2021/03/01

Verdades absolutas sobre Deus

"No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça" (Isaías 6.1-4).

Judá está à beira do abismo. Era também uma época de crise nacional. Uzias, o grande monarca, maior esperança nacional, está morto. O país estava de luto.

Que tipo de crise atingiu Judá?

a) Política interna de Judá – Com a morte do rei Uzias subiram ao poder reis que não levaram Deus a sério como Acaz e Manassés; que se voltaram para os ídolos e conduziram o povo à idolatria e à pobreza.

Enquanto os governantes eram fiéis, Deus abençoava a nação e esta prosperava, mas sempre que subia ao trono um homem mau, a nação toda sofria amargamente.

b) Política externa de Judá – Deus levantou Rezin, rei da Síria e Peca rei de Israel contra Judá. Judá então pede socorro à Assíria. Abre os cofres públicos e escraviza-se ao poder estrangeiro. Depois a Assíria os ameaça e fazem aliança com o Egito para se livrarem da Assíria. Pagam tributos pesados aos estrangeiros.

c) Crise econômica de Judá – Judá entrou em crise por causa dos impostos abusivos, por causa dos tributos abusivos que a nação pagava aos reis estrangeiros.

O povo trabalhava, mas os lucros fugiam-lhes das mãos. Isso trouxe uma riqueza para uma minoria que "juntava casa a casa e campo a campo", jogando o povo na miséria.

O poder legislativo de Judá "decretava leis injustas para negar justiça aos pobres e para arrebatar o direito dos aflitos, despojando as viúvas e roubando os órfãos" (10:1,2).

Ai daqueles que fazem leis injustas, que escrevem decretos opressores, para privar os pobres dos seus direitos e da justiça os oprimidos do meu povo, fazendo das viúvas sua presa e roubando dos órfãos! Isaías 10:1,2

d) A crise moral de Judá – O povo se corrompeu. Perdeu seus absolutos. Abraçou uma ética flácida e situacional. Perderam a noção de moralidade:

"chamavam luz de trevas e trevas de luz; o doce de amargo e o amargo de doce" (5:20). inversão de valores.

Judá caiu pelos seus pecados. Deus disse para Israel: "Volta ó Israel para o Senhor teu Deus, porque pelos teus pecados estás caído" (Os 14:1).

e) A crise espiritual de Judá – O povo de Judá era como filhos rebeldes. Eram pior do o animal irracional. O boi conhece o seu dono, mas Judá não conhecia o Senhor.

Judá estava doente: com feridas dos pés à cabeça. A despeito desse marasmo, o povo ainda mantinha as aparências e fazia sacrifícios ao Senhor. Mas Deus estava cansado desse culto hipócrita.

Foi neste contexto extremo de crise que Isaías recebe seu chamado, quando tudo parecia perdido, Isaías vislumbra sete verdades irrefutáveis sobre Deus.

Verdades que devemos guardar em nossos corações quando enfrentarmos momentos de crise.

As nossas crises não apanham Deus de surpresa. As nossas crises não abalam o trono de Deus. Deus reina. Os céus governam a terra. Deus dirige a história. Quem dirige os destinos da humanidade não são os poderosos, mas o Todo-Poderoso.

Esta é a grande mensagem de Isaías. Essa é a grande mensagem do livro de Apocalipse. Deus está no trono.

Não importam as crises. Não importa a fúria do dragão, o ódio do anticristo, a sedução do falso profeta, os encantos da grande meretriz. Deus reina.

Ele está no comando e ele vai colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés. Não se desespere, nem um fio de cabelo da sua cabeça pode cair sem que ele o permita. Ele Reina!

Aqui estão sete vislumbres de verdades absolutas sobre Deus que vejo nestes quatro versículos:

1.    Deus está vivo     "No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor"

Ele está vivo. No ano em que o rei Uzias morreu. Uzias está morto, mas Deus continua vivo. "De eternidade a eternidade, tu és Deus" (Salmos 90.2).

Deus era o Deus vivo quando este universo passou a existir. Ele era o Deus vivo quando Sócrates bebeu veneno. Ele era o Deus vivo em 1966, quando o teólogo Thomas Altizer proclamou sua morte e a revista Time estampou isso na sua capa.

E ele será o Deus vivo daqui a dez trilhões de anos, quando todos os insignificantes disparos contra sua realidade tiverem caído no esquecimento.

"No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor". Não há um único chefe de Estado em todo o mundo que ainda estará lá daqui a cinquenta anos. A rotatividade na liderança mundial é de 100%. Mas não é assim com Deus. Ele nunca teve um começo e, portanto, não depende de nada para sua existência. Ele sempre foi e sempre estará vivo.

2. Deus possui autoridade "Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono".

 "Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono".

Nenhuma visão do céu jamais contemplou Deus arando um campo, cortando grama, engraxando sapatos, preenchendo relatórios ou carregando um caminhão.

O céu não está desmoronando pela falta de cuidado. Deus nunca verá o fim de seu reino celestial. Ele se assenta. E ele se assenta em um trono. Tudo está em paz e ele tem controle.

O trono é o seu direito de governar o mundo. Não damos autoridade a Deus sobre nossas vidas. Ele a tem, quer gostemos ou não disso.

Que total loucura é agir como se tivéssemos qualquer direito de colocar Deus na parede! Precisamos ouvir, de vez em quando, palavras do Apóstolo Paulo;

"Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? "Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: 'Por que me fizeste assim? ' " Romanos 9:20

Ou então a exclamação atônita do salmista: "Que é o homem, para que com ele te importes." Salmos 8:4

Poucas coisas são mais humilhantes, poucas coisas nos dão aquele senso de majestade pura, quanto a verdade que Deus tem absoluta autoridade. Ele é o Supremo Tribunal, o Legislativo e o Chefe do Executivo. Depois dele, não há recursos.

3. Deus é onipotente "Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono".

O trono de sua autoridade não é um entre muitos. É alto e sublime. "Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono".

O trono de Deus ser mais alto que qualquer outro trono indica o poder superior de Deus para exercer a sua autoridade.

Nenhuma autoridade oposta pode anular os decretos de Deus. O que ele propõe, ele realiza.

"O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" Isaías 46.10

"Segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?" Daniel 4.35

E essa autoridade soberana do Deus vivo é um refúgio repleto de alegria e poder para aqueles que guardam o seu pacto.

4. Deus é resplandecente "...e as abas de suas vestes enchiam o templo."

 "Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo".

O manto de Deus preencher todo o templo celestial significa que ele é um Deus de incomparável esplendor. A plenitude do esplendor de Deus se mostra de mil maneiras.

Lembro-me de um artigo sobre espécies de peixes que vivem no fundo do mar escuro e têm suas próprias luzes — algumas têm espécies de lâmpadas penduradas em seus queixos, algumas têm narizes luminescentes, algumas têm faróis sob os olhos.

Existem milhares de peixes com luz própria que vivem nas profundezas do oceano, onde nenhum de nós pode vê-los e se maravilhar. Eles são espetacularmente estranhos e belos.

Por que eles estão lá? Por que não há apenas uma dúzia de tipos simples? Porque Deus é exuberante em esplendor. A sua plenitude criativa transborda em beleza excessiva. E se o mundo é assim, quanto mais resplandecente deve ser o Senhor que o imaginou e o fez!

5. Deus é reverenciado

 "Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava".

Ninguém sabe o que são essas estranhas criaturas de seis asas com pés, olhos e inteligência. Eles nunca mais aparecem na Bíblia — pelo menos não sob o nome de Serafins.

Dada a grandeza da visão de Isaías e o poder das hostes angelicais, será melhor não imaginarmos anjos como bebês gordinhos e com asas voando diante do Senhor como retratado em artes. Não!!!

De acordo com o versículo 4, quando um anjo deles fala, os alicerces do templo tremem. Não há criaturas insignificantes ou bobas no céu. Apenas seres magníficos.

E o ponto é: Nem mesmo eles conseguem olhar para o Senhor, nem se sentem dignos de deixar os seus pés expostos diante da presença dele.

Grandiosos e bons como são, incontaminados pelo pecado humano, reverenciam o seu Criador com grande humildade. Um anjo atemoriza um homem com seu resplendor e poder. Mas os próprios anjos se escondem em santo temor e reverência diante do esplendor de Deus. Ele é continuamente reverenciado.

6. Deus é santo

 "E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos".

Deus ser santo significa que Deus é Deus. A raiz do significado de santo é provavelmente "ser cortado" ou "separado". Algo santo é cortado e separado do uso comum (poderíamos dizer: secular).

As coisas e pessoas terrenas são santas quando são separadas do mundo e dedicadas a Deus.

 Assim, a Bíblia fala sobre a terra santa (Êx 3.5), assembléias santas (Êx 12.16), sábados santos (Êx 16.23), uma nação santa (Êx 19.6), vestes santas (Êx 28.2) uma cidade santa (Ne 11.1), promessas santas (Sl 105.42), homens santos (2Pe 1.21) e mulheres santas (1Pe 3.5), escrituras santas (2Tm 3.15), mãos santas (1Tm 2.8), beijo santo (Rm 16.16) e uma fé santa (Jd 1.20).

Quase tudo pode se tornar santo se for separado do uso comum e dedicado a Deus.

Porém, observe o que ocorre quando essa definição é aplicada ao próprio Deus. Do que você pode separar Deus para torná-lo santo?  De nada, a própria divindade de Deus significa que ele é separado de tudo o que não é Deus.

Deus é único. Sui generis. Ele é distinto. Nesse sentido, ele é totalmente santo. Deus é a realidade absoluta. Quando perguntado sobre seu nome em Êxodo 3.14, ele disse: "EU SOU O QUE SOU".

Seu ser e seu caráter são totalmente indeterminados por qualquer coisa fora dele mesmo.

Deus não é santo porque observa as regras. Ele escreveu as regras! Deus não é santo porque ele guarda a lei. A lei é santa porque revela Deus. Deus é absoluto. Todo o restante é derivado.

Ela determina tudo o que ele é e faz, e não é determinada por ninguém. A sua santidade é o que ele é como Deus, o que ninguém mais é ou jamais será.

Chame isso de sua majestade, sua divindade, sua grandeza. Na palavra "santo", navegamos para o fim do mundo no silêncio absoluto de reverência, maravilha e assombro.

Ainda pode haver mais para conhecer sobre Deus, mas isso estará além das palavras. "O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra" (Habacuque 2.20).

A maior necessidade da igreja hoje é ter uma percepção da majestade de Deus em seu meio. Precisamos ter um senso da glória de Deus. É impossível ter uma visão da glória de Deus sem se humilhar ao pó.

Deus é santo e toda a terra está cheia da sua glória. Ele é o Senhor dos Exércitos, o Deus que luta por nós, que guerreia as nossas guerras, que se manifesta e que age poderosamente em favor do seu povo.

7. Deus é glorioso . "Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória".

A glória de Deus é a manifestação da sua santidade, a sua glória é a exibição dessa santidade. "Deus é glorioso" significa que a santidade de Deus se tornou pública.

A glória de Deus é a revelação clara do segredo de sua santidade. Em Levítico 10.3, Deus diz: "Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado…".

Quando Deus se revela santo, o que vemos é a glória. A santidade de Deus é a sua glória oculta. A glória de Deus é a sua santidade revelada.

Queridos irmãos essa visão mudou a vida de Isaias essa visão tem que mudar a sua vida hoje. Essa 7 verdades me ensina que:

Precisamos ter uma visão pessoal da nossa real condição aos olhos de Deus

Antes de Isaías contemplar a Deus, ele distribuiu uma série de Ais:

1) Ai dos gananciosos (5:8);

2) Ai dos beberrões (5:11);

3) Ai dos injustos (5:18);

4) Ai dos corrompidos moralmente (5:20);

5) Ai dos soberbos (5:21);

6) Ai dos farristas (5:22). Mas, agora, quando vê o Senhor, ele se volta para dentro de si e diz:

7) Ai de mim (6:5).

"Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! " Isaías 6:5

 Russel Shedd diz que o maior pecado da igreja hoje é a dureza de coração. É falta de quebrantamento. É ausência de choro pelo pecado. E essa falta se dá pois estamos olhando para o pecado alheio e não para o nosso próprio pecado. Estamos convivendo harmoniosamente com os nossos pecados.

Precisamos ter uma visão de profunda angústia pelo nosso pecado

"Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! " Isaías 6:5

 Este Ai de Isaías é um ai de dor, de lamento, de angústia, de tristeza profunda. Ele não chora apenas as consequências do seu pecado, mas lamenta porque seus lábios são impuros.

Só quem tem um verdadeiro encontro com Deus, consegue enxergar a malignidade do seu pecado. Quanto mais perto de Deus, mas se vê a hediondez do pecado.

Quanto mais somos expostos à luz de Deus através do evangelho, mais choramos pelas nossas mazelas.

 Precisamos ter uma visão do pecado que nos rodeia

"Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! " Isaías 6:5

Isaías disse: "e habito no meio de um povo de impuros lábios". Isaías se incomoda com o pecado do seu povo. Ele chora pelo pecado da nação. Ele geme de dores por causa da transgressão do seu povo. Ele não é um homem alienado espiritualmente. As feridas do seu povo estão doendo no seu coração.

Estamos vivendo tempos onde o pecado sistêmico não nos incomoda mais, preferimos manter a amizade do que exortamos o pecador que está em passos largos para o inferno.

A política do politicamente correto tem sedado o nosso ímpeto missionário, preferimos deixar nossos amigos ir para o inferno do que exorta-los a vida.

4. Precisamos ter uma visão da graça perdoadora de Deus – v. 6-7

Então um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. Com ela tocou a minha boca e disse: "Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado". Isaías 6:6,7

Não há perdão, onde não há confissão. Hoje pregamos a fé sem o arrependimento. A salvação sem a conversão. Deus é Deus de perdão.

Você pode ser transformado hoje. Seu vocabulário pode mudar. Seu coração pode mudar. Uma fonte de vida pode brotar do seu interior. Você pode ter uma mente pura, um coração puro, um namoro puro, um casamento santo.

A mulher samaritana recebeu uma nova vida.

Zaqueu achou paz para o seu coração;

a mulher pecadora foi perdoada;

Bartimeu teve seus olhos abertos;

o leproso foi purificado;

o ladrão foi recebido no paraíso.

Cristo pode agora mesmo libertar você também. Pode perdoar o seu pecado e fazer de você uma nova criatura.


https://youtu.be/Ufp3I2Xbyls

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