2022/12/21

Seguir a Cristo

SÉRIE: JESUS

35No dia seguinte João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. 36Quando viu Jesus passando, disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus!" 37Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram a Jesus. 38Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: "O que vocês querem?" Eles disseram: "Rabi" (que significa Mestre), "onde estás hospedado?" 39Respondeu ele: "Venham e verão". Então foram, por volta da hora décima, viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido a Jesus. 41O primeiro que ele encontrou foi seu irmão Simão, e lhe disse: "Achamos o Messias" (isto é, o Cristo). 42E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: "Você é Simão, filho de João. Serás chamado Cefas" (que significa Pedro). 43No dia seguinte Jesus decidiu partir para a Galiléia. Quando encontrou a Filipe, e disse-lhe: "Siga-me". 44Filipe, como André e Pedro, era da cidade de Betsaida. 45Filipe encontrou Natanael e lhe disse: "Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e a respeito de quem os profetas também escreveram: Jesus de Nazaré, filho de José". 46Perguntou-lhe Natanael: "Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?" Disse Filipe: "Venha e veja".47Ao ver Natanael se aproximando, disse Jesus: "Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade". 48Perguntou Natanael: "De onde me conheces?" Jesus respondeu: "Eu o vi quando você ainda estava debaixo da figueira, antes de Filipe te chamar". 49Então Natanael declarou: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!" 50Jesus disse: "Você crê porque eu disse que o vi debaixo da figueira. Você verá coisas maiores do que essa!" E então acrescentou: "Digo-lhes a verdade: Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem".

INTRODUÇÃO

Relembrar

Bom noite meus irmãos graça e paz, que bom estarmos juntos novamente para termos esse tempo de aprendizagem da palavra de Deus vamos relembrar um pouquinho da semana passada. Nós falamos sobre João Batista como a testemunha de Cristo.

Lembrando que Jesus disse que entre os homens viventes não havia ninguém maior do que João Batista, ele era a testemunha, "a voz Que Clama no deserto". Aprendemos com João Batista algumas coisas bem interessantes.

1ª Sobre a responsabilidade de nós sermos testemunhas, para isso fomos criados, a nossa existência se deve a isso; o Catecismo Maior de Westminster faz uma pergunta. Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta: O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios deixou isso bem claro quando disse: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co 10.31).

 2ª lição aprendemos com a postura de João Batista que uma boa testemunha sabe quem ele é. João Batista sabia que ele não era o Cristo, nem o profeta Elias, ele era apenas a voz que clamava no deserto.

3ª Lição João Batista tinha uma mensagem bem definida e essa mensagem era que Cristo era o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ele não falava de si próprio, ele falava apenas daquele a quem estava anunciando o filho de Deus.

Hoje meus irmãos nós iremos falar sobre esse tema "Seguir a Cristo", tão importante pois faz parte do DNA de todo o cristão.

Eu acredito que seja importante nós definirmos primeiramente para entrar nesse tema o que significa seguir alguém (ser um seguidor) e quais as características de um seguidor de Cristo são duas coisas importantes que nós precisamos trabalhar nessa noite.

O dicionário define seguidor como alguém que vai atrás, na companhia "dê" ou então alguém que segue no mesmo ritmo da pessoa.

Hoje em dia com o advento das redes sociais essa palavra seguir, perdeu muito da sua propriedade, porque hoje as pessoas seguem as pessoas no Instagram, seguem hoje no YouTube, segue no Facebook e não necessariamente quer dizer que elas andam no mesmo ritmo ou pensam da mesma forma e isso acaba trazendo aí um prejuízo a essa palavra,

mas quando falamos em seguir a Cristo nós estamos falando na perspectiva do discipulado, de caminhar bem de perto, de ser aluno que obtém ali um aprendizagem, quando nos referimos ao discipulados estamos falando de andar no mesmo ritmo, falar da mesma forma, pensar nas mesmas coisas, ter o mesmo foco e viver da mesma maneira, ser um imitador daquele que você se propõe seguir.

Diante disso, queridos irmãos é muito comum vermos os cristãos fazendo essa confusão achando que seguir a Cristo é frequentar uma igreja, cumprir algumas regras ou doutrinas aqui e acolá e isso é seguir a Cristo, não meus irmãos, seguir a Cristo é muito mais...

Seguir a Cristo é parecer com Cristo é imitá-lo em todas as áreas de nossa vida, é ter o estilo de vida e a convicção que o apóstolo Paulo teve ao dizer

Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.1 Coríntios 11:1

Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Filipenses 3:17

Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores. 1 Coríntios 4:16

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; Efésios 5:1

Então seguir a Cristo exige de cada um de nós uma maior intimidade, um maior comprometimento com a verdade que é Cristo, com o reino e com a palavra. Por isso quero deixar aqui algumas características de um seguidor de Cristo.

SEGUIR A CRISTO, ENVOLVE ESTAR COM ELE

37Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram a Jesus. 38Voltando-se e vendo Jesus que os dois o seguiam, perguntou-lhes: "O que vocês querem?" Eles disseram: "Rabi" (que significa Mestre), "onde estás hospedado?" 39Respondeu ele: "Venham e verão". Então foram, por volta da hora décima, viram onde ele estava hospedado e passaram com ele aquele dia.

Os dois discípulos com esta pergunta "onde estás hospedado?" estavam sinalizando que eles queriam ter um relacionamento mais profundo com o senhor e conhecê-lo melhor. E não tem como você conhecer uma pessoa sem estar com ela e gastar tempo com ela.

Quando você convida alguém para sua casa, você o faz por que já tem um relacionamento com a pessoa ou quer desenvolver um relacionamento mais profundo. Nossa casa é o nosso lugar de refúgio de aconchego e não chamamos qualquer pessoa para ir na nossa casa, Jesus os convida e eles ficaram naquele dia com Senhor.

Aqueles discípulos sabiam que para conhecer as lições daquele mestre precisariam de tempo para aprender, porque não tem como você seguir alguém, ser imitador de alguém, sem você intensificar propositalmente uma comunhão. Eles deram um passo pensado, dizendo Jesus onde você mora? Podemos passar um tempo contigo.

Meus irmãos a intimidade com Deus faz parte hoje do discipulado, não tem como você ser um discípulo e estar alheio ao seu discipulador, ao seu mestre. Quanto mais profundo você desenvolver essa intimidade com o seu mestre, mais parecido você vai estar com ele.

Seguir a Cristo meus irmãos, envolve estar com ele, envolve buscá-lo em todos os momentos, envolve desenvolver essa intimidade, envolve gastar tempo na presença dele, conhecer a sua palavra envolve ter um relacionamento através da oração. Aquele que está com Deus desfruta da sua presença e contempla sua beleza, sua grandeza e sua bondade.

A vontade de Deus é que seus discípulos estejam com ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, Marcos 3:14

Seguir a Cristo, não somente implica em segui-lo aonde vai, mas também demanda ser o que Ele é.

SEGUIR A CRISTO ENVOLVE APRENDER DELE

46Perguntou-lhe Natanael: "Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?" Disse Filipe: "Venha e veja".

Dois aspectos acho interessante abordar sobre isso.

O 1ª aspecto é que um bom discípulo é aquele que se deixa ser ensinado, é aquele que aprende e suga o máximo daquele que está ensinando. Seguir a Cristo significa absorver tudo aquilo que Ele nos ensina. Ele é a fonte da água da vida.

"Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". João 4:13-14

Meus irmãos Jesus é a fonte da água viva, a nossa vida depende dele, a nossa vida está em suas mãos, nós não vivemos sem ele. Ele é uma fonte de vida abundante queridos irmãos e essa água é límpida, é inesgotável, é cristalina e flui de maneira abundante. Seguir a Cristo é beber dessa fonte e queridos irmãos a Bíblia diz que quem nele crê tem uma fonte a jorrar para a vida eterna e nunca mais essa pessoa terá sede.

É por isso que Jesus em Mateus nos convida a aprender dele dessa fonte e beber dessa água.

Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Mateus 11:29

Esse convite de Jesus é estendido a todos os seus discípulos, todos aqueles que estão nele devem aprender dele. Meus irmãos a aprendizagem ela é necessária para a vida cristã e aprender leva ao crescimento espiritual, ao crescimento intelectual e moral. Aprendizagem é bom em qualquer aspecto.

No entanto meus irmão quero fazer um alerta, devemos aprender sim, mas precisamos ter algumas prioridades em aprender, o discípulo de Cristo ele aprende de Cristo, isso está muito claro nas palavras de Jesus, é um alerta importante que faço porque hoje temos muitas fontes de aprendizagem diferente do Senhor por isso nós devemos perguntar de quem nós estamos aprendendo? quem é o nosso mentor? Qual/quem está sendo a fonte do nosso conhecimento? Meus irmãos a resposta deve ser Cristo, o texto diz olha aprendei de mim.

Infelizmente meus irmãos muitas pessoas estão usando como fonte do cristianismo livros, pastores, teólogos, cantores, Colths e estão deixando a Bíblia de lado, é por conta disso que essa geração é a geração mais superficial no relacionamento com Cristo. E muitos acabam se afastando da fonte da vida dentro da sua própria casa.

Cabe aqui a repreensão de Jeremias ao povo de Judá

"Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas que não retêm as águas". Jeremias 2.13

Judá queridos irmãos foi abandonando o Manancial das Águas Vivas e essa rejeição foi algo lento, moroso, imperceptível, foi um esquecimento despercebido aqui, foi algo alguma coisa errada ali não confessada e tratada, e Judá foi cedendo de pouquinho em pouquinho não falando de Deus aos seus filhos, levando um animalzinho imperfeito para sacrifício, realizando cultos vazios de adoração a Deus sem sentido espiritual.

Vivendo apenas de aparência, esqueceram das ofertas das alçadas, esquecendo dos Pobres dos necessitados e praticaram prostituição e assim eles foram abandonando o seu Deus o Manancial de águas vivas

Eis o perigo meus irmãos de ser seduzido por algo artificial. Israel deixou-se ser seduzidos pelos Ídolos. Infelizmente muitos querem uma religião que nos custe menos e que nos dê mais liberdade e que não nos cobre tanto.

 Queremos ser livres como outros povos para fazermos conforme a nossa própria vontade sem nos sentirmos feridos para nossa consciência, meus irmãos cisternas rotas é a maneira humana de satisfazer as nossas necessidades espirituais.

Cisternas são apenas um poço que acumula água parada enquanto Nosso Deus é fonte jorrar de água viva ele é a fonte é a única fonte

O 2ª aspecto é que sempre aprendemos algo novo e vivo ao lado dEle.

Meus irmãos ser um seguidor de Cristo é estar aberto para novos ensinamentos, estar aberto para algo novo de Deus em nossas vidas.

Nós vemos aqui Natanael se mostrando bem cético sobre aquele que haveria de vir da cidade de Nazaré, eu fiquei pensando porque será que Nazaré tinha uma má reputação. Fui dar uma pesquisada e vi que Nazaré era uma cidade sem importância alguma aos olhos dos homens, sequer era contada como uma verdadeira cidade, era considerado como Aldeia um ajuntamento de famílias pobres sem importância alguma.

Então as pessoas passavam por lá e nem sequer notavam Nazaré pelo caminho, no entanto aquele lugar insignificante aos olhos dos homens foi escolhido por Deus para abrigar o mais importante ser que esse planeta inteiro já acolheu, Jesus Cristo de Nazaré.

Mas o fato meus irmãos é que muitas vezes nós nos fechamos naquilo que aprendemos e achamos que certas coisas são imutáveis e não estamos dispostos a aprender coisas novas. O Deus que servimos é o Deus que faz coisas novas todos os dias.

"Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; porventura não a percebeis? eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo." Isaías 43:18,19

"E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras." Apocalipse 21:5

Queridos o nosso Deus ele é imutável ele não muda

"Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." Tiago 1:17

Mas a sua obra está em constante transformação. Deus tem a sua multiforme graça de agir em todas as situações, às vezes nós nos prendemos queremos prender Deus numa caixinha. Na caixinha da teologia, caixa da Tradição, na caixinha da moralidade, mas Deus é maior do que tudo isso, maior do que qualquer coisa que queiramos enquadrá-lo. Deus olha por cima dessas coisas e não de dentro destas coisas.

É uma soberba tão grande imaginarmos que alguém pode destrincha-lo por meio do estudo da Teologia. Os teólogos captaram apenas parte da revelação desse Deus. Cada um, um pedacinho, ninguém obteve a porção completa de revelação. Você lê Ulrico Zuínglio pai da tradição reforma e aprende algumas coisas sobre Deus, você Lutero e aprende outras coisas, lê Calvino aprende mais um pouco sobre Deus, é assim o agir de Deus

Mas infelizmente muitos seguidores de Jesus permanecem fechados, preconceituosos e perdem a verdadeira revelação, os fariseus rejeitaram o filho de Deus, porque na sua compreensão teológica o messias não poderia ser o filho de um carpinteiro, mas teria que ser um guerreiro que iria livrá-los das garras de Roma. E crucificaram o Deus encarnado por conta de sua ignorância teológica.

Muitas vezes nós aprendemos a teologia humana, às vezes nós nos prendemos em dogmas e doutrinas. Mas quero te dizer que Deus é maior que dogmas, é maior que doutrinas, é maior que a Igreja placa denominacional, ele é maior que a teologia Arminiana, maior que a teologia Calvinista, ele é Deus!!!! ele age além dessas coisas...

 O discípulo que segue a Cristo tem que estar aberto ao aprendizado que Deus traz através do seu Espírito por meio de sua Palavra.

Quando ele fala que no texto que Eis que Faço nova todas as coisas aqui meus irmãos, o tempo verbal é o presente, ele não Diz eis que fiz todas as coisas não!!! Eis que faço!!! poderia ser traduzido estou fazendo nova todas as coisas, então nós precisamos estar atentos ao agir de Deus e aprender com ele no decorrer da

Natanael ele expressou esse preconceito na cidade de Nazaré, mas ele estava aberto para novos ensinamentos quando ele teve um encontro com Jesus.

49Então Natanael declarou: "Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!"  e é isso que nós precisamos estar aberto para os novos ensinamentos do mestre.

E é isso que nós precisamos estará aberto para os novos ensinamentos que Jesus tem feito em nossas. O aprendizado sobre Jesus não envolve simplesmente o acúmulo de conhecimentos, já que a intenção de Deus é tornar esse conhecimento experimental. Logo, devemos provar de Deus no dia a dia, vendo-O agir em nossas vidas.

SEGUIR A CRISTO ENVOLVE FAZER OUTROS SEGUIDORES

41O primeiro que ele encontrou foi seu irmão Simão, e lhe disse: "Achamos o Messias" (isto é, o Cristo). 42E o levou a Jesus.

Irmãos três aspectos importantes sobre esse texto: 1ª é que devemos falar de Cristo incessantemente, indiscriminadamente.

Seguir a Cristo envolve a gente falar das nossas experiências com Deus a outros, envolve evangelizarmos as pessoas com as boas novas da fé. Irmãos discípulos fazem discípulos e esse é o principal intuito do seguidor de Cristo, de proclamar o evangelho àqueles que estão em Trevas.

No decorrer do texto nós vemos João Batista fazendo seguidores no deserto e ele não estava fazendo para si próprio, mas estava pregando o reino dos céus a todos eles. Ele não tinha um perfil alvo de ouvinte, ele falava para os fariseus, para o povo, para o estrangeiro. Todos que estavam ao seu redor ouviram a mensagem.

E o texto relata que a primeira atitude de André foi ir ao encontro de alguém falando sobre o Messias e a Bíblia diz que ele o levou a Jesus. Queridos irmãos, o seguidor de Cristo é testemunha de Cristo, o seguidor de Cristo tem um ardor pelas almas perdidas, assim como o seu mestre.

"Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade." 1 Timóteo 2:3,4

Essa é a vontade de Deus que todos saibam de sua mensagem de amor.

O 2ª aspecto importante desse relato é que você deve falar de Jesus para aqueles que são da sua casa.

O texto diz que a primeira pessoa com quem André compartilhou a respeito do messias foi seu irmão Simão.

 Precisamos falar de Jesus para aqueles que amamos, eles têm que ser o principal alvo da nossa mensagem sobre Jesus. Eu sei que existem muitas complexidades em testemunharmos dentro de casa, o próprio Jesus sentiu essa dificuldade na pele, mas não podemos nos esforçar pra ganhar o mundo inteiro e perdemos quem amamos.

É importante nós falarmos de Jesus para os nossos entes queridos, para aqueles que são amigos mais chegados como irmãos como foi o caso de Felipe e Natanael, devemos chorar aos pés de Jesus clamando salvação pelas almas deles. Eles precisam saber que são importantes para Jesus e são importantes para nós também.

O 3ª aspecto é que nossa mensagem deve ser Cristocêntrica.

 André chegou e disse "Achamos o Messias" (isto é, o Cristo), essa é a nossa mensagem Cristo!!! Nós não devemos falar de nós mesmos, nós não devemos falar de doutrina, nós não devemos falar de teologia, nós devemos falar de Cristo. Ele é a principal mensagem.

Felipe fez a mesma coisa meus irmãos, e ele proclamou o Cristo. Ele falou olha achamos aquele aqui Moisés disse que seria o Messias. A nossa mensagem tem que ser Cristo. Foi isso que Paulo nos deixou como ensino.

"E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado." 1 Coríntios 2:1,2

No compartilhar da mensagem às vezes vamos ter a mesma experiência que Felipe teve com Natanael que desdenhou da mensagem; Pode vir coisa boa de Nazaré, mas ele fez algo muito importante que nós devemos também fazer, não devemos ficar explicando tentando abrandar a mensagem para que a pessoa creia, não devemos ficar floreando para ela ficar mais atraente e as pessoas gostem mais de Jesus e venham a ele. Não devemos caminhar pela estrada da argumentação humana. Não!!!

Felipe diante da resposta de Natanael disse venha e veja!!!  Não é a eloquência, ou o muito falar que traz a revelação de Deus.

"E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." 1 Coríntios 2:4,5

Venha e veja!!!  é assim simples, venha ter experiência e venha ver esse Jesus, comprove você mesmo. É o Espírito Santo que faz a obra e não você.

"E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo." João 16:8

 DEUS ESCOLHEU VOCÊ PARA SEGUI LO

Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios (1:26-29), escreve que Deus escolheu as coisas simples deste mundo, as débeis, as tolas, assim discorrendo: "poucos foram os escolhidos que são de nobre nascimento." Nós e grande parte dos crentes somos débeis, tolos, fracos e não de nobre nascimento. Mesmo assim, fomos escolhidos e acolhidos por Deus para, através de nossa insignificância, sermos instrumento de Sua graça. Ele quer deixar transparecer toda a sua glória através de nossa pequenez. Deus escolheu os fracos, os limitados, os insignificantes, para serem instrumentos do seu poder, do seu amor. 

Extraído e adaptado

O VERBO ETERNO

Série Jesus

1No princípio era o Verbo, e o verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2Ele estava no princípio com Deus. 3Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens. 5A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. 6Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João. 7Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, 9a saber: a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. 10O verbo estava no mundo, o mundo feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. 11Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feito filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome; 13os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. Jo 1.1-13

INTRODUÇÃO

Certa vez, um grupo de amigos conversava animadamente enquanto viajavam por uma linda estrada no interior dos Estados Unidos. Quando viram um senhor sentado à beira daquela rodovia decidiram parar para se informar:

Senhor, por favor, onde esta estrada vai dar ?

Retrucou o senhor: Para onde vocês querem ir?

Um dos rapazes emendou: - É... Bem, nós não sabemos...

Voltando a descascar sua vareta, aquele senhor acrescentou: - Então, também não interessa para onde esta estrada vai.

O Autor da Bíblia não se parece em nada com aqueles amigos. O Nosso Senhor conduziu o autor deste Evangelho que vamos estudar dando-lhe um alvo bem definido, e este o perseguiu por uma estrada que vamos conhecer melhor agora, através de algumas considerações iniciais.

O Evangelho de João, discípulo e apóstolo de Jesus Cristo, foi escrito em Éfeso por volta de 75 ou 85 d.C., a pedido do povo grego, que desejava conhecer um pouco mais sobre nosso Redentor. João ali morava com Maria, confiada a ele por Jesus por ocasião de sua crucificação.

Nesse Evangelho, João registrou sete sinais milagrosos praticados por Jesus, os quais evidenciaram a divindade, reivindicada por Ele ao afirmar "EU SOU" - expressão que revela o próprio Javé no Antigo Testamento. Aliás, ele deixou explícito seu propósito de provar essa divindade (20:30-31).

Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome. João 20:30,31

Mostrou também a realidade física da fome, dor, cansaço e morte do Deus encarnado, que possuía as mesmas limitações humanas. Dessa maneira, João nos traduziu o real significado da expressão "e o Verbo se fez carne". O Verbo Eterno de Deus entrou no tempo e espaço.

 VIDA PRÉ-TERRENA DO VERBO Desde o Princípio

João começa seu Evangelho falando do princípio de todas as coisas. Quando afirma que no princípio era o Verbo, refere-se a Gênesis 1:1 "No princípio criou Deus os céus e a terra".

Salmo 90:2 - "Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus" - o significado de princípio é "de eternidade a eternidade".

Distinto de Deus

O texto nos indica que o Verbo é uma pessoa distinta de Deus e estava lá desde o começo. Em seguida mostra que o Verbo era Deus, que bela e aparente contradição! Afinal, o Verbo estava com ou era Deus?

Podemos com toda certeza afirmar: as duas coisas juntas! Ele estava com Deus no sentido de ser uma pessoa distinta, mas também era Deus, pois tinha a mesma essência, o mesmo "status", o mesmo poder, a mesma sabedoria - não era um Deus de qualidade inferior, um Deus de segunda classe.

Jesus, antes de ser homem, já existia na eternidade. Estava com Deus e era Deus! Era uma pessoa distinta de Deus, mas ainda não com o nome de Jesus.

O Mesmo Deus

Embora fossem pessoas distintas, tinham capacidades e moralidades iguais. No capítulo 17, João relata que Jesus vivia junto de Deus, desfrutando da mesma glória; tendo, ele e o Pai, o mesmo peso. Assim, ambos tinham poder, eram auto-suficientes, bondosos, eternos, onipresentes e justos, embora fossem pessoas distintas - pelo menos duas! Em outras referências nas Escrituras, vemos que eles eram três pessoas - daí a mensagem do Antigo Testamento em Gênesis l:26 - "Façamos o homem...".

Deus não fez o homem sozinho; havia mais de uma pessoa envolvida nessa criação. Essa pessoa, conforme João, é Jesus. Por isso enfatizamos: ele não surgiu há apenas 2000 anos atrás!

A OBRA DO VERBO

O Intermediador da Criação

Para termos uma ideia de quem era Jesus, os versos 3 e 4 narram: "todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Jesus foi o intermediador da criação do mundo e nada existiu sem que ele tenha participado. Foi Deus quem planejou, mas foi Jesus quem executou essa criação. As Escrituras, em Hebreus 1:2 falam: "nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo."

Em Colossenses 1:16 diz "pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele."

Jesus deu existência ao mundo físico e ao mundo imaterial, que existem hoje.

Vida e Luz

No v.4 João conta que "nele estava a vida e a vida era a luz dos homens."

Falando ainda sobre esse Verbo - Jesus não encarnado - João diz que ele concedeu vida. Foi o intermediador, que não somente deu vida, como também luz a todos os homens; luz essa que nos diferencia dos demais elementos da criação. Jesus nos criou com capacidade racional de convivermos com ele, compreendermos, digerirmos e obedecermos a sua mensagem e de decidirmos ou não andar com Deus.

O livro de Gênesis registra que, após cada dia de criação, Deus classificou como bom o que acabava de criar. Apesar disso, o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, tendo as características de Deus, trazendo em si a mente de Deus, possuindo condições de captar o que Deus tinha para dizer, o homem para quem Deus tinha o projeto de viver com ele, da mesma maneira que as três Pessoas da Trindade viviam entre si, o homem que ganha a luz. Ele introduz esse homem no mundo.

UMA NOVA REALIDADE

As Trevas

No vers.5 João fala das trevas, mas não entra em detalhes sobre elas, por não ser o seu assunto no momento. O assunto de João é descrever quem era Jesus antes de sua encarnação, não explorando a questão das trevas. No vers.5 ele cita: "a luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram sobre ela".

O que seriam as trevas? Em Colossenses 1:23 vemos que o Senhor Jesus nos livrou "do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor".

Quando as Escrituras falam de trevas, elas falam sobre obscurecimento mental, razão comprometida, distância de Deus e comprometimento moral. Na queda adâmica, as trevas entraram no coração do homem, que se afastou de Deus.

Em Gênesis 1, logo que o homem peca ele cai, pois Deus havia dito que no dia em que comesse do fruto, certamente morreria. Na sequência do pecado, Deus vem passeando pelo jardim e, quando o homem ouve sua voz, esconde-se, mantendo-se como que atrás da luz. Assim começaram as trevas.

Quando João declara que "as trevas não prevaleceram" quer dizer que não captaram a mente de Deus, não entenderam a luz de Deus, além de não poder resistir à luz de Deus.

A Luz Interior

Apesar de Deus ter se manifestado ao longo da história àqueles que foram criados por ele como uma luz, os homens não o entenderam. Não entenderam o propósito de Deus.

Em Romanos 1:19 - "porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou –

Paulo fala um pouco sobre esse homem criado com uma luz, uma razão interior, contudo resistindo, não captando a mensagem de Deus. A realidade desse texto é que, independentemente da oportunidade de acesso a pregadores da palavra de Deus, a profetas do Antigo Testamento, todo homem já foi criado com um certo conhecimento de Deus.

Vai mais além: qualquer pessoa, por mais incomunicável que esteja, pode parar diante desse mundo, olhar a criação e reconhecer que existe um Verbo ou Razão, por trás dessa criação.

"Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;"  Romanos 1:20

E, se é possível alguém buscar a Deus nas suas limitações, Deus diz que, se não o faz, não tem desculpa. No vers.21 de Romanos: "porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhes deram graças, antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato"

Paulo esclarece que o homem já foi criado com algumas luzes de quem é nosso Criador e Senhor, mas que em algum momento a criação de Deus - o homem - olha para tudo isso, ignora o que Deus fala, obscurece seu entendimento e, cada vez mais, rejeita a Deus, que o declara, portanto, indesculpável.

 A mensagem de João ensina que a luz veio ao mundo, estava no mundo, mas as trevas - o homem pecador - não captaram as mensagens de Deus.

A Luz dos Profetas

No vers.6 há a introdução do "homem enviado por Deus, cujo nome era João". João, no grego que significa presente de Deus. Deus usou um homem, um só homem, para revelar seu Filho, mostrar quem é Deus e o plano de Deus, ou seja, o propósito de nossa criação.  Esse homem não fala que tem visões, não fala que faz milagres, sendo apenas um homem simples enviado por Deus. Ele não foi o único, mas o último enviado por Deus no Antigo Testamento, mas as mentes se obscureceram.

Jeremias 7:25-26:

"Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito, até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias, começando de madrugada, eu os enviei. Mas não me destes ouvidos nem me atendestes, endurecestes a cerviz e fizestes pior do que vossos pais".

E Mateus 23:37:

"Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!"

CONCLUSÃO

Luz

O homem enviado por Deus, João, veio como um presente de Deus para anunciar mais uma vez a cerca desse Deus eterno que nos criou e que tem um propósito para a vida de cada um.

João não era a luz, mas veio para falar dessa luz, "a luz verdadeira que ilumina a todos os homens", a luz que estava vindo, que estava presente em todo o mundo. Aqui é enfatizado que, mesmo antes da vinda de Cristo, Deus se manifestava, primeiramente através da forma como Ele nos criou, com razão e raciocínio semelhantes ao dEle e, depois, através de um mundo visível, que é a expressão de uma mente invisível, que é a luz iluminadora de todo o mundo.

Resposta Negativa

O vers.10 diz "ele estava no mundo, o mundo foi criado por ele, mas o mundo não o conheceu". O capítulo primeiro do livro de Isaías cita que o boi conhece o seu possuidor e o jumento a sua manjedoura, mas que Israel não conhece a Deus. O vers.11 de João fala "ele veio para o que era seu" (= suas coisas, no grego).

 Deus não criou esse mundo para depois abandoná-lo. Ele esteve sempre presente, manifestando-se a todos os homens, mas aqueles que foram criados por Ele - as suas coisas - não deram ouvidos e permaneceram indiferentes a Deus, mesmo antes da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nós, homens, somos criados com capacidade de chegar até Deus, mas, através de nossos corações pecaminosos, endurecemos nossos corações e, cada vez mais, tornamo-nos indiferente a Ele.

Apesar disso, Deus, por intermédio dos pregadores e dos profetas dá o seu recado: 'mas quem o recebeu foi feito filho de Deus.

Resposta Positiva

Como poderíamos recebê-lo?

Em primeiro lugar, podemos nos certificar que, independentemente de onde moramos, de quão perto ou longe estamos da civilização, se pedirmos ao Senhor, através de um coração puro, genuíno, para que se manifeste a nós, Ele, de alguma maneira, manifestar-se-á, tenha ou não um evangelista ou um pregador perto de onde estejamos.

Se um índio, lá no interior de Roraima, olhar para a natureza e pensar que há alguém por trás da criação dessa natureza e, assim, clamar e buscar um verdadeiro Deus, que não seja o sol, a lua ou qualquer outro animal que esteja acostumado a buscar, podemos ter a certeza de que Deus enviará uma pessoa para completar a mensagem que o índio começou a captar e fará com que ele saiba que Deus o ama e o quer vivendo perto dEle como um filho.

Viabilização

O vers.13 mostra que não depende do sangue da família, a qual você pertence, ou da sua linhagem, para ser filho de Deus. Os judeus se orgulhavam de ser descendentes, sementes de Abraão, mas o sangue e a genética não ajudam a ser filhos de Deus.

Nem a vontade da carne ajuda, ou seja, o reino de Deus não será alcançado pela vontade do homem, mesmo que esse homem seja forte e tenha o domínio total sobre sua família. Irmos com frequência à igreja e lermos bastante a Bíblia não fará influência também. Depende somente de Deus.

Conta-se que, em certa ocasião, uma pessoa andava por uma praia num país comunista, quando achou um pedaço de uma página da Bíblia, no qual leu: "e disse Deus..." Essa pessoa perguntou: "Deus fala?" A partir daí começo a orar pedindo para o Senhor falar com ela. Essa pessoa foi salva.

Apesar da indiferença do homem em relação a Deus, aqueles que o recebem têm autoridade de se tornarem filhos de Deus. Isso significa adoção.

Para entendermos melhor, temos de nos reportar ao conceito antigo da adoção na sociedade judaica, quando qualquer pessoa podia ser adotada, até os filhos naturais. Este não tinha direito à herança antes de passar pela experiência da adoção. E a adoção podia ser tanto de um filho natural como de um estranho. O fator importante era que, no dia em que uma pessoa era adotada, ela passava a ter condições de cumprir com os propósitos que seu pai lhe deixava.

Portanto, quando João fala que fomos feitos filhos de Deus, ele enfatiza que fomos adotados na família de Deus. Não ganhamos simplesmente o nome do pai na nossa certidão de nascimento, mas nos tornamos herdeiros de Deus, com direito a tudo o que Deus quer conceder a seu povo.

A história da raça humana é marcada pela presença do homem rejeitando a chamada de Deus. Sejamos sinceros! Nossa história é repleta de rejeições ao convite de Deus?

Quantas vezes sabemos o que Deus tem a nos dizer e adiamos a conversa para uma ocasião mais adequada? Deus, entretanto, quer somente encontrar um coração genuíno, que se volte para Ele e que queira recebê-lo.

Não devemos colocar Deus em cima de uma imagem que criamos para Ele, porque crer em Deus não é isso. Crer em Deus é acreditar no Seu caráter, é acreditar que Ele é o criador de tudo, é reconhecer que ele é soberano e determinador de todas as coisas, é crer nas suas promessas, nas suas bênçãos e é, principalmente, crer que Ele chegou ao ponto de enviar seu filho para aquela cruz para morrer e pagar os pecados de cada um de nós. Crer em Deus não depende de nosso esforço, de nossa vontade, mas de Deus, como diz o vers.13. Por isso a obra já foi feita.

Deus está buscando as pessoas de corações sensíveis e sensibilizados para dar acolhida à sua voz, à sua mensagem. E essas pessoas serão feitas filhas de Deus.

O que João está tentando nos falar? João, neste livro, fala daquele que nos criou antes dos tempos eternos, que criou todas as coisas, pensou em todas as coisas e deu existência a elas. Que esse Deus , ao longo da história, tem nos buscado e nos dado elementos para chegarmos mais perto dEle.

Concluindo, fazemos a pergunta: Qual a escolha que existe em nosso coração? São trevas? Ou respondemos positivamente? Se assim o for, podemos garantir que a promessa de Deus para quem invocar o seu nome é a salvação.  Não é pelo invocar, mas Ele vai dar a revelação necessária para a salvação, porque esse Deus, lá na eternidade, já nos planejou, já nos criou, já nos tem chamado para uma viva e rica relação de intimidade com Ele. Esta mensagem fala de um Deus buscando o homem e a próxima falará sobre um Deus se fazendo um homem.

Extraído e Adaptado


As marcas de uma testemunha

Série Jesus

19Esse foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem quem ele era. 20Ele confessou e não negou; declarou abertamente: Não sou o Cristo. 21Perguntaram-lhe: "E então, quem é você? É Elias?" Ele disse: "Não sou". "É o profeta?" Ele Respondeu: Não. 22Finalmente disseram: "Quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio?" 23João respondeu com as palavras do profeta Isaías: "Eu sou voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho para o Senhor". 24Alguns fariseus que tinham sido enviados 25interrogaram-no: "Então, por que você batiza, se não é o Cristo, nem Elias, nem o profeta?" 26Respondeu João: "Eu batizo com água, mas entre vocês está alguém que vocês não conhecem. 27Ele é aquele que vem depois de mim, cujas correias das sandálias não sou digno de desamarrar". 28Tudo isso aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.

29No dia seguinte João viu a Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 30Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. 31Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que eu vim batizando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel". 32Então João deu o seguinte testemunho: "Eu vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele. 33Eu não o teria reconhecido, se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: "Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo". 34"Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus".

INTRODUÇÃO

Há anos atrás, ao voltar para casa à noite, fui obrigado a brecar o carro de repente. O veículo que vinha atrás não conseguiu parar e bateu na traseira do carro. Seu proprietário, ao ser cobrado pelo seguro, resolveu entrar na justiça pleiteando uma indenização. Na acareação, perante o juiz, ele levou uma testemunha falsa, a qual, procurando dar razão ao outro e não a mim, declarou ter visto tudo ao trocar o pneu de seu carro do outro lado da pista na hora do acidente. O juiz perguntou-lhe como fora possível ver a cor do carro e a placa na escuridão da noite. Para surpresa geral, a testemunha declarou que, na época, o local era iluminado - uma mentira! Ao ser perguntado pelo juiz do porquê não deu auxílio às vítimas do acidente, disse não ter querido se envolver. Neste ponto o juiz inquiriu-o sobre o motivo de seu envolvimento presente, declarou ele então, ter descoberto depois que o outro era seu amigo. Com tantas mentiras sendo claramente percebidas pelo juiz, este deu-lhe uma descompostura, mostrando o que era realmente ser uma testemunha. E o caso foi encerrado. Quando se trata da nossa posição de testemunha, será que nos identificamos com João ou com essa falsa testemunha? O que marca a testemunha: João Batista?

Relembrar

O prólogo do Evangelho de João (1:1-18) apresenta Jesus como Deus, habitando com Deus e tendo poderes de tomar decisões. Foi o idealizador e criador do mundo, capacitando o homem a entender a mensagem de Deus; mas essa mensagem foi rejeitada pelo homem até que Jesus, pela sua encarnação, se tornou homem para se manifestar ao seu semelhante. Essa semelhança, porém, era somente física, pois Jesus era muito mais do que o homem aparente.

Ser Testemunha

A porção do Evangelho que ora estudamos, relata parte da vida de João Batista, caracterizado nos v. 7,19,32 e 34 como testemunha. Era uma pessoa acostumada à solidão, pois vivia no deserto. Possuía hábitos estranhos pois, como indica Mateus 3:4-7: "comia gafanhotos e mel silvestre e usava vestes de pelo de camelo e cinto de couro em volta dos rins"

Moda essa, bastante antiga até para seus dias. A multidão vinha a ele, confessava seus pecados, ouvia sua palavra e era por ele batizada. Por outro lado, era extremamente duro para com a elite religiosa local. Sua vida talvez não nos impressionasse tanto se Jesus não tivesse declarado em Mateus 11:11 que:  "entre os filhos das mulheres, não havia surgido outro maior que João Batista".

Jesus quis dizer que, até aquela geração, não houve homem tão digno e tão nobre quanto João Batista. No que se baseava essa grandeza? João Batista era originário de uma vila bem simples, Nazaré; não deixou nenhuma obra escrita sobre a vida devocional e nem sobre a disciplina de um servo; não fez qualquer milagre; não tinha habilidade para liderança; não era um sacerdote e, possivelmente, nunca fez um sacrifício. Era somente uma voz clamando no deserto; mas, apesar disso, Jesus assim testemunha a seu respeito.

Sua pregação no deserto causou um certo impacto sobre a comunidade judaica, incluindo Herodes, que apreciava ouvi-lo, o que motivou a formação de uma comissão de inquérito no Sinédrio, composta de sacerdotes, levitas e fariseus (v. 19-28). Essa comissão era constituída por pessoas aliadas aos pensamentos romanos, pessoas rebeldes aos pensamentos romanos e pessoas que pertenciam à seita mais ortodoxa daqueles dias, os fariseus, cujo número era de 6.000 pessoas. Como se vê, eram pessoas com posições bem distintas.

Como João não estava credenciado como profeta, os integrantes dessa comissão se apresentaram diante dele e o crivaram de perguntas. Queriam saber se ele era Cristo, o ungido de Deus, tão ansiosamente aguardado para libertar a nação de Israel. Nos dias que antecederam a chegada de Cristo essa expectativa havia aumentado muito, por causa do sofrimento do povo - anteriormente, nas mãos dos gregos e, naquele momento, nas mãos dos romanos. A resposta foi: "Eu não sou o Cristo".

Indagaram sobre a possibilidade dele ser Elias, pois em certos aspectos - o modo de viver e o modo de ensinar - João Batista era semelhante a Elias. A resposta foi negativa. Indagaram se ele era o profeta que Deus havia prometido levantar no contexto da nação de Israel (em Deuteronômio), o qual tinha semelhança com Moisés. A resposta foi outra negativa.

Exemplo

Como apresentado no início desse estudo, quatro versículos apresentam João Batista como alguém chamado a ser testemunha. Isto também acontece conosco, que fomos feitos testemunhas. Essa referência pode muito bem ser constatada em Atos 1:7-8, quando Jesus afirma que aqueles discípulos (e essa afirmação também nos envolve) deveriam esperar para receber a capacitação do Espírito de Deus para serem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra. A condição que temos de ser testemunhas nos imputa responsabilidade. É por isso que fomos enviados ao mundo.

Nós somos humanos e João Batista também era. No entanto, na condição de um ser humano, ele era tão especial que levou Jesus a dizer que não houve outro igual a ele. Foi um homem como nós, que se destacou em ser o que Deus queria que ele fosse.

Na sua posição de testemunha, o que João Batista nos leva a aprender, considerando nossa posição de testemunhas hoje?

É ESSENCIAL À TESTEMUNHA SABER QUEM É

Em primeiro lugar, para sermos boas testemunhas, é essencial que saibamos quem somos. Mas, para sabermos isso, antes de mais nada devemos saber quem não somos.

É interessante que quando foi perguntado a João Batista quem ele era, a resposta foi: "Eu não sou o Cristo". As outras perguntas receberam categóricos não e, ao final, sem saberem nada sobre ele, pediram-lhe que declarasse quem era, a fim de levarem uma resposta àqueles que os haviam enviado.

Até aquele momento, João não havia falado nada sobre si mesmo. Podemos imaginar o que isso representa? Resistirmos à grande tentação de falar sobre nós mesmos? Certamente, seríamos consumidos por essa vontade, pois nosso desejo natural, quando nos perguntam quem somos, é o de fazer nossa auto valorização. João Batista, pelo contrário, ao ser inquirido sobre quem era, qualificou-se como um servo humilde, apesar de ser um homem de destaque. Era uma testemunha e tinha em mente que uma testemunha necessita conhecer que ela não é o enfoque do assunto. O enfoque é outro. Isso pode ser visto em João 3:30 quando João fala da necessidade de Jesus crescer e dele diminuir - declaração que evidencia sua condição de servo humilde, de homem que veio para cumprir a tarefa a ele destinada. Portanto, João Batista sabia muito bem quem não era. Mas, para sermos boas testemunhas, é preciso também que saibamos quem somos.

Quando a comissão de inquérito começou a pedir que João Batista falasse alguma coisa a seu respeito, ele disse que era:

A Voz

É interessante observar que João sabia que não era a mente, a razão (logos) ou Jesus, sendo somente uma voz. É como se tivesse confessado: "Eu só falo, pois não penso em nada. O pensamento não é meu e sim do meu Senhor. Só reproduzo o que meu Senhor pede. Sou só um veículo divulgador das idéias do Senhor." Como pode ser observado claramente, ao invés de se destacar perante a sociedade, ele ouviu e, principalmente, obedeceu o comando do Senhor.

Nós, assim como ele, fomos enviados para ser voz, mas muitas vezes ignoramos o comando.

Clama

Depois de se classificar como a voz, João se anunciou como uma voz que clama, que grita. Essa voz clama porque acredita no que prega. Há alguns anos atrás, um homem condenado à morte recebeu a visita de um capelão pouco antes da execução de sua sentença. Ao ouvir o pregador anunciar o Evangelho, o homem, irreverente, afirmou que o capelão certamente não acreditava no que estava pregando. Perguntado do porquê dessa afirmação completou que, se o pregador acreditasse, com certeza sairia pôr todos os cantos da cidade gritando essa verdade a todos.

João Batista gritava porque via a importância de ser ouvido - de sua mensagem dependia a vida de seus amigos, parentes e vizinhos próximos e mais distantes. Preocupava-se com a proclamação do Evangelho, da mesma maneira que o Apóstolo Paulo (Romanos 1:16) declarava não se envergonhar do Evangelho porque é poder para salvar. Em outra ocasião, Paulo - preso e vivendo situações classificadas como desagradáveis - escreve aos filipenses (1:18) registrando "... não importa, contanto que Cristo seja pregado". João Batista sabia perfeitamente o que devia fazer e o fazia com aplicação, ou seja, era aplicado em seu testemunhar.

Deserto

Por fim, João completa que era a voz que clamava no deserto. Quantas vezes tivemos a experiência de falar do Evangelho para alguém que permanece indiferente ao que ouve? Muitas. Não apenas nós vivemos essa experiência. João também viveu. Ele pregava em um deserto não somente físico, baseado no fato das pessoas não o ouvirem, razão pela qual não devemos desanimar. Temos obrigação de anunciar o Evangelho. Não importa a dificuldade que encontramos pela frente. Devemos orar ao Senhor solicitando que nos propicie ocasiões adequadas para cumprirmos essa tarefa e Ele certamente propiciará.

O profeta Ezequiel nos relata alguns princípios que devem reger nossa postura na pregação. Ez.2:5: "e eles, quer ouçam, quer deixem de ouvir, hão de saber que esteve no meio deles um profeta."

Ezequiel, na época, foi enviado a falar a uma casa rebelde. A mensagem diz que não importa se as pessoas ouvem ou não o que lhes é transmitido - é necessário que elas saibam! No capítulo 3:27, Ezequiel continua: "Mas quando eu falar contigo, darei que fale a tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Quem ouvir, ouça, e quem deixar de ouvir, deixe; porque são casa rebelde."

Portanto, nunca devemos ser regidos pelo fato das pessoas quererem ou não ouvir o que falamos. Ezequiel 3:18-19 ainda registra:

"Quando eu disser ao perverso: Certamente morrerás; e tu não o avisares, e nada disseres para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se avisares o perverso, e ele não se converter da sua maldade e do seu caminho perverso, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu salvaste a tua alma." Ezequiel 3:18-19

Deus, nestes versículos, nos adverte sobre a responsabilidade que temos para com Ele. E se não observamos essa responsabilidade, Deus, na hora exata, certamente nos cobrará.

É ESSENCIAL À UMA TESTEMUNHA A SUA MENSAGEM Cordeiro de Deus

O v.29 mostra que João testemunhava sobre o Cordeiro de Deus. Ele tinha em mente que no Egito, quando o povo era escravo, Deus havia proporcionado a libertação através de um cordeiro sacrificado, cujo sangue foi colocado em ambas as ombreiras e nas vergas das portas de cada família para avisar ao Espírito de Deus que ia lá passar, que naquelas casas não haveria morte. O primogênito da família cuja casa não possuísse sangue na porta, morreria. Assim nasceu a Páscoa, que não significa coelho e nem tampouco ovo de páscoa, mas libertação! A libertação do povo se deu através da morte do cordeiro. No Novo Testamento, Paulo diz que Jesus é o nosso Cordeiro Pascal (I Coríntios 5:7), tendo sido colocado numa cruz, julgado e injustamente condenado pôr conta dos nossos pecados. Ele, que não tinha culpa, carregou em seus ombros todas as nossas culpas. O profeta Isaías anuncia, com mais ou menos 700 anos de antecedência, que um cordeiro, servo de Deus, iria pagar nossos pecados :

"Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou com as nossas dores e nós o reputávamos pôr aflito, ferido de Deus e oprimido, mas ele foi ferido pôr causa de nossas transgressões e esmagado pôr causa das nossas iniquidade. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado para o matadouro e como a ovelha, muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca" (Is. 53:4-7).

Filho de Deus

Olhando para o contexto da história de Israel e lembrando da mensagem do profeta Isaías, João Batista transporta essas previsões para os seus dias e testifica que ali estava o Cordeiro de Deus, aquele que iria ser morto e punido por conta dos nossos pecados. Jesus tiraria o pecado do mundo.

A linguagem de João não era constituída de chavões. Em nossos dias é muito comum ouvir que devemos aceitar Jesus no coração. A Bíblia não apresenta esta linguagem e as pessoas não podem aceitar aquilo que não entendem. A mensagem real acerca de Jesus é que ele foi morto, sepultado e ressuscitado. Todos os pecados foram punidos adequadamente. Falar de outra mensagem que não seja essa é desejar pintar um quadro cheio de cores para que fique mais alegre.

No v.34 João atesta que Jesus é o filho unigênito de Deus. Um pouco antes, diz que não o conhecia. Como poderia João não o conhecer se Jesus era seu primo e certamente viveram sua infância juntos em Nazaré? Certamente não está dizendo que Jesus era um estranho para ele - seu desconhecimento é a respeito da condição em que Jesus está sendo apresentado no momento. Ele havia sido avisado anteriormente que, na hora que o enviado aparecesse, desceria o Espírito Santo sobre ele em forma de pomba. Foi o que aconteceu quando João viu Jesus. Assim, Jesus era mais do que um grande homem; vinha da comunidade divina, e era o próprio Deus habitando entre nós. No v.33 João afirma que ele batizava com água, mas que Jesus batizaria com o Espírito Santo. Os que recebessem esse batismo seriam incluídos como membros da comunidade divina, desfrutando do mesmo "status", pois seriam enxertados no corpo de Cristo, conforme atesta Paulo em I Coríntios 12:13.

O livro "Com Vergonha do Evangelho" de John Macarthur avalia que, tanto no século passado como em nossos dias, a palavra de Deus, o Evangelho do Senhor, tendo sido substituída na igreja por artifícios de marketing, shows, a fim de ter um melhor retorno. Ou seja, a mensagem é facilitada para que todos a aceitem, mas esse procedimento obscurece o teor da mesma. A mensagem é uma só e é dela que devemos falar, sem subterfúgios; e uma testemunha deve conhecê-la muito bem. João também a conhecia.

CONCLUSÃO

Obediência

Uma testemunha tem que ser, por essência, uma pessoa obediente. O v.33 demonstra que João o era. Além de pregar numa região desértica, falava para um povo que era indiferente a Deus, mas ele cumpria fielmente a ordem de Deus. Em I Coríntios 4:2, Paulo declara que é importante que um despenseiro, servo de Deus, seja achado fiel. Em Mateus 7:21, Jesus anuncia que:"nem todo que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai".

O céu será um lugar de surpresas, pois lá estarão pessoas que nunca pudemos imaginar, entretanto, também não encontraremos pessoas que sempre imaginamos estarem salvas.

O melhor e mais importante motivo para se pregar a palavra de Deus é a deliberação do Senhor para que a preguemos.

Humildade

Além de ser obediente, João não exaltava a si mesmo. No v. 27 ele fala que não é digno nem desatar as correias das sandálias de Cristo. Na Bíblia, o apóstolo Paulo, considerado como o maior missionário de todos os tempos, afirma ser o ministro de Cristo. A tradução foi muito mal feita, pois hyperetes (a palavra original) significa "remador do último porão", dando-nos a visão de que esse remador não vê ninguém, só faz força. O poder de argumentação, o tamanho da Bíblia, a beleza do prédio da igreja, nada valem para uma testemunha, pois o que deve ser exaltado é a glória do Senhor. Isso João Batista sabia fazer muito bem, pois sabia a quem servia.

Proclamação

João era simples, não tinha sofisticação. Suas vestes e dieta eram rudimentares. Entretanto, ele anunciava a todos o Evangelho, tentando preparar o povo para andar em conformidade com Deus. Em l Pedro 3:15 aprendemos que devemos estar preparados constantemente para apresentar a razão da esperança que há em nós.

Portanto, é importante entendermos que, se entramos numa universidade, o objetivo maior não é a realização de um curso, mas sermos uma testemunha lá dentro; quando trabalhamos numa indústria, embora tenhamos que desempenhar muito bem as nossas funções lá dentro, nosso papel é ser luz e testemunha para os que lá trabalham.

Perguntamos: como podemos ser luz, testemunhas, para as pessoas que estão à nossa volta? Nossa obrigação é levar a palavra a todos, não importando se vão se apropriar dela ou não. Além disso, devemos orar ao Senhor para que consigamos êxito em nossa missão. Nosso papel estará cumprido, porque o desenrolar dessa apropriação em Cristo é o desempenho do Espírito Santo. Tomemos João Batista como pano de fundo e sejamos testemunhas!

Extraído e adaptado