2025/07/18

ESTUDO FILIPENSES

 A Epístola aos Filipenses, escrita por Paulo, é uma carta de gratidão e encorajamento dirigida à igreja em Filipos, uma cidade da Macedônia. A mensagem principal é que os crentes devem viver em alegria, unidade e humildade, mesmo em face da adversidade, e confiar em Deus para todas as suas necessidades.

Filipos foi a primeira cidade europeia que recebeu a mensagem cristã (At 16,6-40). Paulo aí chegou na primavera do ano 50, durante a segunda viagem missionária.

I – A CIDADE DE FILIPOS

É muito importante conhecermos a história e a geografia da cidade de Filipos para obtermos maiores lucros da carta aos Filipenses. A cidade recebe esse nome por causa de Filipe II, pai de Alexandre o Grande. Quando em 359 aC, ele conquistou a Macedônia, mudou o antigo nome Krênides ("lugar das pequenas fontes") para Filipos (cidade de Filipe).

Situada sobre a célebre "Via Egnatia", que ligava Roma com a Ásia Menor, elevava-se uns 12 Km acima do nível do mar Egeu, junto ao limite da região macedônica com a da Trácia no interior do Golfo de Neápolis (hoje Kolpos Kavallas), a noroeste da Ilha de Tarso.

Submetida a Roma desde o ano 167 aC, a partir de 31 aC, com a categoria de colônia e por regulamentação de César Otávio Augusto, gozou dos privilégios e direitos que as leis do império outorgavam às cidades romanas. A conquista dessa cidade por Filipe foi um fato muito importante, pois foi ele e seu filho Alexandre o Grande que levaram o idioma grego para esta cidade, fato é que facilitou em muito a pregação do Evangelho, uma vez que o idioma usado pelo apóstolo Paulo foi o grego.

Em 42 aC, aconteceu uma batalha em Filipos entre Brutus e Cassius, de um lado, e Antônio e Otaviano do outro, como vingadores da morte de César. Antônio e Otaviano depois de dois combates saíram vitoriosos. Com isso, Filipos foi convertida em colônia romana e denominada Colônia Júlia Filipensis. Com a ascensão de Otaviano em 29 aC, sendo declarado Imperador; em 27 aC, foi declarado Augusto. Com isso, Filipos passou a ser chamada de Colônia Julia Augusta Victrix Philippensium. Isto transformou Filipos numa miniatura de Roma, dando aos seus habitantes todos os direitos da cidadania romana, e à cidade destaque proeminente (At.16.12). 5

II – A IGREJA EM FILIPOS

O primeiro núcleo da comunidade por ele fundada formou-se através de reuniões na casa de Lídia, uma negociante de púrpura, que acolhera Paulo por ocasião de sua visita. O Apóstolo voltou a Filipos outras vezes, durante suas várias passagens pela Macedônia.

Em sua segunda viagem missionária (51 – 53 dC), Paulo, acompanhado de Silas e Timóteo, chegou a Trôade (antiga Tróia), uma importante cidade portuária da Ásia Menor. Atraídos pela visão que sobreveio a Paulo, na qual um homem macedônio implorou-lhes para que atravessassem para a Macedônia e os ajudassem (At. 16.6-10).

Chegando em Filipos, Paulo e seus companheiros procuraram um lugar próprio para oração. Às margens do rio Gangites encontraram-se com algumas pessoas dentre elas estava Lídia da cidade de Tiatira que era vendedora de púrpura. O Espírito Santo abriu-lhe o coração para crer no que Paulo pregava (At.16.14 e 15).

Outro episódio marca a passagem deles por Filipos – a liberação da jovem endemoninhada. Ela era possuidora de um espírito de adivinhação, e que durante muitos dias seguiu a Paulo e aos seus companheiros dizendo: "Estes homens são servos do Deus altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação" (At.16.17). Paulo não mais suportando esses incômodos, repreendeu o espírito imundo e o expulsou. Isto deixou a fúria dos senhores daquela jovem que a exploravam obteve grande lucro com suas adivinhações. Paulo e seus companheiros foram jogados na prisão e milagrosamente por meio de um terremoto Deus liberto-os das cadeias. Em desespero, o carcereiro se suicidaria quando então Paulo interveio na situação. O carcereiro viu a ação de Deus em meio a tudo aquilo e creu no Senhor Jesus, e adicionalmente com sua família, foi batizado por Paulo (At.16.27-34).

Possivelmente, essas pessoas começaram a igreja em Filipos.

Os cristãos de Filipos foram sempre os mais ligados ao Apóstolo e diversas vezes o socorreram com auxílio material (Fl 4,16; 2Cor 11,9). Essa igreja veio a ser uma grande auxiliadora no trabalho de Paulo, pois, o ajudou financeiramente várias vezes (Fp. 4.14-16, 18). Dela o apóstolo diz: "minha alegria e coroa..." (Fp.4.1).

A situação religiosa de Filipos não era das mais planejadas ao Evangelho, justamente por que Cláudio em 49 dC, prometeu um édito no qual todos os judeus deveriam ser expulsos de Roma, e por consequência de suas províncias, e como o Evangelho no seu início abrigou muitos judeus convertidos, daí passou a ser perseguido também.

III – A CARTA DE PAULO AOS FILIPENSES

A Carta de Paulo aos Filipenses faz parte do chamado grupo de cartas paulinas conhecidas como "as cartas da prisão", e são: Efésios, Colossenses, Filemom e Filipenses. Passemos a analisar alguns dados importantes sobre a carta aos Filipenses.

Paulo escreve esta epístola em situações totalmente adversárias no período em que esteve preso, o local onde estava preso é difícil de ser preciso. É possível estipular que isso ocorreu por volta do ano 50 ou início do ano 60 Dc. Ele estava preso e tinha certeza de que sua prisão havia contribuído para o avanço do evangelho, uma vez que estava tendo a oportunidade de pregar o evangelho para toda a guarda pretariana. Nestas condições que escrever a carta aos irmãos filipenses, Igreja que ficou localizada numa província romana região que hoje faz parte da Grécia.

Quanto aos destinatários, fica claro quem eram, porque na saudação ele os identifica e especifica ressaltando a liderança entre eles bispos e diáconos.

O objetivo era combater falsos mestres que provavelmente eram membros da Igreja e tudo indicava que eram judaizantes porque era necessário que ele se relacionasse com todas as suas qualificações judaicas. Estes tais por motivo de ganho ou inveja, estavam dividindo a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Por isso ele escreve com a intenção de orientar a igreja sobre como se comportar um verdadeiro mestre e qual o seu principal desejo para com a Igreja.

Paulo além de citar Cristo como exemplo de grande mestre, se coloca como exemplo, e também Timóteo e Epafrodito seus companheiros de caminhada. Paulo deixa explícito no versus 2:22 e 2:25-26, que o fato de Paulo citar esses dois nomes, é porque eram familiares dos irmãos de filipos e junto com Paulo ajudaram na plantação daquela Igreja.

Assim como em muitas de suas cartas, Paulo advertiu os novos crentes na igreja de Filipos para terem cuidado com a tendência ao legalismo que continuamente aparecia nas igrejas primitivas. Os judeus estavam tão ligados à lei do Antigo Testamento que havia um esforço constante por parte dos judaizantes de retornar ao ensino da salvação pelas obras. Entretanto, Paulo reiterou que a salvação é somente pela fé em Cristo e apelidou os judaizantes de "cães" e "maus obreiros". Em particular, os legalistas estavam insistindo que os novos crentes em Cristo deviam continuar sendo circuncidados de acordo com os requisitos do Antigo Testamento (Gênesis 17:10-12; Levítico 12:3). Desta forma, eles tentaram agradar a Deus por seus próprios esforços e elevar-se a uma posição superior à dos cristãos gentios que não participavam do ritual. Paulo explicou que aqueles que foram lavados pelo sangue do Cordeiro não mais precisavam realizar o ritual que simbolizava a necessidade de um coração puro.

III.1 – A DATA, OCASIÃO DA ESCRITA E DESTINATÁRIOS

Embora haja certa discordância quanto ao lugar em que Paulo estava na ocasião da escrita dessa carta, os estudiosos em sua maioria datam-na em torno de 61 dC, situando-se Paulo preso em Roma. As referências à "guarda pretoriana" (Fp.1.13) e à "casa de César" (Fp.4.22) e outras evidências como a linguagem usada em Fp.1.7-26 sugerem procedimentos legais do mais alto nível. Finalmente, o sucesso continuado do ministério de Paulo durante sua prisão (1.12-14) está em concordância com sua liberdade de pregar durante o seu encarceramento em Roma (At.28.16-31).

As outras três cartas da prisão, Efésios, Filemom e Colossenses, entregues como seus portadores, Tíquico e Onésimo, filipenses tiveram como seu portador Epafrodito (Fp.2.25-29; 4.18). Não há muita discussão sobre quem são os destinatários dessa carta. Temos na própria carta (Fp.1.1; 4.15) indicação clara de seus destinatários. Além disso, o testemunho externo corrobora também com esta afirmação (veja no próximo item).

III.2 – AUTORIA, INTEGRIDADE E AUTENTICIDADE DA CARTA

Embora esteja logo no primeiro verso da carta a identificação de que é Paulo o seu autor, existem aqueles que teimam em contradizer e afirmam que não foi Paulo o seu autor. A discussão torna-se cansativa e os que discordam da autoria paulina da carta não apresentam provas convincentes para seus argumentos. Ao passo que os defensores da autoria de Paulo desta carta, são convincentes. Concentremo-nos neles.

A Igreja Primitiva é unânime em afirmar que Paulo é o autor. Temos no testemunho de Policarpo (cerca de 135 dC) um discípulo direto do apóstolo João fazendo o comentário seguinte sobre Filipenses: "Ele ensinou acurada e resolutamente, enquanto esteve entre vós, na companhia dos homens daquele tempo e, também, quando longe de vós, ele escreveu cartas, pelas quais, se vós as estudais cuidadosamente, sereis capazes de edificar a vós mesmos na fé que vos foi concedida".

Além disso, como foi exposto no item "A Igreja em Filipos", o envolvimento de Paulo com o nascimento da Igreja em Filipos comparado ao conteúdo da carta comprova a autoria de Paulo, dado ao conhecimento da vida daquela igreja que ele mostra em sua carta.

Por "integridade" queremos dizer o quanto do documento original que Paulo invejo aos Filipenses temos nesta carta, ou seja, avaliamos ao que alguns eruditos têm aqui sobre a possibilidade de que nem toda a carta realmente tenha ficado preservada e o que temos seja apenas parte da carta. Eles procuram chamar-se dentro da carta que justificam o ponto de vista de que se trata de uma compilação, primeiro agrupada e, mais tarde, publicada, não por Paulo mesmo, mas por outra pessoa. Oferecem-se, então, vários motivos que foram induzidos a este processo de compilação de trechos e fragmentos paulinos.

Quanto à "autenticidade" visa analisar quanto esse material que chegou a nós é realmente de Paulo. Essas posições estão ligadas aos teólogos liberais, que por meio do método histórico-crítico, tentam por todas as formas encontrar textos (em toda a Escritura) que possam de alguma forma ser contraditórios. Esses teólogos liberais na maioria das vezes levantam questões que eles mesmos não conseguem responder. Como se diz no jargão popular "procuram chifres em cabeça de cavalos".

III.3 – O PROPÓSITO DE PAULO EM ESCREVER FILIPENSES

Paulo estando preso, recebendo a visita de um líder importante e dedicado da igreja de Filipos. Seu nome era Epafrodito. Esta igreja o enviara até Paulo, levando consigo uma generosa oferta dos filipenses. Viajou por terra algo em torno de 1280 km (de Filipos a Roma), e poderia ter gasto muito mais tempo não fosse pelas excelentes condições das estradas romanas, que eram pavimentadas com enormes blocos de pedra cuidadosamente encaixados numa argamassa. Essas estradas foram um fator importantíssimo para o avanço do império romano.

Além das ofertas, Epafrodito também trouxe informações sobre a comunidade cristã de Filipos, mostrando que a mesma adornava sua fé com generosidade e prestação de socorro aos necessitados. Também tinha suas desavenças como qualquer outra comunidade, a saber, o caso de Evódia e Síntique que estavam se descordando entre si (Fp.4.2).

Epafrodito foi acometido por uma enfermidade mortal (talvez consequências das condições da viagem) a qual Deus o livrara (2.26 e 27). Logo quis voltar para Filipos por estar com saudades dos irmãos e preocupado com eles porque queria saber a respeito dele próprio e sobre sua saúde. É bem provável que a igreja de Filipos não quisesse que Epafrodito voltasse tão logo, pois queria vê-lo auxiliando o apóstolo Paulo a quem tanto amavam. Ao regressar antes do esperado, como seria recebido?

Daí então alistamentos alguns propósitos de Paulo em escrever esta carta:

Dar por escrito expressão à sua gratidão — deseja agradecer o auxílio enviado pela comunidade (2,25; 4,10-20);

Prover a orientação espiritual de que a congregação necessitava — previne a comunidade contra os pregadores judaizantes, que põem a salvação na circuncisão e na observância da Lei (3,2-11); Falsos mestres se infiltraram na Igreja e foram por motivo de inveja e disputa pregando o evangelho querendo algum tipo de reconhecimento por parte dos irmãos. Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia. Os irmãos filipenses começaram a se dividir e se intimidaram pelos falsos mestres. (e que em nada estão intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.— adverte a comunidade sobre a divisão causada pelo espírito de competição e egoísmo de alguns (2,1-4);

Saturar as mentes e corações dos filipenses com o espírito de alegria e relembra aos cristãos de Filipos que a autenticidade do Evangelho, anunciado e vivido, está na cruz de Cristo (2,5-11).

Da mesma forma que foram generosos e amorosos para com Paulo, que também foram com Epafrodito em sua chegada. — adverte a comunidade sobre a divisão causada pelo espírito de competição e egoísmo de alguns (2,1-4);

IV - Divisão

Filipenses pode ser dividido da seguinte forma:

A)

Introdução, 1:1-7

I. Cristo, a vida do cristão: Regozijar-se apesar do sofrimento, 1:8-30

II. Cristo, o modelo do cristão: Regozijar-se em servir com humildade, 2:1-30

III. Cristo, o objeto da fé, desejo e perspectiva do cristão, 3:1-21

IV. Cristo, a fortaleza do cristão: Regozijar-se em meio à angústia, 4:1-9

Conclusão, 4:10-23

B)

Saudação (1:1-2), Paulo revela quem está saudando junto com os irmãos de Filippo e identifica seus destinatários como um todo citando a liderança da Igreja.

1. Cristo é o modelo a ser seguido (1:3-2:11).

A) Paulo agradece a Deus porque tinha certeza de que Cristo havia começado boa obra nos irmãos em filipos, (1:3-8).

B) O motivo da oração de Paulo é para que o amor dos filipenses aumente mais no conhecimento da verdade. (1:9-11).

2. Paulo informa que todo o seu sofrimento na prisão contribui para o avanço do evangelho (1:12-26).

A) Os falsos mestres pregam a cristo por ganancia e cobiça (1:15-18).

B) O verdadeiro mestre não se importa de sofrer (1.19-26).

3. A caminhada cristã em unidade é salutar (1:27-30).

A) Os falsos mestres têm uma postura diferente e intimidam os irmãos piedosos. Paulo os encoraja a sofrer por Cisto (1:28-30).

4. Cristo é o maior exemplo de sofrimento (2.1-11)

A) Se houver evidência da obre de cristo, Paulo fala para o imitarem (2:1-4).

B) Um dia todos os crentes serão com cristo (2:5-18).

C) O desenvolvimento da salvação vem da aprovação (12-18).

5. Paulo planeja enviar Timóteo com intenção de unir-se à Igreja novamente (2:19-30).

6. Paulo certifica os filipenses que é para segurança deles que ele escreve alertando contra os falsos mestres (3:1-2).

7. Um verdadeiro líder não considera seus títulos religiosos e nem políticos (3:2-16)

8. o verdadeiro mestre tem renovado para estimular os irmãos a copiarem seu estilo de vida (3:17-21).

9. Paulo exorta duas irmãs que possivelmente estavam divididas na Igreja (4:1-9). Instrução na maneira de se portar, tanto na cognição como comportamental (4:4-9).

10. Paulo demonstra gratidão aos filipenses pelo cuidado com ele em todas as áreas e com a generosidade com a igreja em Tessalônica (4:10-19).

V - Aplicação Prática:

Filipenses é uma das cartas mais pessoais de Paulo e, como tal, tem várias aplicações pessoais aos crentes. Escrita durante a sua prisão em Roma, Paulo exorta os filipenses a seguirem o seu exemplo e anunciar "a palavra com maior determinação e destemor" (Filipenses 1:14) em tempos de perseguição. Todos os cristãos têm experimentado, em um momento ou outro, a animosidade dos incrédulos contra o evangelho de Cristo. Isso é de se esperar. Jesus disse que o mundo o odiava e odiaria os Seus seguidores também (João 5:18). Paulo exorta-nos a perseverar em face de perseguição, a permanecer firmes "num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho" (Filipenses 1:27).

Uma outra aplicação de Filipenses é a necessidade dos cristãos permanecerem unidos em humildade. Estamos unidos com Cristo e temos que nos esforçar para estar unidos uns aos outros da mesma maneira. Paulo nos encoraja a "ter o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude" e a repudiar a vaidade e egoísmo, mas "humildemente considerem os outros superiores a si mesmo", prestando atenção aos interesses dos outros e cuidando uns aos outros (Filipenses 2:2-4). Haveria muito menos conflito nas igrejas hoje se todos seguíssemos o conselho de Paulo.

Uma outra aplicação de Filipenses é a do gozo e alegria encontrados ao longo de sua carta. Ele se alegra que Cristo está sendo proclamado (Filipenses 1:8), em sua perseguição (2:18), exorta os outros a se alegrarem no Senhor (3:1), e refere-se aos irmãos de Filipos como a sua "alegria e coroa" (4:1). Ele resume com esta exortação aos crentes: "Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!" (4:4-7). Como crentes, podemos nos alegrar e experimentar da paz de Deus quando lançamos todos os nossos cuidados sobre Ele: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus" (4:6). A alegria de Paulo, apesar da perseguição e prisão, brilha através desta carta e temos a promessa da mesma alegria quando focalizamos nossos pensamentos no Senhor (Filipenses 4:8).

VI – RESUMO

Filipenses pode ser chamado de "Recursos através do sofrimento". O livro é sobre Cristo em nossa vida, Cristo em nossa mente, Cristo como nossa meta, Cristo como nossa força e alegria através do sofrimento. Ele foi escrito durante a prisão de Paulo em Roma, cerca de 30 anos após a ascensão de Cristo e cerca de dez anos depois de Paulo ter pregado em Filipos pela primeira vez.

Paulo era um prisioneiro de Nero, mas a Epístola transborda com mensagens de triunfo. As palavras "alegria", "gozo" e "regozijo" aparecem com frequência (Filipenses 1:4,18,25,26,2:2,28; Filipenses 3:1,4:1,4,10). Uma experiência cristã correta é experimentar, independente de nossas circunstâncias, a vida, a natureza e a mente de Cristo habitando em nós (Filipenses 1:6,11;2:5,13). Filipenses atinge o seu auge em 2:5-11 com a declaração gloriosa e profunda sobre a humilhação e exaltação de nosso Senhor Jesus Cristo.

Paulo demonstra afeto e gratidão pela comunidade de Filipos e, por isso, quer vê-la sempre fiel ao Evangelho. Alguns pregadores insistem que a salvação depende da Lei. O Apóstolo mostra com vigor que a salvação só depende de Jesus Cristo. É Jesus que, feito homem e morto numa cruz, recebeu do Pai o poder de dar aos homens a salvação. E todo aquele que não transmite isso pelo testemunho de vida e pela palavra será sempre falso transmissor do Evangelho. Esta carta, portanto, fornece o critério para que uma comunidade cristã saiba reconhecer o verdadeiro Evangelho e quais são os pregadores autênticos.






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