2023/01/07

Eu sou a luz do mundo!

TEXTO: Jo 8.12-30

No último estudo vimos que Jesus se achou em meio a uma trama da liderança judaica, que queria colocá-lo entre duas escolhas, onde em qualquer uma delas, Ele seria julgado e condenado. Os judeus lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério, com um questionamento: "A lei manda que tais mulheres sejam apedrejadas. E tu, o que dizes?"

Se Ele dissesse que deveriam apedrejá-la e eles assim fizessem, Jesus poderia ser condenado porque, embora o tribunal judaico tivesse autoridade para julgar uma pessoa, não tinha o poder para executar a pena. Isso tinha que ser sujeito a uma decisão do tribunal romano.

Por isso, se Ele autorizasse o apedrejamento se colocaria numa situação delicada com os romanos. Se, por outro lado, Ele dissesse que não deveria ser apedrejada, poderia ser levado diante do tribunal judaico, por ser alguém que defendia a imoralidade, ou a quebra da lei. Jesus se saiu bem daquela cilada. Sabe aquelas perguntinhas de gente que não crê e que tenta nos testar. Se Deus é onipotente, pode tudo, ele pode fazer uma pedra tão pesada que nem ele pode mover?

Estudamos também os tipos de reações que se pode ter principalmente ante o pecado alheio. Primeiro, a atitude daquela mulher que reconhece o seu pecado, sem chamar atenção ao pecado dos outros.

­- ela não disse, fiz o que todo mundo faz, eles tb fazem. Simplesmente ela reconhece a sua falha e assume sua responsabilidade. O que a gente mais vê ultimamente são as pessoas culpando os outros pelos seus pecados.

Em segundo lugar a atitude dos fariseus que sublimavam / enalteciam os seus próprios pecados, e ficavam a observar o que poderiam condenar, nos pecados dos outros. Era uma atitude muito comum dos religiosos que se acham melhores que os outros por se acharem santos. Aliás Jesus já havia repreendido essa conduta com a seguinte fala.

E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Mateus 7:3-5

Ei irmão deixa eu dar um conselho precioso pra você, não fica olhando muito pro irmão que está ao seu lado, porque senão você pode acabar se desviando. Cuide de sua espiritualidade, Cada um dará conta de suas atitudes diante de Deus.

Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. Romanos 14:10

    Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más. 2 Co 5:10

E em terceiro lugar, a atitude de Jesus, que não tinha prazer em conhecer os erros e pecados dos outros, mas que, quando conheceu, teve disposição em ajudar e restaurar essa pessoa. Irmãos como o mundo está carente de pessoas misericordiosas. Como é bom receber bondade ao invés de justa punição.

Muitos de nós, e muitas vezes temos a atitude dos fariseus, mas o que Deus quer reproduzir em nós é o caráter do Seu Filho, não a semelhança com o religioso fariseu.

No verso 20, quando Jesus estava proferindo esse discurso que estudaremos hoje, Ele estava no templo, perto do lugar onde se colocavam as ofertas. Algumas traduções trazem que Ele estava ensinando no pátio das mulheres. Esse pátio das mulheres não era um lugar onde somente mulheres poderiam estar, mas era, na verdade o limite, até onde elas poderiam ir. As mulheres não podiam passar dali.

Perto deste local havia um portão, chamado de Portão de Nicanor (foi um rico, de Alexandria, que doou esse portão para a construção do templo). Após o término da festa dos Tabernáculos, os sacerdotes saíam por esse portão, olhavam para o lado oriental, e diziam: Nossos pais olharam para o sol (que parece ser uma referência à assimilação à religiosidade egípcia, proveniente do tempo em que eles estiveram no Egito), no entanto nós confiamos em Jeová. E então eles se voltavam e olhavam para o pátio e olhavam para algumas luminárias que haviam ali.

Nesse setor do pátio das mulheres haviam 4 grandes candelabros, cada um deles com vasilhas de 65 litros de óleo, para iluminar aquele ambiente na ocasião da festa. Esses candelabros eram da altura do muro, de modo que a sua luz poderia ser vista de todo o canto da cidade de Jerusalém. Portanto, quando os sacerdotes se voltavam para elas e diziam que confiavam em Jeová, estavam fazendo um paralelo com o conceito que tinham provido do Antigo Testamento de que Deus é a luz.

Vemos isso em 

Números 6:25 "O Senhor faça resplandecer sobre ti o Seu rosto, e tenha misericórdia de ti."

No Salmo 27:1 diz: "O Senhor é a minha luz e a minha salvação." 

Isaías 49:6 ",também te dei como luz pra os gentios, para seres a minha salvação até as extremidades da terra."

Isso mostra que a comunidade judaica tinha nas Escrituras a revelação de que Deus às vezes era apresentado a eles como um Deus de luz. A Festa dos Tabernáculos era caracterizada por muita luminosidade, porque ela também apontava para o tempo em que o povo saiu do Egito. Após essa saída, Deus lhes deu uma coluna de fogo, de luz, e uma coluna de nuvem.

Tanto a luz quanto a nuvem eram um ponto de orientação e proteção para eles. Eles haviam vivido, naqueles dias, essa festa. No portão de Nicanor havia uma escadaria com 15 degraus, onde um coral dos sacerdotes parava e começava a cantar.

 Então a comunidade judaica pegava em tochas e começava a dançar e cantar, às vezes por toda a noite, bendizendo a Deus, e se alegrando no fato de que Deus é luz, e porque os esteve protegendo, guiando e levando pela caminhada no deserto.

Nesse contexto, chega Jesus, aparentemente após a festa, onde já não mais se acendiam aquelas luzes. ele chega ao templo, onde as pessoas estavam com aquele ambiente de "pós- festa", se coloca em pé, e diz: "Eu sou a luz do mundo".

Com essa fala meus irmãos Jesus apresenta-se aqui como a luz do mundo, o libertador dos cativos, o filho de Deus, que tem a vida em si mesmo., o único que pode dar vida eterna os judeus não conseguem compreender a fala de Jesus, Pois não discernem sua natureza Divina nem a obra Salvadora do Alto da sua arrogância espiritual consideram-se livres e seguros por ter o sangue de Abraão correndo em suas veias porém Jesus reduz a nada essa pretensa segurança dos judeus mostrando a eles que por quererem matá-lo não praticavam as obras de Abraão e por isso não eram filhos de Abraão mas sim filhos do diabo a quem imitavam em suas obras.

Todo o ritual da festa, toda a cerimônia falava de um Deus que era luz, e apontava para um Deus que os havia guiado e protegido. Agora Jesus se levanta, as luzes estão apagadas, e Ele diz: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não vai andar em trevas."

Desde o primeiro capítulo de João, já vimos Jesus ser apresentado como o Filho de Deus, cheio de graça e de verdade, e no verso 5 vemos: "As trevas não prevaleceram contra ela (luz)" Luz e trevas são absolutamente opostas, mas, diferente do que podemos pensar, elas não têm o mesmo poder. Quando a luz está presente ela dissipa as trevas. São forças opostas, mas não de igual poder.

Jesus está se colocando diante daquele povo, que tem um sentimento de "pós-festa", onde a alegria acabou. As luzes estão apagadas e Ele diz: "Eu sou a luz do mundo."

Jesus estava orientando o povo, em primeiro lugar dizendo que: "Quem O segue nunca andará em trevas". Note que Jesus é luz, e não depende de mais nada para ser luz. Não depende da igreja ou de nós para ter um poder iluminador. Ele o é por si só.

Mas, se por um lado Ele tem poder em si só, e a Sua natureza em si só é de luz, ela não necessariamente vai iluminar a todos os homens. É possível se viver em uma relação religiosa com Deus ou Cristo, sem que seja a relação que Ele mesmo estabeleceu.

A que Ele estabeleceu é: "Quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida." O que o Senhor Jesus está dizendo é que Ele é a luz que evita que andemos em trevas. O Senhor nos capacita a percebermos onde está a verdade.

Por outro lado, se Jesus é a luz, fica a questão: Porque, tantas vezes nós mesmos estamos andando em trevas? Porque aqueles ouvintes que estavam à volta de Jesus, tantos permaneceram em trevas?

Uma luz pode ser interrompida de diversas maneiras. Você pode ter uma lâmpada acesa e colocá-la debaixo de um balde ou de uma coberta, etc.. É possível que ao invés de discernirmos e provarmos da iluminação que vem de Jesus, ao invés de desfrutarmos desse discernimento e sabedoria, é possível que estejamos vivendo uma vida que não percebe a mão de Deus, a Sua bondade, a mentalidade, o plano e a Sua justiça.

Porque?

1) Estamos completamente focados naquilo que podemos ver apenas.

A visão daquelas pessoas girava em torno daquilo que elas podiam ver. Elas olhavam a aparência. Os fariseus viam Jesus somente pelo exterior. Eles não sabiam qual a origem dEle. Eles supunham que Jesus era proveniente da Galiléia, e não sabiam que Ele havia nascido em Belém. A ignorância deles não permitia que eles acolhessem um pouco mais o que Jesus falava, nem tampouco que parassem para avaliar, pois poderiam ir até Ele e perguntar. Mas eles não faziam isso. Estavam ignorantes. No verso 14, Jesus diz: "Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou, mas vocês não sabem."

2) Estamos fechados em nossos Pré-conceitos.

A ignorância deles era marcada pela diferença do seu critério em avaliar quem era Jesus e o que Ele falava. Eles achavam que Jesus tinha vindo da Galiléia, e esperavam provavelmente um Messias que nascesse em Jerusalém, que, se tivesse que frequentar uma escola, que fosse uma de rabinos de Jerusalém. Alguém que assimilasse todo o compromisso que eles tinham com as verdades que eles acreditavam. Eles esperavam que o Messias viesse e os libertasse do poderio de Roma, para que eles se tornassem uma nação autônoma.

E Jesus não estava fazendo nada disso. Eles avaliavam Jesus pela sua glória, sua aparência, pela possibilidade de vir e poderosamente estabelecer uma nova ordem. Mas Jesus não vem assim. Eles rejeitam a Jesus, porque não conheciam o que a lei dizia sobre o Messias.

Jesus chama a atenção deles para o que os profetas ensinaram. Mas eles não podiam enxergar aquilo. Eles não estavam atentos paras o que a lei ou Moisés diziam. Viviam em ignorância. Não conheciam, por exemplo o Salmo 81:19, que diz:"A minha mão será firme com Ele, o meu braço O fortalecerá." ou Isaías 42: 1 :"Eis aqui o meu servo a quem sustenho, o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz. Pus sobre Ele o meu Espírito, e Ele promulgará o direito aos gentios."

Queridos irmãos, se desejamos conhecer a luz de Deus, não basta colocarmos nosso conceitos e preconceitos. É fundamental que paremos diante da Palavra de Deus para ouvir o que Ele tem a nos dizer, pois é aqui, na medida que acolhemos as Suas Palavras que ele vai se tornando luz para nós, e podemos então compreender e discernir qual é o pensamento de Deus. O problema deles, que pode ser o nosso, é uma ignorância que se contenta em manter a imagem de que não é ignorante, mas continua ignorante.

3) Eles foram orgulhosos.

Mas houve uma segunda atitude deles: o orgulho, segundo João 8:21 e 22 "Mais uma vez Jesus lhes disse: Eu vou embora e vocês procurarão por mim. Morrerão em seus pecados. Para onde eu vou vocês não podem ir. Isso fez os judeus perguntarem: Será que ele irá se matar? Será por isso que Ele diz: para onde vou vocês não podem ir?"

Eles descobriram uma maneira sutil (com a sutileza teológica de um fariseu) para humilhar a Jesus. E quando Jesus diz que vai para onde eles não podem ir, concluem que Ele vai se suicidar. E na visão teológica de um fariseu, não havia um pecado pior que o suicídio.

 Uma pessoa que praticasse o suicídio, segundo a comunidade rabínica da época, era digno de ocupar os lugares mais profundos do hades. Então, por causa desse diálogo, quando Jesus lhes diz que vão morrer em seus pecados, ao invés deles pararem e ouvirem o que isso pode significar, sua atitude é sarcasmo e arrogância.

Em lugar de ver Jesus como alguém que poderia, de fato, ensiná-los, eles passam para a gozação, para se manter num nível em que eles se consideravam superiores a Jesus. "Jesus passa a dizer-lhes: Vocês são daqui debaixo. Eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo. Eu não sou deste mundo. Eu lhes disse que vocês morrerão nos seus pecados, se vocês não crerem que eu sou."

Há duas teorias interessantes sobre esse Eu Sou de Jesus. A primeira é um paralelo com Êxodo 3: 14, quando Moisés tem uma tarefa a cumprir, para a qual Deus o está vocacionado, e ele está apavorado diante de tal missão, que ele considera impossível. Diante de Deus então questiona: "O que vou dizer a Faraó? Que vim aqui para libertar esses escravos? Que vim para colocar em desordem a economia do Egito? Eu?" Então o Senhor responde: "Diz para ele que Eu Sou te enviou."

O que significa: "Aquele que existe por todos os tempos, e é autossuficiente, o único que determina os seus próprios passos, o todo poderoso e autodeterminante te enviou diante dele."

Alguns teólogos acham que Jesus está falando sobre isso. E pode ser. Ele já havia dito que não era daqui, mas do céu; que assumiu a natureza humana, mas que era o próprio Deus.

A segunda teoria desses teólogos, que se baseia no livro de Isaías, a partir do cap 40, onde diversas vezes aparece uma mensagem começando por: "Eu sou aquele que...." se referindo ao Messias, que seria enviado futuramente. O Messias, o próprio Deus vindo até nós. Então, quando Jesus diz a eles "Eu sou", Ele pode estar dizendo "Eu sou aquele que está anunciado lá em Isaías, o Messias, o enviado especial de Deus, o próprio Deus".

Mas eles são orgulhosos, e não conseguem ver. No verso 25 eles se voltam a Jesus e perguntam: "Quem é você?" Aparentemente parece que eles, de fato, desejavam saber quem era Jesus, e anteriormente, já vimos que alguns desejavam mesmo saber quem Ele era. E vieram a saber, porque Deus tem um compromisso: se de fato quisermos saber quem é Jesus, e O buscamos, Ele vai ser conhecido por nós.

Mas a essa pergunta que fazem, Jesus responde: "Exatamente o que tenho dito o tempo todo.", pois durante todo o ministério de Jesus, Ele estava ensinando e eles estavam ouvindo. Ele falou que era o prometido profeta, que foi anunciado a Moisés. Também que era o Sacerdote que apresentaria uma oferta pelos pecados deles, e que era o Rei, enfim o Messias. Notem o verso 30: "Ao dizer estas coisas, muitos creram nEle." Até o verso 25 vemos que eles estavam incrédulos, mas o verso 30 mostra que, pelo menos parte daquela comunidade ignorante e arrogante, que cegavam os olhos e endureciam o coração começa a crer.

No verso 33, após Jesus ter-lhes dito que eram escravos do pecado e que Ele poderia libertá-los, eles interpõem: "Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém." Foram mentirosos, ignorantes e soberbos, pois estavam debaixo do jugo romano, e já tinham sido escravos de sírios, babilônios e egípcios.

Mas alguns receberam alguma luz, por causa da mensagem que Jesus deu no verso 28: "Quando vocês levantarem o Filho do Homem, saberão que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, porém falo exatamente o que o Pai menciona. Aquele que me enviou está comigo, Ele não me deixou sozinho."

Jesus está anunciando algo que deveria acontecer: "quando vocês levantarem o Filho do Homem". Esse verbo levantarem, pode significar algo mais que erguer, mas o colocar alguém numa posição de glória.

A questão é que isso que Jesus chama de glória e exaltação, talvez nós não chamemos exatamente de glória. Por exemplo, em João 12:23, estando bem mais perto da crucificação, Ele diz: "É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem". Ele estava anunciando que estava em vias de ser preso, açoitado e crucificado. E Ele chama isso de glória, pois Ele sabia porque Ele veio, e quem O enviou estava com Ele.

Ele anuncia: "Escutem, vocês estão ouvindo os meus ensinos até agora, e não estão crendo, mas daqui a pouco, eu vou ser levantado por vocês. Vou ser colocado numa cruz, e ser morto por causa dos seus pecados. Eu sou aquele que, conforme Isaías 53, viria para morrer pelos pecados de todos vocês. Sou aquele em quem a justiça será feita e todo o pecado será punido. Quando eu estiver naquele madeiro, e tiver sido levantado então vocês saberão quem eu sou.

 É interessante notar que, conforme Marcos 15:39, quando Jesus estava ainda na cruz, um militar diz :"Verdadeiramente esse homem era o filho de Deus". Algumas pessoas compreenderam só depois da cruz, quem era Jesus. Mas várias creram naquele dia, ao ouvirem Jesus falar acerca de quem Ele era: o próprio Deus, vindo em forma humana, indo até aquela cruz, sendo humilhado e morto para que a justiça fosse feita.

Ignorância e soberba são os maiores inimigos do conhecimento da luz do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que não devemos concluir sobre as pessoas baseados só na aparência. Quando esse povo se sujeitou a ser ensinado por Jesus, foi iluminado. Alguns creram e foram salvos. Qual é a sua opção: manter as aparências de "cristãos", preservando a ignorância, ou ter a coragem de confessar que precisa entender realmente a Palavra melhor, pedindo ajuda.

O Senhor é a luz, é quem guia, protege e nos orienta para sabermos, sem dúvida quem Ele é, e qual é a nossa posição. Aí, conforme a Sua Palavra, quando Ele nos liberta da escravidão do pecado, nunca mais andaremos em trevas. Amém.


Extraído e Adaptado

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi