o mundo se corrompa; na verdade, o mundo vai se corromper de tal forma que será impossível para um cristão viver piamente nele; por isso os cristãos serão retirados um dia. Porém, durante o tempo em que for determinado aos cristãos permanecerem por aqui, cabe a eles refletir a luz de Cristo através de um viver pacífico, piedoso e reto; sendo, em tudo, exemplo de boas obras, moralidade, honestidade, bondade, benignidade, ética, honra, sensatez e tantos outros atributos valorosos ensinados a nós pela Palavra.

Você mesmo deve ser exemplo da prática de boas obras. Tudo que fizer deve refletir a integridade e a seriedade de seu ensino. Tito 2:7

Nossa missão não é mudar as pessoas pela força.

A humanidade sempre viveu, vive e viverá por aquilo que julga e entende ser o correto; todas as pessoas agem dessa forma; Jamais devemos tentar obrigar não-cristãos a viver pela nossa  filosofia de vida ou por nossas convicções, não devemos tentar impor às pessoas algo que elas não querem, sob pena de perdermos completamente o contato e a oportunidade futura de mostrarmos O Caminho, e, com isso acabar fazendo inimizades e batalhas desnecessárias com aqueles que devíamos amar e ajudar a serem salvos.

Devemos, sim, mostrar, dizer e ensinar que existe uma opção melhor na vida; uma opção melhor que a dor, melhor que o sofrimento, melhor que a frustração, melhor que os dogmas. Devemos mostrar que esta opção é o Santo Evangelho de Jesus Cristo.

Nossa missão é falar das boas notícias para todas as pessoas de todas as nações da forma como Jesus determinou:

Alguns verão e ouvirão a mensagem, entenderão e aceitarão. Outros verão e ouvirão, mas não entenderão e, ou, não aceitarão, por isso Jesus disse: "quem crer será salvo e quem não crer será condenado" Marcos 16.16

Algumas pessoas simplesmente não crerão, mas nossa missão não é obrigá-los a crer, ou julgá-las por não crer; o que importa é que todos ouçam o evangelho como declara o versículo que destaquei no início deste capítulo: "Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações" Marcos 13.10

Essa é a nossa missão; ser e pregar o evangelho para toda criatura acreditando que elas crerão na mensagem. Essa é nossa única e sublime missão.