2021/09/09

Série Deus é: Autossacrifício


 Meus irmãos quantas pessoas já ouviram centenas de sermões com uma mensagem sobre a importância e o verdadeiro significado da encarnação, morte e ressurreição de Jesus e quantos falharam em não entender e não compreender o significado do sacrifício de Jesus.

Talvez aqueles que usam o púlpito tenham falhado em comunicar com clareza. Se você perguntar para muitos cristãos sobre a cruz e pedir para eles darem uma explicação clara e articulada de porque Jesus se tornou humano, morreu e ressuscitou. Muitos cristãos não saberão dar essa explicação.

O fato é, meus queridos irmãos, que muitas pessoas não entendem a Cruz. Aliás, muitas se incomodam com o fato de Jesus ter precisado morrer. E é difícil entender porque Deus permitiu que Jesus morresse. Para muitos a cruz parece ser desnecessária. Porque segundo elas, Deus poderia ter facilmente "Perdoado o mundo" apenas declarando que o mundo estava perdoado, ou ensinando as pessoas a amar umas às outras. Assim Jesus não precisaria sofrer. Não haveria necessidade alguma de sangue.

Eu consigo entendê-las. A cruz de Jesus, de uma perspectiva, parece ser um evento misterioso e ameaçador; não obstante a isso, toda a Igreja Católica Romana tem um crucifixo uma cruz com o corpo físico de Jesus pregado nela; além disso a maioria das igrejas protestantes apresentam uma cruz sobre uma torre ou santuário. Muitos de nossos hinos são cânticos de louvor à cruz.

A morte de Jesus é o início e o centro da teologia Cristã, e apesar disso muitos de nós falhamos em compreender seu significado. Entender porque Jesus escolheu viver entre nós e morrer por nós, ajuda-nos a compreender melhor a natureza do nosso maravilhoso e bom Deus.

Deus traça o seu caminho até nós

 As falsas narrativas deste mudo como já vimos algumas durante esta série, falam-nos de um preço que nós temos que pagar para achegar-se a Deus. O fato, meus irmãos, é que Deus traça o seu caminho até nós através da cruz, por meio da sua morte e ressurreição.

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros. Jo 15.16 ele nos interceptou em nossos caminhos escuros.

Atanásio Bispo de Alexandria em 296 -373 dC. Um dos pais da Igreja esteve presente no Concílio de Nicéia em 325 d.C no qual foi definida e padronizada a doutrina sobre a encarnação de Jesus, onde Jesus é totalmente Deus e Jesus é totalmente homem. Ali foi formulado o credo Niceno que é a compreensão ortodoxa da pessoa de Jesus e da natureza da Trindade.

Durante toda sua vida, Atanásio sustentou que as doutrinas estabelecidas em Nicéia estavam corretas e defendeu corajosamente sua posição contra as maiores oposições. Atanásio foi exilado cinco vezes por causa das suas crenças, hoje ele é reconhecido por ter ajudado a igreja a entender porque a encarnação (Deus tornando-se humano) a morte (a crucificação) e a ressurreição de Jesus, foram necessárias para reconciliação dos seres humanos com Deus. Jesus precisava morrer.

Quero convidá-los a junto comigo fazer uma viagem, quero que neste momento que você imagine que você tenha viajado junto comigo de volta ao tempo, lá em 325 d.C e encontrarmos com Atanásio.

E para tentar te explicar essa questão da Encarnação, da morte e da Cruz de Jesus, e da ressurreição, vamos abrir um diálogo com o próprio Atanásio e fazer algumas indagações e pedir que ele  responda algumas perguntas difíceis sobre a Encarnação,  Morte e Ressurreição de Jesus e vamos imaginar que ele está respondendo às nossas questões.

Atanásio, uma pergunta que as pessoas fazem habitualmente: porque Jesus precisou tornar-se um ser humano e sofrer e morrer na cruz? Porque Jesus simplesmente não nos ensinou a viver de um modo agradável a Deus?

 Atanásio: Isso funcionaria se a humanidade não tivesse caído em total corrupção. Se nós, humanos, tivéssemos apenas quebrado uma lei, poderíamos nos arrepender disso. Se nosso problema fosse a ignorância, a educação seria a solução. Mas o problema humano é muito mais profundo. Somos corruptos e depravados. É como uma doença que não pode ser curada por força de vontade ou por conhecimento.

Mas Atanásio como é que a gente se envolveu em uma situação tão difícil assim?

Atanásio: É uma longa história, mas vou resumi-la tanto quanto possível. Deus fez os seres humanos a sua imagem, o que significa que eles podem raciocinar e criar, e podiam conhecer a Deus. Adão e Eva foram criados em liberdade para serem amigos de Deus, embora tivessem recebido o único mandamento para demonstrar seu amor, sua apreciação e sua obediência a Deus: eles não poderiam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.

Essa árvore simbolizava o desejo de ser Deus, porque apenas Deus conhece verdadeiramente o bem e o mal. Eles foram advertidos: "não comam da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia que dela comer certamente você morrer Lá" Gênesis 2.17

Mas Atanásio, Deus não poderia simplesmente tê-los perdoado, certo?

Atanásio: Não, Deus não poderia voltar atrás em seu mandamento. Mas Deus também não poderia permitir que sua preciosa criação fosse destruída. Como Deus, sendo bom, deveria agir! Esse foi o dilema Divino.

Mas não havia uma maneira de os seres humanos salvarem a si mesmos? Deus não poderia ter apenas ordenado que eles se arrependessem?

Atanásio: Não. O arrependimento não mudaria sua natureza, que agora era corrupta. Mesmo que eles tivessem parado de pecar, o que não conseguiriam fazer, ainda seriam corruptos por dentro e estarão sujeitos à lei da morte.

Atanásio então o que poderia resolver o problema?

Atanásio: Não se trata do que, mas de quem era necessário para resolver o problema. Somente a palavra do próprio Deus que no princípio também tinha criado Todas As Coisas Do Nada, poderia resolver o problema humano. Para esse propósito, então, Deus, que não é limitado por um corpo físico e nem está sobre o poder do pecado, entrou em nosso mundo. Ele tomou para si um corpo humano semelhante ao nosso.

Mas porquê Atanásio? Deus não poderia ter aparecido de alguma outra forma, porque ele precisou assumir um corpo humano?

 Atanásio: Jesus tomou para si um corpo como o nosso, porque o corpo humano era suscetível à corrupção da Morte. Ele entregou seu corpo à morte no lugar de todos e ofereceu ao pai. Ele fez isso por causa do seu absoluto amor por nós, de modo que em sua morte todos poderiam morrer e a lei da morte seria por meio disso abolida. Dessa forma, ele faria a morte desaparecer tão absolutamente quanto a palha consumida pelo fogo

Então deixa eu ver se eu entendi Atanásio, ele assumiu um corpo para que eu pudesse morrer é isso?

Atanásio: Sim, a corrupção só poderia ser removida por meio da morte. Por essa razão, portanto, Jesus assumiu um corpo capaz de morrer. Foi entregue a morte o corpo que ele havia tomado, como uma oferta e um sacrifício livre de qualquer mancha. Foi assim que ele revogou a morte para seus irmãos e irmãs humanos pela oferta do equivalente. Ele realizou com a sua morte tudo o que era exigido.

Desculpa, eu não entendi essa oferta equivalente o que quer dizer?

Atanásio: A corrupção total, que é o estado dos seres humanos depois da queda, somente pode ser revertida pelo sacrifício da incorrupção total. Jesus era livre do pecado.

Mas o que isso representa para as pessoas e para mim Atanásio?

 Atanásio: Jesus reverteu a queda original fazendo por nós o que não podíamos fazer!!! Pelo sacrifício do seu próprio corpo, Jesus fez duas coisas: ele pôs um ponto final na lei da Morte que bloqueava nosso caminho e providenciou um novo começo de vida para nós dando-nos a esperança da ressurreição. Jesus, você sabe que destruiu a morte.

Deixe-me passar para outro tópico Atanásio: por que Jesus teve de morrer de modo pelo qual morreu na cruz? Ele não poderia ter morrido de outra forma e ainda sim ter alcançado o mesmo objetivo?

 Atanásio: Jesus teve de passar por uma morte real, pública, inegável, que todos pudessem ver. Se não houvesse testemunhas de sua morte, ninguém acreditaria em sua ressurreição. Ele poderia ser considerado um contador de histórias.

Mas por que ele precisou morrer daquele modo vergonhoso? A crucificação era a mais dolorosa e humilhante forma de execução que o mundo conheceu na época. Ele não poderia ter tido uma morte mais digna?

Atanásio: Eu sei que você abomina cruz, e deve abominar mesmo, Observe, porém, o seguinte: um maravilhoso e Poderoso paradoxo ocorreu, porque a morte que eles pensaram que infligiram em Jesus era desonra, desgraça se tornou O Glorioso monumento de sua vitória sobre a morte. Embora eles tivessem tentado matá-lo de modo vergonhoso, a cruz permanece por toda a eternidade como um símbolo da Glória de Deus.

E em último ponto: Como Jesus teria alcançado o mundo inteiro se não tivesse sido crucificado, já que é apenas na cruz que um homem morre com os braços estendidos?

Deus traça o seu caminho até nós. Deus, que é completamente livre, escolheu voluntariamente entrar no nosso mundo como uma criança vulnerável e suportar insultos, tortura e execução como um adulto. Deus não precisava fazer isso.

Atanásio está certo dizer que o único modo de resolver o problema humano (a corrupção, a separação de Deus, a perda imagem de Deus) era o próprio Deus interferir, isso ainda não significa que Deus precisasse fazer isso.

Meus irmãos não hão nada que tenha obrigado Deus a nos salvar dessa forma ao decidir salvarmos dessa maneira, Deus arriscou ter seu amor não correspondido. O que aconteceria se os seres humanos tivessem rejeitado o seu amor?

João nos diz "aquele que é a palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não receberam" João 1.10-11

Essa é uma passagem poderosa porque contém várias verdades essenciais:

Primeiro: o mundo foi criado por intermédio dele. Deus criou o mundo por meio de Jesus e é Ele que continua a manter o mundo inteiro coeso.

"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste." Colossenses 1:15-17

Segundo:  Ele estava no mundo. Deus escolheu livremente entrar no nosso mundo, respiraram o nosso ar e submeter-se a toda dor e a todo sofrimento na vida humana.

Terceiro: O mundo não o reconhece. A glória da segunda pessoa da Trindade estava oculta. Deus fez isso por meio de extrema humildade e finalmente os seus não o receberam.

Meus irmãos o amor não correspondido talvez seja uma das mais dolorosas experiências humanas. Amar alguém e não ser amado em retribuição representa uma mágoa profunda, uma dor excruciante. Deus experimentou a dor do amor não correspondido.

Algumas pessoas contestam a ideia de que Deus poderia sentir dor ou sentir qualquer coisa que fosse, a narrativa das pessoas nos informa que Deus é impassível e que significa que ele não pode comover-se. Essa narrativa parece proteger o poder de Deus, no entanto, se ama os outros e a Bíblia diz que Deus amou o mundo de tal maneira, Ele necessariamente também sente a dor do amor não correspondido.

Observem as pessoas que têm dificuldade em acreditar que Deus poderia sentir dor ou alegria também tem dificuldade de acreditar que Jesus poderia sentir dor ou incerteza ou até mesmo alegria. Será que Jesus ria? Em algum local será que Ele se sentiu Inconveniente? Alguma vez teve seus sentimentos feridos? As escrituras declaram que Jesus experimentou a vida humana em sua plenitude então, ele sentiu todas essas coisas.

Creio que temos dificuldade com os sentimentos de alegria e de dor de Deus porque acreditamos que eles estão abaixo da natureza poderosa de Deus deixando Ele vulnerável e, pensamos, parecendo fraco. Mas isso não é verdade. Já parou pra pensar que essa vulnerabilidade que eles acham que Deus possui seja a verdadeira força. Sacrificar a si mesmo pelo bem de outra pessoa não é um sinal de fraqueza, mas o maior poder que o mundo já conheceu.

A glória de Deus reside em sua graça O auto sacrifício é o ato mais sublime. O grão precisa morrer para dar vida. Jesus disse João 15:13 "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos."

Entregar-se a si mesmo é algo que se parece com a fraqueza, no entanto, é um aspecto do amor.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. 1 Coríntios 13:4-5

Muitos de nós convivemos com a falsa narrativa de que a força se encontra na Dominação e um controle. Essas, porém, não são as formas mais elevadas de poder.

"O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza" 2 Coríntios12.9

O poder da semente emerge apenas quando a semente morre, o poder de Deus é demonstrado mais claramente na cruz. Deus filho entra em nosso mundo na mais inferior de todas as condições, vive uma vida absolutamente comum durante 30 anos, experimenta o que nós também experimentamos, mostra o seu pai ao mundo por meio do seu ensino e de sua vida, e então voluntariamente realiza o sacrifício definitivo: entrega sua vida pelo mundo inteiro, o cordeiro de Deus tirando o pecado do mundo. "Eu me sacrificarei por seu bem" é o sentimento de Deus. E nós em nossos pequenos momentos de sacrifício sentimos algo do que Deus sente (Liberdade, libertação, regozijo, propósito, significado), mesmo que apenas por uns poucos momentos.

Mas existe um paradoxo no auto sacrifício. Quando Jesus deixou o seu trono Celestial e assumiu Nossa humanidade e finalmente enfrentou a própria execução, ele deixou de ser o mais poderoso para tornar-se o mais fraco, Paulo explica isso usando as belas palavras de um antigo hino cristão.

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Filipenses 2:5-11

Esse é o paradoxo do auto sacrifício: ao esvaziar-se, humilhando-se e tornar-se obediente, Jesus foi "altamente exaltado". Quando os discípulos perguntaram a Jesus quem era o maior no reino de Deus, ele replicou "quem se faz humilde como essa criança esse é o maior no reino dos céus" Mateus 18.4

Os maiores são aqueles que servem, essa narrativa é diretamente oposta aos ensinos do reino deste mundo, no qual os maiores são aqueles que são servidos. Perdoar alguém nos parece uma atitude fraca e vulnerável, mas no fundo revela a força e poder.

Quando as vítimas perdoam, elas se tornam vencedoras, não sobre os outros, mas pelos outros. Nossa fraqueza nos impede de sermos capazes de perdoar. Nossos medos nos afastam de nos entregar e do sacrifício.

Mas as pessoas ele "em que Cristo habita" aprendem a viver e entregar-se como Jesus fez, Jesus não é apenas um modelo a imitar, ele é a fonte de força da qual podemos confiar. Nós podemos fazer todas as coisas por meio de Cristo que nos fortalece Filipenses 4 13.

Para concluir os irmãos, só quero dizer que essa mesa que você está vendo aqui na frente é representação máxima que o céu desceu e beijou a terra.

Jesus não teve de morrer... Jesus escolheu morrer....

O pai, o filho e o Espírito Santo trabalharam em harmonia para alcançar o mundo caído e fracassado e assim restaurá-lo. Deus fez por nós o que nunca poderíamos ter feito. A cruz é um símbolo do amor e do sacrifício de Deus.

 Jesus assumiu e curou nossa condição humana e ao fazer isso Ele demonstrou as profundezas do amor de Deus para com toda a criação. Aqui está o princípio chave do Reino de Deus.

O que deixamos ir não se perde, mas se torna algo belo.

Não é de surpreender que a manjedoura e a cruz sejam duas das mais belas imagens que esse mundo já viu. Por meio da Encarnação, Deus que criou milhões de galáxias rotantes escolheu tornar-se vulnerável ao fazer isso, o céu desceu e beijou a terra por meio da crucificação.

Deus, que não pode morrer, sujeitou-se à morte. Ao fazer isso atraiu o mundo inteiro a sua pessoa. E cada vez que olharmos para Cruz devemos dar graças a Deus filho por voluntariamente ter morrido por nós.

Ele estava certo quando nos profetizou "mas eu quando for levantado da terra atrairei todos a mim." João 12.32

Série Deus é: Amor



Antes de qualquer outra coisa, devemos entender que amor, todo o amor, procede de Deus. Isto significa que amor não é o que o mundo chama de amor. O mundo fala de amor: amor paternal, amor marital, amor entre amigos, etc.

O mundo fala sobre  amor em muitos sentidos. De fato, o mundo fala de amor como a cura para todos os seus problemas. Tudo o que o mundo precisa, assim é dito, é um pouco de amor. Isto não é amor de Deus.

Na melhor das hipóteses, isto é apenas uma certa afeição ou atração natural. No resto, ela é apenas terrena, sensual e diabólica; ela pertence à luxúria da carne, à luxúria dos olhos e ao orgulho da vida.

O amor do mundo, de fato, é o próprio oposto do amor de Deus. O amor do mundo é ódio contra Deus, seu Cristo e seu povo. Isto é tudo o que ele pode ser. Não importa quão docemente o mundo possa falar sobre amor; ele odeia a Deus e a sua causa.

Esta não é meramente minha opinião; é a Palavra de Deus. A Bíblia ensina que "a mente carnal (literalmente, a mente da carne, R.D.D.) é inimizade (ódio) contra Deus; ela não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode ser" (Romanos 8:7).

O amor é de Deus. Deus é a única fonte de todo amor. Não pode haver nenhum amor fora de Deus. Isto significa que o único amor que existe é o amor de Deus.

Amor é um atributo de Deus, uma característica do seu ser divino, juntamente com outras características tais como santidade, graça, misericórdia, etc. E se podemos fazer comparações, amor é a característica principal do ser de Deus.

Em 1João 4:8 lemos a declaração absolutamente impressionante de que "Deus é amor". Deus é amor. O amor pertence à própria essência do ser de Deus. Em tudo que ele é e em tudo o que ele pensa, deseja, determina e faz, ele é amor. Deus como Deus, o Todo-poderoso, o Criador soberano, o Sustentador de todas as coisas.

 Precisamos nos afastar das falsas narrativas sobre o amor de Deus se quisermos realmente experimentar essa verdade.

A primeira falsa narrativa é daqueles que enfatizam o amor de Deus. Deus é amor, eles dizem. E a Bíblia de fato diz que Deus é amor.

Mas estas pessoas dizem isto manipulando a verdade divina em algo humano pecaminoso. Eles estão querendo dizer que Deus ama todo mundo, todos os homens. Porque segundo elas, pertence à própria natureza de Deus amar todos. Porque ele é amor, Deus não pode odiar. Deus não pode e de fato não reprova pessoas, nem determina condená-las com um castigo eterno por causa dos seus pecados.

Deus em seu amor dá a todo mundo uma chance de ser salvo. Somente quando uma pessoa recusa de maneira obstinada e persistente se arrepender dos seus pecados é que Deus a condena. Deus oferece seu amor a todo mundo.

 E alguns vão mais adiante para dizer que Deus de fato salva todo mundo – até mesmo os incrédulos. Por conseguinte, a igreja, de acordo com esta visão, é chamada a pregar o amor de Deus universal". A igreja deve dizer às pessoas de todo lugar: Deus te ama; Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida; Deus quer te salvar! É tudo amor, amor, amor. E ninguém jamais deve falar sobre ódio ou ira de Deus.

Este conceito extremamente popular do amor de Deus não somente leva ao Arminianismo e a um universalismo completo.

 Pode soar como uma doutrina confortante dizer que Deus ama todo mundo e não odeia ninguém, mas na realidade isto torna o amor de Deus dependente da vontade inconstante e pecaminosa do homem. Se o homem aceitar a oferta do amor de Deus, Deus o salvará.

Em outras palavras, Deus não pode amar a menos que o homem ame! Não há nada certo sobre isso! Um homem pode amar num dia e odiar no outro. Não há conforto nisto. Além do mais, se isto é verdade, quem é Deus?

De acordo com o conceito Arminiano, o homem é realmente Deus, pois seu amor deve vir primeiro. Isto é blasfêmia. A partir deste ponto de vista, o Arminianismo é tão destrutivo para a fé cristã como o Liberalismo.

Qual é a narrativa cristocentrica sobre o amor de Deus?

Deus ama todos do mundo inteiro (João 3:16; 1 João 2:2; Romanos 5:8).

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo. 1 João 2:2

Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Romanos 5:8

Esse amor não é condicional – é baseado apenas no fato de que Deus é um Deus de amor (1 João 4:8,16).

Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.1 João 4:16

O amor de Deus por toda a humanidade resulta no fato de que Deus demonstra a Sua misericórdia por não punir as pessoas por seus pecados imediatamente (Romanos 3:23; 6:23).

pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, Romanos 3:23

Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 6:23

 Se Deus não amasse todos, estaríamos no inferno agora mesmo. O amor de Deus pelo mundo é manifestado em que Ele dá às pessoas a oportunidade de arrependimento (2 Pedro 3:9).

O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. 2 Pedro 3:9

No entanto, o amor de Deus pelo mundo não significa que Ele vai ignorar o pecado. Deus também é um Deus de justiça (2 Tessalonicenses 1:6).

É justo da parte de Deus retribuir com tribulação aos que lhes causam tribulação, 2 Tessalonicenses 1:6

O pecado não pode deixar de ser punido eternamente (Romanos 3:25-26).

Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Romanos 3:25,26

O ato mais amoroso da eternidade é descrito em Romanos 5:8: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores."

Aquele que ignora o amor de Deus, que rejeita Cristo como Salvador e que nega o Salvador que o comprou (2 Pedro 2:1)

No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2 Pedro 2:1

vai estar sujeito à ira de Deus por toda a eternidade (Romanos 1:18),

Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, Romanos 1:18 não ao Seu amor (Romanos 6:23).

Deus ama todos incondicionalmente, pois Ele demonstra-lhes misericórdia por não destruí-los imediatamente por causa do seu pecado. Ao mesmo tempo, Deus tem um "amor de aliança" pelos que colocam a sua fé em Jesus Cristo para obter a salvação (João 3:36).

Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele".João 3:36

Apenas aqueles que acreditam em Jesus Cristo como Senhor e Salvador experimentarão o amor de Deus por toda a eternidade.

Deus ama todos? Sim. Deus ama todos igualmente por ser misericordioso com todo mundo.

Deus ama os Cristãos mais do que os descrentes? Não.

Deus ama os crentes de uma forma diferente dos descrentes? Sim. Deus ama os Cristãos no sentido de que apenas os Cristãos têm a Sua graça e misericórdia eternas, assim como a promessa do Seu amor eterno no Céu.

O amor que Jesus demonstrou na cruz não é o amor que o mundo prega.

Segunda Falsa Narrativa.

Certa vez meus irmãos, uma mulher ligou para o pastor e perguntou se ela podia ir na igreja dele, ele falou claro que pode. Porque achou que precisava perguntar? Deixe-me contar a minha história antes que você responda ela disse para o pastor.

Então jovem e prosseguiu contando que, no início da faculdade, engravidou de um jovem que não tinha o menor interesse nela ou no bebê que estava carregando. Ela decidiu não fazer aborto e, depois do exame de consciência, começou a sentir necessidade de pôr a sua vida em ordem.

Ela voltou a igreja que frequentava quando menina e começou a sentir que estava no caminho certo. Apenas alguns meses depois de começar a frequentar a igreja, ela pensou que outras jovens poderiam aprender com seus erros; então, perguntou ao pastor se poderia falar as garotas da igreja sobre as pressões do namoro e do sexo.

O pastor respondeu: não, eu nunca permitiria isso "temos que seu tipo de pessoa possa incomodá-las". Apesar do sentimento de rejeição a jovem também se sentia em casa naquela igreja, de maneira que continuou frequentando os cultos.

Alguns meses depois que o bebê nasceu, ela chamou o pastor para agendar um domingo no qual pudesse realizar o batismo da criança, o pastor disse: isso não acontecerá em minha igreja eu nunca batizaria uma criança e ilegítima.

Ela perguntou ao pastor, agora que você conhece a minha história, ainda posso ir a sua igreja.?

Irmãos para algumas pessoas, a reação do pastor que rejeitou a jovem parece chocante, insensível realmente é mas, na verdade, reflete uma narrativa dominante entre muitos cristãos e também não cristãos. Deus nos ama apenas quando somos bons, muitas pessoas vivem de acordo com a premissa de que o amor de Deus é condicional.

Nosso comportamento, elas pressupõem, determina como Deus se sente em relação a nós. Em consequência, o amor de Deus está mudando constantemente. É como se Deus estivesse sentado em uma espécie de cadeira giratória, observando e sorrindo quando mantemos pureza em nosso coração, mas no momento em que pecamos, Deus volta a suas costas.

A única maneira de fazer Deus voltar-se para nós é retornar nosso bom comportamento.

O Mundo em que vivemos irmãos, é o mundo da aceitação baseada em desempenho. Não muito depois do nosso nascimento, descobrimos que o mundo em que vivemos é baseado em desempenho, nossos pais começam a moldar as formas e formar nosso comportamento desde tenra idade.

Algumas das primeiras palavras que aprendemos são bom e mal, ouvimos coisas como "você comeu tudo boa menina" ou "não rabisca e aparece menino mal", antes mesmo de aprender a falar, tornamos conscientes de que aceitação tem estreita relação com o nosso comportamento, o que desemboca em um mundo decididamente instável em que o amor é altamente condicional.

 Como pai, é fácil promover essa narrativa. Fico observando meus filhos e, quando eles fazem alguma coisa certa, sou rápido em elogiar, quando fazem alguma coisa errada com certeza são repreendidos. Não importa o quanto tente evitar, isso acontece.

Por um lado, esse modo de agir é realmente necessário porque o trabalho do pai é ensinar o certo o errado; O difícil é tornar claro para os meus filhos, que as suas ações e não a sua identidade é que estão sendo avaliadas.

Embora essa narrativa de aceitação baseada em desempenho começa em nosso lar, não é diferente fora de casa. O mundo em que vivemos reforça a aceitação baseado em desempenho, se vamos bem na escola somos elogiados, se conseguimos ganhar um jogo somos admirados, se temos boa aparência somos reconhecidos.

Nossa aceitação, nosso valor, a nossa importância percebemos rapidamente estão baseados em talentos habilidades e desempenho exteriores e uma vez que isso tudo faz parte da maneira pela qual experimentamos o mundo, é natural que projetamos a mesma compreensão em relação a Deus.

No entanto, Deus é maior, mais inteligente e mais poderoso que nossos pais, nossos professores, nossos chefe. Deus vê todas as coisas.

O que podemos fazer para que Deus nos aprove, nos aceite, nos ame.? A resposta, como você poderia esperar, não tem nada a ver com o nosso desempenho religioso.

Se você perguntar a uma pessoa comum "o que você precisa fazer para que Deus goste de você e o abençoe?" a resposta seria Clara e consistente: "bem acho que eu deveria ir na igreja, Ler minha Bíblia, doar algum dinheiro, participar de alguma campanha e servir as necessidades., E Deus não quer que eu peque Ou pelo menos que peque o menos possível".

Dessa forma, ao realizar as coisas apresentados na lista, podemos controlar como como Deus se sente em relação a nós, evitando assim o pecado.

Isso meus irmãos é legalismo, a tentativa de obter do amor de Deus mediante nossas ações e, de merecer o favor de Deus ou evitar as maldições divinas por meio de atividades devotas.

No final das contas o legalismo equivale a superstição, algo não muito diferente de fugir de gatos pretos atravessando esquinas e não passar por baixo de escadas.

Achar que você precisa ser bom ou fazer algo bom pra chamar a atenção de Deus, faz parte dessa falsa narrativa muito presente em nossos dias.

A boa notícia, meus irmãos, é que a nossa narrativa é a narrativa de Jesus. Ele se afasta dessas falsas narrativas constantemente e do seu caminho, tanto em palavras, quanto em ações para contar uma história sobre o amor de Deus.

As Características do Amor

Amor soberano.

O amor de Deus tem duas características principais ou dominantes.

 Em primeiro lugar, ele é um amor soberano. Isto está escrito em quase toda página da Escritura.

Em Deuteronômio 7:7,8 encontramos Moisés se dirigindo a Israel: "Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava".

O amor de Deus não dependia de algo em Israel. Na verdade, Israel se manifestou repetidamente como um povo rebelde e de dura cerviz. Não havia nada neles que os tornassem dignos do amor de Deus.

A Bíblia ensina Efésios 1:3-1 que fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo Jesus, escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo e predestinados para a adoção de filhos por Cristo. E Deus fez tudo isto em amor, em seu soberano amor.

Portanto, não há outra razão para a nossa eleição em Jesus Cristo do que o amor soberano de Deus. De acordo com esta mesma passagem da Escritura, este amor de Deus é de acordo com o bom propósito da sua vontade! Deus determinou livremente nos amar em Cristo.

 Então, há a passagem clássica de 1João 4:10: "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados".

Literalmente, o texto diz: "Nisto está o amor... " todo amor: o amor de Deus por nós e nosso amor a Deus e aos nossos irmãos em Cristo. Todo amor consiste nisso, não que tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou. O amor de Deus sempre vem primeiro. Aparte disso, não poderia haver nenhum amor.

Este é o caráter soberano do amor de Deus.

Isto significa que o amor de Deus não depende de nada fora do próprio Deus. Deus coloca seu amor sobre Israel e o escolhe para ser seu povo, não por causa do valor ou amor de Israel, mas simplesmente porque Deus os amava.

Em amor Deus escolheu seus eleitos em Cristo Jesus antes da fundação do mundo. Isto não aconteceu por causa de algo nos eleitos. Deus não precisa do nosso amor para nos amar. Seu amor é soberano. Ele nos amou de acordo com o bom propósito da sua vontade, sua determinação soberana.

Isto significa que o amor de Deus sempre vem primeiro. Ele sempre é a fonte de todo nosso amor, tanto a Deus como ao nosso próximo. De fato, o amor que está em nós não é nosso, mas de Deus.

Amor Particular

A segunda característica do amor de Deus é que ele é particular. Isto também está escrito em quase toda página da Escritura. A passagem clássica é Romanos 9:13: "Amei Jacó e odiei Esaú"

Alguns, de fato, tentam explicar que isso significa: "Amei menos a Esaú". Isso é tolice. A palavra é odiar.

Deus odiou Esaú, embora seu amor estivesse sobre Jacó. Isto se tornou muito óbvio na história das duas nações que procederam de Jacó e Esaú. Israel era escolhido e precioso para Deus, enquanto Edom aparece como o inimigo réprobo da causa de Deus.

Jesus ensinou a mesma verdade repetidamente. Nos capítulos seis e dez de João o nosso Senhor nos diz que ele veio para dar sua vida por aqueles a quem o Pai amava e tinha lhe dado: suas ovelhas. Ele disse aos incrédulos que eles não eram das suas ovelhas e, portanto, não o ouviam e seguiam. Em João 17 Jesus ora e ama aqueles a quem o Pai havia lhe dado, mas ele não ora pelo mundo.

"Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim, e eles têm guardado a tua palavra.

Agora eles sabem que tudo o que me deste vem de ti.

Pois eu lhes transmiti as palavras que me deste, e eles as aceitaram. Eles reconheceram de fato que vim de ti e creram que me enviaste.

Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. João 17:6-9

Tudo isto significa que o amor de Deus é particular. O olhar de Deus está sobre você particularmente. Ele te vê, na multidão, mas fora dela também. Ele dispensa um cuidado particular a você.

Amor que contempla os pecadores

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. João 3:16,17

Essa passagem tem trazido confortoa inúmeras pessoas e é considerada por muitos um resumo de toda a Bíblia. Jesus explica que a razão da sua missão: Deus amou o mundo e que salvá-lo.

Jesus não diz que Deus amou apenas "uns poucos" ou "alguns" ou mesmo "muitos". Ele disse que Deus amou o mundo. E o mundo, como nós o conhecemos, está repleto de pecadores.

Jesus não disse porque Deus amou os bons, os justos e os religiosos ele deu seu filho". Ele disse que Deus amou o mundo, que engloba todas as pessoas e até mesmo os pecadores.

O apóstolo Paulo ecoa essa visão ao escrever "mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor, quando ainda éramos pecadores" Romanos 5.8

 Deus ama, a despeito da condição falida e pecaminosa do amado, e essa é a única prova real do amor genuíno uma das mais conhecidas palavras de Jesus.

Jesus contou uma parábola. A História de um Pai e seus filhos que reverberam nosso desejo profundo de sermos amados incondicionalmente por ele. A Parábola do Filho Pródigo. Na verdade, deveria ser chamada parábola do amor do pai.

Em um momento de reflexão, o filho mais novo conclui que os servos do seu pai estavam melhor do que ele, então, decide procurar o pai e confessar seu fracasso, pedindo para ser um dos seus servos. Nesse ponto, a história dá uma reviravolta surpreendente, no que acredita ser um dos mais belos versículos da Bíblia, lemos

"estando ainda longe, seu pai o viu e cheio de compaixão correu para o seu filho e o abraçou e o beijou" Lucas15. 20

Aqui nós fomos informados de que o pai ansiava pelo retorno do seu filho, o pai fica cheio de compaixão... Esse não é um mero detalhe meu querido irmão, ele nos aponta para o caráter e o coração de Deus.

Deus nos olha com compaixão, mesmo quando tivermos feito a Ele o pior que possivelmente poderíamos fazer. Deus, ao que parece, gosta dos pecadores. Mas não dos seus pecados.

O pai dessa história obviamente estava aborrecido com as decisões do filho; ele não endossa vida extravagante do filho e nem faz vistas grossas a ela.

Qualquer pai decente teria razão em angustiar-se por causa das ações do filho mais novo.

Jesus quer, contudo, que entendamos que até mesmo o pior dos nossos pecados não impedirá que Deus nos ame e nem fará Deus deixar de ansiar por nosso retorno.

Essa parábola é mais sobre um Deus que ama até mesmo aqueles que pecaram contra ele, do que sobre um pecador que é salvo.

Outra coisa interessante meus irmãos é que essa parebola que  Jesus contou  é em resposta aos fariseus que estavam reclamando que Jesus estava comendo com os pecadores e nós muitas vezes passamos despercebidos e temos a tendência de concentrar nossa atenção no filho pródigo e no pai.

 Mas na segunda metade da parábola revelam o principal objetivo da história contada por Jesus, a parabola não se destinava aos oprimidos e marginalizados, mas também aos justos e devotos que não conseguiram aceitar essa mensagem radical sobre o amor incondicional de Deus.

 O caráter do irmão mais velho representa aqueles de nós que nos irritamos com a ideia de Deus amar os pecadores, o irmão mais velho representa a parte de nós que não está confortável com o amor incondicional de Deus pelos outros ou por nós mesmos.

Jesus está atacando o âmago do problema que temos em relação a graça: nós não gostamos dela, a graça parece injusta, mas na realidade é perfeitamente justa.

Deus é gracioso para com todos, vai contra a nossa narrativa de aceitação baseada pelo desempenho. O ponto crítico é que apenas uma coisa nos separa de Deus e não é o nosso pecado é a nossa autojustificação.

Nossa autojustificação não muda a posição de Deus em relação a nossa, mas a nossa posição em relação à Deus. Não é o meu pecado que me afasta de Deus, mas a minha recusa da Graça seja para meu benefício seja para benefício dos outros; a minha falta de arrependimento e confiar no poder perdoador do Pai.

O pai diz ao filho mais velho que o retorno do irmão mais novo é motivo de celebração e regozijo. Jesus está falando aos fariseus essencialmente dizendo ao ver os coletores de impostos, prostitutas, e outros pecadores conhecidos indo a Ele, eles deveriam se alegrar, pois eles estavam mortos e agora vivem. Mas ao invés disso eles lamentavam.

Deus ama os pecadores... ele me ama e ama vc...

Lembra da história da jovem que engravidou fora do casamento e foi rejeitada por seu pastor  e quando se dispôs a ajudar outras mulheres do grupo de jovens da sua igreja foi impedida, não achado digna pelo pastor, vocês lembram que o pastor também recusou batizar seu bebê.

Bom a jovem terminou em outra igreja, a sua filha foi batizada não muito tempo depois. Ela conseguiu realizar um trabalho com os jovens, ela terminou sua graduação, e por fim, partiu para o campo missionário. Hoje ela e sua filha vivem e trabalham com missionárias na África...Deus é Amor...