"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridão luz, e da luz escuridão; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" — Isaías 5:20
Oração de Billy Graham.
"Pai celestial, hoje chegamos diante de Ti para pedir –te perdão e buscar a Tua direção e orientação. Sabemos que a Palavra diz, "Ai de quem chamar o mal bem," mas isso é exatamente o que nós fizemos. Temos perdido nosso equilíbrio espiritual e invertido os nossos valores. Temos explorado os pobres e chamamos isto de loteria. Temos recompensado a preguiça e chamamos isto de política do bem-estar. Assassinamos os que ainda não nascerão e chamamos isto de direito de escolha. Temos negligenciado de disciplinar nossos filhos e chamamos isto de construir a auto-estima. Temos abusado do poder e chamamos isto de política. Temos cobiçado os bens do nosso vizinho e chamamos isto de ambição. Temos poluído o ar com palavras de baixo calão e pornografia e chamamos isto de liberdade de expressão. Temos ridicularizado os valores honrados dos nossos antepassados e chamamos isto de iluminação. Sonda nos Oh Deus e examina hoje os nossos corações; purifique e liberte nos de todos os nossos pecados. Amém!"
Vivemos em uma geração que, como Israel nos dias de Isaías, inverteu os valores divinos. A oração de Billy Graham é um espelho que revela nossa decadência moral e espiritual. Esta geração marcada por uma inversão radical dos valores divinos — uma realidade que ecoa o lamento profético de Isaías:
Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridão luz, e da luz escuridão; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" — Isaías 5:20
Essa denúncia não é apenas cultural, mas teológica. Ela revela uma humanidade que, em sua natureza caída, rejeita a ordem moral de Deus e substitui a verdade pela mentira (cf. Romanos 1:18-25).
"Tendo trocado a verdade de Deus pela mentira, e adorando e servindo à criatura em lugar do Criador…" — Romanos 1:25
A oração de Billy Graham funciona como um espelho profético — não apenas refletindo os pecados da sociedade, mas expondo a idolatria do coração humano que busca autonomia moral, chamando o pecado de virtude e a virtude de opressão.
A teologia reformada ensina que, desde a Queda, o ser humano está em estado de depravação total. Isso não significa que todos são tão maus quanto poderiam ser, mas que todas as faculdades humanas — razão, vontade, afeições — foram corrompidas pelo pecado. Por isso, o homem natural não apenas pratica o mal, mas redefine o mal como bem. Essa é a essência da idolatria: criar padrões morais alternativos que substituem a lei de Deus.
A inversão de valores é, portanto, uma evidência da rejeição da soberania divina. É o homem tentando legislar moralidade sem revelação, ética sem transcendência, liberdade sem santidade.
A oração de Billy Graham não é apenas uma súplica — é um lamento. Como os profetas do Antigo Testamento, ela denuncia o pecado com clareza, sem eufemismos. Ela nomeia os pecados sociais e pessoais, revelando que a corrupção não está apenas nas estruturas, mas nos corações. Isso é profundamente reformado: o problema não é apenas externo, mas interno. O pecado é uma condição, não apenas uma ação.
"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" — Jeremias 17:9
Esse texto de Isaías é uma denúncia a A Santidade de Deus
Deus é absolutamente santo. A santidade não é apenas um atributo entre outros — é a essência de Seu ser. Ele é separado de toda impureza, moralmente perfeito e infinitamente puro. Isaías, ao contemplar a glória de Deus, exclama:
"Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." — Isaías 6:3
A santidade de Deus é o padrão absoluto contra o qual todo pecado é medido. Sua lei, como reflexo de Seu caráter, é perfeita, reta e boa:
"A lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples." — Salmo 19:7
Negar essa santidade — ou relativizá-la — é o primeiro passo para a inversão moral que a oração de Billy Graham denuncia. Ela denuncia a normalização do pecado em todas as esferas — política, sexualidade, família, linguagem, ambição. Cada pecado citado é uma evidência da rejeição da santidade de Deus e da substituição de Sua verdade por mentiras culturais.
A teologia reformada reconhece que o pecado não é apenas individual, mas também estrutural. Há pecados que se manifestam em sistemas injustos, leis ímpias e práticas culturais corrompidas. Mas esses sistemas são frutos de corações pecaminosos.
Então somos chamados a reconhecer que o pecado não é apenas cultural — é pessoal, e é necessário refletir sobre isso porque é fácil lamentar o estado do mundo, mas difícil admitir que o mundo está assim porque corações como o nosso o construíram. A reforma começa no coração, não no parlamento.
A oração de Billy Graham nos convida a parar de racionalizar o pecado e começar a confessá-lo. A santidade de Deus exige arrependimento, não justificativas. A gravidade do pecado exige redenção, não reformas morais superficiais.
A santidade de Deus é o padrão eterno. O pecado é a violação desse padrão, e sua gravidade é absoluta. O que esse primeiro ponto nos mostra que não podemos chamar o mal de bem sem enfrentar o juízo de Deus e que a uma Necessidade de Arrependimento Genuíno
"Examina-me, ó Deus, e conhece o meu coração..." — Salmo 139:23
"Sonda-nos, ó Deus…" — é um clamor por exame profundo. O arrependimento bíblico envolve confissão, contrição e mudança (2Co 7:10).
A oração não racionaliza o pecado — ela o nomeia. Isso é essencial para o arrependimento verdadeiro.
O Espírito Santo convence do pecado (Jo 16:8) e nos leva à cruz.
Aplicação: Pare de justificar o pecado com rótulos culturais. Arrependa-se diante de Deus. Chame o pecado pelo nome e corra para Cristo.
A Esperança no Evangelho de Cristo
Mas a oração não termina na denúncia — ela aponta para a esperança. "Sonda-nos, purifica-nos, liberta-nos…" — esse é o clamor por redenção. E aqui entra o coração da teologia reformada: o evangelho de Cristo como única resposta eficaz à confusão ética e espiritual.
Cristo não veio apenas para corrigir comportamentos, mas para regenerar corações. Ele é o segundo Adão, o restaurador da imagem de Deus no homem. Pela sua vida perfeita, morte substitutiva e ressurreição gloriosa, Ele oferece não apenas perdão, mas transformação.
"Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo." — 2 Coríntios 5:17
Isso chama-se redenção!!!
A redenção é o ato pelo qual Deus, por meio de Cristo, liberta o pecador da escravidão do pecado, da culpa e da condenação, pagando o preço necessário para restaurar a comunhão entre Deus e o homem. No pensamento reformado, redenção não é apenas uma possibilidade — é uma obra eficaz, realizada por Cristo para os eleitos, com garantia eterna.
"Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça." — Efésios 1:7
A teologia reformada ensina que o homem está totalmente depravado — não apenas ferido, mas espiritualmente morto (Ef 2:1). Por isso, redenção não é reforma ética, mas ressurreição espiritual.
Cristo, o Cordeiro sem mácula, veio para pagar o preço que nós jamais poderíamos pagar. Sua morte foi substitutiva — Ele tomou sobre si a culpa dos nossos pecados, satisfazendo a justiça divina.
"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós." — Gálatas 3:13
A teologia reformada chama isso de expiação penal substitutiva. Cristo não apenas sofreu — Ele sofreu em nosso lugar, como nosso representante e substituto. O preço foi o seu sangue, e o resultado é a nossa liberdade.
A oração de Billy Graham não termina na denúncia — ela aponta para a cruz. E é lá que toda esperança se encontra. A redenção em Cristo é a única resposta para o caos moral, espiritual e existencial da humanidade.
- "Purifica-nos…" — só Cristo pode purificar. O sangue de Jesus nos limpa de todo pecado (1Jo 1:7).
- A teologia reformada proclama: Sola Christus — somente Cristo é suficiente para a salvação.
- A oração aponta para a necessidade de libertação, que só é possível pela obra redentora de Cristo.
Não há reforma moral sem regeneração espiritual. Cristo não veio apenas para melhorar a sociedade, mas para salvar pecadores. Você não precisa viver preso à culpa, à confusão ou à condenação. Cristo já pagou o preço. Receba pela fé. Arrependa-se. Creia. Seja redimido. E viva como quem foi comprado por sangue.
Qual a Importância de Isaías 5:20 Hoje? "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal…"
Em Isaías, Deus está confrontando uma sociedade que relativizou o pecado, distorceu a verdade e rejeitou a santidade. Essa realidade não é exclusiva de Israel antigo — ela é assustadoramente atual.
Por que é relevante hoje?
- Relativismo moral: Vivemos em uma era onde o certo e o errado são definidos por conveniência, não por convicção. O pecado é rebatizado com nomes mais palatáveis: egoísmo vira "autenticidade", luxúria vira "liberdade", e idolatria vira "autonomia espiritual".
- Confusão cultural: A luz é chamada de escuridão — valores bíblicos são ridicularizados como retrógrados. A escuridão é chamada de luz — práticas destrutivas são celebradas como progresso.
- Normalização do pecado: O que antes era vergonha, hoje é orgulho. O que antes era oculto, hoje é promovido. Isso não é apenas mudança cultural — é rebelião espiritual.
Como os Cristãos Devem se Posicionar?
A teologia reformada nos ensina que o cristão vive coram Deo — diante da face de Deus. Isso exige fidelidade, coragem e discernimento. Aqui estão formas práticas e teológicas de se posicionar:
1. Discernir com a Palavra
"Lâmpada para os meus pés é tua palavra…" — Salmo 119:105
- O cristão não pode se guiar pela cultura, mas pela Escritura.
- Precisamos chamar o pecado de pecado — com amor, mas sem diluição.
- O discernimento bíblico é essencial para não sermos seduzidos por narrativas falsas.
2. Viver com Santidade e Graça
"Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da mente…" — Romanos 12:2
- Nosso estilo de vida deve ser um contraste profético.
- Santidade não é isolamento, mas presença redentora.
- Devemos ser sal e luz — não cúmplices da escuridão.
3. Denunciar com Amor e Esperança
- Isaías não apenas denuncia — ele aponta para o Messias.
- A oração de Billy Graham segue esse modelo: ela nomeia o pecado, mas clama por redenção.
- O cristão deve falar com verdade e ternura, oferecendo o evangelho como cura, não como condenação.
4. Interceder e Agir
- Não basta lamentar — é preciso orar e agir.
- Interceda pela nação, pela igreja, pela cultura.
- Envolva-se com coragem: na família, na política, na educação, na arte — levando os valores do Reino.
Conclusão
Isaías 5:20 é um alerta divino contra a inversão moral. Hoje, mais do que nunca, os cristãos são chamados a viver com convicção, compaixão e coragem, não como juízes do mundo, mas como testemunhas da luz. Não podemos chamar o mal de bem — mas também não podemos apenas apontar o mal sem oferecer a esperança do evangelho.
Que nossa presença no mundo seja profética, mas também pastoral. Que ao denunciar o mal, anunciemos a esperança. Que ao resistir às trevas, irradiemos a luz de Cristo. Cristo é a luz que dissipa a escuridão. Que nossa vida, nossa voz e nosso amor reflitam essa luz com fidelidade.
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