A carta aos Tessalonicenses, oferece uma visão profunda acerca das virtudes e desafios enfrentados pela comunidade cristã em Tessalônica, destaca a fé e a perseverança da comunidade cristã em Tessalônica.
No primeiro capítulo, Paulo exprime gratidão pela constante oração e lembrança da obra de fé, labor de amor e constância de esperança dos tessalonicenses. Ele reconhece a eleição divina sobre eles, ressaltando como o evangelho foi recebido com poder e Espírito Santo.
A carta enfatiza a importância do testemunho cristão e a influência da igreja, que se tornou um exemplo para outras comunidades.
A CIDADE DE TESSALÔNICA
Tessalônica (moderna Salônica) fica perto do antigo local de Therma, no Golfo Termaico, no extremo norte do Mar Egeu. Esta cidade tornou-se a capital da Macedônia (ca. 168 aC) e gozou do status de "livrecidade" que era governada por seus próprios cidadãos (Atos 17:6) sob o Império Romano.
Porque estava localizado na principal leste-oeste rodovia, Via Egnatia, Tessalônica serviu como centro de atividade política e comercial na Macedônia, e ficou conhecida como "a mãe de toda a Macedônia". A população nos dias de Paulo chegou a 200.000 pessoas.
Foi o lugar onde Cassandro, um dos sucessores de Alexandre, o Grande, fixou residência. Foi ele quem deu à cidade o nome de Tessalônica para honrar sua esposa Tessalonike, irmã de Alexandre.
Na época dos romanos a cidade serviu como capital do segundo distrito, um dos quatro em que a Macedônia foi dividida. Foi também o local em que se estabeleceu uma base militar e comercial na Via Egnatia que ligava o Mar Egeu ao Adriático. No ano 42 a.C., Tessalônica foi proclamada cidade livre e a administração imperial estabeleceu nela um procônsul. A administração municipal contava também com um corpo de magistrados civis – os politarcas – que cuidavam das questões de ordem jurídica e/ou judiciária (At 17.6).
Em Tessalônica, havia uma sinagoga de judeus, onde Paulo pregou e obteve várias conversões. Estes crentes judeus se uniram aos pagãos convertidos e, juntos formaram a primeira comunidade cristã (At 17.1-13; cf Fp 4.16). Tessalônica, segundo J. D. Douglas, foi "o primeiro lugar onde a pregação de Paulo conseguiu um proeminente grupo de seguidores (At 17.4)"[5].
Durante o período em que estiveram em Tessalônica, Paulo e sua equipe tiveram de sustentar-se através do trabalho manual árduo (1Ts 2.9; 2Ts 3.7-8). Aquela era uma região destituída de uma economia saudável, pois a população passara por um período de fome e escassez. Esta foi a razão pela qual tiveram de aceitar ajuda financeira em duas ocasiões durante o período de permanência naquela cidade (cf Fp 4.16).
AUTORIA
O apóstolo Paulo se identifica por duas vezes como o autor tanto da primeira (1Ts 1.1; 2.18) como da segunda (2Ts 1.1; 3.17) epístola. Em ambas ele adiciona os respectivos nomes de Silvano (Silas) e Timóteo como coautores. Há evidências internas, tanto no vocabulário quanto no estilo e conteúdo doutrinário, que sustentam a autoria paulina.
A. Evidência Externa: A autoria paulina tem sido mantida desde o Cânon Marcião ( 140 d.C. ) e o Cânon Muratoriano ( 170 d.C. ). Os primeiros Padres da Igreja também acreditavam que Paulo escreveu 1 Tessalonicenses.
A própria carta apoia fortemente a autoria paulina:
1. A epístola afirma ter sido escrita por Paulo (1:1).
2. A organização da igreja é primitiva, refletindo uma data inicial.
3. Nenhum escritor posterior teria atribuído a Paulo a expectativa não cumprida de viver para ver o Arrebatamento.
Os ataques à autoria paulina foram derrotados de modo que quase todos os estudiosos, apesar de suas suposições críticas, acreditam que Paulo escreveu esta epístola.
DATA
A Primeira Carta aos Tessalonicenses, atribuída ao apóstolo Paulo, foi escrita aproximadamente entre 50 e 51 d.C. Supõe-se geralmente que a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses é o primeiro livro do Novo Testamento que já foi escrito. A evidência da carta sugere que Paulo a escreveu apenas alguns meses depois de deixar a cidade em sua segunda viagem missionária no início do verão de 51 d.C.
A Segunda Epístola aos Tessalonicenses foi escrita pouco tempo após a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, enquanto ele permaneceu na cidade de Corinto durante a segunda viagem missionária. Nela, Paulo reforça o ensino da primeira, se alegrando com a fé deles nas perseguições e esclarece a principal dúvida dos tessalonicenses: o momento das egunda vinda de Cristo.
A Epístola, portanto, nos fornece uma visão do espírito da igreja primitiva, especialmente nas igrejas que eram formadas por gentios convertidos, o que falta nas epístolas que datam das décadas que se seguiram ao grande evento de PentecostesCompre online os livros best-sellers
ORIGEM E DESTINATÁRIOS
Paulo escreveu de Corinto para os crentes tessalonicenses ao norte na Acaia. Esta era uma igreja muito jovem, com apenas seis meses de idade.
Destinatários: A igreja cristã em Tessalônica, formada por gentios convertidos, alguns judeus e mulheres influentes.
Era uma comunidade jovem, com cerca de seis meses de existência quando Paulo escreveu. Os tessalonicenses eram firmes na fé, mesmo sob perseguição, demonstravam amor fraterno, esperança na volta de Cristo e vida piedosam, viviam em uma sociedade pagã, marcada por idolatria e práticas imorais, mas se destacavam por sua transformação espiritual e Paulo os elogia como modelo para outras igrejas da Macedônia
PROPÓSITO DA CARTA
Estando em Corinto, por volta do ano 51 d.C., Paulo enviou Timóteo de volta a Tessalônica para avaliar a situação em que a igreja se encontrava e, ao retornar a Corinto (At 18.5), Timóteo trouxe boas notícias sobre a perseverança e o zelo dos membros da igreja, mas informou também sobre alguns problemas referentes à conduta moral e outros de natureza doutrinária, o que motivou Paulo a escrever sua primeira epístola. Posteriormente, chegaram outras notícias a Paulo, as quais indicavam que havia ainda alguns mal-entendidos a serem removidos, o que motivou Paulo a escrever sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses.
As duas, em seu bojo, insinuam que a igreja estava doutrinariamente vulnerável. Em contrapartida, apesar da intensa perseguição e da imaturidade doutrinária dos tessalonicenses, Paulo considerou que a igreja floresceu, tornando-se um exemplo para as demais igrejas da Macedônia e da Grécia, uma vez que perseveravam no amor, na fé e na esperança (1Ts 1.3-7; cf 2Ts 1.3-4).
Os cristãos de Tessalônica eram reconhecidos como exemplares, pois sua fé crescia sobremaneira, seu amor mútuo aumentava, e eles continuavam a suportar fielmente perseguição e tribulação. Portanto, o apóstolo Paulo, como o fez em sua primeira carta, elogiou-os e incentivou-os a continuar firmes (2Te1:3-12; 2:13-17).
Apesar disso, havia na congregação alguns que ensinavam erroneamente que a vinda de Jesus Cristo era iminente. Tentando evitar que os crentes fossem seduzidos a aceitar um ensino errôneo, Paulo mostrou que outros eventos históricos haveriam de anteceder à vinda do dia do Senhor (2:3). Outrossim, havia um problema que ainda precisava de atenção. Em sua primeira carta, Paulo havia dito: "porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a Macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto continueis a progredir cada vez mais, e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora e não necessiteis de coisa alguma" (1Te 4:10-12).
Havia alguns dentre os congregados que não levaram a sério essa admoestação. Por isto, Paulo ordenou que essas pessoas se dedicassem ao trabalho e comessem o alimento que elas próprias produziram, acrescentando: "Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também. Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia, não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão" (2Te 3:10-15).
A principal razão que gerou motivos para sua segunda epístola parece ter sido o fato de ter havido uma interpretação distorcida dos ensinamentos de Paulo, na epístola anterior, sobre a parousia – o evento apocalíptico da Segunda Vinda de Cristo. Talvez o erro de interpretação tenha sido originado na leitura de 1Ts 4.17, onde Paulo diz: "Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor". Eles haviam deduzido dessas palavras que a vinda de Cristo seria iminente. Na verdade, ao abordar o tema da parousia, Paulo teve a intenção de consolar os aflitos da igreja que viviam atribulados pela perseguição sofrida.
O parágrafo em estudo evoca o tema da eleição. No Antigo Testamento, há registros das escolhas que Deus fez de pessoas e, de um modo especial, da nação de Israel, para realizar por meio dos mesmos os seus propósitos. Eleição e vocação estão indissoluvelmente associados. Os hebreus haviam sido escolhidos soberanamente por Deus como "propriedade peculiar dentre os povos [...], reino de sacerdotes e nação santa" (Êx 19.5-6). Embora não se trate de uma eleição para a salvação, como Paulo se refere aos tessalonicenses, ela enfatiza uma ação soberana divina, tendo em vista o cumprimento de seus eternos desígnios.
Pedro, abordando o mesmo tema em sua primeira epístola, aplica este versículo à eleição dos destinatários de sua carta como critério para o exercício de uma missão: "proclamardes as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2.9). Isto subentende um chamado divino, uma vocação.
Paulo se refere à eleição dos crentes de Tessalônica como tendo sido efetivada pela "santificação do Espírito". Santificação ou santidade é elemento comum destas passagens paralelas. O conceito de "nação santa" (Ex 19.5) é atribuído por Pedro à igreja, identificando-a com o povo de Deus, cuja relação entre ambos requer santidade: "Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus" (Lv 20.7; 1Pe.1.15). Neste sentido, os tessalonicenses foram santificados por Deus que os havia escolhido para a salvação e os vocacionou (chamou) por meio do evangelho pregado pelo apóstolo Paulo para um propósito sagrado: a glória de Cristo.
CARACTERÍSTICAS
O tom da epístola mostra sentimentos muito afetuosos pelos crentes tessalonicenses (1:2-3, 7-8; 2:17-20).
Primeira Tessalonicenses contém a explicação mais completa do Arrebatamento nas Escrituras (4:13–5:11). Paulo acreditava na iminência do retorno de Cristo ("nós" em 4:17) e assim se revelou um proponente de um arrebatamento pré-tribulacional (veja o estudo após as notas de 1 Tessalonicenses).
Na a primeira epístola, o retorno de Cristo seria inesperado, repentino. Já na segunda, o fim não seria imediato, repentino, inesperado, mas precedido de vários sinais que o indicariam.
Quanto tempo Paulo permaneceu em Tessalônica é debatido porque Lucas registrou que Paulo raciocinou na sinagoga apenas três semanas (Atos 17:2). No entanto, Hoehner diz que Paulo ficou de 50 de novembro a 51 de janeiro, então a carta chegou no início do verão de 51 d.C. Muitos argumentos sugerem essa permanência mais longa:
Os filipenses enviaram a Paulo pelo menos dois presentes quando ele estava em Tessalônica (Fp 4:16). Ele ficou lá tempo suficiente para usar seu ofício de fazer tendas (2:9; cf. 2Ts 3:7-9). A prática geral de Paulo era pregar na sinagoga até ser expulso (Atos 13:46; 18:6; 19:8-9). Evidentemente, isso levou apenas três semanas em Tessalônica, após o que ele ensinou os gentios.
Uma vez que a maioria dos crentes tessalonicenses eram gentios anteriormente envolvidos em idolatria (1:9; 2:14-16), um ministério gentio teria exigido um bom tempo após seu ministério judaico de três semanas.
A IGREJA DE TESSALÔNICA
À igreja dos tessalonicenses: O próprio Paulo fundou a igreja de Tessalônica em sua segunda viagem missionária (Atos 17:1-9). Ele só esteve na cidade por pouco tempo porque foi forçado a sair por inimigos do Evangelho. Contudo, a igreja dos tessalonicenses continuou viva e ativa. Embora Paulo tivesse que deixar esta jovem igreja de repente, sua profunda preocupação com eles motivou esta carta.
Na segunda viagem missionária de Paulo, ele foi preso em Filipos e depois milagrosamente libertado da prisão – apenas para ser expulso da cidade. Depois ele veio para Tessalônica, a próspera capital da província da Macedônia (norte da Grécia), localizada na famosa Via Egnaciana.
Após apenas três fins de semana de ministério próspero (Atos 17:2), ele teve que fugir de uma multidão enfurecida. Ele se mudou para Berea – novamente desfrutando de várias semanas de ministério, mas logo expulso pela mesma turba de Tessalônica.
Sua próxima parada foi Atenas, onde pregou um bom sermão, mas com resultados mistos. Quando chegou a Corinto, ele estava com fraqueza, temor e com muito tremor (1 Coríntios 2:3). Neste ponto da segunda viagem missionária, parecia que Paulo era um missionário muito desencorajado.
Enquanto estava em Corinto, é provável que Paulo estivesse muito preocupado com as igrejas que acabara de fundar, e se perguntava sobre seu estado. Enquanto estava em Corinto, Silas e Timóteo vieram até ele de Tessalônica com grandes notícias: a igreja de lá era forte. Paulo ficou tão entusiasmado que ele apressou esta carta aos tessalonicenses, provavelmente sua primeira carta a qualquer igreja. Ele a escreveu apenas alguns meses após ter estabelecido a igreja em Tessalônica pela primeira vez. Depois de escrever e enviar esta carta, Paulo desfrutou de um ministério sustentado e frutífero em Corinto – e eventualmente retornou aos Tessalonicenses.
Esta carta pressupõe uma verdade básica: Paulo achou importante, (mesmo essencial) organizar estes jovens convertidos em uma comunidade de interesse mútuo, cuidado e companheirismo. Paulo "sabia melhor do que deixar suas jovens sociedades sem nada mais do que a vaga memória da pregação piedosa. A organização local era, por enquanto, primitiva, mas evidentemente era suficiente para se manter e continuar com os negócios da igreja, quando a mão guia do missionário foi removida." (Moffatt)
CONTEXTO HISTÓRICO
O contexto histórico revela uma comunidade cristã em Tessalônica, capital da Macedônia, enfrentando perseguições e desafios sociais. Paulo, preocupado com a fé e a perseverança dos tessalonicenses, enfatiza a importância da esperança na volta de Cristo. A carta também aborda temas como a santidade, a moralidade e o encorajamento mútuo, refletindo o viver cristão em um ambiente adverso e pluralista.
A igreja em Tessalônica enfrentava uma série de desafios que moldaram sua caminhada de fé e exigiram orientação pastoral de Paulo. Aqui estão os principais:
Perseguição e oposição
Desde sua fundação, os cristãos tessalonicenses foram perseguidos por judeus locais e autoridades civis
Paulo e seus companheiros foram forçados a fugir da cidade após tumultos provocados por opositores (Atos 17:5-10)
Confusão doutrinária
Alguns membros estavam confusos sobre a volta de Cristo, acreditando que já havia ocorrido
Isso gerou ansiedade escatológica e desordem na comunidade
Ociosidade e abandono do trabalho
Influenciados pela expectativa do retorno iminente de Jesus, alguns cristãos pararam de trabalhar, esperando o fim dos tempos
Paulo precisou corrigir esse comportamento: "Se alguém não quiser trabalhar, também não coma" (2 Ts 3:10)
Risco de recaída moral
Como novos convertidos vindos de um contexto pagão, havia o risco de retorno aos antigos pecados, especialmente relacionados à imoralidade sexual
Paulo os exortou a viver em santidade e autocontrole (1 Ts 4:3-8)
Falta de maturidade espiritual
A igreja era jovem e ainda em formação, o que exigia instruções práticas sobre conduta cristã, liderança e vida comunitária
Paulo usou metáforas familiares para expressar seu cuidado: como mãe carinhosa, pai educador e filho separado dos pais (1 Ts 2:7,11,17)
Esses desafios tornaram a igreja de Tessalônica um verdadeiro laboratório da fé cristã em meio à adversidade. Se quiser, posso te ajudar a montar um estudo temático com base nesses pontos. Quer seguir por aí?
MENSAGEM CENTRAL
A mensagem central de Tessalonicenses destaca a importância da fé, amor e esperança na vida dos cristãos. O apóstolo Paulo elogia a comunidade de Tessalônica por sua receptividade ao evangelho, que gerou transformação e testemunho entre os gentios. A Igreja, marcada pela perseverança diante das tribulações, torna-se um exemplo para outras comunidades, refletindo a eficácia do evangelho. Paulo ressalta que, por meio do Espírito Santo, a mensagem de Cristo cria um impacto duradouro, fundamentando uma comunidade sólida e ativa na fé.
Na segunda Carta aborda temas como a Segunda Vinda de Cristo, a necessidade de discernimento espiritual e a importância do trabalho. Ele busca esclarecer mal-entendidos sobre a vinda do Senhor e encorajar os tessalonicenses a perseverarem na fé, mesmo diante de perseguições e dificuldades. Temas principais:
Segunda Vinda de Cristo: Paulo aborda a vinda de Cristo, explicando que haverá um período de apostasia e a manifestação do "homem da iniqüidade" antes da volta do Senhor. Ele também enfatiza que a volta de Cristo será um evento público e glorioso, com fogo e retribuição aos ímpios.
Discernimento espiritual: Paulo alerta para a necessidade de discernimento, pois muitos serão enganados pelo "homem da iniqüidade" e suas falsas maravilhas e sinais. Ele exorta os tessalonicenses a não se deixarem abalar facilmente por falsas doutrinas ou rumores.
Trabalho e ordem: Paulo corrige um comportamento de alguns membros da igreja que estavam vivendo de forma ociosa e dependendo dos outros. Ele reafirma a importância do trabalho e da independência financeira, usando seu próprio exemplo como modelo.
Perseverança na fé: Apesar das dificuldades e perseguições, Paulo encoraja os tessalonicenses a perseverarem na fé e a se manterem firmes na esperança da volta de Cristo. Ele lembra que a perseverança é um sinal do justo julgamento de Deus e que aqueles que perseveram serão considerados dignos do reino de Deus.
PERSONAGENS
Em 1 Tessalonicenses 1, o apóstolo Paulo menciona importantes personagens bíblicos que desempenham papéis fundamentais na formação da comunidade tessalonicense. Ele se refere a Silas e Timóteo, seus companheiros de ministério, que contribuíram significativamente para a evangelização e consolidação da fé entre os tessalonicenses. Paulo elogia a igreja por sua fé, amor e ânimo, ressaltando a influência e o exemplo deles. A carta destaca a importância de seus laços fraternais e o impacto positivo que tiveram na propagação do Evangelho.
Paulo, Silvanoe Timóteo: Paulo era um homem surpreendente e apóstolo de Deus, mas geralmente não trabalhava sozinho. Sempre que podia, Paulo trabalhava com uma equipe. Aqui Paulo mencionou os homens com quem ele trabalhava.
Silvano (também conhecido como Silas) foi um companheiro longo e experiente de Paulo. Ele viajou com Paulo em sua segunda viagem missionária e foi preso e libertado com Paulo na prisão de Filipos (Atos 16:19-30). Quando Paulo veio pela primeira vez a Tessalônica, Silas veio com ele (Atos 17:1-9). Portanto, os tessalonicenses conheciam bem Silvano.
Timóteo era um residente de Listra, uma cidade da província de Gálatas (Atos 16:1-3). Ele era filho de um pai grego (Atos 16:1) e de uma mãe judia chamada Eunice (2 Timóteo 1:5). Desde sua juventude aprendeu as Escrituras com sua mãe e avó (2 Timóteo 1:5; 3:15). Timóteo era um companheiro de confiança e associado de Paulo, e ele acompanhou Paulo em muitas de suas viagens missionárias. Paulo enviou Timóteo aos Tessalonicenses em uma ocasião anterior (1 Tessalonicenses 3:2).
IMPACTO TEOLÓGICO
A carta de Tessalonicenses exerce um impacto teológico significativo ao enfatizar a importância da fé, esperança e amor na vida cristã. O apóstolo Paulo reconhece a perseverança da comunidade tessalonicense diante da perseguição, destacando o caráter transformador do evangelho. A menção ao poder do Espírito Santo reforça a ideia de uma atuação divina na conversão e maturação espiritual dos crentes. Além disso, a carta sublinha a centralidade da espera pelo retorno de Cristo, cultivando uma ética de vida que reflete a esperança escatológica.
A Segunda Epístola aos Tessalonicenses oferece orientações valiosas para os cristãos de todas as épocas, especialmente em relação à compreensão da Segunda Vinda de Cristo e à necessidade de discernimento espiritual. Ela também destaca a importância do trabalho, da perseverança na fé e da esperança em meio às dificuldades.
CONCLUSÃO
Em conclusão, 1 Tessalonicenses oferece uma rica perspectiva sobre os desafios enfrentados pela comunidade cristã primitiva, ao mesmo tempo em que estabelece fundamentos teológicos significativos. Os principais ensinamentos da carta enfatizam a importância da fé, amor e esperança, além de encorajar os crentes a permanecerem firmes diante das perseguições. O contexto histórico de Tessalônica, marcada por tensões sociais e religiosas, enriquece a compreensão das mensagens de Paulo. Assim, esta epístola continua a ser relevante, oferecendo lições valiosas para a vivência da fé contemporânea.
A carta serve como um guia para os cristãos sobre como viverem de forma piedosa e preparada para a volta de Cristo, mesmo diante de desafios e enganações.
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